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Sexualidade humana

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Sumário
11. Dimensões da sexualidade humana	�
12. Sexo biológico	�
13. Sexo psicológico	�
24. A "revolução" sexual	�
45. Família	�
56. Homossexualismo	�
5Referências bibliográficas	�
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SEXUALIDADE HUMANA
 
A sexualidade é uma das condições básicas nas quais se encontra instalada a existência pessoal.  Causa, conseqüentemente, um âmbito peculiar de atuação no qual se realiza o desígnio vocacional de cada pessoa. 
  
1. Dimensões da sexualidade humana 
  
A sexualidade humana possui diversas dimensões, tão complexas como a própria pessoa humana. Provavelmente, a mais notável distorção da no que diz respeito à compreensão e vivência da sexualidade, nos dias de hoje, seja o reducionismo, isto é, a redução da sexualidade à uma única dimensão, qual seja, a biológica. E, em muitos casos, a redução da redução: a concepção da sexualidade na mera dimensão biológica-genital ou gonádica (órgãos sexuais).  Ora, tal dimensão existe e é importante, mas não ocupa (se ocupa) todo o tempo da vida. É necessário atentar e tomar consciência de todas as dimensões da sexualidade, que são: 
 
2. Sexo biológico 
cromossômico (determinação genética do sexo): A fórmula cromossômica (celular) difere conforme o sexo. Homem: 44A+XY; Mulher: 44A+XX.
gonádico: refere-se à formação das gônadas, das vias genitais e dos órgãos genitais externos.
hormonal: diz respeito à produção de hormônios e o conseqüente aparecimento dos caracteres sexuais secundários (exercido pelas glândulas endócrinas - supra-renal, epífisis e tireóide). Por exemplo, as formas corporais, a barba, o pomo-de-adão e a musculatura no indivíduo masculino, etc.
3. Sexo psicológico
O comportamento sexual humano é governado pelas regiões elevadas do córtex cerebral. Desde a imagem da própria sexualidade até o comportamento sexual é a mente que comanda. O órgão principal da sexualidade humana é o cérebro (Marc Oraison). A sexualidade humana é, pois, um fenômeno psíquico.
 
Temos ainda a dimensão sócio-cultural, enquanto forma de expressão social da masculinidade e feminilidade - duas formas de ser e de agir humanos, e a dimensão existencial, na medida em que, pela sexualidade, se abre a porta de comunicação interpessoal, é a forma pela qual percebemos o outro e é o lugar de vivência da vida e da morte. É a expressão da própria vida e consciência da morte (a necessária perpetuação da espécie, dada nossa mortalidade individual). 
 
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Sexo é comunicação, é linguagem, é diálogo intersubjetivo, é o reconhecimento do outro, é alteridade. É palavra (sinal) que diz verdade ou mentira, amor ou apropriação do corpo, dominação e apropriação do outro ou doação mútua. A sexualidade revela o homem como desejo do outro, criando a alegria de viver. E a sexualidade não existe porque o ser humano possui órgãos genitais. Ele existe porque o ser humano é um ser sexuado como um todo, tanto corpórea como psiquicamente. A sexualidade é uma atmosfera dentro da qual os seres humanos vivem e, por isso, possuem órgãos genitais. Nesse sentido ela é uma das maneiras através da qual o ser humano se expressa, como ser racional consciente, livre e corpóreo. Mas ela revela sobretudo a afetividade humana, mundo onde o ser humano se realiza ou se frustra enquanto tal. Ela se situa na esfera do amor que é sempre uma esfera sexuada. 
  
Os três dinamismos básicos da sexualidade humana 
- A sexualidade humana, enquanto força da pessoa, abre-se em três dinamismos ou bases fundamentais. Um primeiro dinamismo orienta-se para conseguir a maturidade e a integração pessoal; a sexualidade é uma força para a construção do eu; é esta sua primeira base. O segundo dinamismo tende a realizar a abertura da pessoa ao mundo do tu; a sexualidade é que possibilita a relação interpessoal que culmina na construção de um projeto de vida; neste último sentido, a sexualidade serve para levar a feliz resultado uma situação ou projeto vital: celibato, matrimônio, virgindade ou viuvez. O terceiro dinamismo da sexualidade é a abertura ao nós; trata-se do campo social da sexualidade que serve para construir o nós dentro de um clima de relações interpessoais cruzadas. 
- O comportamento sexual, enquanto agir moral deve conseguir essas três orientações básicas. O positivo ou negativo da moral sexual concreta pode-se ver dentro deste tríplice esquema: 
dever moral de integração do EU, 
dever moral de abertura ao TU, 
dever moral de construção de um NÓS. 
Estas são as três ações do homem enquanto ser sexual. As falhas e os acertos no campo da sexualidade devem ser avaliados dentro destes critérios.
O princípio fundamental de todo relacionamento humano (sexual também) é o de SUJEITO para SUJEITO (O ser humano nunca deve ser tido e tratado como OBJETO). Portanto, é imprescindível o respeito ao corpo e ao espírito (sentimentos). 
  
