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16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 1
Teorias da Aquisição da Língua
Paula Tavares da Cunha Melo
Abordagem ambientalista
Teoria da aprendizagem
Skinner (1904-1990)
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 2
Skinner: aprendizagem operante
• Princípios familiares de aprendizagem:
– Associação: de coisas vistas com os sons das palavras
– Imitação: das palavras e sintaxes modeladas pelos outros
– Reforçamento: sorrisos e abraços quando a criança diz algo 
certo
• Essa visão sugere que as crianças aprendem primeiro a falar ao 
ser gratificadas ao produzir sons que se aproximam da fala. No 
final, por meio de um processo de modelagem, a linguagem 
torna-se cada vez mais parecida com a fala de um adulto.
• Bebê fala “ma” pela primeira vez e a mãe, toda feliz, faz a maior 
festa (reforço). Ao longo do tempo, o “ma” não produz mais a 
“festa” (reforço) da mãe. A mãe vai fazer “festa” quando ouvir 
mama. E assim por diante.
• Os bebês aprendem a falar do mesmo modo que os animais 
aprendem a bicar uma tecla ou pressionar uma alavanca.
Teoria da aprendizagem operante
• O comportamento verbal surge através de uma etapa 
crítica na evolução da espécie humana, a 
musculatura vocal torna-se suscetível ao 
condicionamento operante.
• Aprender a linguagem é como aprender qualquer 
outra coisa. Não há nada particularmente linguístico.
Exemplo de imitação
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 3
Abordagem Inatista
Noam Chomsky 
(1928 – até hoje)
9
Noam Chomsky
• Noam Chomsky é um Linguista e filósofo, observou que:
�As crianças adquirem palavras e gramáticas não 
ensinadas em uma velocidade extraordinária para ser 
explicada por princípios da aprendizagem 
� Elas criam frases próprias. Ninguém ensinou uma 
criança a dizer: “Eu odeio você, papai.”
�Muitos de seus erros provêem de supergeneralização de 
regras:
�Criança: Minha professora fazeu um desenho bonito.
�Mãe: Você disse que sua professora fez um desenho bonito?
�Criança: É.
�Mãe: Ela fez o desenho no quadro?
�Criança: Não, ela fazeu no caderno.
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 4
10
Noam Chomsky: LDA
� O desenvolvimento da linguagem é parecido com 
“auxiliar uma flor a crescer à sua própria maneira”.
� Mediante estímulos adequados, a linguagem 
simplesmente “acontece” à criança.
�Existe um dispositivo de aquisição da linguagem (LDA), 
que faz com que chaves sejam ligadas ou desligadas para que 
possamos compreender e produzir a linguagem. 
� Ao ouvirmos uma língua, as chaves são ajustadas para que 
aquela língua seja aprendida.
� Existe uma gramática universal: todas as línguas 
humanas têm os mesmos blocos de construção 
gramatical, tais como substantivos, verbos e objetos, 
negações e interrogações.
� cada língua seria um dialeto da gramática universal
�Começamos a falar com substantivos: “mamãe, dodói”
11
LDA: observações corroborativas
� As fases na aquisição da língua sugerem um 
mecanismo universal;
� A sensibilidade extremamente precoce do bebê para 
a língua indica que nascemos com capacidades 
especiais;
� Surgimento de capacidades linguísticas básicas em 
bebês deficientes;
�Os esforços ativos da criança para dominar a língua. 
As crianças são entusiásticas da língua e exercitam-na 
sem qualquer incitação.
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 5
12
Noam Chomsky: gramática
� A gramática constitui um sistema de regras 
que interagem continuamente para gerar um 
número indefinido de estruturas linguísticas. 
� Toda gramática é formada por três 
componentes básicos: o fonológico, o sintático 
e o semântico.
� Toda sentença gramatical tem uma estrutura 
superficial e uma estrutura profunda. 
13
Chomsky: gramática (cont.)
• A sintaxe é o sistema de regras que controla o modo como 
combinamos as palavras para formar frases e sentenças 
significativas.
• A semântica descreve a maneira como atribuímos significado aos 
morfemas, palavras, frases e sentenças (é o conteúdo da linguagem)
• Quando pensamos em alguma coisa, temos uma ideia (significado), 
que podemos expressar de diversas formas (palavras diferentes, em 
ordens diferentes).
• Exemplo: ideia de oceano calmo (significado) pode ser expressa de 
diversas formas:
– O oceano está estranhamente calmo hoje. 
– Hoje o oceano está particularmente calmo.
