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Direito Penal II
Profª Marcelle Carvalho – marcellesaraiva@hotmail.com
Matéria do semestre - Art. 32 ao 151 + Leis Penais Especiais ou Extravagantes (Drogas, Tortura, Crimes Hediondos, CTB, Est. Desarmamento, etc.).
Autores indicados:
Rogerio Greco – Ed. Impetus.
Fernando Capez – Ed. Saraiva.
Luiz Regis Prado.
Cesar Roberto Bittencourt.
 
AV1 – 9 + 1 dos casos concretos + 1 ponto de trabalho baseado na LEP (6 questões objetivas + 2 discursivas de 2,5 e 1 discursiva valendo 1 ponto).
AV2 – 9 + 1 dos casos concretos [10 questões objetivas (0,4 cada) e 5 discursivas (1 cada)].
AV3 – 10 (6 objetivas e 3 casos concretos).
Aula em 01/08/2013 – Aula 02.
Prof. Eugeniusz Cruz
Email: eugeniuszcruz@gmail.com
Continuação da Parte Geral.
Concurso de Crimes (pluralidade de crimes praticadas por uma única conduta ou mediante ações plúrimas; ofensa a mais de um bem jurídico)
1. Noções Preliminares
1.1 Noção
1.2 O que NÃO é concurso de crimes:
	≠ Conflito aparente de normas
	≠ Crime Permanente
2. Sistemas de Aplicação de Penas
2.1 Cúmulo Material
2.2 Exasperação
3. Conceito 
4. Concurso Material
4.1 Conceito
4.2 Requisitos: Pluralidade de condutas que gere pluralidade de resultados.
4.3 Espécies
4.4 Fixação da Pena 
4.5 Art. 69, §1º / art. 69, §2º
2. CONCURSO FORMAL 
	2.1 Conceito
	2.2 Requisitos
		- unidade de conduta.
		- pluralidade de crimes.
	2.3 Espécies
		- homogêneo
		- heterogêneo
1. NOÇÕES PRELIMINARES
1.1 Noção
O concurso de crimes se dá quando um agente viola mais de um bem jurídico tutelado mediante uma ação única ou mediante ações plúrimas.
1.2 O que NÃO é concurso de crimes:
	≠ Conflito aparente de normas
	Há a violação de mais de um bem jurídico, por meio de uma conduta única ou plúrima; já no conflito aparente de normas somente um único bem jurídico é lesionado.
	Exemplo: falsificação da carteira universitária (doc. particular) e a apresenta no cinema, pratica um único crime adotando-se o critério da consunção. Súmula 17 STJ.
	≠ Crime Permanente
	Este também é um crime único (ex.: art. 148 ou 159 CP), cujo momento da consumação se protrai no tempo.
2. SISTEMAS DE APLICAÇÃO DE PENAS
2.1 Cúmulo material (soma das penas)
	Preconiza que as penas de diferentes crimes deverão ser calculadas em separado, para posteriormente serem somadas. Hipótese: art. 69 CP.
2.2 Exasperação
	Informa que a aplicação da pena de um dos delitos seja fixada acrescida de uma fração prevista em lei. Exemplo: art. 70, 1ª parte e art. 71.
3. CONCEITO
Conceito de Concurso de Crimes = O concurso de crimes se dá quando um agente viola mais de um bem jurídico tutelado mediante uma ação única ou mediante ações plúrimas.
4. CONCURSO MATERIAL (Art. 69 CP)
	4.1 Conceito
	Quando o agente mediante mais de uma ação ou omissão pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas.
	4.2 Requisitos
	Pluralidade de condutas (conduta = movimento humano voluntário, destinado a uma finalidade).
	Pluralidade de resultados.
	
