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Plano de Aula: De Reino Unido a Império do Brasil 
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105 
Título 
De Reino Unido a Império do Brasil 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
4 
Tema 
De Reino Unido a Império do Brasil. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Relacionar as condições políticas e econômicas do Brasil com sua promoção à condição de Reino Unido 
de Portugal e Algarves; 
- Analisar os movimentos liberais constitucionalistas que levaram o Brasil a obter sua independência; 
- Compreender o modelo autoritário da Carta Constitucional de 1824 como decorrência da dificuldade de 
superação de um quadro mental absolutista típico da monarquia portuguesa; 
- Entender os fatores que levam à substituição das regras do Livro V das Ordenações Filipinas pelas 
normas penais e processuais penais dos Códigos Penal de 1830 e de Processo Penal de 1832. 
Estrutura do Conteúdo 
O conteúdo desta aula encontra-se entre as págs. 48 (Revolução do Porto e a emancipação da América 
portuguesa) até o final da página 68. No que se refere a este último ponto, pesquise na internet quais são 
as características fundamentais destes Códigos. 
De Reino Unido a Império do Brasil 
Em 1815, com a chegada da Corte ao país, a importância do Brasil é reforçada com sua elevação à 
condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. Este ato tornava clara a intenção da monarquia 
portuguesa, por razões econômicas e políticas, de dar continuidade ao projeto de permanência da Corte 
no Brasil, apesar de superada a crise em Portugal, com a expulsão dos franceses dos domínios territoriais 
metropolitanos. 
A Revolução constitucionalista-liberal do Porto e sua repercussão no Brasil 
Vale destacar como o movimento liberal-constitucionalista que atinge a Europa, tem influência direta no 
processo histórico brasileiro, principalmente a partir da Revolução constitucionalista do Porto. Deve-se 
entender o fenômeno não apenas a partir da questão ideológica (que, certamente, nos atingiu), mas 
também o efeito fático que se refere à pressão dos revolucionários para que se desse o retorno da Corte 
à Portugal, o que desencadeou o processo de rompimento dos laços políticos entre Portugal e a futura ex-
colônia. 
A Independência e o processo constituinte 
A separação política era uma possibilidade levada em consideração pela dinastia Bragança como forma 
de não perder o controle sobre o Brasil. Com a concretização do processo de independência, em plena 
era da emergência do paradigma constitucionalista, fez-se necessária a elaboração de uma constituição, 
que expressasse as condições de modernidade almejada pelas elites brasileiras. 
Nestas circunstâncias devem ser ressaltados dois pontos importantes: 
a) a relação entre a dissolução da Assembleia Nacional Constituinte e as pretensões absolutistas de D. 
Pedro I; e 
b) o pouco apreço por parte elites políticas brasileiras por um verdadeiro projeto liberal, já que a 
Assembleia Nacional Constituinte previra no anteprojeto (conhecido como ?Constituição da Mandioca?) 
não só o voto censitário por renda, mas também a manutenção da escravidão. 
A Constituição de 1824 e suas repercussões 
As principais características que identificam a Constituição brasileira de 1824 são: 
- adoção de um regime político monárquico; 
- divisão em quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador, sendo este último determinante 
para a instauração de um regime semiabsolutista; 
- voto censitário baseado na renda, o que auxiliava na manutenção dos interesses da aristocracia; 
- estabelecimento do Catolicismo como religião oficial do Brasil, sendo a Igreja subordinada ao Estado: 
- instituição de um rol de garantias e direitos individuais que, do ponto de vista textual, adequava-se à 
modernidade propagada pelas elites europeias. 
 
O Código Penal de 1830 e O Código de Processo Criminal de 1832 
As características presentes nas regras do Código Criminal de 1830, que representaram um grande 
avanço em relação às violentas e extemporâneas regras estabelecidas pelas Ordenações Filipinas. 
Nesta linha, importa ressaltar: 
a ideia de proporcionalidade entre o crime e a pena; 
a impossibilidade da pena ultrapassar a pessoa do infrator; 
a humanização da pena de morte, sem a tortura; 
a proibição das penas cruéis, sem enforcamentos e decapitações, embora ainda tenham persistido 
algumas penas previstas pelas Ordenações Filipinas. 
Já no que se refere ao primeiro Código Processual Penal brasileiro de 1832, foi o mesmo, seguindo a 
linha do Código Penal, considerado liberal para a época, oferecendo muitas garantias de defesa aos 
acusados e valorizando o juiz, conferindo-lhe funções importantes. 
Aplicação Prática Teórica 
O conteúdo será apresentado com base nos conteúdos estabelecidos pelo Livro Didático de História do 
Direito no Brasil (págs. 48-68). 
Nos dias atuais, a separação de poderes é um dos traços fundamentais para caracterizar um Estado 
Democrático de Direito. Você leu no Capitulo 3 de seu livro didático, que a Independência do Brasil 
ocorreu em 1822, em conexão com alguns fatos revolucionários que aconteciam na Europa, onde os 
movimentos liberais-constitucionalistas exigiam a queda dos regimes absolutistas e a submissão do poder 
dos reis ao império da lei. A ideia de conceder ao Brasil uma constituição tinha por pretensão mostrar que 
o país já nascia dentro dos padrões modernos e iluministas das grandes nações europeias. 
Todavia, a intervenção de Pedro I no processo de elaboração da nossa primeira Carta (Constituição de 
1824), jogou por terra as esperanças desta elite, que alimentava ambições de exercer maior influência 
nas decisões políticas do país. Porém, não se pode deixar de realçar que houve conquistas liberais, 
inseridas no art. 179. 
a) É possível se falar em independência dos poderes na Carta de 1824? Por quê? 
R: Não, pois era uma Constituição 100% monárquica! Mesmo com a criação do Poder Moderador, o 
monarca estava acima dos 3 poderes. 
b) Como dispositivos constitucionais da Carta de 1824 acabaram por referendar aspectos de um 
continuísmo absolutista típico do período pré-constitucional? 
R: O poder era unitarista. O imperador é quem nomeava o presidente e, o voto era indireto e censitário na 
época. 
c) No âmbito penal, é possível afirmar que os Códigos Penal de 1830 e Processual Penal de 1832 
encontram bases na Constituição de 1824? Explique. 
R: Sim, na questão da existência dos 3 poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. 
 
Resolva as questões objetivas 1, 2 e 3 do capítulo 1 de seu Livro Didático. ( De novo?) 
Gabarito: 1-C; 2-D; 3-B.

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