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Mandado de Segurança PEÇA 5 CORRIGIDA

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA__ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BARRA DE SANTO ANTÔNIO
MANOEL SILVA, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n° XXX, inscrita no CPF sob o n° XXX, residente e domiciliada na rua(endereço completo), CEP xxxxxxx, com endereço eletrônico xxxxx, por meio de seus procuradores signatários, conforme instrumento de procuração em anexo, vem respeitosamente à V. Exa. Impetrar a presente 
MANDADO DE SEGURAÇA c/c PEDIDO DE LIMINAR
Com fundamento no inciso LXIX do artigo 5° da Constituição Federal, e Lei n° 1.533/51, contra ato praticado pela PREFEITURA MUNICIPAL DA BARRA DE SANTO ANTONIO, pessoa jurídica de direito publico, com endereço à Rua (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
 DA TEMPESTIVIDADE
Pelo presente cumpre, preliminarmente, arguir quanto à tempestividade do presente mandamus, vez que, sendo o prazo para impetração deste decorre em 120 (cento e vinte) dias, contados a partir da ciência do ato impugnado, como determina a Lei nº 12.016/2009 em seu Art. 23, in verbis. Art. 23: O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. (GRIFO NOSSO).
II- DOS FATOS
O impetrante fez inscrição para concurso público para o cargo de Agente Administrativo, da realização do exame o impetrante o participou do edital Nº 001/2017 para o cargo efetivo na Prefeitura Municipal de Barra de Santo Antonio, o certame ofertou num total de 12 vagas para o referido cargo, na qual teriam posse imediata os aprovados no certame.
Ocorre que na realização do exame o demandante logrou êxito em obter nota final de 82,00 pontos, conseguindo assim se posicionar na 7º posição da lista dos aprovados, tudo em conformidade com o edital.
Acontece que mesmo tendo conseguido colocação suficiente para ser aprovado e ocupar o número de vagas ofertadas, Manoel nunca fora chamado para ocupar o cargo efetivo.
Vale ainda salientar que a impetrada nomeou 17 aprovados para o referido cargo de agente administrativo, nunca tendo nomeado o impetrante.
O requerente entrou com requerimento administrativo, para buscar clareza e informações acerca dos fatos ocorridos, o qual não foi atendido dentro do prazo legal, a efetiva nomeação do impetrante não passaria de mera expectativa de direito, visto que a prefeitura fez a efetivação dos demais aprovados no certame, usurpando o direito do requerente, deixando de nomea-lo no ora concurso discutido.
Considerando que os efeitos omissivos da prefeitura se perduram no tempo, subsiste lesão quanto a inércia sobre direito líquido e certo, que enquanto não cessada a ilegalidade, não pode ser contado o prazo de decadência para a impetração do mandado de segurança.
Destarte, é possível verificar tamanho desrespeito ao estipulado pela nossa Carta Magna/88, e ao direito do impetrante, que assegura aos aprovados em concurso público o ingresso nos cargos.
DO DIREITO
Do Direito Líquido e Certo
O impetrante foi aprovado para o cargo de Agente Administrativo. Antes de tudo, convém ressaltar sucintas linhas acerca do entendimento doutrinário concernente ao direito líquido e certo, o qual ora buscado.
Segundo o magistério de Alexandre de Morais, respeitante ao direito líquido e certo, abarcado pelo direito à impetração do mandamus, o mesmo professa, ad litteram:
“Direito líquido e certo é o que resulta de fato certo, ou seja, é aquele capaz de ser comprovado, de plano, por documentação inequívoca. Note-se que o direito é sempre líquido e certo. A caracterização de imprecisão e incerteza recai sobre os fatos, que necessitam de comprovação. Importante notar que está englobado na conceituação de direito líquido e certo o fato que para tornar-se incontroverso necessite somente de adequada interpretação do direito, não havendo possibilidades de o juiz denegá-lo, sob o pretexto de tratar-se de questão de grande complexidade jurídica. ” (MORAES, Alexandre. Direito constitucional [livro eletrônico]. 32ª Ed. São Paulo: Atlas, 2016. Epub. ISBN 978-85-970-0569-1)”
Na situação em análise, urge observar que, de longe, do contexto probatório documentado, há direito líquido e certo a ser concedido, uma vez que o autor fez sua inscrição, prestou o concurso, foi aprovado em 7º lugar, estando dentro do quantitativo de vagas inicialmente ofertadas, ante o exposto fica comprovado que houve inquestionável desrespeito ao seu direito o que precisa imediatamente ser remediado sob pena de lesão irreparável. 