4.3 Espécies
	Homogêneo
	Heterogêneo
	Há uma pluralidade de crimes idênticos. Exemplo: art. 121 x 3.
	Há uma pluralidade de crimes distintos. Exemplo: art. 121 + art. 129, §6º.
	4.4 Fixação da pena.
	Para fins de fixação de pena o juiz procederá ao cálculo da pena de cada crime, para em seguida soma-las. Exemplo: um estupro cumulado com um crime de homicídio. O juiz calculará a pena do crime de estupro; calculará também a pena do crime de homicídio e, no final da sentença, procederá a soma das mesmas.
	4.5 – Art. 69, §1º.
	O dispositivo diz que se for cabível para o primeiro crime a aplicação de uma pena restritiva de direitos e incabível para o segundo crime um pena restritiva de direitos o juiz necessariamente terá que aplicar duas penas privativas de liberdade.
	Art. 69, §2º.
	Se for possível a aplicação de uma pena restritiva de direito, tanto no primeiro quanto no segundo crime, o agente cumprirá:
		1ª hipótese – cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si. Exemplo: no primeiro crime, prestação pecuniária + no segundo crime a prestação de serviço à comunidade.
		2ª hipótese – no primeiro crime ele recebe uma limitação de final de semana + no segundo crime uma prestação de serviço comunitário (também no final de semana).
2. CONCURSO FORMAL DE CRIMES
	2.1 Conceito
	Há concurso formal quando por meio da mesma ação ou omissão o agente pratica dois ou mais crimes. 
	2.2 Requisitos
	Unidade de conduta – não importa, obrigatoriamente, em um ato único, uma vez que uma conduta humana pode ser fracionada em vários atos. 
	Pluralidade de crimes – agente que atinge duas pessoas diferentes causando a morte da primeira e lesionando culposamente a segunda.
	2.3 Espécies
	Homogêneo – crimes idênticos. Exemplo: motorista bêbado que sobe a calçada e mata 3 pedestres. São três crimes de homicídio culposo do CTB.
	Heterogêneo – crimes diferentes. Exemplo: motorista bêbado que sobe a calçada e mata 1 pedestre e lesiona outros 2. São crimes diferentes previstos no CTB.
Observação: as penas serão calculadas utilizando-se o sistema da exasperação (sistema mais benéfico para o agente, menor reprovabilidade da conduta). Exemplo: 
	Cúmulo material benéfico 
Ocorre a possibilidade de aplicação do sistema da exasperação, em alguns casos, redundar em uma pena maior do que a soma das penas.
	Exemplo: concurso formal entre um homicídio (art. 121) e uma lesão corporal culposa (art. 129, §6º), aplicando-se o sistema da exasperação (6a + 1/6 da pena [1ano] = 7a) a pena será maior que utilizando-se o sistema do cúmulo material (6a + 2m = 6a e 2m).
	Como nesse caso o sistema do cúmulo material foi mais benéfico ao acusado, será descartada a aplicação da exasperação.
OUTRA CLASSIFICAÇÃO
	Concurso formal de crime perfeito (ou próprio) – art. 70 caput, 1ª parte.
	Concurso formal de crime imperfeito (ou impróprio) art. 70 caput, 2ª parte (in fine). Desígnios autônomos.
Concurso formal de crime perfeito (ou próprio) – art. 70 caput, 1ª parte.
	Se dá quando são praticados mais de um crime, mediante uma única conduta que resulte em:
		- um crime doloso + um ou mais crimes culposos.
		- dois ou mais crimes culposos.
Concurso formal de crime imperfeito (ou impróprio) art. 70 caput, 2ª parte (in fine). Desígnios autônomos.
	Se dá quando o agente, embora pratique uma única conduta, deseja produzir dois ou mais resultados dolosamente, ou seja, com desígnios autônomos.
Desígnios autônomos
	Os múltiplos resultados não são obra do acaso, mas sim decorrem de um plano criminoso distinto para cada resultado.
	2.4 REGRAS DE FIXAÇÃO DA PENA
	Concurso formal homogêneo – ocorre em crimes idênticos. O juiz pega a pena de qualquer dos delitos, pois são iguais, e procede a exasperação aumentando com a fração de 1/6 a metade. 
Concurso formal heterogêneo – ocorre quando são praticados dois ou mais crimes diferentes. Nesse caso o juiz pega a pena mais grave e procede a exasperação aumentando-a na fração de 1/6 a metade.
3. CRIME CONTINUADO (art. 71, CP)
	3.1 Conceito
	3.2 Consequências / efeitos
	3.3 Requisitos
		3.3.1 Pluralidade de condutas 
		3.3.2 Pluralidade de delitos da mesma espécie
		3.3.3 Homogeneidade de circunstâncias
			- tempo
			- lugar
			- modus operandi
3.1 Conceito
Verifica-se quando o agente, mediante múltiplas condutas pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, que serão considerados como um único crime através desta ficção jurídica. 
Assim, em razão da semelhança, das condições de tempo, lugar e modus operandi será tratado como um crime único.
3.2 Consequências / efeitos
As penas não serão somadas, mas sim exasperadas pela fração prevista em lei.
3.3 Requisitos
	3.3.1 Pluralidade de condutas
	Duas ou mais ações ou omissões.
	3.3.2 Pluralidade de delitos da mesma espécie
	1ª corrente: entende que a expressão significa tipos penais idênticos (p. exemplo: 5 delitos de furto).
	2ª corrente:entende que a expressão significa lesão por crimes que atinjam o mesmo bem jurídico (majoritária).
		3.3.3 Homogeneidade de circunstâncias
			- tempo: o critério vai variar dependendo da modalidade de delitos.
Exemplos: em se tratando de crimes contra o patrimônio, o STJ entende que a expressão comporta o intervalo de 1 mês entre o primeiro e o último furto praticado.
Já na Lei 8137, que trata dos crimes contra a ordem tributária, o STF admite a continuidade delitiva dentro de um lapso temporal de até 3 anos (3 exercícios fiscais).
			- lugar: é amplamente majoritário que a expressão se refere a crimes cometidos dentro da mesma comarca ou em comarcas vizinhas. 
			- modus operandi: mesmo método de execução do crime.
Art. 71, § único
	Durante muito tempo houve polêmica sobre a continuidade delitiva nos crimes cometidos contra bens personalíssimos (vida, liberdade sexual) e nos crimes com violência ou grave ameaça. Após a reforma de 1984 passou-se a admitir essa hipótese através do art. 71, § único.
	Portanto, a súmula 605 do STF não mais subsiste.
Observação 1: nessa hipótese também se aplica a regra do concurso material benéfico.
Observação 2: súmula 711 STF (fazer a leitura).
Limite das penas.
Aula em 08/08/2013
LIMITE MÁXIMO DAS PENAS
Art. 5º, XLVIII da CRFB/88
Art. 75 caput CP
Por exemplo: progressão de regime, livramento condicional, deverão ser calculados em cima de cada pena de maneira separadamente (Súmula 715 – STF).
	Art. 75, §2º - em caso de superveniência de nova condenação será desconsiderado o tempo de pena já cumprido, procedendo-se uma nova unificação da pena.
TEORIA GERAL DA PENA
Livro - O inimigo no Direito Penal.
1. A sanção penal
1.1 Evolução histórica
1.2 Finalidade das penas
	Teoria absoluta
	Teoria relativa
		Teoria da Prevenção
		Prevenção Geral
			Positiva	
			Negativa
		Prevenção Especial
			Positiva
			Negativa
2. Princípios da Pena
2.1 Princípio da Humanidade das Penas
2.2 Princípio da Legalidade
2.3 Princípio da Personalidade ou Intranscendência das Penas (art. 5º, XLV, CRFB) 
2.4 Princípio da Inderrogabilidade
2.5 Princípio da Proporcionalidade das Penas
2.6 Princípio da Individualização das Penas (art. 5º, XLVI, CRFB)
3. Espécies de pena
	Privativa de liberdade
	Restritiva de Direitos
	Multa
4. Pena Privativa de Liberdade (PPL)
4.1 Conceito
	Reclusão
	Detenção
4.2 Regimes de Cumprimento 
4.3 Progressão de regimes – Crime Comum - Lei 8072/90.
5. Direitos do Apenado
6. Detração Penal
7. Remição
1. A SANÇÃO PENAL
Uma vez comprovada a prática do FT + AJ + C a consequência natural será a imposição de uma sanção penal.
	Contido no exercício do Jus Puniendi (direito de punir do Estado) o Estado deverá proceder observando os limites constitucionais previstos na ordem democrática (princípios implícitos e explícitos).
1.1 Evolução histórica
	
1.2 Finalidade das penas
O CP, por meio do art. 59, prevê que as penas devem ser necessárias e suficientes para a prevenção e repreensão dos crimes.
	Assim sendo a pena deve reprovar o mal praticado e prevenir futuras infrações.
Teoria absoluta
	Defende o caráter retributivo da pena, ou seja, acredita na pena como a imposição de um mal necessário a quem praticou um crime. 
	Assim a pena não teria qualquer finalidade socialmente útil (“a sociedade, em geral, se contenta com esse aspecto da pena”. Eugeniusz Cruz).
Teoria relativa
	Prega o ideal de prevenção. Esse aspecto se biparte em prevenção Geral e Especial.
Teoria da Prevenção Geral Positiva
	É a ideia da disseminação de uma consciência geral de respeito ao ordenamento jurídico
Teoria da Prevenção Geral Negativa
	Acredita na imposição da pena pelo seu aspecto de intimidação sobre os membros da sociedade.
Teoria da Prevenção Especial 
Essa teoria visa infundir, naquele que cometeu um crime, a ideia de não vir a cometer outra infração penal.
		
Teoria da Prevenção Especial Positiva
	Traduz o aspecto da ressocialização da pena.
Teoria da Prevenção Especial Negativa
	Traduz a ideia de neutralização do criminoso, de forma que esse seja afastado do convívio social (relacionado com a Teoria Absoluta).	
2. PRINCÍPIOS DA PENA
2.1 Princípio da Humanidade das Penas
	É a decorrência lógica do princípio da Dignidade Humana (ex.: art 5º, XLVII, XLVIII, XLIX, L).
2.2 Princípio da Legalidade
	Previsto no art. 5º, XXXIX e art 1º do CP - é a segurança jurídica do cidadão de que não será punido se não houver uma previsão legal da conduta por ele praticada. “Nullum crimen nulla poena sine Lege” (nulo é o crime, nula é a pena, se não há Lei).
FUNÇÕES DO P DA LEGALIDADE.
	PROIBIR
	Retroatividade - art. 5º, XL, CF/88.
	
	Incriminação por Costumes - costume não incrimina.
	
	Analogia “In Malan Partem” – é uma forma de auto-integração da Norma. Consiste em aplicar uma hipótese legal a um caso semelhante. Não é possível aplicar analogia para causar prejuízo ao réu (In Malan Partem), a não ser que esteja previsto na Lei. Se for atenuar (In Bonan Partem – caso do art. 128, II, antes da reforma de 2009, no caso de gravidez proveniente de Atentado Violento ao Pudor), pode-se usar.
	
