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RESUMO SARAMPO E CAXUMBA

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RESUMO SARAMPO E CAXUMBA 
 
As viroses multisistêmicas são classificadas como aqueles vírus que tem a capacidade de 
estarem presentes em diferentes órgãos e tecidos causando no momento da vigência do 
processo infeccioso alterações, modificações em diferentes localidades. Mas um dos 
tecidos acaba tendo uma proeminência maior das manifestações, o que faz com que tenha 
a possibilidade de chegar ao diagnóstico clínico devido a essas alterações. 
Duas doenças são classificadas dessa forma: o vírus do Sarampo que causa essa patologia 
e o vírus da Caxumba. 
SARAMPO 
O Sarampo também pode ser classificada como uma doença exantemática, porque 
sua manifestação clássica é o exantema macopapular puntiforme difuso, distribuído na 
superfície cutânea. 
Como ocorre o contato? Via aerossóis. No entanto, é um vírus que toda vez que há a 
identificação de um paciente que esteja manifestando, é montado barreira de contenção e 
investigação de todos os contactantes possíveis. Não somente os de contato direto, escola, 
ambiente de trabalho, contactantes domiciliares, mas é feito uma inspeção na zona de 
residência desse paciente. Pois é uma doença que tende a ter surtos epidemiológicos, 
devido a transmissão acontecer antes do período de manifestação clínica. 
O indivíduo que ainda apresenta como estado portador, ele tem a capacidade de 
disseminar essas partículas virais no ambiente, e via aerossóis esse contágio, essa 
infecção, ela pode acontecer. E como as manifestações ainda não estão presentes e não 
tem sintomatologia, esse portador tá realizando suas atividades diárias. Estima-se que um 
grande número de indivíduos possa ser contaminado e infectado. É uma doença que há a 
necessidade de notificação e de fazer a busca dos possíveis contactantes em indivíduos 
que tiveram pelo menos uma proximidade com esse paciente identificado, que agora ele 
é um alvo de investigação. 
Diferente das outras que o momento da transmissão acontece na vigência das 
manifestações e delimita-se o contato com outros, devido a morbidade em que essas 
alterações causam, no sarampo isso não acontece. A transmissão antecede as 
manifestações clínicas. Na verdade, quando elas passas a serem manifestas, a transmissão 
reduz acentuadamente e acaba quase que inexistente durante esses período de 
manifestação clínica. 
Uma vez que tem o contágio, a infecção, a porta de entrada será o trato respiratório. O 
que vai acontecer? As partículas virais elas tem receptores que se se associam a essas 
células da mucosa respiratória e ocorrem então a invasão dessas células, e o início da 
biossíntese, da replicação viral. Só que esse vírus tem uma capacidade de modificar o 
tecido devido a emissão de sincício, que é a fusão de células. É considerado como 
patogênese do vírus do sarampo a emissão de sincício. E isso leva a uma modificação 
da mucosa. 
Qual seria a vantagem para o vírus induzir a formação de sincício, a fusão de células 
e consequentemente a formação de células multinucleadas? O escape do sistema de 
defesa. Enquanto os vírus estão dentro da célula hospedeira, a resposta imunológica ela 
se mantem, a princípio, inespecífica ou inexistente. Porque se tiver anticorpos pré-
formados devido a vacinação anterior, ou se tiver anticorpos correlatos, poderiam instituir 
uma imunização cruzada, eles não conseguem agir, porque eles não vão agir no interior 
da célula. Somente quando o vírus está liberto no ambiente extracelular. Então, tem um 
tempo para que de fato ocorra um aumento dessa carga viral que vai determinando o 
estabelecimento de uma infecção produtiva. 
Essa formação de sincício vai modificar a mucosa levando às primeiras sintomatologias, 
que seria a formação de uma resposta inflamatória local devido a modificação dessa 
mucosa. E a um determinado momento em que essas células multinucleadas vao se 
romper, liberando uma grande quantidade de líquido intracelular, que vai liquefazer o 
muco, levando a produção de coriza. 