4. A "revolução" sexual 
O determinante mais significativo da chamada "revolução sexual" dos nossos dias foi o advento dos contraceptivos. Sexo e procriação estavam necessariamente associados. Com os contraceptivos, tornou-se possível "fazer sexo" sem procriar. Este fato fundamental haveria de alterar profundamente a própria visão da sexualidade, com inúmeras e imprevisíveis conseqüências, positivas e negativas em termos de realização da sexualidade humana.
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Eis  alguns aspectos extremamente negativos daí advindos: 
a sexualidade ganhou extensão mas perdeu qualidade: a "sexualidade de consumo" vai dirigida ao homem-massa;
operou-se uma dissociação nos valores da sexualidade: éros x ágape ( sexo e amor - dissociados). Existe na configuração atual da sexualidade uma hipergenitalização que não corresponde à evolução normal e que denota uma regressão e fixação a uma etapa infantil ou pré-adolescente (segundo o pensamento de Freud...); 
como o predominante na sexualidade massificada atual é o quantitativo, segue-se a necessidade de um aumento contínuado nos estímulos sensoriais. O umbral de excitabilidade variou; é preciso aumentar a quantidade de estímulos para provocar a mesma reação. Este é o processo necessário a que conduz uma sexualidade talhada no estilo de sexualidade-consumo e baseada excessivamente no aspecto "signo", de cunho mais sensorial  (na base do reflexo condicionado de Pavlov...); 
reduziu-se muito a sexualidade ao ANONIMATO: não interessa  tanto a pessoa, mas as "coisas" da pessoa; 
através desta "onda de sexualidade" esconde-se a profunda problemática humana que hoje afeta tantas pessoas: uma sexualidade reprimida ou imatura e sobrecompensada na maior parte das vezes. Em muitas ocasiões a sexualidade, em lugar de ser um serviço para a edificação da pessoa, é empregada para realizar uma "alienação" pessoal. O homem contemporâneo aliena-se de muitos modos: a sexualidade é uma das formas mais generalizadas desta alienação; 
enfim, pela manipulação econômica da sexualidade, gerou-se um consumo de bens supérfluos, de luxo, modas etc. nos moldes da mesma exploração ocorrida através da repressão sexual, no passado (ver as origens da repressão sexual a partir da instituição positiva propriedade privada e suas conseqüências. 
A EDUCAÇÃO SEXUAL, em que pesem as necessárias informações e orientações sobre os mecanismos da sexualidade humana, deve ter como prioridade maior a educação da afetividade, a busca do desenvolvimento e da maturidade afetiva, que se dá através do relacionamento humano sadio e que começa já na primeira infância ("a criança é pai do homem", dizia Freud). 
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5. Família
A família é uma comunidade de amor, com base na união entre um homem e uma mulher e seus filhos. O amor conjugal significa uma doação mútua, total e exclusiva, em termos de dedicação, sacrifícios, conquistas e alegrias contínuas. O primeiro direito que os filhos têm é que os pais se amem, criando uma cobertura afetiva sobre os mesmos e tendo como resposta o amor filial e o amor fraterno.
Daí surgea segurança para os membros da família, através da afetividade, que existencialmente é um dos elementos mais importantes para o equilíbrio da personalidade. Tendo por base o amor e a segurança, surgem personalidades fortes, marcantes, destemidas, sem serem agressivas ou rígidas.
Nesse clima, torna-se fácil a família ser um lugar ideal para o diálogo entre as gerações, pois haverá o relacionamento afetivo, o mútuo respeito e a consideração pelo outro como pessoa importante para a vida de todos.
Ao mesmo tempo na família ocorre a transmissão de valores materiais, culturais, morais, religiosos e outros, não tanto pelo ensino, mas muito mais pela vivência. Assim se intensifica o processo da educação para a liberdade e responsabilidade, criando condições para escolhas dos melhores meios para a realização da própria pessoa, e, finalmente, o indivíduo tem uma retaguarda mais firme para introduzir-se nos vários setores da sociedade como escola, trabalho, lazer, religião, etc.
Na família atual, está ocorrendo uma saudável evolução na forma de exercer a autoridade. Antigamente era preceito (mandava-se), pressão (obrigava-se) e punição (castigava-se). Hoje a chefia tende a se exercer mais através da competência, da comunicabilidade e da capacidade de diálogo, despindo-se do autoritarismo. Assim, na família, os pais não são mais donos absolutos da verdade que é imposta rigidamente sobre os filhos, especialmente com ameaças. A autoridade dos pais sobre os filhos se impõe por si, na medida em que procuram criar um ambiente de respeito e de busca de autenticidade entre os membros da família.
  