	Incriminações Vagas e Indetermindas – Decorre daí o Princípio da Legalidade Estrita – a lei penal deve ser clara, precisa, sem ambiguidade. O Legislador para incriminar uma determinada conduta deve elaborar uma lei que seja clara, precisa e determinada. A Lei Penal jamais poderá ser obscura e/ou contraditória.
2.3 Princípio da Personalidade ou Intrancendência das Penas (art. 5º, XLV, CRFB) 
	Também chamado de princípio da intrancendência da pena. A pena tem de ser cumprida por quem cometeu o ilícito. Segundo Nilo Batista, esse princípio é uma utopia.
2.4 Princípio da Inderrogabilidade
	Significa que uma vez comprovada à prática de uma infração penal o Estado deverá exercer o seu direito de punir (Jus Puniendi) o infrator. Dentro dessa concepção deverá fazê-lo através do poder competente para o exercício dessa função, que será o poder Judiciário.
2.5 Princípio da Proporcionalidade das Penas (art. 59 CP)
	Este princípio rechaça o estabelecimento de penas em caráter desproporcional à lesão cometida. Contém 2 vieses, um para o poder Legislativo e outro para o poder Judiciário. A fixação da pena deve levar em consideração a reprovabilidade da conduta.
2.6 Princípio da Individualização das Penas (art. 5º, XLVI, CRFB)
	A individualização da pena serve, em primeiro momento, para o Legislador e, em um segundo momento, para o Juiz fixar concretamente a pena (também norteado pelo art. 59 CP).
3. ESPÉCIES DE PENA
	Privativa de liberdade
	Restritiva de Direitos
	Multa
Observação: o art. 5º CRFB/88 ampliou o rol previsto no art. 32 CP.
4. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE (PPL)
	As penas privativas de liberdade estão previstas no art. 33 do CP.
4.1 Conceito
	Reclusão – comporta os regimes fechado, semiaberto e aberto.
	Detenção – comporta os regimes semiaberto e aberto. 
4.2 Regimes de Cumprimento 
	Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.	A descrição de cada um desses regimes previstos no Art. 33 caput está prevista no §1º:
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média (Art. 34);
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar (Art. 35);
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado (Art. 36).
Observação: para além dos regimes previstos no CP, a Lei 10792 promoveu alteração na LEP (art. 52), passando a prever o chamado Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
	O Art. 33, §2º prevê as hipóteses de fixação dos regimes, de acordo com a quantidade da pena imposta
§ 2º - As penas privativas de liberdadedeverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
4.3 Progressão de regimes – Crime Comum - Lei 8072/90.
	Tendo em vista que o Art. 33, §2º traz a imposição do cumprimento da PPL de forma progressiva, a pena deverá ser iniciada em um regime mais gravoso de forma que o apenado possa progredir para um regime menos severo.
	A forma de cumprimento de pena, de maneira progressiva, foi mais uma das inovações trazidas pela Reforma Penal de 1984	.
5. Direitos do Apenado
Aula em 15/08/2013
1. Progressão de Regime
	1.1 Conceito
	1.2 Hipóteses
		Crimes Comuns
		Crimes Hediondos
	
	Não Hediondo
	Hediondo
	Não reincidente
	1/6
	2/5
	Reincidente
	1/6
	3/5
2. Exame Criminológico
3. Direitos do Apenado
4. Detração Penal
5. Remição
MEDIDAS ALTERNATIVAS A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
1. Introdução
Falhas da PPL
Medidas Alternativas
		Lei 9099
		Penas Restritivas de Direitos
2. Medidas da Lei 9099/95
2.1 Transação Penal
2.2 Suspensão condicional do processo
3. Penas Restritivas de Direito
3.1 Introdução
3.2 Natureza condicional
3.3 Requisitos
3.4 Espécies de Penas Restritivas de Direito
1. PROGRESSÃO DE REGIME
	1.1 Conceito
	Tendo em vista que o Art. 33, §2º traz a imposição do cumprimento da PPL de forma progressiva, a pena deverá ser iniciada em um regime mais gravoso de forma que o apenado possa progredir para um regime menos severo.
	A forma de cumprimento de pena, de maneira progressiva, foi mais uma das inovações trazidas pela Reforma Penal de 1984	.
	Com a reforma penal de 1984 (da Parte Geral do CP) e a introdução da Lei de Execuções Penais (LEP) foi introduzido o princípio do cumprimento da Pena Privativa de Liberdade de maneira progressiva, de forma que o apenado tenha um estímulo de manter um bom comportamento, de praticar atividades laborativas, para que aos poucos seja reinserido na sociedade.
1.2 Hipóteses
	Crimes Comuns
	Crimes Hediondos
	
	
	Não Hediondo
	Hediondo
	Não reincidente
	1/6
	2/5
	Reincidente
	1/6
	3/5
	Para que o apenado obtenha progressão de regime, será necessário o preenchimento de requisitos objetivos e subjetivos para a concessão do benefício:
	Requisitos objetivos – o apenado deverá cumprir a fração da pena prevista em Lei para a concessão do direito (vide quadro).
	Requisitos subjetivos – bom comportamento carcerário e, quando necessário, a elaboração de exame criminológico, conforme o disposto na súmula 439 STJ e na Súmula Vinculante 26 do STF.
2. Exame Criminológico
	O exame criminológico é elaborado por uma junta multidisciplinar composta por 3 exames: médico psiquiátrico, exame psicológico e exame com Assistente Social. Normalmente isso causa longas demoras para a concessão dos direitos do apenado.
	Em razão disso, recentemente, a necessidade do exame foi suprimida, sendo certo que o mesmo somente poderá ser requerido de maneira fundamentada pelo juiz (Súmula 439 STJ e Súmula Vinculante 26 do STF).
3. Direitos do Apenado (Art. 41, LEP – Lei 7210)
	
