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Gravidez na adolescência 2

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Sumário
11. Conceito de adolescência	�
22. Crescimento e desenvolvimento puberal	�
23. Dados do Crescimento	�
44. Psicologia na adolescência	�
45. Sofrimento diante do espelho	�
46. Virginidade	�
57. A experiência de ser mãe na adolescência	�
68. Pais adolescentes	�
79. A gravidez na adolescência	�
710. Fatores que influenciam na gravidez na adolescência	�
911. Fatores de risco da gravidez na adolescência	�
1312. Paternidade na adolescência	�
1413. Contracepção na adolescência 9	�
1814. Aborto na adolescência	�
2015. Doenças sexualmente transmissíveis na adolescência	�
23Referências Bibliográficas	�
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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
1. Conceito de adolescência
A palavra adolescência vem do latim: adolescentia e segundo o dicionário Aurélio corresponde ao período da vida humana que sucede à infância, começa com a puberdade, e se caracteriza por uma série de mudanças corporais e psicológicas (estende-se aproximadamente dos 12 aos 20 anos).
Sendo mais abrangente compreendemos como uma transição gradual entre a infância e o estado adulto que se caracteriza por profundas alterações somáticas, psicológicas e sociais. Representa uma das fases mais importantes do ciclo vital à medida que completa o período de desenvolvimento e crescimento. Envolve uma multiplicidade nas áreas biológicas, psicossocial além de variabilidade individual e populacional. 
Diferentes critérios podem ser utilizados para delimitar a adolescência, isto é, para estabelecer o período em que o indivíduo não é mais criança e ainda não é um adulto. Idade cronológica, fases do desenvolvimento físico, características psicológicas e sociais são certamente instrumentos importantes nesse julgamento, principalmente quando vistos em conjunto, pois isoladamente podem levar a falhas de apreciação.
Segundo a Organização mundial de saúde a adolescência pode ser definida cronologicamente na faixa dos 10 aos 20 anos, pois esses limites parecem abranger a maioria dos eventos que a caracterizam e podem ser utilizados em diferentes contextos sócio-culturais. Ao se empregar a idade cronológica como faixa de demarcação, deve ser lembrado que ela isoladamente não constitui um índice de desenvolvimento, podendo englobar indivíduos ainda não adolescentes e outros que já o foram.
O termo puberdade é utilizado para designar todo o processo de maturação biológica, inserido no período da adolescência.
Segundo o critério psicológico, a adolescência representa um período de mudanças entre a infância e a idade adulta, relacionadas fundamentalmente a uma busca de identidade. Do ponto de vista social, a adolescência corresponde ao período da vida do indivíduo durante o qual a sociedade não o encara como criança, porém ainda não lhe confere o status de adulto.
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2. Crescimento e desenvolvimento puberal
A adolescência é uma das fases do ciclo vital, na qual ocorrem marcantes transformações anatômicas, fisiológicas e psicológicas. Culminando no corpo adulto com capacidade de reprodução.
“Nos últimos 100 anos, devido a melhoria das condições de vida, principalmente da nutrição, tem se observado um marcante aumento da altura final e antecipação da puberdade ( aceleração secular do crescimento ).Este evento é facilmente demonstrável quando se comparam os vários dados sobre a primeira menstruação ( menarca ): Na Europa ( 1840 ) a idade média da menarca era 17 anos. Na década de 70 reduziu para 13 anos, ou seja uma antecipação de cerca de 3 a 4 meses a cada 10 anos. O Brasil possui um fenômeno semelhante: Em 1930 a idade média da menarca era de 13,8 anos, já em 1970 ela caiu para 12,5anos” 
As características de crescimento e desenvolvimento resultam de fatores genéticos interrelacionando-se com os fatores ambientais. Portanto ao chegar a adolescência o indivíduo traz consigo os efeitos de uma interação herança-ambiente anterior, presente desde o momento da concepção e que se estiver desfavorável poderá não permitir o seu pleno desenvolvimento. O ambiente de vida, principalmente o nível sócio-econômico, é importante determinante do crescimento e desenvolvimento do adolescente.
3. Dados do Crescimento 
3.1. Altura e peso
A relação altura e peso permite avaliar a evolução de crescimento físico na prática clínica. Quando se observa a curva de altura e peso por idade, entre 9 e 10 anos, meninas e meninos têm essa medida semelhante. Entre 11 e 14 anos as meninas apresentam valores médios de peso e altura superiores a dos meninos. Ao redor dos 15 anos essa relação se inverte, ficando os meninos com valores médios maiores.
Os meninos chegam a atingir velocidades aproximadas de 10 cm/ano e meninas atingem de 8 a 9 cm/ano. O Pico de Velocidade de Crescimento (PVC) ocorre em média entre 11 e 12 anos na menina e 13 e 14 anos nos meninos. 
Ultrapassando o PVC, segue-se desaceleração gradual do ganho estatural até a parada de crescimento ao redor de 15 ou 16 anos nas meninas e de 17 ou 18 anos nos meninos.
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3.2. Desenvolvimento muscular e do tecido adiposo
Na puberdade, a massa muscular aumenta gradualmente desde o início da aceleração do crescimento. A velocidade máxima de ganho muscular ocorre geralmente na mesma época do PVC, o desenvolvimento muscular é conseqüência do incremento no tamanho das células, sendo mais acentuada no sexo masculino. Quanto ao adiposo observa-se um acúmulo contínuo dos 8 anos de idade até puberdade. Porém, a velocidade com a qual a gordura se deposita diminui durante a PVC. Essa diminuição é mais acentuada no sexo masculino e pode levar a falsa impressão da perda de peso. 
3.3. A maturação sexual
Engloba gônadas, órgãos de reprodução e caracteres sexuais secundários. 
3.3.1. Sexo feminino
A primeira manifestação da puberdade do sexo feminino é geralmente o surgimento do broto ou do botão mamário, em média aos 9,7 anos. Concomitante observa-se crescimento dos pelos pubianos, além do desenvolvimento do útero, trompas, vagina e vulva, essas alterações decorrem principalmente da produção ovariana de estrógenos. Os pelos axilares se iniciam mais tarde em média aos 10,4 anos, acompanhados pelo desenvolvimento das glândulas sudoríparas, com o aparecimento do odor característico adulto.