As primeiras manifestações do sarampo são alterações na mucosa respiratória. Rinorréia, 
prurido nasal, edema ou congestão nasal, sensação da garganta, da mucosa, do nariz 
arranhando. Até esse estágio pode ser feito uma correlação com resfriado, com quadro 
gripal, mas não com uma infecção causada pelo vírus do sarampo. 
Mas quando as células começam a se romper, e ocorre um aumento desse líquido 
intersticial, pela ativação dos vasos linfáticos, os vírus são levados para os linfonodos 
regionais e desses linfonodos regionais são distribuídos hematogenicamente. E então 
começa a ter a infecção de múltiplos tecidos e órgãos, causando lesão em diferentes 
localidades. A sintomatologia deixa de ser apenas na mucosa respiratória e passa a ser 
geral. E durante esse processo inicial, a transmissão está acontecendo de maneira muito 
efetiva e com grande vigorosidade, porque uma vez que começa a romper essas células 
que foram fundidas, a liberação da carga viral vai ser muito elevada, devido varias células 
estarem sendo fonte de replicação viral. 
Somente após esse primeiro estágio, em torno de 10 dias de infecção, é que as 
manifestações cutâneas que são clássicas e atribuídas a essa infecção, passam a ser 
percebidas. 
Biossintese – replicação viral – e o normal que é sair dessa célula e entrar em uma 
próxima, dando continuidade no processo infeccioso, não acontece. No interior dessa 
célula ocorre replicação e esses vírus não são liberados. Pelo contrario, eles induzem a 
fusão dessa célula a uma próxima célula sadia dando continuidade a manutenção dessa 
replicação. Depois, a outra, a outra, a outra, até que forme então, uma célula 
multinucleada, onde a carga viral será excessivamente grande quando essa célula se 
romper, fazendo com que a liberação dessas partículas virais antecedam as manifestações 
clássicas e sejam bastante efetivas. 
Hoje em dia são pouco o número de registros de notificação devido instituição da vacina, 
que já a bastante tempo faz parte do calendário vacinal, e então espera-se que haja uma 
cobertura vacinal que seja eficiente para manter esse estágio de redução das notificações 
e identificação dessa doença na população. 
A vacina pode ser administrada de maneira monovalente, exclusivamente contra o vírus 
do sarampo, mas o mais comum é que essa vacina seja de forma combinada, no que a 
gente chama de tríplice viral, onde terá, além do vírus do sarampo atenuado, o da rubéola 
e o da varicela. Imunizando assim dessas três doenças. 
Hoje tem-se a tríplice + 1 = sarampo, rubéola, caxumba e varíola. Isso porque a fase de 
imunização das crianças elas devem ser de maneira precoce. Então para não ficar fazendo 
múltiplas vacinações, quando é possível, associa diferentes agentes para que tenha 
possibilidade de imunizar um maior número de manifestações possíveis. Mas tem que 
respeitar o prazo de imunização, nunca podendo antecipar. É possível que você faça uma 
imunização fora do período, porem tardiamente, mas não antecipando as doses. E tem 
que respeitar porque se não a imunidade não vai acontecer. 
Então, após a infecção do trato respiratório, em que houve a formação de sisncicio, essas 
células vao se romper liberando grande quantidade de líquido, que vão ativar os vasos 
linfáticos e é observado associado a essas manifestações respiratórias, uma linfadenopatia 
regional, caracterizando então, o início dessa dispersão viral. E então viremia, podendo ir 
para diferentes tecidos e órgãos, causando alteração nessas diferentes localidades, que 
podem ter o aparecimento de manifestações e alterações inclusive identificadas nos 
exames laboratorias, de disfunção hepática, de alterações renais. 
A formação dos sincícios, uma vez que estimula não apenas uma resposta inicial ea mais 
rápida que tem pela formação de anticorpos, quando as células passam a exercer a sua 
função ai começa a ter a formação do exantema, que é percebido na superfície cutânea. 
O exantema é uma mancha avermelhada, ruborizada, que não excede em volume a 
condição normal do tecido. São manchas planas, porém elas tem um aspereza, são 
endurecidas, devido a formação da resposta de defesa local. Vai rompendo os vasos 
devido a resposta inflamatória e o extravasamento de sangue leva a formação do 
exantema, que é chamado de exantema maculopapular. É uma mancha avermelhada, onde 
ter uma refratariedade ao toque, mas com o desenvolvimento desse processo, começa a 
ter a formação de depósito de fibrina no local fazendo com que fique endurecido e fique 
áspero, o que permite o diagnóstico diferencial das manifestações exantemáticas. 