4. Detração Penal (Art. 42, CP)
	É o desconto ou o abatimento no tempo definitivo da pena ou medida de segurança imposta na pena.
	Do tempo em que o agente esteve preso cautelarmente será descontado na pena definitiva. Exemplo: ficou preso cautelarmente por 2,5 anos. Quando sai a sentença definitiva com uma pena de 4 anos, somente restará 1,5 ano para ser cumprido. 
Obs.: Prisão cautelar é gênero que tem as seguintes espécies – prisão cautelar e preventiva (provisória).
			Temporária
Prisão Cautelar		Preventiva
			Provisória
5. Remição
	É o desconto dado na PPL em razão de tempo de trabalho ou de estudo.
	Para fins de trabalho: cada 3 dias trabalhados = 1 dia remido.
	Para fins de estudo: cada 12 horas de estudo = 1 dia remido (somente admite-se 4 horas de estudos por dia).
MEDIDAS ALTERNATIVAS A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
1. Introdução
Falhas da PPL
Medidas Alternativas
	Lei 9099 (crimes de menor potencial ofensivo - Art. 61)
	Penas Restritivas de Direitos (aplicadas nos crimes comuns, dolosos, sem uso de violência ou grave ameaça)
2. Medidas da Lei 9099/95
2.1 Transação Penal
	Será aplicável nos crimes de menor potencial ofensivo (Art. 61, Lei 9099), que são aqueles que possuem a pena cominada de até 2 anos. 
	Requisitos – Art. 76, §2º. Geralmente utilizam-se os incisos I e II (objetivos), desconsiderando o inciso III (por ser subjetivo).
		1 – crime ser de menor potencial ofensivo;
		2 – não ter sido o agente beneficiado pela mesma medida em um prazo de 5 anos; 
		3 – não constará na FAC;
		4 – aceita a proposta será consignada em sentença “homologatória”.
Duas hipóteses de “pena”: 
Prestação social alternativa
O que ocorre em caso de descumprimento? No caso de descumprimento o MP retoma a ação e procederá com o processo criminal.
	Pena de multa (normalmente pagamento de cesta básica em favor de instituição filantrópica)
	No caso de descumprimento a dívida será revertida em valor devido a Fazenda Pública (inscrição na Dívida Ativa), que acarreta em processo de execução fiscal.
2.2 SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (art. 89, §1º - Lei 9099)
	Para fins de concessão do benefício não se analisa a pena máxima, como é feito na transação penal.
	Diferente disso, a análise que aqui se faz é a da pena mínima. Se a pena mínima cominada for igual ou inferior a 1 ano, o MP poderá propor a suspensão condicional do processo pelo prazo de 2 a 4 anos.
	Requisitos:
		1 – o réu tem que aceitar a proposta;
		2 – reparar o dano, salvo a impossibilidade de fazê-lo;
		3 – proibir de frequentar determinados lugares;
		4 – proibição de se ausentar da Comarca;
		5 – comparecimento mensal, de forma pessoal, para informar as suas atividades.
	Caso o beneficiado cometa outra infração penal no período da suspensão, revoga-se a suspensão e o MP procederá com a ação penal.
	Cumprido o prazo sem cometimento de outro crime, será declarada extinta a punibilidade.
3. Penas Restritivas de Direito (Art. 43, CP). Fazer leitura do CP, art. 43 a 48.
3.1 Introdução
	São substitutivas a PPL e não estão previstas no tipo penal incriminador.
	Portanto, para que sejam aplicadas, haverá processo com prolatação de sentença condenatória a PPL e, caso preenchidos os requisitos legais o juiz procede a substituição.
	Por isso tem caráter substitutivo.
3.2 Natureza condicional
	Decorre da sua força obrigatória, pois ao contrário das medidas da Transação Penal (Lei 9099) no caso de seu descumprimento injustificado, poderão ser convertidas em pena de prisão (Art 44, §4º CP).
3.3 Requisitos
	A PPL poderá ser substituída pela PRD quando:
		3.3.1 – quando a PPL aplicada for de até 4 anos de prisão e o crime não for cometido mediante violência ou grave ameaça;
		3.3.2 – nos crimes culposos será admitida em qualquer caso;
		3.3.3 – pode ser aplicada se não se tratar de reincidente em crime doloso.
Observação: prestar atenção ao Art. 44, §3º CP que diz que tem que ser reincidênciaespecífica e a medida seja socialmente não recomendável.
3.4 Espécies de Penas Restritivas de Direito (Art. 43, CP)
	
PRD no art. 33, Lei 11343/06 e a posição do STF.
Trabalho após a AV1 – resenha sobre “Eugeniusz Costa Lopes da Cruz” no Google. Abordar penas restritivas de direito, crime de tráfico de drogas e suas implicações na sociedade e sobre a diferença da aplicação da PRD nos diferentes perfis de traficantes.
Aula em 22/08/2013 – Plano de Aula 4
DA DOSIMETRIA DA PENA
1. Do Sistema Trifásico
Art. 68 CP e art. 5º, XLVI, CRFB/88
1ª fase: art. 59 CP
2ª fase: artigos 61,62, 65 e 66.
3ª fase: circunstâncias especiais de aumento e de diminuição.
2. 1ª Fase
Cálculo da Pena Base (art. 59, CP)
3. 2ª Fase 
Análise dos artigos 61,62,65 e 66 CP
Estudo da Reincidência
“Prescrição da Reincidência
4. 3ª Fase
Causas de aumento e diminuição
Previstas na parte geral
Previstas na parte especial.
DA DOSIMETRIA DA PENA
	O sistema de aplicação da pena é a fórmula através da qual se faz o cálculo da sanção penal e se dá pela aplicação do chamado sistema trifásico.
	
1. Do Sistema Trifásico
Art. 68 CP e art. 5º, XLVI, CRFB/88
	É através desse sistema que se deve respeitar e cumprir o princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI):
1ª fase: art. 59 CP
2ª fase: artigos 61,62, 65 e 66.
3ª fase: circunstâncias especiais de aumento e de diminuição.
	Fazer a leitura do art. 68, que prevê o sistema trifásico no CP. Nesse ato judicial, o juiz transforma a pena cominada em pena aplicada.
	
2. 1ª Fase
Cálculo da Pena Base (art. 59, CP)
	Após análise das circunstâncias judiciais do art. 59 o juiz irá fixar a pena mais adequada ao caso concreto (ler o art. 59).
	Via de regra, a pena base é fixada no mínimo legal. Caso o juiz fixe a pena base acima do mínimo legal, é direito constitucional do réu saber o porquê daquela decisão (art. 93, IX – CRFB/88).
Pena base acima do mínimo legal: além do dever constitucional de fundamentar, o juiz não pode se referir em abstrato à gravidade do delito. Essa questão é amplamente majoritário na Doutrina e pacífico nos Tribunais Superiores.
Análise do art. 59
	Culpabilidade: é o juízo de reprovabilidade da conduta.
	Antecedentes: condenação com trânsito em julgado que não sirva mais para a reincidência. Observação: inquéritos policiais e ações penais em curso não servem para essa caracterização.
	Conduta Social: análise da vida pregressa. Exemplo: se o agente trabalha, se tem família, se é um bom vizinho, se é encrenqueiro.
	Personalidade: controvérsia. Primeira corrente – juiz julga as características, postura, temperamento, etc, do agente. Segunda corrente – é inconstitucional o juiz proceder essa análise, diante de sua falta de capacitação técnica. O juiz não é psicólogo, psiquiatra ou terapeuta.
	Motivos: razões que levaram o agente a cometer o crime.
	Circunstâncias: é diferente das circunstâncias dos artigos 61,62, 65 e 66. Exemplo: lugar do crime, tempo de duração, etc.
	Consequências do crime: exemplo – morte de uma vítima que deixou 3 filhos, vítima que sofreu apenas luxação no braço.
	Comportamento da vítima.
3. 2ª Fase 
Análise dos artigos 61,62,65 e 66 CP.
Após fixar a pena base serão consideradas as circunstâncias agravantes e atenuantes genéricas.
Observação: genéricas, pois estão na parte geral do CP. Fazer a leitura dos artigos 61,62 – Circunstâncias agravantes. Esse rol é taxativo (não se pode dar interpretação extensiva) ou rol dos números cláusulos. 
Artigos 65, e 66 – rol exemplificativo (são exemplos, podem ser inseridas circunstâncias não incluídas na lei).
	A quantidade de aumento e diminuição da pena, nessa fase, não vem pré-determinada pela lei. O juiz, atento ao Princípio da Razoabilidade, irá fixa-las no caso concreto.
Divergência na 2ª fase
	Diz respeito a possibilidade da pena ficar aquém do mínimo legal. Isso porque o art. 65 diz “são circunstâncias que sempre atenuam uma pena”. Assim, afirma a Doutrina que na sua incidência deverá sempre atenuar a pena. Contudo, ler súmula 231 STJ. Duras críticas da Doutrina sobre essa súmula.
Estudo da Reincidência (art. 61, I e art. 63 CP)
“Prescrição” da Reincidência
	O início do prazo para a descaracterização da reincidência se dá:
	1. a partir da data do fim do cumprimento da pena ou extinção da punibilidade (art. 107 CP)
	2. ou da data da concessão do livramento condicional .
4. 3ª Fase
	Diz respeito as causas de aumento e diminuição de pena, ou seja, as majorantes e as causas atenuantes que estão previstas:
	1 – na parte especial. Exemplo: causas de diminuição do art. 121, §1º (homicídio privilegiado), ou art. 155, §2º (furto privilegiado). Causas de aumento. Exemplo: art. 155, §1º (majorante por furto noturno), ou art. 157, §2º (majorante no roubo).
	2 – na parte geral. Na terceira fase aplica-se a diminuição, por exemplo, da “tentativa” ou art. 29, §1º e §2º.
LIVRAMENTO CONDICIONAL (art. 83 CP)
	