A menarca é um evento tardio da puberdade feminina, ocorre após PVC na fase de desaceleração do estirão pubertário. Os primeiros ciclos menstruais são geralmente anovulatórios levando a irregularidade menstrual freqüente nos dois primeiros anos pós-menarca. 
3.3.2. Sexo masculino
A primeira manifestação de puberdade no sexo masculina freqüentemente consiste no aumento do volume testicular, em média aos 10,9 anos. O aparecimento dos pelos pubianos ocorrem mais tardiamente ao torno dos 11,3 anos. O desenvolvimento dos pelos axilares, faciais e do restante do corpo ocorrem mais tarde aos 12,9 e 14,5 respectivamente. A idade da primeira ejaculação, espermarca, é em média aos 12,8 anos. A mudança da voz conseqüente ao aumento da laringe por estimulação androgênica ocorre tardiamente ao longo do desenvolvimento puberal.
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4. Psicologia na adolescência
O corpo na adolescência é inundado por uma série de hormônios e a sexualidade que antes era lúdica e desorganizada, passa a direcionar-se para o genital. Podemos considerar a adolescência como um segundo parto, no qual o ser humano se desprende da família para procurar seus próprios caminhos. Isto é, nasce da família para entrar na sociedade.
Independentemente da cultura e da comunidade existem certos fatores psicológicos que são inerentes ao desenvolvimento da adolescência:
1 – Onipotência e Onisciência: O adolescente sente-se o herói, o rei, o bedel e o juiz. 
2 - Ambivalência e luta contra figuras de autoridade ( Pai, professor e médico ). 
3 – Ambivalência entre crescer e permanecer criança.
4 – Idealização amorosa ou pensamento mágico.
5 – Medo de tudo que tiver recalcado e medo do desconhecido.
6 – Negação domedo.
7 – Impacto da realidade ( aos 17, 18 anos leva um tombo no confronto com a realidade ).
8 – Desenvolvimento da identidade, seguindo até os 23 anos. 
A imagem corporal nada mais é do que o modo como cada um representa o próprio corpo e como age com ele em função dos estímulos que recebe. As preocupações constantes com a menstruação, o início da atividade sexual, virgindade, métodos contraceptivos, aborto e gravidez indesejável começam a fazer parte do universo do adolescente. Ele então solicita então uma reformulação de sua vida, para atender as próprias exigências e as da sociedade em que vive. 
5. Sofrimento diante do espelho
As garotas geralmente não têm cintura e um dos seios pode ser maior do que o outro. O corpo ideal sonhado rompe o coração das garotas A mídia tem um papel fundamental nessa frustrações, pois cria um corpo ideal e perfeito. O garoto preocupa-se basicamente com o tamanho do pênis. A sexualidade masculina é alicerçada no desempenho, já a feminina na imagem do próprio corpo ( estereótipo femme fatale ). 
6. Virginidade
É na fase adolescente que geralmente a garota menstrua, começa a namorar, vai ao ginecologista e tem a primeira relação sexual. Em geral na primeira relação sexual há medo da ruptura do hímen, da dor, sangramento, gravidez, de não ter orgasmo e o que os pais irão pensar. Muitas temem ser abandonadas depois de perder a virgindade e acham que nenhum homem as aceitará desse jeito.
Por isso o lugar é muito importante, de modo geral, não é recomendável iniciar a vida sexual em ambiente tenso, com a possibilidade de ser surpreendida por alguém, como no carro, ou no quarto do namorado. Enfim, o ambiente deve ser relaxante. Além disso é importante conscientizar a garota dos fatores que podem gerar medo, ansiedade e inibição. 
7. A experiência de ser mãe na adolescência
Como foi apontado pelo Comitê sobre Adolescência do Grupo para o Adiantamento da Psiquiatria (EUA, 1968), quando o jovem torna-se biologicamente preparado para iniciar-se sexualmente começa a pensar sobre isso e, com o tempo, passa a desejar o coito. Contudo, falta-lhe maturidade suficiente para compreender fatores como a possibilidade de gravidez, o que isso significa e suas implicações para o futuro. 
A grande parte das adolescentes entrevistadas não planejaram a gestação, apesar de revelarem ter consciência dos riscos de uma atividade sexual sem cuidados adequados. Normalmente as adolescentes que engravidaram nunca imaginaram que ficar grávida era algo que aconteceria com elas e por isso não realizavam anticoncepção, apesar de conhecerem os métodos. 
A intimidade e a sexualidade são duas características que se estabelecem no desenvolvimento psicossocial do adolescente. Portanto, pode-se pensar que as adolescentes entrevistadas engravidaram com o intuito de desenvolver uma intimidade e uma sexualidade adultas com seu parceiro. Entretanto, uma vez que isso não foi planejado juntamente com eles, essa tentativa não proporcionou o que era esperado, já que o padrão encontrado foi o abandono pelos companheiros.
O diagnóstico da gestação normalmente é tardio, após os três meses. Muitas jovens negam que mantêm uma vida sexual ativa, assim como suas irregularidades menstruais, dirigindo-se ao médico com o pretexto de uma simples consulta. Na verdade, isso indica que elas não estariam tendo coragem para viver a própria existência, já que não enfrentaram a insegurança dos imprevistos
Em geral, a reação à notícia da gravidez foi adversa. As adolescentes pesquisadas relataram atitudes frente à gravidez: sentimentos de perplexidade, surpresa e arrependimento. Também foram relatadas reações de conformidade e de adaptação, já que a gravidez não foi uma escolha para essas jovens. Geralmente as reações dos namorados e da família são as mais diversas.
A participação em um programa de assistência pré-natal para adolescentes faz com que as informantes entendam sua nova condição de ser mãe, que surge na convivência com outras adolescentes grávidas.
A maioria das adolescentes grávidas optam por assumir a maternidade. No entanto, essa escolha altera o curso de suas vidas, acarretando dificuldades no que se refere aos aspectos escolar, profissional, afetivo e social.
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Portanto, o fato de haver levado a gravidez a termo não é suficiente para que essas jovens alcancem o status de adulta em todos os aspectos do desenvolvimento. Embora a decisão de assumir a gestação e a maternidade represente um comportamento autônomo, as adolescentes ainda mantêm certa dependência em relação à família e/ou ao companheiro.
Além disso, mesmo que os relacionamentos delas com os pais de seus filhos representassem um potencial para o desenvolvimento da intimidade, o padrão encontrado ( em maior parte dos casos ) revela descaso ou até mesmo desconhecimento por parte de seus namorados. Dessa forma, pode-se pensar que não foram estabelecidas relações de confiança, as quais envolveriam diálogo e respeito mútuo. 
