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Relatório Química de alimentos caramelização

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DOMINIQUE SANTANA
ERICA SANTOS
FILIPE PATROCÍNIO 
HELLEN CAROLINA DOS SANTOS MOTA
ILANA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caramelização em meio neutro, ácido e alcalino
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA
2018
 
Caramelização em meio neutro, ácido e
alcalino
Relatório apresentado como cumprimento acadêmico da disciplina Química de Alimentos II - (Prática) – TEC332 do curso de Engenharia de Alimentos, requerido pelo professor Ernesto Martínez da Universidade Estadual de Feira de Santana.
 
Feira de Santana
 2018
Sumário
Introdução Teórica........................................................................................... 
Objetivo .......................................................................................................... 
Materiais e Métodos.......................................................................................
Resultados e Discussões ..............................................................................
Conclusão .....................................................................................................
Referências Bibliográficas................................................................................
Introdução Teórica
Caramelização, é uma reação não enzimática que envolve a degradação de açúcar na ausência de aminoácidos, mantém-se estável em temperaturas intermediárias, mas em temperaturas altas(120°C-220°C), esses açúcares são pirolisados, resultando em diversos produtos decorrentes da degradação de coloração escura denominado caramelos.(Araújo, 1999).
Segundo Ribeiro, 2007 o mecanismo dessa reação ainda é desconhecido. Sabe-se que o aquecimento provoca quebra de ligações glicosídicas, quando elas existem como na sacarose, abertura do anel hemiacetálico, formação e novas ligações glicosídicas. Como resultado ocorre à formação de polímeros insaturados, os caramelos.
Ribeiro, 2007 afirma que a sacarose é usada para produção de aromas e corantes de caramelo, via reação de caramelização. Ela é aquecida com ácido ou sais de amônio produção de vários produtos usados em alimentos e bebidas, como por exemplo, refrigerante tipo “cola” e cervejas.
 2. Objetivo
Verificar a velocidade de formação de caramelo através da reação da sacarose em meio ácido, básico e neutro . 
 
 3. Materiais e Métodos
 3.1 Materiais
 3.2 Método
 
4. Resultados e Discussões
Araújo 1999, sugere que a reação de caramelização é essencialmente iônica, podendo ser catalisadas por ácidos ( pH2-4) ou bases (pH 9-10). A velocidade da reação é maior em meio alcalino. 
Observou-se um tempo relativamente curto de reação ao aquecermos a sacarose com o NaOH (base), tempo intermediário com o HCl (ácido) e um tempo maior, portanto um aquecimento mais intenso na reação com a água( meio neutro). Há depender do modo de preparação o caramelo que por ser um coloíde adquire cargas elétricas, ou não, o que afeta a sua solubilidade em meio ácido. A sacarose após hidrólise em meio acido sofre isomerização, essa etapa torna-se altamente instável devido a presença de ligações insaturadas. 
Observou-se que o béquer contendo apenas água e sacarose, levou maior tempo para o início do escurecimento, visto que, para este ocorrer, foi necessário a evaporação da água, pois, segundo OETTERER 2006, quando ocorre a fusão da sacarose, esta perde água e se decompõe nos anidridos de glicose e anidridos de frutose ou glicosanos e levulosanos. A velocidade da reação aumentará, de forma que esta será autocatalisada devido a formação de água formada que é responsável por este fato. 
	
Os anidridos formados se combinam com a água e produzem ácidos derivados que hidrolisam a sacarose que ainda não se fundiu por completo, produzindo glicose e frutose. Os levulosanos e glucosanos produzidos também podem se ligarem a água, fazendo com o que frutose e glicose apareçam novamente. Ocorrem desidratações e hidrólises sucessivas durante a reação, formando como produtos finais predominantes, ácidos como o acético e o fórmico, provenientes de aldeídos como o formaldeído e o hidroximetilfurfural, diacetil, carbonilas e grupos enólicos. 
Estes compostos por serem voláteis, são responsáveis pelo aroma, assim como por conferir cor, visto que, são ativos, de forma a se complexarem e formar o polímero que é um pigmento de cor escura denominada melanoidina. Ao aquecer este sistema a 200ºC a degradação da sacarose é promovida por desintegração, com formação de espuma e pigmento, em 3 estágios de formação da cor. No final, há a recombinação dos produtos de degradação e ocorre a formação do caramelo. Ao continuar o aquecimento após a formação do caramelo, haverá a carbonização ou queima.
Em meio ácido, a caramelização ocorre geralmente três etapas. A sacarose hidrolisada em frutose e glicose em meio ácido, (H+ ),na primeira etapa, o açúcar redutor proveniente da hidrólise, sofre uma isomerização a nível do C1, grupamento redutor, formando 1 isômero pela passagem de um hidrogênio do C2 ao C1 o qual é receptor de prótons, e perde o caráter aldeídico, formando o 1, 2 enol, constituindo-se em um álcool. Há uma dupla ligação insaturada entre o C1 e o C2, tornando esta etapa muito instável.
	