	Não reincidente
	Reincidente
	Não hediondo
	1/3
	½
	Hediondo
	2/3
	-
	É uma etapa intermediária entre a PPL e a liberdade plena, dentro da ideia do sistema de cumprimento progressivo das penas.
	É um teste para o apenado demonstrar se tem ou não condições de se reintegrar na sociedade.
Livramento Condicional (art. 83 CP) é diferente de Liberdade Provisória (art. 321 CPP). No livramento condicional houve condenação, e o benefício é concedido na fase de execução da pena. Já a liberdade Provisória aplica-se quando não há condenação.
Aula em 12/09/2013 – Plano de Aula 5 
1. Suspensão Condicional da Pena
	1.1 Conceito
	1.2 Espécies
		Sursis Simples
		Sursis Especial
		Sursis Humanitário
	1.3 Requisitos
	1.4 Causas de Revogação
		Obrigatória
		Facultativa
1. Suspensão Condicional da Pena
	1.1 Conceito
	Consiste na decisão do juiz, no ato da condenação, de deixar de executar a PPL, submetendo o apenado a um período de prova, no qual deverá cumprir algumas condições.
	1.2 Espécies
	
	Sursis Simples
	Se dá na condenação até 02 anos, com o período de prova de 02 a 04 anos. Previsão: art. 78, §1º e art. 79 CP.
	Sursis Especial
	Aplica-se ao condenado que tenha reparado o dano (salvo na hipótese de impossibilidade). Período de prova de 02 a 04 anos. Previsão: art. 78, §2º CP.
	Sursis Humanitário
	Aplica-se quando o condenado é maior de 70 anos ou em estado de saúde grave. Nesse caso, a condenação poderá ser de até 04 anos, com o período de prova de 04 a 06 anos. Previsão: art. 77, §2º CP.
	1.3 Requisitos (art. 77 CP)
	a) Pena até 02 anos, exceto no Humanitário (até 04 anos). 
	b) Condenado não reincidente em crime doloso. Se houver condenação por crime doloso a uma pena de multa, também pode ser aplicado.
	c) Circunstâncias judiciais favoráveis (art. 59 CP).
	d) Não seja indicada a substituição do art. 44 CP.
	1.4 Causas de Revogação
	Obrigatória (art. 81, I a III CP)
	
Facultativa (art. 81, §1º)
Plano de Aula 6
1. Medida de Segurança
	1.1 Conceito
	1.2 Conceito
	1.3 Natureza Jurídica
1. Medida de Segurança
	
1.1 Noção
	Antes da reforma de 1984 o CP adotava o sistema do “Duplo Binário”, onde o inimputável era submetido a medida de segurança após o cumprimento da PPL. Após a reforma o CP adotou o sistema “Vicariante”, onde o inimputável que pratica fato definido como crime é submetido diretamente à medida de segurança. O inimputável receberá uma sentença “absolutória imprópria”, pois não será condenado, mas cumprirá a medida de segurança.
1.2 Conceito
	É a consequência jurídica pela prática de um fato definido como crime por indivíduos que não possuem sanidade mental (inimputáveis).
	Essa medida tem caráter tratamental, imposta ao indivíduo com o objetivo de impedir que se cometam novas condutas dessa natureza.
1.3 Natureza Jurídica
	Tem natureza de sanção penal, por somente ser imposta a quem pratica fato definido como crime
	PENA
	MEDIDA DE SEGURANÇA
	Caráter retributivo.
	Caráter preventivo
	Sujeito praticaFT + AJ + C
	Sujeito pratica FT + AJ
	Prazo determinado de cumprimento
	Não há prazo determinado e perdura até cessar a periculosidade.
Obs.: O STF decidiu, em 2004, que o prazo máximo é de 30 anos. A doutrina utiliza-se do art. 75 CP “in bonam partem”.
	1.4 Espécies (art. 96 CP)
	
Internação
	MS de natureza detentiva. É a internação em hospital psiquiátrico
	Tratamento ambulatorial
	MS de natureza restritiva (art. 96, II CP). O agente é obrigado a comparecer ao tratamento ambulatorial. No caso de descumprimento o juiz poderá determinar a internação (art. 184, Lei 7210 – LEP).
	Se o fato for punido com detenção o juiz pode (deve) submetê-lo ao tratamento ambulatorial.
	Se o fato for punido com reclusão o juiz determinará a internação.
	Observação: o art. 97 CP é severamente criticado, pois existem fatos típicos apenados com reclusão (exemplo: furto) que não necessariamente deveriam submeter o inimputável a uma internação. Posteriormente a edição da Lei 10216/2001 (Lei Antimanicomial) a internação só pode ser iniciada quando os recursos extra hospitalares se mostrarem ineficientes.
	
1.5 Prazo de cumprimento da MS (art. 97, §1º e §2º) 
	
	Como a MS tem natureza curativa, ela não tem prazo determinado de duração. Em tese, a MS terá duração até que cesse a periculosidade de agente. 
	Observações da Doutrina: C. R. Bitencourt afirma que a MS não pode ser por prazo indeterminado, em razão de sua inequívoca carga condenatória, sob pena de ofensa ao art. 5º, XLVII da CRFB/88. 
	Então, o prazo máximo para a Doutrina é de 30 anos, utilizando-se o art. 75 CP.	
	Eugênio Raul Zafaroni entende que o prazo máximo da MS deve ser o limite máximo da pena cominada.
	O termo mínimo poderá variar...
	Por exemplo: se o juiz fixou o prazo mínimo em 02 anos, nesse prazo será realizada a primeira perícia médica (art. 97, §2º).
	Posteriormente a isso, em regra, a próxima será realizada em 01 ano; ou se o juiz entender cabível outra perícia antes desse prazo de 01 ano poderá determinar que outra seja realizada antes desse prazo fixado em lei. 
	
