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Aula de Dir. Constitucional - Católica SC - MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

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MANDADO DE SEGURANÇA 
 ART. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Se ingressa o MS sobre um ato coator. Não sobre uma lei.
Objeto do MS: é a tutela do direito individual líquido e certo do impetrante. Visa a correção de ato ou omissão de autoridade legal e oferendo direito líquido e certo. 
Pressupostos do MS: Existência de um direito líquido e certo. É o direito subjetivo, decorrente de fato equívoco, capaz de ser completamente provado com documentos anexados a petição inicial sem necessidade de provas complementares de qualquer espécie. Pouco importando a complexidade das questões jurídicas envolvidas na hipótese.
Direito líquido e certo: É aquele cujos fatos podem ser demonstrados de forma documental no momento da propositura da ação. Não importa quão dificultosa seja a questão jurídica, mas sobre os fatos (questão fática) deve haver prova pré-constituída ou documental, pois o MS não admite instrução probatória. (Processo de produção de provas). É também aquele que entre o autor e o réu é visto sem dúvidas, pois está provado documentalmente. 
Ilegalidade do ato ou abuso de poder. A ilegalidade do ato pode ocorrer por ato comissivo ou omissivo. 
SUMULA 266 DO STF – NÃO CABE MS CONTRA LEI EM TESE 
(É aquela que não incide sobre uma situação concreta e específica ou que não está apta a produzir efeitos concretos.) 
Ex: Se tem uma lei que não me afeta, não posso entrar com MS. 
Deve ser praticada por uma autoridade pública ou alguém no exercício do estado. 
Modalidades de mandado de segurança: 
Posterior/Corretivo/Repressivo: É aquele destinado a corrigir um ato ou omissão ilegal de autoridade lesivo a direito líquido e certo do impetrante.
Preventivo: Destinado a evitar que a lesão venha a acontecer.(Deve haver a demonstração de um justo receio de que o direito líquido e certo do impetrante será ferido, deverá haver uma ameaça real e atual de que se reduzirá ato lesivo ao impetrante). Você tem um receio, e quer evitar a ameaça e lesão. Tem que provar que existe uma ameaça real e atual.
EXERCÍCIOS:
1) TR 4ª REGIAO: 3 decisoes deferindo, cabimento, de mandado de segurança preventivo e 3 decisões deferindo mandado de segurança corretivo. 
2) Qual o prazo para o manejo do MS, e qual natureza jurídica desse prazo. Prescricional ou decadencial.
R: É previsto no art. 23 da Lei nº 12.016/2009 o prazo decadencial de 120 dias para a impetração do mandamus, cujo termo inicial coincide com o conhecimento do ato pelo lesado.(58) O decurso desse prazo não impede que se busque a tutela do mesmo direito por outros meios; da mesma forma, o pedido pode ser formulado em novo MS quando a decisão denegatória proferida em pedido similar anterior não tiver julgado o mérito (art. 6º, § 6º, da Lei nº 12.016/2009). Conforme o Enunciado nº 304 da Súmula do STF, “decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa julgada contra o impetrante, não impede o uso da ação própria”. Logo, caso seja decidido que o impetrante não comprovou o alegado direito líquido e certo, o pedido pode ser renovado com novas provas (desde que não tenha decorrido o prazo decadencial, que não se interrompe ou suspende – art. 207 do Código Civil).
Prescricional: Pode ser interrompido (reabre do mesmo ponto que parou) ou suspenso, se reabre a partir daquilo que foi suspenso.
Decadencial: Não pode ser interrompido ou suspenso. 
Todo o processo um dia chega ao fim! Mais cedo ou mais tarde. Ele termina. Podendo acontecer de dois modos. Sendo extinto, com ou sem julgamento do mérito. CPC 267 a 269
O juiz aprecia o mérito quando da valor ao que realmente importa na questão. 
Lei 12.016 
§ 6o  O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito
Art. 20.  Os processos de mandado de segurança e os respectivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus. 
Art. 25.  Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. 
Se você ganha, a parte que perdeu paga os honorários do seu advogado. Se você perder, você tem que é intimado a pagar a verba do advogado da parte contrária. 
Art. 26.  Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas e da aplicação da Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, quando cabíveis. 
Se o juiz manda fazer algo, e ela não obedece, ali está sendo cometido crime de desobediência.
Sumula 266 – Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Sumula 267 – Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
Sumula 268 - Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. 
EXERCÍCIO: 
É constitucional a fixação em lei de um prazo para a impetração de um mandado de segurança quando a própria constituição não o ofiça. 
A Superveniência do ato atacado por MS preventivo após sua impetração impede que ele seja conhecido e julgado como se MS corretivo fosse?
Quais as hipóteses legais de vedação ao cabimento do MS.
Art. 1º 
§ 2o  Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. – Ex: Empresa pública. Empresa que não presta serviços em natureza pública, presta serv. De natureza privada. Ex: Caixa Econômica Federal. Quando pratica os atos típicos de um banco, abrir CC, Cheque Especial, Comprar Duplicata... ela pratica atos de gestão comercial. 
Art. 5o  Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução -> garantia. – não cabendo recurso poderá entrar com mandado de segurança. Se ela prevê recurso, vc tem que saber se ele pode ser suspensivo ou não. Você não poderá trocar o recurso. 
Todo recurso pode ser recebido em dois efeitos.
Efeito devolutivo: Não suspensivo
Efeito suspensivo: Suspensivo. O processo para, para poder julgar o recurso.
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; se tratando de decisões tomadas dentro de um processo. Entre o começo e o final, uma série de decisões são tomadas. Ao invés de entrar com MS, você entra com recurso. 
