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Exercício de Antropologia (3)

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA INTRODUÇÃO A ANTROPÓLOGIA
Prof. Maria Grazia
Exercício
Data: 05/02/2018
Alunas (os): Cira Cristine Pena de Oliveira
 
Questão 1. Aponte e explique duas dificuldades para se compreender uma cultura diferente da nossa e aponte as soluções.
Dificuldade 1- Superar o Etnocentrismo: Porque faz com que o sujeito pensante vivencie outra cultura pelos valores da sua e interprete eventos em outras culturas comparando-os com eventos semelhantes da sua própria cultura. Ocasionando a produção de uma compreensão distorcida de outra cultura.
Solução: Exercer o Etnoexocentrismo: Que é a capacidade inerente à cultura de sair de si mesma e se comunicar com outras culturas, significando ter elementos básicos de comunicação que são mutuamente inteligíveis. O potencial de ser para si e para outrem.
Dificuldade 2- Encontrar os conceitos adequados para compreender o que é estranho.
Solução: Através de formulação de métodos que façam a ponte entre o sujeito e seu objeto de pesquisa. E a produção e existência de uma linguagem adequada para exprimir essa compreensão, linguagem que seja igualmente compreensível para ambas as partes e para os cientistas de um modo geral.
Questão 2. Qual a diferença entre método e técnica, exemplifique.
Método: É maior, mais amplo e mais profundo que a técnica. Método implica o modo em que o objeto é compreendido, é a “estratégia” usada.
Exemplo: Método estruturalista, toma o objeto como sendo constituído por uma estrutura de vários componentes que se contrastam e se complementam.
Técnica: É a noção do instrumento, seja material, seja conceitual, que ajuda no processo de um método. A “tática” aplicada.
Exemplo: Coleta de dados, pesquisa de campo.
Questão 3. Disserte sobre a pesquisa de campo e a observação participante.
Pesquisa de campo: É uma técnica, um instrumento mais genérico, que não envolve necessariamente uma vivência com a cultura pesquisada. Pesquisar no campo quer dizer deslocar-se para onde está o objeto de pesquisa e usar de métodos e técnicas variados, conforme o interesse do pesquisador. É importante também que o pesquisador tenha sua pesquisa complementada com a pesquisa em arquivos, bibliotecas, institutos de pesquisa.
Observação participante: consiste em o pesquisador buscar compreender a cultura pela vivência concreta nela, morando com os “nativos”, participar de seus cotidianos, comer de suas comidas, se alegrar em suas festas e sentir o drama de ser de outra cultura. Não basta observar os fenômenos, não basta entrevistar as pessoas que deles participam, não basta conhecer os documentos materiais ou ideológicos de uma cultura, é preciso vivenciá-la, observar in loco o comportamento dos “nativos”. Para isso, é preciso a presença contínua do pesquisador em seu local de estudo, com ética, objetividade e bom senso, diante dos seus pesquisados e diante dos temas sobre os quais busca obter dados.
Questão 4. Defina e aponte as diferenças entre monografia e etnografia.
Monografia: É o estudo e a descrição de um único tema ou assunto. Pode ser de um caso ou uma situação. Uma monografia compreende uma descrição, uma análise e algum tipo de inserção teórica do assunto.
Etnografia: É um estudo completo de um povo, em todos os seus aspectos sistemáticos, da economia à religião. A etnografia é o documento básico, de cunho empírico, pelo qual a antropologia se legitima como disciplina acadêmica.
Diferenças: Monografia - é específica, resultado de um estudo de caso ou situação, apresentada como a elaboração de uma pesquisa final de um assunto, em outras áreas das ciências. Etnografia - é abrangente, é o primeiro passo para subsidiar estudos comparativos entre povos e, daí produzirem-se estudos etnológicos, na antropologia.
Questão 5. Disserte sobre o método comparativo e o relativismo cultural.
Método comparativo – partindo do pressuposto que comparar é colocar lado a lado dois eventos semelhantes, reconhecendo seus diferentes contextos e os contextos maiores que os unem ou os fazem parecidos, podemos dizer que o método comparativo, serve para expor e se contrapor a um método que aparece como o seu oposto: o relativismo cultural.
A comparação entre culturas ditas “selvagens”, na sua atualidade, com o passado das culturas europeias, era o que se chamava de método comparativo.
Recebeu críticas de Boas, que refutava a legitimidade metodológica de fazer comparações, argumentando que cada cultura tinha sua própria história, tinha sua própria consistência e dinâmica, fruto de sua essência única e de sua interação com o meio ambiente e com outras culturas.
Tal crítica foi seguida por várias gerações de antropólogos, sempre em nome de uma crítica ao evolucionismo, que deixaram em tese, de utilizar o método. Mas, na prática, ninguém jamais deixou de fazer comparações em seus raciocínios, algo realmente inato na lógica da ciência.
Relativismo cultural: Como conceito científico, o relativismo cultural pressupõe que o investigador tenha uma visão neutra diante do conjunto de hábitos, crenças e comportamentos que a princípio lhe parecem estranhos, que resultam em choque cultural.
Relativizar é deixar o julgamento de lado, assim como se afastar da sua própria cultura a fim de entender melhor o outro.
Toda comparação seria ipso facto impossível, irreal e desleal.
É um método essencial da Antropologia, pela valorização que dá a cada cultura ou evento cultural, assim como é indispensável como componente ético da pesquisa. Mas, é impossível de ser aplicado em todas as suas consequências. Pelas seguintes razões: é um processo que tende a levar o objeto de pesquisa a só ser compreendido em seus próprios termos; deve ser limitada, porque a comparação é imprescindível para se chegar a compreensão de que há semelhanças entre coisas aparentemente diversas e diferentes; e porque cada cultura ou cada indivíduo carrega seu próprio ethos para se comunicar e para entender o Outro; então há que se fazer um compromisso entre as linguagens para haver comunicação e compreensão entre esses dois entes, o Eu, ou o sujeito pensante, e o Outro, ou o objeto da pesquisa. Terminando assim, produzindo a impossibilidade do conhecimento.
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