A nossa carta magna, em seu Art. 37 e incisos, determina que a regra para o acesso a cargo ou empego público será por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. Vejamos: 
Art. 37, CF/88: I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Nos incisos seguintes do mesmo artigo 37 a traz a regra de que o candidato aprovado em concurso público tem direito subjetivo de ser nomeado de acordo com a ordem de classificação.
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos serão convocados com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira
Assim havendo disponibilidade de cargos e a necessidade do seu preenchimento, os candidatos aprovados, tem total prioridade observada a ordem classificatória do concurso. Com base nos dispositivos retro mencionados, não há dúvidas de que o candidato aprovado tem direito subjetivo de ser nomeado segundo a ordem classificatória do concurso.
O Supremo Tribunal Federal firmou, em repercussão geral, as balizas sobre o tema do direito subjetivo à nomeação em concursos públicos.
“Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, fixou tese nos seguintes termos: “O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: 1 – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; 2 – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; 3 – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima.” Vencido o Ministro Marco Aurélio, que se manifestou contra o enunciado. Ausentes, nesta assentada, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. STF, Plenário, Data de Julgamento: 09.12.2015.
Portanto nesta patente existe o direito líquido e certo do impetrante em ser nomeado e empossado no cargo de Agente Administrativo, na ordem classificatória do certame.
DOS PRESSUPOSTOS DA MEDIDA LIMINAR
A medida pleiteada comporta prestação liminar, inaudita altera pars, o que desde já se requer,visto que estão presentes todos os pressupostos e requisitos necessários para a sua concessão e deferimento. A possibilidade jurídica da concessão da liminar encontra-se devidamente caracterizada no presente mandamus, tendo em vista que o impetrante obteve aprovação e colocação necessária para nomeação do cargo e mesmo tendo a impetrada nomeado outros candidatos, nunca nomeara o impetrante. Logo fica demonstrada no caso os requisitos necessários para a concessão da medida liminar, conforme Art. 5º, LXIX, CF/88, senão vejamos: 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Desse modo, imprescindível se faz a concessão da medida liminar para que a autoridade coatora nomeie devidamente o Manoel para ocupação do cargo onde ele obteve colocação.
 STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg no AREsp 677041 RJ 2015/0049809-6 (STJ)
Data de publicação: 17/04/2015
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. LIMINAR. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 7/STJ. 1. A Corte de origem, com base na documentação constante dos autos e tendo por presentes os requisitos para o deferimento da liminar no mandado de segurança, concluiu que a parte agravada poderia prosseguir nas etapas do concurso. Nesse contexto, o exame da controvérsia, tal como proposta pelo recorrente e enfrentada pelas instâncias ordinárias, demandaria, necessariamente, novo exame do acervo probatório constante dos autos, providência vedada em recurso especial, conforme o óbice previsto na Súmula 7/STJ. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.
Está caracterizada a abusividade sobre o ato contestado, pelos elementos fáticos bem como jurídicos trazidos à demanda, restando demonstrado o fumus bonis iuris, em favor do de demandante. Diante o que foi apresentado, resta hialino que todos os direitos ao qual o impetrante tem e foram usurpados pela Demandada, ora não concedidos.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Requerente pede que lhe seja concedido o benefício da justiça gratuita, com fulcro no disposto no inciso LXXIV, do artigo 5º da Constituição Federal e na Lei nº 1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposte, requer-se a este Juízo:
a) A concessão da medida liminar de segurança, com a expedição de ofício para que a autoridade coatora nomeie o impetrante ao referido cargo;
b) A notificação da Autoridade coatora omissão para prestar informações no prazo legal de dez dias, conforme artigo 7, I, da Lei 12.016/2009.
c) A intimação do Ministério Público, para apresentar seu parecer como ‘’custos legis’’, no prazo de dez dias, conforme artigo 12 da lei 12.016/2009.
d) Que ao final, seja concedido o Mandado de Segurança, tornando definitiva a liminar, assegurando o direito líquido e certo da Impetrante (nomeação para o cargo de agente administrativo).
e) Por fim, requer a concessão do benefício da justiça gratuita, já que, conforme doc. 06, não possui condições de arcar com as custas judiciais sem prejuízo de seu sustento.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ XXX.
Nestes termos, pede-se Deferimento.
Maceió-AL, 29 de novembro de 2017
ADVOGADO
OAB/AL XXX

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