	
1.6 Desinternação ou Liberação Condicional (art. 97, §3º CP)
	
	A liberação tem sempre natureza condicional.
	Isso significa que se o agente praticar, segundo a leis, qualquer ato indicativo de periculosidade o juiz poderá reinternar essa pessoa.
	Com a desinternação o agente sai do manicômio judiciário e é submetido ao tratamento ambulatorial, salvo se a equipe médica constatar a sua total recuperação.
	Observação: o fato indicativo de periculosidade não precisa estar definido como crime.
	1.7 Reinternação (art. 97, §4º CP)
	1.8 Conversão da pena em Medida de Segurança
Caso do agente semi-imputável : se o semi-imputável necessitar de tratamento curativo o juiz converte a pena em medida de segurança.
Superveniência de doença mental no curso da execução penal: o apenado já se encontrava cumprindo pena e tem um surto (art. 41 CP e art. 183 LEP) e o juiz (poderá) determinará a substituição da PPL por MS. Se houver melhora do apenado ele retorna para o sistema, onde cumprirá o restante da PPL detraindo-se o tempo que ficou no hospital psiquiátrico. Se a internação se prorrogar até o fim da pena, o juiz da VEP aplica o art. 183 da LEP e art. 682, §2º CPP, e caso constate que aquela pessoa não tem condições de retornar ao convívio social, colocará o apenado a disposição do juiz cível para que esse tome as medidas cabíveis.
Aula em 10/10/2013 – Plano de Aula 7
Youtube – “Além do cidadão Kane”.
Maus antecedentes – súmula 444 STJ.
				Incondicionadas (contra a dignidade sexual, se cometido contra menores)
		públicas
condicionadas a representação (exemplo: crimes contra a dignidade sexual. Art. 213 c/c 225, CP)
Ações Penais		
Privada – queixa-crime (em casos de crimes contra a honra. Art 145, CP).
CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (Art. 107, CP)
	Uma vez configurado um crime (FT + AJ + C) surge a sua consequência natural, ou seja, a punibilidade (a pretensão de impor uma pena diante do crime praticado).
ANÁLISE DO ART. 107
	I - pela morte do agente: morto o agente, extingue-se a punibilidade. Está diretamente ligado ao art. 5, XLV, CRFB/88 – P da intrancendência ou personalidade da pena.
Extinção da punibilidade baseada em certidão de óbito falsa: 
1ª Corrente: defende a impossibilidade de revisão criminal contra o réu, diante da coisa julgada formada. Nesse caso, o máximo que se poderia fazer seria processar o Réu pelo art. 297, CP.
2ª Corrente: O STF e o STJ entendem que é inaceitável que se premie a fraude empregada contra o Poder Judiciário. Nesse caso é possível a revogação da extinção da punibilidade e se dará o prosseguimento do processo, sem prejuízo da responsabilização pela falsificação (art. 297, CP).
	II - pela anistia, graça ou indulto.
	Anistia – é uma lei que retira a punibilidade de fatos cometidos durante um certo período, que caracterizaram crimes. Exemplo: Lei 6683/79.
	Graça (indulto individual) – são atos de perdão, que são dados por ato do Presidente da República (art. 188 LEP).
	Indulto – também é um ato de perdão, que no Brasil se dá anualmente através de decreto do Presidente da República (art. 84, XII, CRFB/88).
	III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso (abolitio criminis)
	
	IV - pela prescrição (próxima aula), decadência ou perempção.
	Prescrição – veremos na próxima aula.
	Decadência – é a perda do direito de representação nos crimes de Ação Penal Pública Condicionada; ou a perda do direito de queixa nos crimes de Ação Penal Privada.
			Direito a queixa – A P Privada.
Decadência hipóteses
			Direito a representação – A P Pública Condicionada.
	Perempção – é a perda do direito de prosseguir com a ação penal, por inércia do Querelante (Autor da ação – vítima). Vide art. 60, CPP.
	V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
	Renúncia – quando o Querelante (vítima) renuncia expressamente o seu direito de representação. Nesse caso extingue-se a punibilidade.
	VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.
	Nada mais é do que o autor do fato desdizer aquilo que foi dito a respeito da vítima, nos casos em que a lei permitir.
	IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
	Consiste na possibilidade do juiz deixar de aplicar a sanção penal por circunstâncias de cunho moral ou social. Exemplo: art. 121, §5º/ 129, §4º e 242, p. ú.
Plano de Aula 8
Da Prescrição
Conceito
Natureza Jurídica
Finalidades
Visão Geral da Disciplina
	PRESCRIÇÃO
	Da pretensão punitiva
	PPP em sentido estrito
	
	
	Prescrição retroativa
	
	
	Prescrição intercorrente
	
	Da pretensão executória
	
Espécies
	PRESCRIÇÃO
	Pretensão punitiva	
	
	Pretensão executória
5.1 Prescrição da Pretensão Punitiva
	
	
	
	Crime
	Crime: art. 129, CP
	Recebimento da denúncia
	08/05/2013
	Pena: 3m a 1ano
	08/05/2017
	
	Prescreve em 04 anos
Art. 109, V, CP
	
5.2 Prescrição Retroativa (art. 110, §1º, CP)
		Data do recebimento da denúncia
Ocorre entre 			e
		Data da sentença condenatória
	
	
	
	Crime
	Recebi denúncia
	Sentença Condenatória
	01/03/2010
	01/05/2010
	02/05/2014
1a 6m
	
	
	
DA PRESCRIÇÃO
CONCEITO.
É a perda de um direito pelo decurso do tempo, sem que o mesmo tenha sido exercido. 
A prescrição penal fulmina o direito de punir do Estado (Jus Puniendi), ou o direito de executar a pena.
NATUREZA JURÍDICA
1ª corrente: teria natureza de Direito Material, pois extingue o direito de punir do Estado.
2ª corrente: teria natureza de Direito Processual, uma vez que incide sobre atos processuais. O tempo incidiria sobre o prazo para propositura da ação penal, para suspensão e interrupção do processo.
3ª corrente: tem natureza mista, ou seja, natureza Penal e Processual Penal.
FINALIDADES
1ª Punir o Estado pela suainércia, ineficiência e falta de mecanismos idôneos a repararem a lesão causada pelo crime;
2ª Não submeter o infrator a injustiça de ficar indeterminadamente submetido ao direito de punir do Estado.
Prescrição antes de transitar em julgado a sentença – Art. 109, CP.
Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória – art. 110, CP.
VISÃO GERAL DA DISCIPLINA
	PRESCRIÇÃO
	Da pretensão punitiva 
(sentido lato)
	PPP em sentido estrito (pena cominada) 
	
	
	Prescrição retroativa (pena aplicada) 
	
	
	Prescrição intercorrente (pena aplicada)
	
	Da pretensão executória (pena aplicada)
	
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA (em sentido estrito)
	
ESPÉCIES
	PRESCRIÇÃO
	Pretensão punitiva	
	
	Pretensão executória
5.1 Prescrição da Pretensão Punitiva
		
	
	
	Crime
	Crime: art. 129, CP
	Recebimento da denúncia
	08/05/2013
	Pena: 3m a 1ano
	08/05/2017
	
	Prescreve em 04 anos
Art. 109, V, CP
	
Ocorre quando o Estado perde a possibilidade de formar o seu título executivo, isto é, de formalizar uma condenação contra aquele que praticou um crime. 
	Ocorrendo a prescrição, o acusado não perderá a sua condição de réu primário.
	Cálculo da PPP – recai sobre o máximo da pena cominada no tipo penal. Exemplo: art. 129, CP – pena de 3m a 1 ano.
	Nesse caso, o crime prescreverá, segundo o art. 109, V, CP, em 04 anos. Vide gráfico acima.
Em quanto tempo prescreve a Pena Restritiva de Direitos? R.: Art. 109, p. único, CP. São os mesmos prazos previstos para as penas privativas de liberdade aplicadas.
Qual o prazo para prescrição da pena de multa? R.: Art. 114, CP.
5.2 Prescrição Retroativa (art. 110, §1º, CP)
		Data do recebimento da denúncia
Ocorre entre 			e
		Data da sentença condenatória
	
	
	
