Envelhecimento e Fisioterapia na Saúde do Idoso

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FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO IDOSO
Aula 02: Envelhecimento
AULA 02: ENVELHECIMENTO
Fisioterapia na saúde do idoso 
AULA 01: NOME DA AULA
Disciplina
Temas
Ciclo vital;
1
Definição e causas;
2
Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa;
3
PRÓXIMOS 
PASSOS
Envelhecimento fisiológico, psicossocial, patológico e saudável;
4
Funcionalidade X Incapacidade;
5
Geriatria e Gerontologia.
6
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Ciclo vital
Ciclo da vida de um ser, que inclui todas as fases:
Nascimento;
Crescimento;
Velhice;
Maturidade;
Morte dos organismos.
O período entre o nascimento e a morte varia bastante, de acordo com a espécie e com diversos outros fatores – como, por exemplo, a qualidade de vida.
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Disciplina
“A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como:
[...] um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo os torne menos capazes de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”.
Definição
Fonte: Brasil, 2006, p. 8.
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Definição
No entanto, em condições de sobrecarga – como, por exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional –, pode ocasionar uma condição patológica que requeira assistência – senilidade.
“O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos – senescência –, o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema.
Cabe ressaltar que certas alterações decorrentes do processo de senescência podem ter seus efeitos minimizados pela assimilação de um estilo de vida mais ativo.”
Fonte: Brasil, 2006, p. 8.
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Caderneta de saúde da pessoa idosa
Para os profissionais de saúde, possibilita o planejamento, a organização das ações e um melhor acompanhamento do estado de saúde dessa população.
“A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa também é um instrumento valioso que auxiliará na identificação das pessoas idosas frágeis ou em risco de fragilização.
Para as pessoas idosas, é um instrumento de cidadania [que lhes apresenta] informações relevantes para o melhor [cuidado] de sua saúde.
Fonte: Brasil, 2006, p. 10.
[Essa caderneta] e o Caderno de Atenção Básica – Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa representam dois importantes [mecanismos] de fortalecimento da [assistência fundamental aos idosos].”
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Causas
Suas causas ainda não são totalmente conhecidas.
O envelhecimento é o processo de desgaste do corpo (ou das células) depois que atingimos a idade adulta. 
Algumas teorias propõem que o acúmulo de danos – como, por exemplo, as mutações no DNA – influenciam o aumento de falhas no organismo.
Outras indicam que o envelhecimento pode ser programado geneticamente.
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No nível biológico, o envelhecimento é associado ao acúmulo de uma grande variedade de danos moleculares e celulares. 
“As mudanças que constituem e influenciam o envelhecimento são complexas.
Com o tempo, esse dano leva a uma perda gradual nas reservas fisiológicas, a um aumento do risco de contrair diversas doenças e a um declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo. 
Fonte: Organização, 2015, p. 12.
Em última instância, resulta no falecimento. Porém, essas mudanças não são lineares ou consistentes, [mas] apenas vagamente associadas à idade de uma pessoa em anos.”
Causas
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Fonte: Organização, 2015, p. 12.
Causas
“Além disso, a idade avançada frequentemente envolve mudanças [relevantes – nos papéis e nas posições sociais, bem como na necessidade de lidar com perdas de relações próximas –], além das [carências] biológicas.
Em resposta, os adultos mais velhos tendem a:
Selecionar metas e atividades em menor número – porém mais significativas;
Otimizar suas capacidades [...] – por meio de práticas e [das] novas tecnologias;
Compensar [a falta] de algumas habilidades – [mediante] outras maneiras de realizar tarefas.”
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É provável que essas transformações sofram influência do ambiente físico e social.
Processos biológicos inerentes aos organismos, que são inevitavelmente involutivos.
Entretanto, a extensão do impacto ambiental ainda é desconhecida, principalmente devido à dificuldade de desenvolvimento de um método que separe a fração de declínio fisiológico intrínseca ao organismo daquelas advindas dos estresses ambientais anteriores ao envelhecimento. 
Envelhecimento fisiológico (senescência)
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Envelhecimento fisiológico (senescência)
Principais sistemas afetados
Composição corporal, nutrição ou antropometria;
Metabolismo hidroeletrolítico;
Imunossenescência;
Termorregulação;
Órgãos dos sentidos (visão e audição);
Estruturas envolvidas na voz, na fala, bem como nas motricidade e cavidade orais;
Pele e anexos;
Sistemas endócrino, cardiovascular, respiratório, geniturinário, gastrointestinal e nervoso.
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Principais teorias do envelhecimento fisiológico
Teoria dos radicais livres 
Há evidências que sugerem que danos oxidativos  aumentam com a idade. 
Gerados durante o processo de fosforilação de oxidativa, os radicais livres podem modificar macromoléculas – principalmente por oxidação. 