A gravidez na adolescência pode evoluir para três complicações:
1 – Na classe baixa: Ser mãe solteira é um caminho para a prostituição. Maior do que o ônus biológico de uma gestação na adolescência é o peso psicossocial deste evento: A sensação de culpa, a incompreensão da família, as limitações impostas por essa condição ( a adolescente é forçada a deixar a escola, ou tem dificuldade para arrumar emprego )
2 – Na classe média: Ocorre o maior índice de casamento por conveniência. Essa solução coloca jovens que às vezes mal se conhecem, diante de obrigações conjugais, para as quais ainda não está preparado, além de prejudicar a escolaridade e as atividades pessoais ( religião, comunidade, grupo de amigos ).
3 – Na classe alta: Acontece o maior índice de aborto. Geralmente deixa seqüelas orgânicas, psicológicas e afetivas. Além de disfunções sexuais ou dificuldades em relacionamentos futuros, devido a sensação de culpa.
8. Pais adolescentes
Seria aconselhável adolescentes terem filhos? As vezes podem acontecer que adolescentes jovens muitos novos sintam o desejo de ter um filho. É um desejo confuso e pode ser conseqüência de questões inconscientes difíceis de reconhecer nessa idade. O desejo de ter um filho pode ser um desafio inconsciente contra um mundo adulto. Equivale a declarar um desejo de independência, pois assim se demonstra a capacidade de decidir por conta própria inclusive numa responsabilidade desporte. È uma espécie de auto-afirmação frente à família, principalmente frente aos pais.
Às vezes, pode ser muito tarde quando se descobre que não está preparado para ter um filho. Na realidade não é nada fácil deixar de depender dos pais, e uma atitude impensada pode agravar a dependência e destruir uma vida. Em alguns casos deseja-se uma criança por sonharem ou possuir algo que seja só nosso, ou porque se necessita assegurar que a relação amorosa seja duradoura.
É importante saber exatamente o que pode haver por trás de um desejo de paternidade ou maternidade, pois ter um filho significa mudança enorme de vida para a qual dificilmente um adolescente está preparado.
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Às vezes se descobre justo depois da certeza de se estar esperando um bebê que o homem ou a mulher com que se dividirá a autoria de uma nova vida não é exatamente o que se esperava. Nessa idade o adolescente está no meio de um processo de amadurecimento individual, e equilibrar maternidade e paternidade com estudo e trabalho é muito complicado, e certamente uma dessas tarefas será prejudicado, senão os três.
9. A gravidez na adolescência
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) o Brasil estaria no ano 2000 com 36 milhões de adolescentes, um quinto da sua população total, é o maior corte nessa faixa etária que se conhece na história demográfica brasileira. Nesse contexto, o fenômeno da gravidez na adolescência em nosso país é desde logo um contingente mais visível para a sua história exuberânciademográfica. Segundo o Ministério da saúde, em torno de 1 milhão de adolescentes ficam grávidas no Brasil, antes dos 20 anos de idade. Em torno de 700 mil partos acontecem nessa faixa etária dentro do Sistema Único de Saúde ( SUS ) e aproximadamente entre 150 a 200 mil fora da rede pública. 
O parto representa a primeira causa de internação de meninas no SUS. Gravidez, parto e puerpério perfazem em todas as regiões do país, 80,3% do total de internações. A pesquisa nacional sobre demografia e saúde em 1996, revela que 18% das adolescentes brasileiras, já tiveram pelo menos 1 filho ou estavam grávida. Um percentual um pouco mais elevado na zona rural do que na zona urbana (24% e 17% respectivamente ). 
10. Fatores que influenciam na gravidez na adolescência
10.1. Fatores Biológicos
Que envolvem desde a idade do advento da menarca até o aumento do número de adolescentes na população geral. Sabe-se que as adolescentes engravidam mais e mais a cada dia e em idades cada vez mais precoces. Observa-se que a idade em que ocorre a menarca tem se adiantado em torno de quatro meses por década no nosso século. De modo geral se admite que a idade de ocorrência da menarca tenha uma distribuição gaussiana e o desvio-padrão é aproximadamente 1 ano na maioria das populações, conseqüentemente, 95% da sua ocorrência se encontra nos limites de 11,0 a 15,0 anos. 
Sendo a menarca, em última análise, a resposta orgânica que reflete a interação dos vários segmentos do eixo neuroendócrino feminino, quanto mais precocemente ocorrer, mais exposta estará a adolescente à gestação. E nas classes econômicas mais desfavorecidas onde há maior abandono e promiscuidade, maior desinformação, menor acesso à contracepção, está a grande incidência da gestação na adolescência.
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10.2. Fatores de Ordem Familiar
O contexto familiar tem relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. Assim sendo, adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães também iniciaram vida sexual precocemente ou engravidaram durante a adolescência. De qualquer modo, quanto mais jovens e imaturos os pais, maiores as possibilidades de desajustes e desagregação familiar ). O relacionamento entre irmãos também está associado com a atividade sexual: experiências sexuais mais cedo são observadas naqueles adolescentes em cuja família os irmãos mais velhos têm vida sexual ativa. 
10.3. Fatores Sociais 
As atitudes individuais são condicionadas tanto pela família quanto pela sociedade. A sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando melhor a sexualidade na adolescência, sexo antes do casamento e também a gravidez na adolescência. Portanto tabus, inibições e estigmas estão diminuindo e a atividade sexual e gravidez aumentando. Por outro lado, dependendo do contexto social em que está inserida a adolescente, a gravidez pode ser encarada como evento normal, não problemático, aceito dentro de suas normas e costumes.
A identificação com a postura da religião adotada se relaciona com o comportamento sexual. Alguns trabalhos mostram que a religião tem participação importante como preditora de atitudes sexuais. Adolescentes que têm atividade religiosa apresentam um sistema de valores que os encoraja a desenvolverem comportamento sexual responsável. No nosso meio, nos últimos anos as novas religiões evangélicas têm florescido, e são, de modo geral, bastante rígidas no que diz respeito à prática sexual pré-marital. Alguns profissionais de saúde que trabalham com adolescentes têm a impressão de que as adolescentes que freqüentam essas igrejas iniciam a prática sexual mais tardiamente, porém, não há pesquisas comprovando essas impressões.