III - de decisão judicial transitada em julgado. – não cabendo mais recurso pois foi transitada em julgado.
Sumula 266 – Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Sumula 267 – Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
Sumula 268 - Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
EXERCÍCIO: 
É constitucional a fixação em lei de um prazo para a impetração de um mandado de segurança quando a própria constituição não o ofiça? 
MENSAGEM Nº 642, DE 7 DE AGOSTO DE 2009. 
Senhor Presidente do Senado Federal, 
Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1o do art. 66 da Constituição, decidi vetar parcialmente, por contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei no 125, de 2006 (no 5.067/01 na Câmara dos Deputados), que “Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências”. 
Ouvido, o Ministério da Justiça manifestou-se pelo veto aos seguintes dispositivos: 
Parágrafo único do art. 5o 
“Art. 5o .................................................................
Parágrafo único. O mandado de segurança poderá ser impetrado, independentemente de recurso hierárquico, contra omissões da autoridade, no prazo de 120 (centoe vinte) dias, após sua notificação judicial ou extrajudicial.” 
Razão do veto 
“A exigência de notificação prévia como condição para a propositura do Mandado de Segurança pode gerar questionamentos quanto ao início da contagem do prazo de 120 dias em vista da ausência de período razoável para a prática do ato pela autoridade e, em especial, pela possibilidade da autoridade notificada não ser competente para suprir a omissão.” 
R: Conclui-se então que é inconstitucional a fixação de um prazo para a impetração do mandado de segurança, vendo que por meio da mensagem nº 642, de 7 de agosto de 2009, vetou o Parágrafo Único do Art.5º pelo fato de poder gerar questionamentos quanto ao inicio da contagem dos 120 dias e pela possibilidade da autoridade notificada não ser competente para suprir a omissão. 
A Superveniência do ato atacado por MS preventivo após sua impetração impede que ele seja conhecido e julgado como se MS corretivo fosse?
Sim, o MS preventivo serve para que a lesão seja evitada e não venha acontecer. Já o MS Corretivo serve para corrigir um ato, não é possível tratar e julgar estes dois de mesma forma. Isso impede julgamente e conhecimento. 
Explique o que é direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos;
Direitos difusos 
Constituem direitos transindividuais (interesses de um grupo), ou seja, que ultrapassam a esfera de um único indivíduo, caracterizados principalmente por sua indivisibilidade, onde a satisfação do direito deve atingir a uma coletividade indeterminada, porém, ligada por uma circunstância de fato. Por exemplo, o direito a respirar um ar puro, a um meio ambiente equilibrado, qualidade de vida, entre outros que pertençam à massa de indivíduos e cujos prejuízos de uma eventual reparação de dano não podem ser individualmente calculados.
Exemplo: “a) o direito de todos não serem expostos à propaganda enganosa e abusiva veiculada pela televisão, rádio, jornais, revistas, painéis publicitários; b) a pretensão a um meio ambiente hígido, sadio e preservado para as presentes e futuras gerações; (...) e) o dano difuso gerado pela falsificação de produtos farmacêuticos por laboratórios químicos inescrupulosos; f) a destruição, pela famigerada indústria edilícia, do patrimônio artístico, estético, histórico turístico e paisagístico; 
Direitos coletivos:
Constituem direitos transindividuais(interesse de um grupo) de pessoas ligadas por uma relação jurídica base entre si ou com a parte contrária, sendo seus sujeitos indeterminados, porém determináveis. Há também a indivisibilidade do direito, pois não é possível conceber tratamento diferenciado aos diversos interessados coletivamente, desde que ligados pela mesma relação jurídica. Como exemplo, citem-se os direitos de determinadas categorias sindicais que podem, inclusive, agir por meio de seus sindicatos. Trata-se do interesse de uma categoria.
Exemplo: a) aumento ilegal das prestações de um consórcio: o aumento não será mais ou menos ilegal para um ou outro consorciado. (...) Uma vez quantificada a ilegalidade (comum a todos), cada qual poderá individualizar o seu prejuízo, passando a ter, então, disponibilidade do seu direito. Eventual restituição caracterizaria proteção a interesses individuais homogêneos; b) os direitos dos alunos de certa escola de terem a mesma qualidade de ensino em determinado curso; c) o interesse que aglutina os proprietários de veículos automotores ou os contribuintes de certo imposto
Direitos individuais homogêneos:
São aqueles que decorrem de uma origem comum, possuem transindividualidade(Interesse de um grupo) instrumental ou artificial, os seus titulares são pessoas determinadas e o seu objeto é divisível e admite reparabilidade direta, ou seja, fruição(usufruto de vantagem) e recomposição(restituição de formato anterior) individual.
"O que caracteriza um direito individual comum como homogêneo é a sua origem comum"
 São aqueles que dizem respeito a pessoas que, ainda que indeterminadas num primeiro momento, poderão ser determinadas no futuro, e cujos direitos são ligados por um evento de origem comum. Tais direitos podem ser tutelados coletivamente muito mais por uma opção de política do que pela natureza de seus direitos, que são individuais, unidos os seus sujeitos pela homogeneidade de tais direitos num dado caso. A defesa dos direitos individuais homogêneos teve início nos Estados Unidos em 1966, através das chamadas "Class actions".
Exemplo: “a) os compradores de carros de um lote com o mesmo defeito de fabricação (a ligação entre eles, pessoas determinadas, não decorre de uma relação jurídica, mas, em última análise, do fato de terem adquirido o mesmo produto com defeito de série); b) o caso de uma explosão do Shopping de Osasco, em que inúmeras vítimas sofreram danos;

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