	Crime
	Recebi denúncia
	Sentença Condenatória
	01/03/2010
	01/05/2010
	02/05/2014
1a 6m
Aula em 10/10/2013 – Plano de Aula 8
PARTE ESPECIAL
CRIMES CONTRA A VIDA - HOMICÍDIO
Introdução.
Conceito.
Modalidades.
Simples.
Privilegiado.
Qualificado.
Culposo.
Homicídio simples (art. 121, caput).
Classificação Doutrinária.
Consumação / Tentativa.
Homicídio privilegiado (art. 121, §1º CP).
Homicídio qualificado.
Homicídio culposo.
CRIMES CONTRA A VIDA 
HOMICÍDIO
Introdução.
Conceito.
O significado do homicídio consiste na destruição da vida humana. Somente o ser vivo, e humano, pode ser vítima desse crime. O marco inicial para ocorrer a possibilidade do art. 121 CP começa a partir do início do parto, encerrando-se com a morte do agente.
	Obs.: a violência, segundo a Doutrina, não faz parte do conceito do delito, uma vez que é possível eliminar a vida alheia sem o emprego de força bruta. Exemplo: morte por envenenamento por gás.
Modalidades.
Simples.
Privilegiado.
Qualificado.
Culposo.
Homicídio simples (art. 121, caput).
Pena de 6 a 20 anos, e será considerado simples caso não ocorra nenhuma das hipóteses de privilégio do §1º, e nenhuma das hipóteses do §2º (homicídio qualificado). Evidentemente, deverá estar presente o elemento subjetivo do tipo, ou seja, o dolo.
	O art. 121, caput – CP, via de regra, não é considerado um crime hediondo, contudo, caso seja praticado em atividade típica de grupo de extermínio será considerado como crime hediondo (art. 1º, Lei 8072).
Classificação Doutrinária.
Comum – são aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa.
Próprios – somente podem ser praticados por uma determinada classe ou categoria de pessoas.
Mão própria – somente o agente pode praticar o delito pessoalmente.
Crime de dano – é o crime que efetivamente causa lesão ao bem jurídico tutelado pelo direito penal.
Crime de perigo – se consumam com a possibilidade de causar dano.
Instantâneo – quando da ação do delito, da consumação do crime em um momento.
Permanente – quando o momento consumativo se prolonga no tempo.
Material – o tipo penal prevê a conduta e o resultado (C + R). Ex.: Art. 121, 155, 157, etc.
Formal – o tipo penal não exige a produção do resultado para a sua consumação (precisa apenas da conduta, sem produção de resultado). Ex.: Art. 159 CP.
Mera conduta – o tipo penal não prevê modificação no mundo exterior (mundo dos fatos). Ex.: Art. 150 CP.
Plurissubsistente – é aquele que eu posso imaginar o fracionamento da conduta humana. Consequência: admite a possibilidade da “tentativa”.
Unisubsistente – não é possível fracionar a conduta. Ex.: injúria (crime contra a honra), art. 140 – CP, não admite a modalidade “tentada”.
Monossubjetivo – pode ser praticado por uma só pessoa. Em regra, todos os crimes são monossubjetivos, à exceção dos crimes de quadrilha ou bando e associação criminosa.
Plurissubjetivo – só pode ser praticado por mais de uma pessoa.
Comissivo – requer uma ação do agente.
Omissivo – ocorre quando há omissão do agente.
Classificação doutrinária do crime de HOMICÍDIO.
Crime COMUM: não exige qualquer condição especial por parte do agente.
Admite a modalidade CULPOSA ou DOLOSA
Crime MATERIAL, pois para fins de consumação exige a produção do resultado.
Crime PLURISSUBSISTENTE: a sua conduta pode ser fracionada. Desta forma, admite-se a tentativa.
Crime MONOSUBJETIVO – pode ser praticado por uma só pessoa e, eventualmente, em concurso de pessoas.
	 
Consumação / Tentativa.
O delito consuma-se com a ocorrência do resultado morte.
	Como é classificado como plurissubsistente (a conduta pode ser fracionada) é perfeitamente viável a hipótese de “tentativa”.
	É possível atestar-se o resultado morte a partir do momento me que ocorre a morte encefálica, ou seja, quando ocorre a cessação dos impulsos neuro cerebrais (Lei 9.434/97 – Lei dos transplantes).
Homicídio privilegiado (art. 121, §1º CP).
É uma causa especial de diminuição da pena, aplicada na 3ª fase da dosimetria da pena. O dispositivo é dividido em duas partes:
	1º 
- relevante valor social: é um motivo que atenderia aos interesses da sociedade. Ex.: agente que mata um político corrupto.
	- relevante valor moral: leva em conta os interesses do próprio agente. Ex.: pai que mata o estuprador da filha, ou quando o agente mata alguém mediante o consentimento expresso da vítima que está em seu leito de morte (eutanásia).
	2º - domínio de forte emoção: logo em seguida à injusta provocação da vítima. Sob o domínio: o agente está completamente dominado pela ação e perde o autocontrole em seguida a injusta provocação feita pela vítima. Há uma relação de imediatismo, logo em seguida; proximidade com a provocação da vítima.
	Injusta provocação: 
Homicídio qualificado.
Homicídio culposo.
Aula em 31/10/2013 – Plano de Aula 8 final
1. Prescrição intercorrente (art. 110, caput, CP)
									Trânsito em julgado
	
	
	
	Sentença condenatória
	
	Julgamento STF
	01/02/2010
	
	02/05/2014
	1a e 6m – prescreve 
em 04 anos
	
	Confirma sentença
1a 6m
	Como o agente foi condenado a 1a e 6m (art. 155 p. ex.), a mesma prescreverá, segundo o art. 109, V, em 04 anos.
2. Análise do Art. 111, CP.
Como o agente foi condenado a 1 ano e 6 meses (art. 155) a mesma prescreverá, segundo o art. 109, V, em 4 anos.
	
3. Prescrição da Pretensão Executória (art. 112, CP)
	Ocorre após o trânsito em julgado da sentença. Para que se faça o cálculo é necessário levar-se em conta a pena aplicada, e o seu marco inicial para contagem da prescrição inicia-se no dia do trânsito em julgado. Observação: caso o apenado já esteja preso, o prazo inicial será o do dia da fuga (interrupção do prazo) e levará em conta o restante da pena a ser cumprida.
1º Exemplo			
	
	
	
	Sentença
	
	3/02/2014
	01/02/2010
	
	
	1a e 8m – prescreve em 04 anos
	
	
2º Exemplo			
	
	
	