10.4. Fatores psicológicos e contracepção
A utilização de métodos contraceptivos não ocorre de modo eficaz na adolescência, e isso está vinculado inclusive aos fatores psicológicos inerentes ao período, pois a adolescente nega a possibilidade de engravidar e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária; o encontro sexual é mantido de forma eventual, não justificando, conforme acreditam, o uso rotineiro da contracepção; não assumem perante a família a sua sexualidade e a posse do contraceptivo seria a prova formal de vida sexual ativa. A gravidez e o risco de engravidar podem estar associados a uma menor auto-estima, ao funcionamento intrafamiliar inadequado ou à menor qualidade de atividades do seu tempo livre.
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A falta de apoio e afeto da família, em uma adolescente cuja auto-estima é baixa, com mau rendimento escolar, grande permissividade familiar e disponibilidade inadequada do seu tempo livre, poderiam induzi-la a buscar na maternidade precoce o meio para conseguir um afeto incondicional, talvez uma família própria, reafirmando assim o seu papel de mulher, ou sentir-se ainda indispensável a alguém. A facilidade de acesso à inforrmação sexual não garante maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não desejada.
Estudo realizado na emergência obstétrica de hospital em Porto Alegre-RS revelou que das adolescentes com vida sexual ativa que usavam algum método contraceptivo, 41% o faziam de forma incorreta ou realizavam trocas inadequadas. Apenas 18% relataram o uso de preservativo. Entre aquelas que não utilizavam nenhum método anticoncepcional, como justificativa argumentavam: o desconhecimento dos métodos; não quere usar e desejar engravidar; não acreditavam que pudessem engravidar; não ter condições para comprar; ser alérgica; ter medo que os pais descubram; o parceiro não querer usar. 
11. Fatores de risco da gravidez na adolescência 
Devido às repercussões sobre a mãe e sobre o concepto é considerada gestação de alto risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS 1977, 1978), porém, atualmente postula-se que o risco seja mais social do que biológico.
A atividade sexual na adolescência vem se iniciando cada vez mais precocemente, com conseqüências indesejáveis imediatas como:
Aumento da freqüência de doenças sexualmente transmissíveis (DST) nessa faixa etária; 
Gravidez, muitas vezes também indesejável e que por isso, pode terminar em aborto.
Quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera consequências tardias e a longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido.
A adolescente poderá apresentar problemas de:
Crescimento,
Desenvolvimento,
Emocionais, 
Comportamentais,
Educacionais, 
Aprendizado,
Além de complicações da gravidez e problemas de parto. 
Existem relatos de que complicações obstétricas ocorrem em maior proporção nas adolescentes, principalmente nas de faixa etária mais baixa. 
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Há constatações que vão desde:
anemia, 
ganho de peso insuficiente,
hipertensão arterial sistêmica,
infecção urinária,
desproporção céfalo-pélvica, até complicações puerperais
Porém, devemos ter o cuidado de nos lembrar que esses achados se relacionam também com os cuidados pré-natais e desde que haja adequado acompanhamento pré-natal, não há maior risco de complicações obstétricas quando se comparam mulheres adultas e adolescentes de mesmo nível socioeconômico.
Outro ponto doloroso dessa questão é a morte da mãe decorrente de complicações da gravidez, parto e puerpério; sendo que na adolescência, em estudo realizado no nosso meio, verificou-se ser esta a sexta causa de morte.
No tocante à educação, a interrupção, temporária ou definitiva, no processo de educação formal, acarretará prejuízo: Na qualidade de vida, oportunidades futura e não raro com a conivência do grupamento familiar e social a adolescente se afasta da escola, frente a gravidez indesejada, quer por vergonha, quer por medo da reação de seus pares.
As repercussões nutricionais serão tanto maiores quanto mais próxima da menarca acontecer a gestação, já que nesse período o processo de crescimento ainda está ocorrendo. O crescimento materno podesofrer interferências por que há uma demanda extra requisitada para o crescimento fetal. A inundação hormonal da gestação promoverá soldadura precoce das epífises naquelas adolescentes que engravidaram antes de ter completado seu crescimento biológico, podendo ter portanto, prejuízo na estatura final. Lembramos ainda que na adolescência há necessidades maiores de calorias, vitaminas e minerais e estas necessidades somam-se àquelas exigidas para o crescimento do feto e para a lactação.
Dada sua imaturidade e labilidade emocional podem ocorrer importantes alterações psicológicas, gerando extrema dificuldade em adaptar-se à sua nova condição, exarcebando sentimentos que já estavam presentes antes da gravidez, como ansiedade, depressão e hostilidade. As taxas de suicídio nas adolescentes grávidas são mais elevadas em relação às não grávidas, principalmente nas jovens grávidas solteiras.
A seguir um breve resumo sobre os riscos mais críticos na gravidez na adolescência:
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11.1. Doença Hipertensiva Específica da Gravidez
A doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG) é muito freqüente na adolescente (primiparidade, estresse associado à gravidez). Há dúvidas sobre a possibilidade de se prevenir a pré-eclâmpsia, mas consegue-se prevenir as principais complicações: eclâmpsia e síndrome HELLP (hemólise, enzimas hepáticas elevadas e plaquetopenia). Começa-se pela detecção das pacientes de risco (todas as adolescentes), buscando-se detectar aumento brusco de peso e surgimento do edema. Nesta fase, o tratamento básico consiste em dieta hipossódica e repouso, que resolverão a grande maioria dos casos. 
Nos casos mais graves (pressão arterial - PA - diastólica >= 100 mmHg), deve-se internar a paciente e introduzir anti-hipertensivos, sendo o pindolol a primeira opção, iniciando com 5 mg a cada 12h, podendo aumentar até 30 mg/dia, em três tomadas. Outra opção seria a metildopa, que poderia começar com 750 mg/dia, em três tomadas, até o máximo de 2 g/dia, em duas ou quatro tomadas. Este último, por ter meia-vida prolongada e efeito hipotensor menos pronunciado, pode não ser apropriado em momentos em que se necessita ação hipotensora imediata e efetiva. Nos casos classificados como de pré-eclâmpsia grave (PA > 160 x 110, proteinúria > 2 g/24 h, sinais de iminência de eclâmpsia e exames alterados, entre outros), deve-se pesquisar a maturidade fetal (com amniocentese), com vistas à interrupção da gravidez (indução do parto, se não houver contra-indicação). 