• As sentenças tem tanto uma estrutura superficial (palavras e frases 
em particular) quanto uma estrutura profunda (significado)
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 6
14
Estrutura superficial e profunda
�A estrutura profunda é o fator essencial na 
determinação do significado, 
�sendo portanto a responsável pela interpretação semântica da 
sentença (forma abstrata subjacente que determina o 
significado da frase ).
�A estrutura superficial está diretamente vinculada ao 
componente fonológico da gramática, determinando a 
interpretação fonética das sentenças 
� regras pelas quais a pronúncia da sentença, incluindo 
acentuação e entonação é determinada (depende das frases 
precisas que expressam os pensamentos).
� É uma representação do símbolo físico que produzimos ou 
ouvimos 
15
Gramática Transformacional
� A sintaxe e a semântica permitem fazer a transformação 
entre a estrutura superficial e a profunda.
� Direção do movimento na produção e compreensão da fala
� Produzir uma sentença (falar)
� Parte do pensamento (significado � sentenças � morfemas 
� fonemas)
� Do complexo para o básico
� Processamento de cima para baixo
� Compreender uma sentença (ouvir)
� Parte dos fonemas � morfemas � sentenças � significado 
(ideia)
� Do básico para o complexo
� Processamento de baixo para cima
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 7
Direção do movimento na produção e 
compreensão da fala
usamos regras transformacionais para converter a estrutura 
superficial em estrutura profunda durante a compreensão, e 
também para converter a estrutura profunda em estrutura 
superficial enquanto falamos ou escrevemos
Para Chomsky:
A aquisição da estrutura da linguagem depende do 
DAL (dispositivo de aquisição de linguagem), que 
tem como base uma gramática universal ou uma 
“estrutura linguística profunda”, que os humanos 
conhecem inatamente e sem aprendizagem.
O DAL está programado para reconhecer na 
estrutura de superfície de qualquer linguagem 
natural encontrada a sua estrutura profunda ou 
gramática universal e a gramática de toda e 
qualquer língua natural.
A competência linguística é inata.
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 8
Conclusões
�Os genes das crianças criam complexas ligações 
cerebrais que as preparam para a linguagem em sua 
interação com seus cuidadores.
� A ênfase de Chomsky na predisposição inata para aprender as 
regras gramaticais explica porque as crianças em idade pré-
escolar adquirem a linguagem tão prontamente e usam tão 
bem a gramática.
� A ênfase de Skinner no aprendizado ajuda a explicar como as 
crianças adquirem a linguagem pela interação com outras 
pessoas.
� Biologia (inatismo) e experiência (empirismo) trabalham 
juntas. Traços inatos e adquiridos interagem criativamente.
Teoria da solução de problemas
Jerome Bruner
(1915 – hoje)
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da línguaProfa. Paula Tavares da Cunha Melo 9
Críticas feitas por Bruner
• A imitação é uma explicação fraca.
– As regras de gramática da criança não são 
frequentemente as mesmas utilizadas pelos adultos 
ao seu redor.
• Há qualquer coisa de implausível nas perspectivas 
empiristas e inatistas
– A posição empirista é impossível e a inatista é 
“miraculosa”
• É improvável que as crianças aprendam a 
gramática para seu benefício próprio
– O seu domínio é instrumental: para fazer algo com as 
palavras no mundo real.
– As crianças têm que tornar as suas intenções claras 
pela linguagem
predisposição da criança para 
adquirir cultura
• Grande parte do processo cognitivo ocorrido na infância parece ser 
adquirida na atividade da criança dirigida para um objetivo.
– A criança é ativa. 
• Uma grande quantidade da atividade da criança durante o primeiro 
ano e meio de vida é extraordinariamente social e comunicativa
– A expressão facial da mãe é importante para a criança (indiferença 
ou interação com o bebê)
• Muito da ação inicial da criança ocorre em situações familiares 
confinadas e revela um grau surpreendentemente elevado de 
ordem e de sistematicidade.
– No início de sua vida, a criança faz poucas coisas (olhar, alcançar, 
bater, ...)
– Bater: vai bater com tudo o que conseguir segurar ou vai fazer tudo 
que aprendeu com um mesmo objeto (bater, apertar, colocar na 
boca, etc)
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 10
• Bruner aceita a teoria do LDA (dispositivo de aquisição de 
linguagem - Chomsky) 
– mas a LDA, individualmente, também não explica 
como é feita a aquisição da linguagem pelas crianças.