Na segunda etapa haverá a eliminação de 3 moléculas de água, sendo que, quando a 1º molécula é eliminada ocorre um rearranjamento ou isomerização que produz 1 isômero insaturado,que por ser altamente instável é rapidamente transformado em 1 isômero saturado mais estável. Neste momento há a saída das outras duas moléculas de água. Há contração do isômero, que permite uma ligação hemi-acetálica entre os carbonos 2 e 5, sendo o hidroximetilfurfural, HMF, que promoverá a cor.
O HMF é formado por um anel de 5 elementos, sendo eles a furanose, com grupamento aldeídico bastante reativo presente no carbono 1 o qual está ligado ao anel no C2, e um grupamento metílico hidroxilado no C6, ligado ao anel no C5. O produto obtido é o 5 hidroximetil, 2 furaldeído ou hidroximetil furfural. Encerra-se aqui a segunda etapa. A terceira etapa, se dá pela polimerização do HMF que irá produzir um polímero colorido, chamado melanoidina, tendo em vista que o HMF, antes da polimerização não é colorido. 
 
De forma ordenada, a caramelização em meio alcalino também se dá basicamente em três etapas, visto que, de acordo com OETTERER 2006, o açúcar na forma redutora, em meio alcalino, (OH- ), sofre rearranjamento ou isomerização, levando à obtenção do enol ao nível dos Carbonos 1 e 2, adquirindo caráter álcool. É instável devido a insaturação, como na caramelização em meio ácido ,ocorrendo a finalização da etapa. 
As reações se sequenciam como na caramelização em meio ácido até a formação do HMF e melanoidinas. Tanto a manose, como a frutose chegam ao 1,2 enol, caracterizando-se como uma reação reversível. Na segunda etapa, há a tendência de fragmentação do 1,2 enol em compostos constituídos por 3 átomos de carbono, formando gliceraldeído, triose- enediol, piruvaldeído e ácido lático,os quais possuem grupos muito reativos, como aldeido, álcool e ácido. Essa fragmentação também pode ser chamada como, "Degradação de Holtamand". Esses compostos são reativos, e de rápida oxidação, assim como promove o escurecimento. Na terceira etapa formam-se polímeros a partir desses compostos, que produzem as melanoidinas.
 
5. CONCLUSÃO
A partir das informações obtidas através da literatura , podemos concluir que, ao submeter um açúcar em meio ácido ou alcalino, o açúcar redutor formado através da hidrólise isomeriza e enoliza, sendo que em uma segunda etapa em meio ácido, há desidratação do isômero e a formação do HMF, já em meio alcalino ocorre a fragmentação em compostos altamente reativos. A ultima etapa é responsável pela produção de polímeros que são as melanoidinas, pigmentos que conferemcor. Diante o exposto podemos observar que se tratam reações autocatalizadas pela eliminação de água, além de aceleradas pelo calor e umidade.
6.REFERÊNCIAS
ARAÚJO, J.M. Química de alimentos-Teoria e prática. Viçosa, imprensa universitária, Universidade Federal de Viçosa, 1999.
OETTERER, Marília. Escurecimento não enzimático.2006/ Disponível em :http://www.esalq.usp.br/departamentos/lan/pdf/Quimica. Acesso em: 04 maio. 2018.
RIBEIRO, Eliana Paula. Química de alimentos. 2ª Ed. São Paulo :Edgar Blucher, 2007.

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