O mau controle pressórico, apesar da associação de medicamentos, também seria outra indicação de parto terapêutico. Pode-se ainda adicionar algum sedativo, como a levomepromazina, uma a três gotas a cada 8 h, que agiria diminuindo a ansiedade, com ação hipotensora discreta. Outra possibilidade seriam os benzodiazepínicos, como o diazepam, cuja dose via oral poderia começar com 5-10 mg e subir de acordo com a necessidade, sem superar os 30 mg diários. 
Para identificar a pré-eclâmpsia, a freqüência das consultas de pré-natal deverá ser menor na adolescente, principalmente nas últimas semanas. Retornos depois da 30a semana devem ser quinzenais e, após a 36a semana, semanais, pois é nesse período final que a doença se estabelece. É fundamental medir a pressão em todas as consultas e pesar a paciente para identificar aumento de peso, primeiro sinal da instalação da DHEG. Inconcebível se torna a possibilidade da "alta" do pré-natal, frente ao risco de se desenvolver a hipertensão longe dos olhos do pré-natalista. 
11.2. Anemia
A dieta da adolescente é, muitas vezes, inadequada, com baixa ingestão de proteínas e sais minerais, tornando a presença de anemia bastante freqüente, comparativamente à gestante com mais de 20 anos. A presença de anemia na gravidez aumenta o risco de infecções e parto prematuro, contribuindo para o aumento da mortalidade materna nessa faixa etária. E seria ainda mais freqüente na adolescente que engravida logo após a menarca. Deve-se incentivar uma alimentação balanceada rica em frutas, verduras e alimentos ricos em ferro. 
A suplementação do ferro deve ser feita conforme indicado no capítulo de pré-natal. Quando se detecta presença de anemia ao exame clínico, deve-se fazer um hemograma para caracterizar o tipo específico. Se isto for impossível, é adequado repor ferro e folato e observar a evolução clínica da paciente. 
11.3. Prematuridade
A gravidez na adolescência se associa ao recém-nascido (RN) de baixo peso (< 2.500 g), conseqüência da freqüente prematuridade (duas vezes mais freqüente que nas mulheres mais velhas), principal complicação perinatal da gravidez na adolescência. O ganho de peso insuficiente na gravidez é uma das condições mais freqüentemente associadas à prematuridade. 
É comum, também, a adolescente apresentar vulvovaginites intensas, sem se queixar para o médico que a assiste. Portanto, é necessário perguntar sobre presença de corrimento em todas as consultas. Além da vulvovaginite, a infecção urinária também é causa comum de parto prematuro, estando muitas vezes presente nas adolescentes. As infecções de trato urinário devem ser tratadas com antibióticos adequadamente prescritos, conforme descrito no capítulo sobre os problemas mais comuns na gravidez. 
O médico deve estar atento para sinais incipientes de trabalho de parto prematuro, perguntando à paciente, em todas as consultas a partir de 28 semanas, sobre sintomas dolorosos e percepção de contrações. É muito comum a adolescente chegar no pronto socorro em trabalho de parto prematuro irreversível, com dilatação importante, sem sentir absolutamente nada. Isto deve ser a todo custo evitado, explicando a ela o que é contração e trabalho de parto antes que eles ocorram. 
11.4. Crescimento intra-uterino retardado (CIUR)
A presença do crescimento intra-uterino retardado na adolescência é mais freqüente por uma série de razões: síndromes hipertensivas (em especial a pré-eclâmpsia), anemia, desnutrição e ganho ponderal insuficiente durante o pré-natal. A abordagem preventiva do CIUR durante o pré-natal deverá se ater ao diagnóstico e controle precoces das doenças acima citadas. É importante tratar a anemia e melhorar a ingestão alimentar das pacientes de baixo peso.
Lembrar que as curvas de adequação do peso à idade gestacional não são de todo adapatadas à adolescente, devendo ser interpretadas com cuidado (importa mais o ascenso constante da curva de peso/altura, paralelamente ao padrão já definido de aumento de peso, do que simplesmente sua posição em relação à situação de eutrofia). O médico deve orientar a nutrição da gestante, aumentando o aporte calórico com os recursos disponíveis. O diagnóstico de CIUR deve ser feito precocemente, evitando-se complicações mais graves da insuficiência placentária (sofrimento e óbito fetal). 
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A medida da altura uterina (AU) em toda consulta é fundamental, com comparação dos dados com curva padrão (curva de Belizán mostrada no capítulo sobre pré-natal normal). A curva permite que se observe mudança do padrão de crescimento da AU, antes da caracterização definitiva do CIUR, contribuindo para intervenções precoces como repouso e aumento da ingestão protéico-calórica. 
O ultra-som deve ser solicitado em pelo menos três ocasiões durante o pré-natal, sendo repetido seriadamente para confirmação diagnóstica. É impossível fazer o diagnóstico de CIUR durante a gestação sem saber ao certo a idade gestacional (IG) por um ultra-som realizado no primeiro trimestre. Na falta deste, dois ultra-sons no segundo trimestre, com intervalo de duas ou três semanas, seriam suficientes para firmar a IG, desde que as idades calculadas fossem concordantes. Tal recurso também poderá ser utilizado no final da gravidez, para notar o ritmo de crescimento a partir do peso estimado pelo ultra-som, configurando o CIUR na eventualidade de não se detectar o aumento de peso esperado
11.5. Preparo para o Parto
O parto cesárea é mais comum na gestanteadolescente. A cesárea representa um risco para a presente gravidez e também para o futuro obstétrico desta mulher, elevando os riscos de rotura uterina, acretismo placentário e placenta prévia, além do risco infeccioso e hemorrágico. Toda a equipe de saúde da família deve participar do preparo da adolescente para o trabalho de parto, cientes das peculiaridades da adolescente e das ansiedades próprias da idade.
12. Paternidade na adolescência 
De modo geral, o pai costuma ser dois a três anos mais velho que a mãe adolescente. A paternidade precoce se associa com maior freqüência ao abandono dos estudos, à sujeição a trabalhos aquém da sua qualificação, a prole mais numerosa e a maior incidência de divórcios.
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13. Contracepção na adolescência 9
Na fase da adolescência há vários obstáculos para fazer a correta contracepção correta. Entre eles podemos citar:
1 – O desconhecimento do adolescente sobre seu próprio corpo
2 – Desconhecimento dos métodos aticoncepcionais.