Por exemplo, em organismos mais velhos, aminoácidos e proteínas específicas tendem a ser oxidados, conduzindo a diminuições de sua atividade. 
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Principais teorias do envelhecimento fisiológico
Teoria da taxa metabólica
Por exemplo, mamíferos menores tendem a ter taxas metabólicas altas e, consequentemente, a morrer mais cedo que os maiores. 
Esta teoria apoia-se na ideia de que os radicais livres e outros subprodutos metabólicos exercem um papel significativo no envelhecimento.
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Principais teorias do envelhecimento fisiológico
Teoria do sistema vulnerável (neuroendócrino)
O pilar desta teoria sustenta a ideia de que um sistema fisiológico específico – em geral neuroendócrino ou imune – é particularmente vulnerável – presumivelmente para processos de entrópicos) durante a velhice. 
Portanto, seu fracasso apressa a deficiência do organismo inteiro.
Por exemplo, é de se esperar que o insucesso dos sistemas citados gerem as seguintes consequências:
Imune – aumento da suscetibilidade à infecção e diminuição da habilidade para rejeitar células tumorais. 
Neuroendócrino – prejuízos profundos em sistemas homeostáticos (inclusive perda de função reprodutiva e regulação metabólica, que acontece com a idade avançada); 
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Disciplina
Principais teorias do envelhecimento fisiológico
Teoria do erro catastrófico
Esta teoria relaciona equívocos na transcrição de DNA ou na tradução de RNA com eventuais erros genéticos que promovem o envelhecimento. 
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Disciplina
Principais teorias do envelhecimento fisiológico
Teoria do relógio biológico
Não sabemos exatamente o que controla a taxa deenvelhecimento.
Há algumas possibilidades, tais como:
Um gene que comanda o telômero;
Algum outro processo de divisão celular;
Um comando genético de outro processo celular não envolvido em divisão – como conserto de DNA – que resulta em apoptose.
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Disciplina
Em cada uma dela, encontramos pedaços da verdade biológica de tal processo. 
Nenhuma das teorias apresentadas consegue explicar, por si só, todos os passos deste complexo processo de envelhecimento.
A busca por essa explicação não se encerra aqui, pois o desejo da eternidade move os homens desde a Antiguidade e perdura até hoje. 
Principais teorias do envelhecimento fisiológico
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Disciplina
Teorias do envelhecimento psicossocial 
Teoria da continuidade
O indivíduo idoso tem a possibilidade de manter todas as suas preferências e experiências, bem como todos os seus hábitos e compromissos construídos ao longo de sua existência.
Esta teoria afirma que o envelhecimento é uma parte integrante e funcional do ciclo da vida.
As pressões exercidas pelos acontecimentos dos últimos anos vêm levando à adoção de novos comportamentos que deem continuidade à vida.    
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Disciplina
Teorias do envelhecimento psicossocial 
Teoria da atividade
A velhice deve ser bem organizada e bem-sucedida. Isso pressupõe a descoberta de novos papéis que mantenham a autoestima para obter essa satisfação. 
Existe um consenso sobre a relação entre as atividades sociais e a satisfação.
Tudo leva à hipótese de que a sociedade precisa conservar a saúde, valorizando o avanço da idade.
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Disciplina
Teorias do envelhecimento psicossocial 
Teoria da desinserção
Quando a desinserção é geral, o homem modifica seu sistema de valores. 
O envelhecimento é acompanhado de um desmembramento entre o indivíduo e a sociedade.
A perda do papel que desempenha no coletivo e das relações impessoais e sociais acaba por tornar-se uma situação normal e rotineira. 
Portanto, à medida que a satisfação com a vida diminui, as atividades diárias também são reduzidas.
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Envelhecimento patológico (senilidade)
Envelhecimento na presença de traumas e de doenças que desviam a curva da capacidade para baixo. 
Exemplos
Diabetes Mellitus por obesidade;
Osteoartrose por esforço repetitivo;
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) por tabagismo.
HÁBITO + GENÉTICA = PATOLOGIA
PATOLOGIA + ENVELHECIMENTO USUAL = ENVELHECIMENTO PATOLÓGICO
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Envelhecimento saudável
“O envelhecimento é definido como um processo multidimensional (BALTES; BALTES, 1990).
Rowe e Kahn (1998) apresentam três indicadores de envelhecimento saudável:
Baixo risco de doenças e de incapacidades funcionais;
Funcionamento mental e físico excelentes;
Envolvimento ativo com a vida.” 
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Envelhecimento saudável X Envelhecimento patológico
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Funcionalidade
Aquilo que abrange todas as funções do corpo, todas as atividades e a participação.
Incapacidade
Aquilo que abrange as deficiências, a limitação de atividades ou a restrição na participação. 