A maior parte dos indivíduos tem a recuperação total e a aquisição de uma resposta imune 
persistente, duradoura que vai garantir que mesmo que entrar em contato com esse vírus 
no ambiente novamente, terá a capacidade de fazer a proteção dessa manifestação 
secundária. Embora a infecção possa acontecer, mas de menor proporção. 
De maneira rara, a outras possibilidades de evolução: 
 A encefalopatia, podendo levar a alteração do SN, mas considerado como 
episódios esporádicos, a não ser em pacientes imunossuprimidos que apresentam 
alterações na defesa da barreira hemato-encefálica. 
 Há possibilidade também de rebotes nos movimentos da paniencefalite, que é 
quando ocorre uma transformação na partícula viral, que faz com que seja mais 
raros ainda essa manifestação e forma o vírus defectivo, porém, persistente no 
organismo, que vai lesionando, modificando as células nervosas, levando a um 
quadro degenerativo, semelhante ao conhecido como a Doença da Vaca Louca. É 
considerado uma alteração neurológica persistente que tem a capacidade de ir 
alterando os movimentos de coordenação e cognitivo, com desenvolvimento do 
processo infeccioso causado por esses vírus defectivos. 
O que são vírus defectivos? Estão ali presentes, estão alterados, eles não são 
mais passiveis de serem transmitidos e causarem infecção nos receptores 
próximos, mas naquele individuo continua causando modificação. 
 
 E infecção aguda sem resolução devido a imunidade de base ser prejudicada, o 
que leva a uma falência do organismo e uma evolução para alterações que 
frequentemente são fatais. Isso por indivíduos que não apresentam um capacidade 
imunológica, sejam esses com alterações da imunidade de maneira congênita, 
algumas síndromes, alguma alteração metabólica, ou doenças que fazem com que 
essa imunidade seja prejudicada, como é o caso do HIV. 
 
Manifestações clássicas atribuídas ao Sarampo: 
 exantema que está distribuído por toda a superfície cutânea, 
 lesão na mucosa oral (mancha branca ou manchas de koplik), considerada 
como lesão patognomônica. Quando observados os sinais iniciais, a rinorréia, 
associado a linfadenopatia, ao mal estar geral, a coriza abundante, porém hialina. 
Se verificada a formação de manchas brancas na mucosa oral e essas manchas 
antecedem a manifestação do exantema. Isso pode ser suficiente para fechar o 
diagnóstico, sem necessidade de fazer exames laboratorias. No entanto, quando 
aparecem os exantemas, que é quando o indivíduo vai procurar assistência, essas 
manchas desaparecem no 1º e no máximo, no 2º dia do aparecimento desse 
exantema. 
Quando já se tem exantema, é necessário o exame laboratorial para fazer o 
diagnóstico diferencial. 
Essa doença é mais comum em crianças, pois são manifestações da 1ª e da 2ª infância. É 
uma doença de maneira geral benigna. Podendo ser evolutiva. No prazo de 15 dias terá 
todo o desenvolvimento do processo infeccioso, com recuperação total, completa e 
indução da imunidade persistente. Pequena parcela, de menor de 1% vão ter evolução 
para as apresentações raras, que podem ser fatais. 
Por que as mancha branca ou sinal de koplik aparecem? O sincício. A fusão das 
células faz com que tenha a modificação dessa mucosa oral. Em casos de manifestações 
exantemática, que tenha iniciado a pelo menos 1 ou 2 dias, é obrigatório olhar a mucosa 
oral para observar se tem aparecimento de mancha branca ou manchas de koplik. 
Em crianças muito pequenas, é preciso que haja a assistência, pois lesão na mucosa oral 
podem levar a colonização por bactérias oportunistas que estão presentes nessa mucosa. 
