Buscar

Aula de Dir. Constitucional - Católica SC - ADIn

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Aula 15 – 09/06/15 – ADIn.
ADIn – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Esse modelo do controle concentrado é julgado somente pelo STF. Possui características semelhantes ao modelo austríaco:
Abstrato: O STF somente analisa se a lei infraconstitucional está de acordo com a Constituição, não interessando se há lide sobre o caso.
Concentrado: Somente o STF pode decretar a inconstitucionalidade de uma lei, razão pela qual o método é de controle concentrado.
Objetivo: Não há interesse subjetivo (de partes).[1: Por esse motivo, quando ingressado a ADIn, o requerente não pode desistir da ação, visto que a declaração não é de interesse da parte, e sim do ordenamento jurídico como um todo.Art. 5º Lei 9.686 - Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.]
>Legitimidade Ativa da ADIn:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: CF/88
É quem pode ingressar com a ADIn. Apesar de não existir divisão na Constituição Federal, doutrina e jurisprudência tem adotado a divisão da legitimidade ativa:
Legitimados Universais: dispostos nos incisos I, II, III, VI, VII e VIII do art. 103 da CF.
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional. CF/88
Legitimados Especiais: dispostos nos incisos IV, V e IX do art. 103 da CF.
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. CF/88
Esses legitimados somente poderão ingressar com a ADIn se comprovarem pertinência temática no objeto de controle, ou seja, devem provar que o tema tratado no objeto de controle de inconstitucionalidade atinge diretamente seus interesses.
Exemplo: Lei do RS diz que não será mais possível importar carne do Acre. O Governador de SC não pode ingressar com a ADIn, pois a lei não gera efeitos sobre o Estado de SC.
>Legitimidade Passiva da ADIn: São os órgãos responsáveis pela edição da norma objeto do controle de inconstitucionalidade.
Observação: no controle concentrado, é possível que “autor” e “réu” sejam a mesma pessoa, pois não há interesse subjetivo na ação. Por exemplo, o Presidente da República pode promulgar um Decreto e depois entrar com ADIn para declará-lo inconstitucional.
>Figura do Amicus Curiae – leia-se âmicus cúrie:
Na tradução livre, podemos dizer que é amigo da corte. Quando a ADIn tratar de tema onde envolva conhecimento específico/técnico (exe. Lei de Transplantes de Órgãos), pode o STF requisitar apoio técnico da área ou pode os profissionais se disporem para auxiliar a análise dos termos técnicos.
Art. 7º. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
§ 2º O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. 9.686/99
Art. 9º. Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.
§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. 9.868/99
>Papel do Procurador Geral da República:
Esse cargo diz respeito ao chefe do Ministério Público Federal. Mesmo não sendo parte “ativa” ou “passiva” na ADIn, deve o mesmo sempre dar o parecer que lhe melhor compreenda se a lei é ou não inconstitucional.
Observação: não sendo parte da ação, não poderá requerer Embargos Declaratórios depois de proferida a sentença. 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
[...]
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. CF/88
Observação 2: não sendo ouvido na ADIn, poderá a ação ser declarada a nulidade da ação devido a falta dos preenchimentos formais para o procedimento.
>Papel do Advogado Geral da União:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
[...]
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. CF/88
Considerando que quando uma lei é editada a mesma tem a presunção der ser constitucional, o Advogado Geral da União será citado na ADIn para que exerça o papel de defensor da lei objeto de controle. Não pode o mesmo concordar com a inconstitucionalidade da lei. Tem o dever de defender, devido àquela presunção.
>Normas Impugnáveis por meio da ADIn:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
[...]
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. CF/88
Por “lei ou ato normativo” entende-se todo e qualquer ato emanado do poder público que se caracterize como “lei em sentido material”, quer dizer, dotado de conteúdo normativo geral e abstrato (somente atos normativos após 1988). 