Há no mundo adolescente a falsa ilusão de que gravidez não está vinculado a risco, ainda aumenta o problema quando o parceiro sexual também é um adolescente com mesmas incertezas e dúvidas, contribuindo para não utilização de métodos anticoncepcionais.
13.1. Seleção de métodos
Na hora de receitar anticoncepcionais, alguns parâmetros devem ser revistos.
1 – A idade da jovem, deve-se eleger um contraceptivo na razão inversa da idade cronológica e direta da idade ginecológica ( anos após a mencarca )
2 – Estabilidade do casal
3 – Idade do parceiro sexual
4 – Presença de gestação anterior
5 – Maturidade física e psicológica
6 – Regularidade menstrual
13.2. Métodos naturais 
São baseados no conhecimento de dias férteis e sinais destes. 
13.2.1 Análise do muco cervical
O método do muco indica a época do ciclo menstrual em que a mulher pode ficar grávida (período fértil). Para isso, ela deve observar, diariamente, o muco. O muco cervical é uma secreção produzida pelo colo do útero, que umedece a vagina e, às vezes, aparece nas peças íntimas. Ele varia de aparência em cada período do ciclo menstrual. Aprendendo essas diferenças, é possível saber qual é o período fértil. É livre de efeitos colaterais, proporciona maior conhecimento do corpo e é gratuito. Tem a necessidade de controle constante do ciclo e um período longo de abstinência sexual. É indicado para casais disciplinados e climatério. Não indicado na presença de corrimentos, com pouca quantidade de muco e com dificuldade de avaliar o muco ou tocar nos genitais. A eficácia é de 75% a 85%. 
Pode aumentar com uso de métodos de barreira. As características do muco:logo após a menstruação algumas mulheres têm um período seco, que não é fértil, não têm muco; o primeiro muco que aparece é grosso, opaco (branco ou amarelo), pastoso, e se quebra quando esticado.
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Por precaução, é melhor evitar relações nessa época; o muco fértil vai ficando mais fino, líquido, leitoso e escorregadio à medida que se aproxima a ovulação. A mulher se sente úmida, e isto é sinal de fertilidade; no período onde é mais fácil engravidar, o muco parece clara de ovo cru. É transparente e elástico. Indica a ovulação. No entanto, é preciso, ainda, esperar mais 4 dias para ter relações; depois o muco diminui e volta a ser opaco, pegajoso e perde a elasticidade. Este período já não é mais fértil; a vagina volta a ficar seca. Isto indica um período em que não há perigo de gravidez até a menstruação.
Deve-se evitar relações nesse dia ou usar outro método. Para examinar o muco, pode-se observar o que sai na roupa íntima ou apalpar a vulva. No entanto, como muitas mulheres têm pouca secreção, é mais seguro colocar o indicador na vagina para em seguida, observar que tipo de secreção está presente. O aspecto do muco é mais importante do que a quantidade. Isto é, não interessa se o muco é muito ou pouco, mas se ele é pastoso, líquido, elástico, ou se não aparece.
13.2.2. Tabelinha
Usada para calcular a época da ovulação do início e fim do período fértil utiliza análise de ciclos menstruais passados (6 ou 12 últimos ) levar em conta o mais curto e o mais longo. O casal deve evitar sexo nos dias férteis. O cálculo :
Come do período fértil – ( diminui ) 18 do ciclo mais curto.
Fim do período fértil – ( diminui ) 18 do dia mais longo.
As vantagens são: ausência de problemas médicos e sem custos.
13.2.3. Temperatura basal
Métodos que controlam ovulação considerando as variações terminas do organismo da mulher ( 0,3 – 0,8°C ) regulada pelos hormônios ( Progesterona ). Temperatura deve ser registrada diariamente. Deve-se também levar em conta o surgimento do muco cervical, o calendário e variações deste. As vantagens são: baixo custo, ausência de efeitos prejudiciais à saúde. As desvantagens são: necessidade de orientação de profissionais para análise correta de gráficos de temperatura.
13.3. Métodos mecânicos
São anticoncepcionais que impedem os espermatozóides de chegarem aos locais da fecundação. 
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13.3.1. Preservativo Masculino
É a tão usada camisinha, que para uso correto observa-se:
Boa qualidade
A colocação deve ser feita com pênis ereto e antes da penetração, retirando-se o ar da bolsa na extremidade.
Retirada do pênis feita antes do fim da ereção.
As vantagens são: Alta disponibilidade, não requer interferência médico e eficaz. As vesvantagens: Perda da sensibilidade e ruptura.
13.3.2 Preservativo feminino
É a camisinha da mulher, algo considerado novo no mercado. É adaptado à vulva e impede o encontro dos espermatozóides e óculos no trato genital superior. É mais eficaz com o uso de lubrificantes. Vantagens: Mantém privacidade, fácil transporte, uso sob controle feminino.
13.3.3. Diafragma
São associados a espermicidas, são côncavos e se adaptam ao colo uterino. Impedindo a chega dos espermatozóides às trompas. 
13.3.4. Espermaticidas ( espumas, cremes, gelatinas ) 
Possuem as desvantagens de exigir manipulação de genitais para o uso e uso de coito antecipado. As vantagens são: venda sem prescrição e aumento da eficácia de métodos de barreira.
13.4. Métodos comportamentais
13.4.1. Abstinência sexual periódica
Serve para evitar gestação pelos sinais e sintomas da fase fértil do ciclo menstrual. Interpreta-se desenvolvendo o crescimento folicular, ovulação e formação do corpo amarelo. As vantagens: custo zero, sem contra-indicação. Desvantagens: Baixa eficácia e não protege de Doenças sexualmente transmissíveis. 
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13.4.2. Coito interrompido
É a ejaculação extravaginal, evitando o depósito de espermatozóides na vagina. Desvantagens: Super ineficiente, necessidade de grande conhecimento da dinâmica sexual. As vantagens são custo, privacidade, sem riscos médicos.
13.4.3. Sexo sem penetração vaginal
É o sexo oral, anal ou masturbação mútua. Muito difundido entre os jovens.
13.5. Métodos hormonais
13.5.1. Pílulas hormonais conbinadas
Já 3 formas de combinação: 
Monofásicos: Associação contínua e na mesma dosagem de esteróides em toda pílula.
Bifásicos: 2 cobinações. Ora 1ª fase do ciclo ( com estrógeno ) e com com estrógeno e progesterona na 2ª.