Embora seja uma infecção viral, toda vez que é diagnosticado o sarampo é feito a 
prescrição de antibioticoterapia, de caráter preventivo, pois a evolução para pneumonia 
bacteriana acontece com uma frequência muito elevada. Pois quando forma as células 
multinucleadas, elas vão estourando e liberando essa carga viral possibilitando a infecção 
de outras pessoas que estão na proximidade, faz com que tenha um descolamento dessa 
mucosa, devido a perda das células que revestem esse tecido. 
A manifestação do aparecimento do exantema é crânio-caudal. Inicia na face, depois 
tronco e em seguida, para os membros. 
Complicações: 
 Infeções oportunistas: + frequentes. Utilizando o antibiótico de amplo espectro 
 Encefalopatia 
 Poliencefalite 
Diagnóstico 
 Clínico: 
Exantema, manchas de koplik e associada a essas características que são consideradas 
como clássicas, tem-se ainda as alterações que fazem referência ao trato respiratório. 
Presença persistente de coriza, rinorréia, sensação de arranhamento da orofaringe, prurido 
nasal, congestão nasal. E por conexão, a conjuntivite, a tosse. 
 Laboratorial 
- Sorologia: + comum, de mais fácil acesso. Disponível em qualquer unidade hospitalar. 
É feito com a investigação da imunoglobulinas IgM, que vai caracterizar a doença no seu 
estágio vigente, ativa, no seu estágio atual. 
No entanto, quando se quer fazer rastreamento de alguma desordem, como doença 
neurológica, que não tem causa conhecida, mas que tem uma hipótese de ter sido 
acometido pelo vírus do sarampo, mas que já passou a infecção, faz-se a investigação da 
Imunoglobulina IgG. 
- Isolamento viral: coleta do material é feito em qualquer localidade, mas é necessário 
mandar para grandes centros de investigação. Geralmente é feito quando há 
comprometimento do SN. 
Prevenção 
 Evitar o contato com indivíduos que estejam apresentando manifestações que 
sejam compatível com esse processo infeccioso. Mas lembrando que quando as 
manifestações começam a ser evidenciadas, diminui a taxa de transmissão, 
tornando-se ineficaz essa medida de evitar o contato, porque a transmissão 
acontece antecedendo essas manifestações clássicas. 
 A prevenção mais eficaz é pela vacinação. A vacina é ofertada de forma gratuita 
no SUS, em idades precoces, garantindo que no momento que a criança inicia a 
vida escolar e aglomeração com outras crianças, ela tenha imunidade para garantir 
a sua defesa. E mesmo se houver a infecção, as manifestações serão brandas, não 
levando a uma falência respiratória ou pneumonia, que é fortemente associada à 
infecção pelo vírus do sarampo. 
 É possível a administração de imunoglobulinas séricas, que seriam já anticorpos 
produzidos em laboratório em grandes concentrações, que podem ser 
administrados para minimizar os efeitos causados pela infecção viral. No entanto, 
serão ofertadas somente para os imunossuprimidos, que não tenham resposta 
imune efetivas (AIDS, pessoas com transplantes, neoplasias, gestantes). É preciso 
fazer solicitação ao MS, pois não estão disponíveis em hospitais. 
Embora não seja uma doença com manifestações congênita, mas para a gestante em si, 
ela é um grupo de risco, devido a ineficiência da resposta imune celular, pois ela é 
totalmente humoral. 
CAXUMBAMuito comum na primeira e na segunda infância. E muito mais frequente que o sarampo. 
A imunização pelo tríplice viral é muito efetiva para o sarampo, mas para o vírus da 
caxumba ela não é tão efetiva. 
Mesmo indivíduos que fizeram todo o esquema de vacinação podem ter manifestações, 
porém mais branda. 
Transmissão: pedigotos, aerossóis, secreções respiratórias, mas principalmente pela 
saliva, porque o local de replicação de persistência, de manutenção desse vírus é as 
glândulas salivares. É possível que se tenha a transmissão por fômites (talheres, copos, 
escova de dente), beijo. 
Outros tecidos glandulares também podem ser acometidos, como os nódulos linfáticos, o 
pâncreas, e outros órgãos e tecidos que de uma maneira não tão frequente ou com grandes 
proporções de alterações, mas com possibilidade de caracterizar o estágio de células 
reservatórias e manutenção desse foco infeccioso. 