Observações
A ADIn pode ser proposta ainda que a norma objeto do controle não tenha esgotado a sua vacatio legis. Exe: O novo CPC.
Atos normativos – Emendas Constitucionais, Leis Complementares e Ordinárias, Atos Normativos (resoluções, medidas provisórias, leis delegadas, decretos, decretos legislativos, regimentos internos dos tribunais e casas parlamentares, convenções coletivas de trabalho) e Tratados Internacionais.
Um decreto que regulamente o IR (imposto de renda) é algo geral e abstrato, podendo ser objeto de ADIn. Um decreto de nomeação de uma pessoa para ocupar algum cargo não pode, pois não é geral nem abstrato.
Tratados internacionais não são objetos de ADIn, e sim a resolução do Congresso Nacional e Decreto da Presidência da República que autorizaram tal tratado a ser seguido no ordenamento jurídico brasileiro.
Conforme se extraí do art., não cabe ADIn contra lei municipal.
>Medida Cautelar na ADIn:
O deferimento da medida cautelar é uma medida excepcional que suspende a aplicação da lei ou ato normativo com efeitos ex nunc e erga omnes, salvo se o STF outorgar eficácia retroativa à decisão. Aplica-se efeitos represtinatórios à lei anterior.
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.
§ 1º. A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
§ 2º. A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. 9.868/99
Sendo considerada uma providência excepcional que se contrapõe à presunção “juris tantum” (presunção relativa – quando a norma é edita, se presume que ela é constitucional) da norma impugnada, tem o STF exigido que a concessão da Medida Cautelar dependa do preenchimento dos seguintes requisitos:
Possibilidade jurídica da tese exposta(periculum in mora).
Possibilidade de prejuízo decorrente da demora da decisão final (fumus boni juris).
Irreparabilidade ou insuportabilidade dos danos que decorrem do ato impugnado.
Necessidade de garantir eficácia da decisão final.
Observação: pode-se entender que os itens 3 e 4 são um aprofundamento do item 2.
Exemplo: depois de dois meses da entrada em vigor o novo CPC, foi proposta ADIn do mesmo. Sendo concedido a cautelar, os efeitos gerado pela lei nesses dos meses não serão afetados (salvo §1º). Assim, represtinando (dando vida novamente) a lei anteriormente revogada (salvo §2º), o antigo CPC.
>Decisão Final da ADIn:
Transitada em julgado a decisão da ADIn, quer sendo declarada inconstitucionalidade (procedência da ação) ou constitucionalidade (improcedência da ação) da lei ou ato normativo federal ou estadual, terá ela efeitos gerais (erga omnes), retroativos (ex tunc) e vinculantes.
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. 9.686/99.
Art. 28. Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal. 9.868/99.
Observações:
Não confundir a decisão do STF no controle difuso x concentrado: difuso é inter partes; concentrado erga omnes.
Possui caráter dúplice: declaração de inconstitucionalidade (procedência da ação) ou constitucionalidade (improcedência da ação).
Efeito vinculante corresponde a obrigatoriedade da observância da sentença.
>Modulação dos efeitos da Decisão Final da ADIn:
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 9.868/99.
No art. 27 entende-se que por regra a decisão do STF sobre a inconstitucionalidade gera efeitos ex tunc, contudo, por motivos de segurança jurídica ou de excepcional interesse social poderá, através de 8 Ministros (2/3 dos 11), fixar efeitos ex nunc a norma objeto do controle.
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. 9.868/99.
No art. 23 entende-se que deve ser voto da maioria absoluta (mínimo de 6 Ministro) a inconstitucionalidade da lei objeto da ação – reserva de decoro parlamentar.
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. 9.868/99.
No art. 22 entende-se que para ir a votação a ADIn, deve estar presente no mínimo 8 Ministros, sendo necessário atingir o quórum de 6 votos (contra ou a favor – caráter dúplice).
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 9.868/99.
No art. 26 entende-se que não cabe ação rescisória, somente embargos declaratórios (onde é o mesmo tribunal que irá julgar novamente – decisão obscura). Importante observar que a ação somente pode ser proposta pelas partes da ação.

Outros materiais