Trifásicos: Associação de 2 esteróides de 3 modos diferentes. 
Os anticoncepcionais inibem a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofina e mudança do muco cervical. As vantagens : eficiência, fácil de usar, há efeito benéfico para saúde como: regularização de menstruações, diminuição do fluxo menstrual, alívio das dismenorréias, gravidez ectópicas. Desvantagens: necessidade de orientação profissional e menor privacidade.
13.5.2. Injetáveis exclusivo de progestogênio
Trata-se de acetato de medroxiprogesterona ( AMP ), tem grande efeito contraceptivo por 3 meses consecutivos. O AMP funciona pela supressão da ovulação, bloqueio do pico de LH e espessamento do muco cervical. As vantagens:Alta eficácia, baixo custo, amenorréia ou diminuição do fluxo menstrual. Desvantagens: necessidade de injeção a cada 3 meses, sangramento esporádico, não protege de Dsts.
13.5.3. Injetáveis combinados de estrógeno e progestogênio
São de aplicação mensal intramuscular, que inibem os picos de LH pelo progesogênio. Vantagens: Acurabilidade, aplicação simples mensa, privacidade. Desvantagens: Necessidade de aplicação mensal, custo médio.
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13.5.4. Implantes
São um conjunto de cápsulas pequenas, finas, flexíveis, que contem hormônios dentro, liberando para o sangue e que são colocados sob a pele do braço da mulher e evita gravidez por até 5 anos, período permitido de permanência dos implantes no local. A vantagem: Alta eficácia.
13.5.5. Dispositivos intra-uterinos
O dispositivo intra-uterino (DIU) é feito de material plástico pequeno contendo cobre ou hormônios. Em vez de impedir a entrada do espermatozóide no útero, o DIU muda o ambiente físico da área reprodutiva, o que impede o óvulo de ser fertilizado ou implantando no útero. O DIU é inserido no útero por um profissional médico. Dependendo do material, este pode permanecer alojado por 1 a 10 anos antes de precisar ser substituído. As vantagens: Alta eficácia, privacidade e não necessita de participação de parceiro. Desvantagens: Não previne Dst, desmenorréia, aumenta o risco de infecção pélvica. 
13.5.6. Anticoncepção de emergência ( Pílula do dia seguinte ) 
Usada após o coito para evitar gravidez indesejada. Indicação: Relação sexual desprotegida, uso inadequado de contraceptivos, falha de anticoncepcional, violência sexual. A ação do anticoncepcional de emergência: interfere na ovulação, espermomigração, transporte e nutrição do ovo. É usado até 72 horas após o coito. A dose total deve ser dividida: A 1ª administrada 72 horas após o coito e a 2ª até 12 horas após a primeira dose.
14. Aborto na adolescência
O aborto é a suspensão espontânea ou provocada da gravidez em suas primeiras 28 semanas, quando o feto ainda não pode viver extra uterinamente. Na gravidez na adolescência, uma solução prática e fácil encontrada muita das adolescentes é o aborto. Realizam tal ato por desconhecerem as possíveis complicações precoces e tardias do aborto. Na maioria das vezes esses abortos são feitos de forma clandestina, principalmente nas adolescentes de baixa-renda. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, dos 4 milhões de abortos praticados no Brasil, anualmente, 1 milhão ocorre entre adolescentes, das quais 20% morrem. O primitivismo com que são realizados é responsável por infecções graves e esterilidade de muitas mulheres. O número de curetagens decorrentes de abortos malfeitos em adolescentes aumenta na mesma proporção em que aumentam os casos de gravidez na adolescência.
O número de adolescentes que passam pelos serviços do SUS para corrigir as seqüelas do aborto malfeito está crescendo a cada ano.
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De 1993 a 1997, as curetagens feitas pelo SUS em adolescentes depois de abortos passaram de 19% para 22% do total de procedimentos, um crescimento considerado significativo pelos ( as ) técnicos ( as ) do Ministério da Saúde.
O número estimado de abortamentos em jovens de 10 a 19 anos, em 1996, foi de 241.392 casos. Aproximadamente 10 milhões de mulheres estão expostas à gravidez indesejada, seja por uso inadequado de métodos anticoncepcionais ou mesmo por falta de conhecimento e/ou acesso aos mesmos. Estima-se que ocorram no país de 1 a 1,2 milhão de abortamentos ao ano, que constituem a 5ª causa de internação na rede do SUS e são responsáveis por 9% das mortes maternas e 25% das esterilidades por causa tubária. 
Meninas e jovens de até 19 anos fazem 48% das interrupções nos serviços de aborto previsto por lei, segundo levantamento realizado pela Rede Feminista de Saúde junto aos hospitais públicos que mantêm serviços de aborto legal. No Hospital do Jabaquara (SP), 46% das interrupções foram realizadas em menores de 19 anos. No Hospital Pérola Byington (SP), 56% das interrupções de gravidez realizadas pelo Serviço de Violência Sexual foram feitas em mulheres adolescentes. 
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15. Doenças sexualmente transmissíveis na adolescência 
Na fase da adolescência a iniciação sexual precoce contribui para a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis. 
15.1. Reconhecendo as DSTS
As principais são: sífilis, gonorréia, uretrites não gonocócicas (Clamídia, Mycoplasma), Linfogranuloma venéreo, cancro mole, verruga genital, Herpes simples, Hepatites B e C, HIV.
15.1.1. Sífilis 
Quanto se trata de reação positiva para Sífilis, via regra deve ser interpretada como infecção potencial, independente de sua intensidade. A sífilis é uma doença infecciosa de transmissão sexual e materno-fetal (sífilis congênita), causada pela bactéria (espiroqueta): Treponema Pallidum. Pode afetar praticamente todos os órgãos do corpo, bem como manter-se em estado clinicamente latente. Apresenta-se como algumas formas clínicas como: Cancro duro no período primário da sífilis, corresponde a uma lesão primária, geralmente nos órgãos genitais. Os gânglios linfáticos regionais ficam duros e indolentes. 
O período secundário manifesta-se de 6 a 8 semanas após a infecção e apresenta uma exantema cutâneo generalizado (erupções cutâneas chamadas roséolas sifilíticas) e raramente pústulas e nódulos; alterações das mucosas (placas) na boca e na faringe. Sem tratamento, os exantemas continuam reincidentes durante 2 a 3 anos. Seguem anemia grave com linfocitose, esplenomegalia e hepatomegalia. 