• A entrada para o LDA não pode ser um “chuveiro” de 
língua falada, mas uma relação altamente interativa
• A continuidade entre a comunicão pré-linguística e o 
discurso posterior necessitam de uma entrada 
“adaptada” do discurso adulto
• Esta “adaptação” do discurso requer cenários familiares 
e rotinizados, formatos para que a criança entenda o 
que está acontecendo porque ela tem uma capacidade 
limitada para o processamento da informação
� Estas rotinas constituem o que Bruner chamou de 
Sistema de Suporte à Aquisição de Linguagem (SSAL):
� É a interação entre o LDA e o SSLA que torna possível à 
criança entrar na comunidade liguística – e, ao mesmo 
tempo, na cultura que a linguagem dá acesso.
Bruner: teoria da 
solução de problemas
• É ao brincar com o adulto que o bebê começa a 
construir sua língua materna
– Os pais se comunicam na linguagem infantil
– A regularidade, as simplificações e o foco no aqui e agora 
são apropriados à capacidade cognitiva limitada da 
criança.
– A linguagem consistente e fácil possibilita à criança 
começar a extrair a estrutura da língua e formular 
princípios gerais.
– A mãe interpreta as intenções da criança e, ao responder, 
oferece o modelo adotado pela cultura
• O foco de Bruner é na função da linguagem, e não na 
sua forma
– Como referir e significar e como expressar suas intenções 
comunicativamente.
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 11
Abordagem interacionista
Teoria Cognitivista Construtivista
Jean Piaget
(1896 – 1980)
27
Piaget e a Língua
� O aparecimento da linguagem seria decorrência de algumas das 
aquisições do período sensório-motor. 
� Ao longo desse período a criança adquire a capacidade de 
substituir ou representar eventos que não se encontram 
presentes. 
� Assim ela pode atuar sobre o seu ambiente dispensando a 
presença da realidade imediatamente perceptível. 
� Objeto e eventos são, agora, substituídos por símbolos 
mentais.
� A formação desses símbolos se dá a partir da imitação. A 
imitação é a grande responsável pela aquisição da linguagem.
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Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 12
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29
Piaget e a Língua
�Inicialmente a criança imita determinados 
comportamentos em função de simples exercício. 
�Essas primeiras ações imitativas são imprecisas e mesmo 
rudimentares, aos poucos a criança vai aperfeiçoando 
seus movimentos, até ser capaz de reproduzir 
internamente tais ações. 
�Os símbolos mentais são as ações internalizadas.
�Cabe à imitação o papel de intermediária entre as ações 
concretas, explícitas e exteriores e as ações figuradas, 
implícitas e interiores que constituem a essência da 
linguagem e, consequentemente, do pensamento.
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 13
30
Piaget e a Língua
�O aparecimento dos sons e das palavras segue uma 
evolução semelhante, ou seja, os sons são associados a 
determinadas ações, e a aquisição da linguagem se 
processa através da imitação destes sons.
�As primeiras palavras estão assim, intimamente ligadas 
com os desejos e as ações da criança.
�Até os 7 anos, a criança fala tudo o que vem à cabeça. 
Não tem continência verbal. (eu vou desenhar uma casa ...)
�A linguagem da brincadeira infantil é composta de 
gestos, movimentos, mímicas e palavras.
31
Piaget e a Língua
� Duas amplas categorias de linguagem: (a partir do 
estudo realizado com 2 crianças de 6 anos)
� Linguagem não-comunicativa ou egocêntrica 
� não existe uma intenção de comunicar e não há tentativa 
de levar em consideração o ponto de vista do ouvinte.
� Linguagem comunicativa ou socializada 
� a criança leva em conta o ponto de vista do ouvinte e tenta 
transmitir alguma informação.
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Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
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Piaget e a Língua
�Linguagem egocêntrica se divide em:
� Repetição ou ecolalia
� Monólogo
� monólogo coletivo
�Linguagem socializada se divide nas seguintes classes
� Informação adaptada
� Críticas
� Ordens, súplicas, ameaças
� Questões
� Respostas
�A medida que as crianças vão crescendo, verifica-se um 
aumento da linguagem comunicativa em detrimento da 
linguagem egocêntrica. Isto se deve a pressão social.
Linguagem Egocêntrica
• A criança fala sem se preocupar em saber a quem 
fala e se é escutada.
• Fala a si própria ou pelo prazer de associar não 
importa quem à sua ação imediata.
• Fala somente de si mesma
• Não se coloca do ponto de vista do interlocutor
• Não sente a necessidade de agir sobre o interlocutor 
nem de lhe dizer verdadeiramente qualquer coisa
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 15
Linguagem egocêntrica (classificação)
• Ecolalia
– Repetição de sílabas e palavras pelo simples 
prazer de repetir
• a criança ouve uma sílaba, palavra, ou até frase e 
repete, independente de seu significado 
• É o prazer de servir-se das palavras ouvidas, não para 
se adaptar à conversa, mas para brincar com os termos.
