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Ação de Alimentos (1) (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE (foro de domicílio ou residência do alimentando - art. 53, II, NCPC).
 		LAIO, brasileiro, [estado civil], [profissão], inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas, residente e domiciliado em [endereço], representado por seu advogado (procuração inclusa) que possui escritório profissional (endereço), onde recebe intimações, com base na Lei nº 5.478 / 1968 combinada com artigos 1.694 e seguintes do Código Civil, vem à presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS em face de ÉDIPO, brasileiro, [estado civil], executivo do mercado financeiro, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº ________, (endereço eletrônico), residente e domiciliado (endereço), pelas razões de fato e de direito seguintes:
DOS FATOS
 		O Autor da presente ação é pai do Réu Édipo. Nos primórdios da vida do Réu, seu pai, que fora empresário bem sucedido no mundo dos negócios, sempre proporcionou a sua família o maior conforto material. Proporcionou ao filho estudos nos melhores colégios. Entretanto, o réu, após o falecimento de sua mãe, não tivera interesse em manter relações com o pai, 20 anos passaram-se desde o ocorrido e nenhum contato entre ambos foi realizado.
 		O Autor inoportunamente perdera toda sua fortuna após sua própria empresa falir. E agora, sem condições para se sustentar, está debilitado e doente. Sua situação piora a cada dia, e é certo que tão logo sofrerá despejo do imóvel onde reside por não ter condições de arcar com os aluguéis. 
 		Por não conseguir subsistir sem amparo necessário, o autor procurou seu filho, ora Réu, para buscar auxílio que tanto necessita. O Réu, por sua vez, recusou-se a prestação de qualquer ajuda ou auxílio, mesmo ostentando alto padrão de vida decorrente de sua profissão, sob alegações de que seu pai, agora debilitado, sempre fora ausente.
 		Sendo assim, a atual situação que presencia o Autor, é a causa de pedir sob os fundamentos a seguir analisados.
DO DIREITO
 		Diante de todos os fatos apresentados e da situação socioeconômico degradante do autor, há de ser invocar o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana previsto no artigo 5 da Constituição Federal, pois neste momento da vida em que se encontra o autor, não dispõem de recursos mínimos para atender as necessidades vitais por si só.
 		Ainda, o autor tem 80 anos de idade, razão pela qual devem ser observadas as normas protetivas constante no Estatuto do Idoso, e no que concerne a prioridade na tramitação do feito está prevista no artigo 71 do mesmo Estatuto.
 		Embora o Código Civil em seu artigo 1694 estabeleça a obrigação alimentar entre os parentes de forma recíproca, o Estatuto do Idoso dispõe da solidariedade na sua prestação. Vejamos:
“Art. 12 A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.”
 		No caso em tela o autor tem apenas um único filho Édipo, e sua esposa é falecida. Cumpre salientar que o autor é pai do réu, e que a relação de parentesco resta devidamente comprovada na certidão de nascimento de Édipo. Destarte os pressupostos da obrigação de prestar alimentos estão presentes: estado de necessidade em que se encontra o autor, vínculo familiar e possibilidade econômica do réu. Resta configurado o direito ao pedido de alimentos.
 		Posto isto, se faz necessário invocar o princípio constitucional da solidariedade humana prevista no artigo 3 da Constituição Federal, visto que seu único filho, Édipo, tem condições socioeconômicas para contribuir com a subsistência de seu pai, o autor. E assim preservar o bem maior que é a vida, assegurar a existência do indivíduo que depende de auxílio para se manter, e subsistir. 
 		Nas palavras da doutrinadora Maria Benerice Dias: “o fundamento do dever de alimentos se encontra no princípio das solidariedade, ou seja, a fonte da obrigação alimentar são os laços de parentalidade que ligam as pessoas que constituem uma família, independentemente de seu tipo; casamento, união estável, famílias monoparentais, homoafetivas, socioafetivas (eudemonistas), entre outras”.
 		A douta jurisprudência também faculta da seguinte maneira:
AÇÃO DE ALIMENTOS - PESSOA IDOSA - NECESSIDADE COMPROVADA - CAPACIDADE DOS FILHOS EM PRESTAR O ENCARGO - CONDENAÇÃO MANTIDA.
- Os filhos também têm o dever de prestar alimentos civis aos pais idosos que deles necessitem para viver de forma digna e de modo compatível com a sua condição social, em decorrência dos princípios constitucionais da solidariedade e da dignidade da pessoa humana, do caput do artigo 3º do Estatuto do Idoso e dos artigos 1.694, 1.695 e 1.696, todos do Código Civil. Portanto, havendo comprovação da necessidade do idoso em receber alimentos e a capacidade financeira dos filhos em prestá-los, a condenação é medida que se impõe. (Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG : 103630501873520011 MG 1.0363.05.018735-2/001)
 		Dessa forma, trata-se do direito do idoso que deve ser preservado, necessidade inequívoca a ser suprida pela fixação de tal previsão legal, face a dificuldade financeira enfrentada pelo autor. 
 		 O Autor necessita da satisfação das seguintes necessidades de natureza alimentar: [aluguel, alimentação, vestuário, medicamentos]
 		Assim, uma vez constatado o inequívoco e irrefutável parentesco, a possibilidade do alimentante e a necessidade do alimentando, deve ser reconhecido o dever de prestar alimentos, do qual fixado no valor de R$ XXX,XX (XXXXX reais) à título de alimentos definitivos.
 
 DA LIMINAR
 		A fixação de alimentos provisórios está disposta sob os termos do art. 4º da Lei 5.478/68:
“Art. 4º Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.”
 		Outrossim, no que concerne ainda, alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, conforme o art. 13, § 3º, da Lei de 5.473/68
“Art. 13 O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções.
§ 3º. Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário
 		A concessão de alimentos provisórios visa garantir a observância ao binômio: possibilidade do alimentante e necessidade do alimentando. 		
 		Pelo apresentado, requer-se a Vossa Excelência a fixação de alimentos provisórios, em caráter de urgência, no valor mensal de R$ XXX,XX (XXXXX reais), a serem depositados na conta bancária [XXXX] para satisfação das necessidades do Autor da presente ação. Assim, como determina o art. 4 c.c. com o art. 13, §2, ambos da Lei 5.478/68 de 25.07.1968. 
DOS PEDIDOS
 		Por todo exposto, requer-se de Vossa Excelência:
A citação do Réu para fazer-se presente e oferecer defesa por ocasião da audiência de conciliação e julgamento a ser designada, sob pena de confesso, expedindo-se o competente mandado e intimando-se o Ministério Público;
A fixação dos alimentos provisórios em R$ XXX,XX (XXXXX reais), mensalmente, a serem pagos diretamente ao Autor através de depósito na seguinte conta bancária [XXXX];
Ao final seja o pedido julgado procedente, com a fixação definitiva dos alimentos pleiteados no montante de R$ XXX,XX (XXXXX reais), condenando-se o Réu ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios;
Provar o alegado por meio de depoimento pessoal do Réu, prova testemunhal e documental.
 		Dá à causa o valor de R$ XXX,XX (XXXXX reais), equivalente a 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo Autor, de conformidade com o artigo 292, III, do Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
[local], 08 de março de 2018.
__________________________
[Nome do Advogado - OAB n. XXX]

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