A necessidade de um planejamento familiar é inquestionável, principalmente nos dias de hoje. Seus determinantes são de ordem econômico-financeira, enquanto o casal tem dificuldades em sustentar uma prole numerosa, o alto custo de vida e os baixos salários (quando não o desemprego) que a maioria da população recebe e que não permitem dar condignamente moradia, alimentação, educação e lazer para muitos filhos. Então a decisão é ter uma família pequena. Há também causas sociais, de saúde (por exemplo, doenças que não aconselham à mãe uma nova gestação) e até de ordem profissional dos cônjuges. Quanto à escolha de métodos para o planejamento familiar, cabe ao casal e não a um só dos dois a decisão. É necessária a consulta a pessoas competentes para obter as indicações mais seguras. Seja qual for o método   empregado, devem ser respeitados os critérios de: a) Não atentar contra uma vida já concebida; b) Manter a dignidade dos cônjuges; c) Não ocasionar prejuízo grave à saúde e ao equilíbrio bio-psíquico dos cônjuges, nem servir simplesmente ao egoísmo de algum deles.
  
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6. Homossexualismo
  
Parece, fundamentalmente, que ninguém escolhe o homo ou heterossexualismo. A questão seria assumir-se ou não como homossexual. E esta é uma questão que depende da consciência da pessoa como indivíduo concreto. Numa cultura como a nossa, há muitos erros de julgamento, de juízos e de valor a respeito. Muitos julgam que os homossexuais são maus porque escolheram este tipo de comportamento. Há uma tendência geral à condenação, à danação, desde piadas até a idéia de confinamento. É o produto de uma sociedade excessivamente machista e sem educação. Numa sociedade séria, dever-se-ia estudar a questão, procurando ver se se trata de um problema biológico ou psicológico. Não se deve fazer piada com problemas humanos. Problemas humanos devem ser tratados entre grupos interdisciplinares e resolvidos de modo consciente com a dignidade das pessoas.
Quanto à conduta moral, os seres humanos só podem ser julgados moralmente quando suas ações são livres e conscientes. Neste sentido, o comportamento dos homossexuais (uma vez que a homo ou heterossexualidade não dependem da liberdade) deve obedecer às normas comuns à heterossexualidade. E certamente uma atitude de repulsa e desprezo em relação aos homossexuais é imoral. Mas se o homossexualismo é fruto da liberdade, da escolha, o problema deve ser analisado também a partir deste ponto de vista.
AIDS 
O aidético tem que ser visto antes de tudo como pessoa humana, independentemente de aspectos morais ou religiosos. Ainda mais, é um ser humano que necessita de ajuda toda especial devido à característica de sua doença. Ele tem que sentir a presença amiga de pessoas que o querem bem, não apesar e nem por causa de sua doença, mas porque ele é gente como qualquer outra pessoa, porque o que o faz sofrer mais, além de sua situação orgânica, é a solidão, o distanciamento e o abandono dos outros. Esta solidariedade toca fundo no coração e pode ser praticada por qualquer pessoa, principalmente pelos parentes e amigos do paciente e pelos profissionais da saúde que cuidam dele.
 
Referências bibliográficas
- Marciano VIDAL - Moral de Atitudes - Vol.2 - Ética da Pessoa - Editora Santuário. 
- Olírio Plínio COLOMBO - Pistas para Filosofar II - Editora Evangraf 
- Marculino CAMARGO - Valores da Existência Humana e Ética, Vida e Saúde - Editora Vozes

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