• As crianças estão desenhando e brincando num mesmo 
espaço. Falam intermitentemente, mas sem se escutar 
muito. As palavras proferidas são “agarradas em vôo”. 
Linguagem egocêntrica (cont.)
• Monólogo
– A palavra é associada à ação
– A criança fala enquanto brinca. Acompanha seus 
movimentos e brincadeiras por gritos e palavras.
– Pode usar a palavra para produzir o que a ação não 
produziria por si própria
– Exemplo de monólogo
• Monólogo Coletivo
– Uma criança associa a outra à sua ação ou ao seu 
pensamento momentâneo, sem a preocupação de ser 
ouvida ou compreendida.
– Fala alto para si mesma, diante dos outros
– O interlocutor é um excitante, não importa quem seja.
– A criança fala de si sem colaborar com o interlocutor, nem 
suscitar diálogos.16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 16
Linguagem socializada
• Informação adaptada
– A criança consegue fazer-se ouvir pelo seu interlocutor e age sobre ele
• É a informação adaptada que dá origem aos diálogos.
• A criança troca realmente pensamentos com os outros.
– A criança tem o objetivo de informar alguma coisa ao interlocutor e 
esforça-se por ser compreendida.
– O interlocutor é importante, não serve qualquer um.
• Críticas e zombarias
– A informação é dirigida a um interlocutor específico, como na 
informação adaptada, mas há desejo de afirmar sua própria 
superioridade, há combatividade.
– são observações sobre o trabalho ou conduta de alguém. 
– São mais afetivas que intelectuais, afirmam a superioridade do eu e 
diminuem os outros. Não visam a comunicação do pensamento, mas a 
satisfação de instintos não intelectuais, tais como: combatividade, amor 
próprio, concorrêcia, etc
• Eu sou mais forte. / Você não sabe nada. / Eu tenho um lápis maior 
do que o seu ...
Linguagem socializada
• Ordens, súplicas, ameaças
– Ordens: Há a ação de uma criança sobre a outra. 
• Faça isso, Saia da frente
– Ameaças: Também há a ação, mas com ameaça. 
• Não faça, senão eu conto
– Súplicas: Também é uma ordem, mas menos agressiva
• Por favor, eu quero água
• Perguntas
– As perguntas de uma criança para outra exigem resposta
– É uma busca espontânea por informação
• Respostas 
– São as respostas dadas às perguntas (com ponto de 
interrogação) e às ordens (não fazem parte da linguagem 
espontânea da criança)
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 17
Conclusões de Piaget
• As crianças até certa idade pensam e agem de maneira 
mais egocêntrica do que os adultos.
• Trocam menos suas experiências intelectuais do que os 
adultos. 
• Falam mais entre si sobre o que fazem.
• Grande parte do que dizem não é dirigido a ninguém.
• A reflexão da criança não é íntima 
• antes de aproximadamente 7 anos a criança não guarda os 
pensamentos. Diz tudo. Criança diz tudo para si própria.
• portanto, a palavra não socializa o pensamento, mas 
acompanha e reforça a atividade individual.
• Tudo o que a criança faz é acompanhado da fala.
• Fala incessantemente, sem colocar o seu ponto de vista.
• Fala como se pensasse em voz alta.
• Afirma o tempo todo e não justifica.
• Não pensa nos outros e não se preocupa se está sendo 
compreendida (monólogo coletivo).
• A criança com menos de 7 anos pensa e fala de maneira 
egocêntrica, mesmo em sociedade, enquanto o adulto 
pensa socialmente. 
• A verdadeira linguagem social da criança é o brinquedo: é 
uma linguagem de gestos, movimentos, mímicas e palavras.
• Até os 5 anos a criança só trabalha solitariamente.
• De 5 a 7,5 anos formam pequenos grupos de duas crianças.
• Entre 7 e 8 anos:
• surge a necessidade de trabalhar em comum (idade em que 
Piaget acredita que a linguagem egocêntrica perde a 
importância).
16/03/2014
Pensamento e Linguagem
Teorias da Aquisição da língua
Profa. Paula Tavares da Cunha Melo 18
Vejam este filme pensando nas teorias já 
aprendidas
Filme interação mãe - bebê
41
• Período crítico � todos as teorias concordam
que os primeiros anos são decisivos.
• As crianças se tornam linguisticamente
tolhidas quando isoladas da língua durante o
período crítico

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