Infecção: 
Inicia com o contato inicial por pedigoto, saliva. E essas partículas virais vão se 
estabelecer nas glândulas salivares e vão iniciar a biossíntese, que vai fazer com que tenha 
aumento da carga viral, podendo dar continuidade ao ciclo de transmissão, passando de 
indivíduos portadores assintomáticos a princípio, para os sintomáticos posteriormente, 
para aqueles que são susceptíveis ao processo infeccioso. 
Então as glândulas salivares, parótida, sublingual, submandibular, todas as três tem a 
capacidade de fazer a manutenção dessa biossíntese viral. Mas a parótida é considerada 
como a principal localidade de manutenção desse processo infeccioso e da replicação 
viral. O que faz com que a inflamação, em decorrência desse processo infeccioso, esteja 
mais correlacionado ao aumento, a tumefação dessa glândula. O que leva ao chamado 
parotide, que seria a manifestação clássica, usual, dessa infecção. 
Existe de maneira popular algumas provas que se faz para detectar se de fato esse inchaço, 
essa tumefação, é em decorrência de um processo infeccioso, ou não. As pessoas mais 
antigas dão açúcar para a crianças para ver se ela tem caxumba. Se doer é caxumba e se 
não doer, não é caxumba. Isso funciona, porque o açúcar vai estimular a salivação e como 
tem a inflamação da glândula, quando se induz a salivação isso vai promover dor, porque 
ela tá inflamada. Os ductos que liberam a saliva, estarão congestionados, fazendo com 
que haja e esforço, e gerando uma sensação dolorosa. O simples fato de induzir a 
salivação e isso causar dor, também é possibilidade de comprovação desse processo 
infeccioso. 
A parotide pode ser uni ou bilateral, também chamada de papada, porque fica inchada, e 
acaba levando a tumefação de toda essa região. O máximo dessa tumefação acontece em 
torno de dois dias, 48 horas após o início dessa manifestação, depois tende a permanecer 
com essas características de 3 a 5 dias, depois tem a remissão, a resolução em que volta 
à normalidade. 
Mesmo que tenha a apresentação unilateral, uma vez que desenvolve a manifestação, 
adquire-se imunidade persistente e duradoura. 
Evitar que corra, que pule, que suba em árvore isso é uma medida correta, pois quando se 
faz esforço físico, aumenta a recirculação e isso favorece a distribuição de uma maior 
quantidade de carga viral dessa região inicial de biossíntese para outras localidades. Isso 
vai acontecer mesmo que não faça esforço, mas a quantidade de carga viral é menor. 
Há possibilidade nessa recirculação ocorrer a infecção do testículo, levando a 
possibilidade de infertilidade, de esterilidade, podendo ser uni ou bilateral, levando a 
quadro de orquite, com sensação dolorosa, inchaço, desconforto. Nas mulheres, é possível 
que tenha infecção dos óvulos, levando a ovofurite, que são casos de infertilidade 
(diminui a chance de fertilização), esterilidade (ausência de fertilidade). 
E pode levar a pancreatite, que não é comum, mas é possível, porque tem a capacidade 
de fazer a replicação nesse tecido, e quando causa lesão nas Ilhotas de Langerhans, leva 
ao desenvolvimento de diabetes. 
A distribuição do vírus das glândulas salivares para outros lugares ocorre por via 
hematogênica. Tem sítio para replicar em diferentes tecidos, mas os glandulares que são 
os de preferência. 
Diagnóstico 
- Clínico: dor ao estimular a salivação 
- Laboratorial: pesquisa de antígenos e anticorpos, sendo que IgM é a fase de 
manifestação e IgG, fases posteriores. 
Tratamento 
- Não existe tratamento específico. Não tem medicamentos antivirais que limitam a 
replicação ou que fazem a expulsão dessa partícula. Apenas o tratamento paliativo, como: 
repouso, hidratação, antitérmico, analgésico. 
- Vacina tríplice + 1 
- Imunossuprimidos tem a possibilidade d fazer uso de imunoglobulinas.

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