O período terciário manifesta-se entre o terceiro e o quinto ano, após a infecção (em casos não tratados). As lesões terciárias consistem, principalmente, em sifilomas tuberosos e gomas na pele, mucosas, ossos, vísceras, sistema cardiovascular e Sistema nervoso central. A sífilis no período terciário, devido ao comprometimento do sistema cardiovascular, em geral letal, é chamada sífilis cardiovascular.
A neurossífilis apresenta-se em aproximadamente 10% dos casos não tratados, entre 4 e 35 anos após a infecção, e caracetriza-se por: meningite sifilítica, tabes dorsalis (ataxia motora) e paralisia progressiva.
Diagnóstico Laboratorial da Sífilis, profilaxia e tratamento: Baseado na pesquisa direta do T. pallidum e reações sorológicas para sífilis (RSS) em amostras de sangue. A profilaxia é semelhante para todas as doenças sexualmente transmissíveis: higiene após a relação sexual e uso de preservativos. Também, costuma-se administrar a penicilina após relações suspeitas. O tratamento consiste no uso de antibióticos, usualmente a penicilina e, em casos de hipersensibilidade a esta, eritromicina ou tetraciclina. O êxito do tratamento deve ser controlado durante 1 a 2 anos, clínica e sorologicamente.
15.1.2. Cancróide (Cancro mole)
É uma doença infectocontagiosa de transmissão sexual direta e indireta. O agente causador é o Haemophilus ducrey. O quadro clínico é caracterizada por úlceras anogenitais, dolorosas com linfoadenopatia inguinal. A lesão primária se inicia com a pápula eritematosa, involuindo para a úlcera que podem aparecer na região do prepúcio e na região vulvar das mulheres. Os diagnósticos diferenciais são: Sífilos e herpes gential. As lesões ulcerosas do cancro mole se diferenciam das da sífilis porque quase sempre são dolorosas e são mais profundas. A profilaxia é semelhante para todas as doenças sexualmente transmissíveis: higiene após a relação sexual e uso de preservativos. O tratamento consiste no uso de Azitromicina ou Eritromicina. 
15.1.3. Uretrites e vaginites por Trichomonas vaginalis
Trichomonas são parasitas anaeróbios que podem instalar-se na vagina, uretra, próstata. É mais comum entre as mulheres. O diagnóstico é feito identificando-se o protozoário. O tratamento inclui o uso de metronidazol. 
15.1.4. Vaginites e Balanites por Candida albicans
O quadro clínica das vaginites por Candida albicans é caracterizado porcorrimento branco-leitoso, prurido, hiperemia, escoriações na vulva. Estes sinais e sintomas são intensificados na fase pré-menstrual. A candidíase pode ser transmitida por contágio sexual ou fatores endógenos que predispõem a multiplicação de fungos ( diabetes, gestação, contraceptivos hormonais ). O tratamento baseia-se na Alcalinização do meio vaginal, administração de Fluconazol. Nos homens a uretrite está ligada a balanite.
15.1.5. Epidídimo – Orquite venéreos
Complicação de infecções por Gonococcos, Trichomonas e Ureplasma.
15.1.6. Vaginose bacteriana
É a infecção polimacrobiana de bactérias anaeróbias e Gardnerella vaginallis, ocorre também a diminuição dos lactobacilos. Clinicamente há corrimento abundante, fluido de cor branco-acinzentado que se intensifica após relação sexual ou na menstruação. Diagnostico laboratorial é feito evidenciado-se as células chave, PH vaginal aumenta. O tratamento é feito com Nitromidazólicos.
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15.1.7. Gonococcia
O tempo médio para o aparecimento de sintomas de infecção sexual pelo Neisseria gnorrhoeae é de 2 a 4 dias. O quadro clínico nas mulheres é de Hiperemia, muco vaginal com secreção espessa purulenta e fétida ( agudo ) e fluido ( crônico ). Pode ocorrer transmissão pela secreção vaginal para olhos. O tratamento é feito com a Penicilina .
15.1.8. Linfogranuloma Inguinal
É uma doença infecciosa causada pela Chlamydia trachomatis. O quadro inicial é caracterizada por mal estar, febre, artralgia e alterações hematológicas. Podem surgir em mulheres: pápulas, ulcerações vulvares, adenopatia inguinal. O diagnóstico é feito pela secreção e identificação dos corpúsculos Trata-se com Sulfadiazina.
15.1.9. Condilona acuminado ( Verruga genital )
Causado pelo HPV e transmitido pelo ato sexual ou até o HPV-2 que causa verruga vulgar. O quadro clínico são : pápula acastanhada. A localização é anogenital nos homens e vagina, uretra e colo uterino nas mulheres. Trata-se com Podofilina.
15.1.10. Herpes Genital
O HSV – 2 é o maior responsável pelas lesões. A infecção pode ser transmitida sexualmente em 1° contato, mas as recorrências podem não ser pela atividade sexual. A primoinfecção é comum na infância e é subclínica. O surgo inicial com desconforto no local das lesões e depois surgem vesículas. As lesões podem surgir em qualquer parte da região anogenital em homens e mulhres. O tratamento inclui uso de Aciclovir além do uso de outros quimioterápicos antivirais.
15.1.11. Molusco contagioso
Dermato virose gerado por Poxvirus. O período de incubação é de 2 a 7 semanas e surgem lesões no local da inoculação. S lesões podem estar em qualquer parte do corpo e na região genital. Como recurso terapêutico utiliza-se a curetagem
15.1.12. AIDS – Síndrome da Imunodeficiência adquirida 9
É uma doença de origem viral de transmissão sexual e sanguínea. É incorreto dizer que é aidético o indivíduo que tem resultado positivo para a identificação de anticorpos contra HIV mas não tem sinais e sintomas da doença oportunista.
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Os adolescentes tem acesso a atendimentos a respeito da AIDS. 1 – desejam saber o que é a AIDS, modo de transmissão e manifestação. 2 – Modo de prevenção. 
É diferente o comportamento dos adolescentes conforme o modo de transmissão do HIV. Os usuários de drogas tem um maior distanciamento e são mais desafiadores. 
A doença é caracterizada por em um estágio mais avançado diminuir a imunidade do indivíduo, podendo deixar o indivíduo mais suscetível a várias patologias infecciosas. 
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