	Condenado
	Fuga (evasão)
	2/03/2014
	5 anos
	02/03/2010
	Prescreveu
	
	Faltam 1a 8m
	
4. Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória(Art. 110, CP)
5. Redução dos prazos (art. 115, CP)
6. Causas interruptivas (art. 117, CP)
7. Prescrição no concurso de crimes
8. Crimes imprescritíveis
	Art. 5º, XLII, XLIV – CRFB/88.
	Art. 5º, §4º. Decreto nº 4.388, de 25/09/2002.
Plano de Aula 11
Induzimento ou instigação ao suicídio (art. 122 CP)
Noção
Não punição da tentativa de homicídio
Classificação doutrinária
Formas de auxílio
Consumação e tentativa
Causas de aumento
Testemunha de Jeová
Infanticídio
Noção
Características
Classificação doutrinária
Influência do estado puerperal
Limite temporal
Aborto
Induzimento ou instigação ao suicídio (art. 122 CP)
Noção
O Suicídio é também denominado como “autocídio” ou “autoquiria”.
Não punição da tentativa de homicídio
O primeiro argumento, de ordem lógica, é que o sujeito já atentou contra a própria vida e se o Estado for puni-lo por causa disso, a pessoa se sentirá mais estimulada a tentar o ato novamente.
O segundo argumento baseia-se no P da Lesividade. O Estado só pode punir aquelas condutas que extrapolarem o âmbito do próprio agente e que atinjam bens de terceiros.
Classificação doutrinária
Crime comum, doloso, material, instantâneo, plurissubsistente, dano, monossubjetivo.
Objeto material do crime é sobre o que recai a conduta criminosa. Nesse caso, a pessoa humana.
Sujeito ativo – qualquer pessoa.
Sujeito passivo – qualquer pessoa que tenha capacidade de discernimento. Induzir um portador de doença mental ou um menor de 14 anos ao suicídio, caso este venha a morrer, o crime será o do art. 121 CP.
Formas de auxílio
Auxílio moral: induzir, é criar a ideia de suicídio na vítima. Instigar é reforçar uma ideia preexistente.
Auxílio material: é fornecer objetos e instrumentos, meios para a prática da ação ou ensinar a manusear esses instrumentos.
Consumação e tentativa (da morte)
Morte consumada, pena de 2 a 6 anos. 
Se a vítima tentar se matar e não conseguir, a pena será de 1 a 3 anos desde que haja lesão corporal grave ou gravíssima na vítima.
Causas de aumento
Fazer a leitura § único do artigo.
I - Motivo egoístico – só interessa ao próprio agente.
II - Se a vítima é menor: menor de 18 e maior de 14 anos ou tem diminuída a capacidade de resistência.
Testemunha de Jeová
O médico pode intervir contra a vontade do paciente, uma vez que o art. 146, §3º - CP, exclui a possibilidade de responsabilização criminal.
Infanticídio
Noção
Nada mais é do que uma modalidade de homicídio privilegiado, com determinadas condições particulares do sujeito ativo.
Características
 Influência do estado puerperal.
 Morte do próprio filho.
 Durante ou após o parto.
Classificação doutrinária
Crime doloso, próprio, comissivo, material, plurissubsistente, de dano, monossubjetivo, objeto material (o nascituro), bem jurídico tutelado – vida;
Influência do estado puerperal
Estado puerperal é um período cronologicamente impreciso, quando podem ocorrer alguns distúrbios psicológicos incomuns no período da recuperação da genitália materna após o parto. A mulher abalada, pela dor do parto, sofre um colapso moral que libera instintos perversos que a levam a matar o próprio filho. Não basta o estado puerperal. Para caracterizar o art. 123 CP, a mulher tem que agir influenciada, afetada por este, caso contrário responderá por crime de homicídio.
Limite temporal
Durante e no decorrer do parto. 
Expressão “logo após” – a medicina informa que o estado puerperal pode durar de 6 a 8 semanas. Para se comprovar a ocorrência do art. 123 deverá haver, necessariamente, perícia médica na autora do delito, conjugada com o P da Razoabilidade em relação ao período considerado pela medicina como possível.
Observação: necessariamente tem que haver prova pericial.
Aborto 
(art. 124 CP) - O sujeito é, necessariamente, a mãe.
(art. 125 CP) – provocado por terceiro, sem consentimento da gestante.
(art. 126 CP) – provocado por terceiro, com consentimento da gestante.
(art. 128 CP) – inciso II : também chamado de aborto sentimental.
Aula em 07/11/2013 – Plano de Aula 12
DA LESÃO CORPORAL (art. 129, CP)
Modalidades 
	Lesão
	Leve ou simples
	
	Grave
	
	Gravíssima
	
	Seguida de morte
	
	Culposa
	
	Violência doméstica
Conceito: art. 129 caput
Classificação Doutrinária
Exame de Corpo de Delito
Lesão Grave
Análise dos incisos do art. 129, §1º, CP
 Inciso I
 Inciso II
 Inciso III
 Inciso IV
Lesão Gravíssima
Análise dos Incisos
 Inciso I
 Inciso II
 Inciso II
 Inciso III
 Inciso IV
 Inciso V
Lesão seguida de morte
Lesão culposa
Lesão na violência doméstica.
DA LESÃO CORPORAL (art. 129, CP)
Modalidades 
	Lesão
	Leve ou simples – caput
	
	Grave - §1º
	
	Gravíssima - §2º
	
	Seguida de morte - 
	
	Culposa - §6º
	
	Violência doméstica - §9º
Conceito: art. 129 caput
O art. 129 define as lesões corporais como ofender: no sentido de fazer mal a alguém, lesionando ou ferindo uma pessoa.
A lesão corporal pode ser dirigida tanto contra a integridade física como a saúde de outrem.
Obs. 1: causar lesão em um cadáver, eventualmente, poderá caracterizar o art. 211, CP, ou dependendo do caso o art. 163, CP.
	Obs. 2: o crime de lesão corporal leve é um crime de ação penal pública condicionada a representação, segundo o art. 88 da Lei 9099.
Classificação Doutrinária
Crime comum, material, monossubjetivo (concurso eventual de pessoas), comissivo, plurissubsistente, admite tentativa, dano, bem jurídico tutelado: integridade física, objeto material: a pessoa. 
O feto pode ser sujeito passivo do crime do art. 129 CP? Há duas correntes: a primeira entende que somente a partir do nascimento com vida o ser humano pode ser vítima do delito. Qualquer outra lesão causada deverá ser entendida como contra a própria genitora. Já a segunda corrente entende que o feto é um ser humano vivo e a lesão pode ser praticada contra ele.
Exame de Corpo de Delito
Em se tratando de um delito que deixa vestígios no corpo humano, é necessária a elaboração de exame de corpo de delito, com a finalidade de se apurar se a lesão foi leve, grave ou gravíssima.
Lesão Grave
Análise dos incisos do art. 129, §1º, CP.
Este crime, por se tratar de delito material, somente pode ser praticado quando há intenção de lesionar a vítima. 
Desta forma, o agente que atua com intenção de produzir um resultado grave poderá ser responsabilizado, assim também como aquele que atua com a intenção de causar uma lesão leve e acaba por atingir um resultado grave, poderá também ser responsabilizado.
Jamais, em uma lesão culposa que produza algum dos resultados dos §1º e 2º poderá ser considerado como lesão grave ou gravíssima.
 Inciso I
Para que incida essa hipótese, além do exame de corpo de delito, a vítima terá que fazer um exame complementar para atestar que a mesma ficou impossibilitada por 30 dias. Não se admite o exame que ateste que a vítima “ficará” incapacitada por mais de 30 dias.
	Obs.: não se admite exame de caráter prospectivo. O exame tem que ser de caráter retroativo. A incapacidade habitual não se limita às atividades de natureza profissional, a lei não faz qualquer restrição, admitindo-se, na hipótese, atividades esportivas, intelectuais, de lazer, etc.
 Inciso II
Essa modalidade somente é admitida na forma preterdolosa, ou seja, o agente tinha dolo de praticar lesão leve. Se o agente pratica a conduta com intenção de causar perigo de vida, o crime será de tentativa de homicídio. Exemplo: o perigo de vida ocorre quando, posteriormente às lesões praticadas, ocorrer uma constatação médica que consista na possibilidade de morte da vítima.
 Inciso III
Esse resultado pode ser praticado dolosamente ou a título de preterdolo. O agente pode, por exemplo, dar uma chave de braço na vítima com ou sem intenção de causar debilidade permanente que ele vai responder por esse resultado.
Debilidade: é a redução da capacidade funcional.
Membros: são os MS e MI.
Sentidos: visão, audição,olfato, tato e paladar.
Exemplo: a vítima é agredida e perde a função de um de seus olhos. Está na hipótese do §1º, III ou do §2º, III? Nessa hipótese houve a redução da capacidade de enxergar (visão), mas não ocorreu a perda do sentido.
 Inciso IV
Essa hipótese ocorre quando há a antecipação do nascimento. O agente responderá por crime de aborto se a sua interromper a gravidez.
Lesão Gravíssima
Análise dos Incisos
 Inciso I
 Inciso II
 Inciso II
 Inciso III
 Inciso IV
 Inciso V
Lesão seguida de morte
Lesão culposa
Lesão na violência doméstica.

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