Funcionalidade X Incapacidade
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Disciplina
Geriatria
“É a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia com o instrumental específico para atender aos objetivos:
Abrange desde a promoção de um envelhecer saudável até o tratamento e a reabilitação do idoso. O processo de envelhecimento impacta no comportamento orgânico, demandando abordagens diferenciadas, assim como crianças e jovens apresentam especificidades que são tratadas pelo pediatra.
Geriatra é o médico que se especializou no cuidado de pessoas idosas. Ele se torna especialista após ter feito residência médica credenciada [...].”
Da promoção da saúde;
Da prevenção e do tratamento das doenças;
Da reabilitação funcional;
Dos cuidados paliativos. 
Fonte: Sociedade, 2017.
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Grandes síndromes geriátricas biopsicossociais
Incapacidade cognitiva;
Imobilidade;
Instabilidade postural;
Incontinência urinária;
Iatrogenia;
Insuficiência familiar;
Indiferença;
Isolamento social;
Institucionalização. 
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Disciplina
Campo científico e profissional dedicado às questões multidimensionais do envelhecimento e da velhice, tendo por objetivo a descrição e a explicação do processo de envelhecimento nos seus mais variados aspectos.” 
“É o estudo do envelhecimento nos aspectos – biológicos, funcionais, psicológicos, sociais e outros.
Gerontologia
Fonte: Sociedade, 2017.
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Disciplina
[...] Gerontólogo é o profissional com formação de nível superior nas diversas áreas do conhecimento (Psicologia, Fisioterapia, Serviço Social, Nutrição, Terapia Ocupacional, Direito etc.), [...] apto para lidar com questões do envelhecimento e da velhice [...].”
“Os profissionais da Gerontologia têm formação diversificada, interagem entre si e com os geriatras.
Gerontologia
Fonte: Sociedade, 2017.
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Gerontologia
O gerontólogo atua nos seguintes casos:
Ambientação
“[Esse profissional] orienta a criação de condições ambientais para uma vida com qualidade na velhice, focando os mais variados espaços por onde circulam ou vivem pessoas idosas.”
Prevenção
“[Esse profissional] propõe intervenções que se antecipem aos problemas mais comuns que afetam os idosos e orienta a criação de condições adequadas para um envelhecimento com qualidade.”
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Gerontologia
O gerontólogo atua nos seguintes casos:
Cuidados paliativos
“[Esse profissional] propõe intervenções quando ocorrem doenças progressivas e irreversíveis, abrangendo aspectos físicos, psíquicos, sociais e espirituais, com atenção estendida aos familiares, visando ao maior bem-estar possível e à dignidade do idoso até sua morte.”
Reabilitação
“[Esse profissional] propõe intervenções [para] perdas que são resgatáveis e, quando irreversíveis, orienta a criação de condições individuais e ambientais para uma vida digna.”
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Geriatria e gerontologia: equipe multiprofissional
A população brasileira experimenta um processo de envelhecimento marcante.
A transição demográfica e epidemiológica traz importantes consequências para a educação profissional em saúde. 
A Política Nacional do Idoso (PNI) – Lei nº 8.842/1994 – dispõe sobre a necessidade de ampliação do debate acerca do tema, via inclusão em todos os níveis de escolarização. 
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Saiba mais
Acesse o Portal da Saúde e leia os seguintes materiais:
Saúde da Pessoa Idosa;
Indicadores e Dados Básicos – Brasil (2011).
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Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: MS, SAS, DAB, 2006. (Série A. Normas e ManuaisTécnicos; Cadernos de Atenção Básica, n. 19). Disponível em: <goo.gl/YfsH1i>. Acesso em: 5 jun. 2017.
CUPERTINO, A. P. F. B.; ROSA, F. H. M.; RIBEIRO, P. C. C. Definição de envelhecimento saudável na perspectiva de indivíduos idosos. Psicologia: Reflexão e Crítica, ano 11, v. 20, n. 1, p. 81-86, 2007. Disponível em: <goo.gl/QPXiB2>. Acesso em: 5 jun. 2017.
AULA 02: ENVELHECIMENTO
Fisioterapia na saúde do idoso 
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Referências
ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde. Relatório mundial de envelhecimento e saúde. Genebra: OMS, 2015. Disponível em: <goo.gl/f1bTC0>. Acesso em: 5 jun. 2017. 
SOCIEDADE Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Envelhecimento: o que preciso saber? O que é Geriatria e Gerontologia? Disponível em: <goo.gl/hHFNsr>. Acesso em: 5 jun. 2017. 
WONG, L. R. (Org.). O envelhecimento da população brasileira e o aumento da longevidade: subsídios para políticas orientadas ao bem-estar do idoso. 1. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2001. v. 1.
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Biologia e fisiologia do envelhecimento.
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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 Envelhecimento saudável Envelhecimento patológico Infância Adulto Velhice Incapacidade