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AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL Aula 13: Transtornos de Ansiedade AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Temas/objetivos desta aula ANSIEDADE X MEDO; 1 PRÓXIMOS PASSOS TRANSTORNO DO PÂNICO. 3 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE; 2 AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Ansiedade X Medo Ansiedade “É um sistema de resposta cognitiva, afetiva, fisiológica e comportamental complexo (isto é, modo de ameaça), que é ativado quando eventos ou circunstâncias antecipadas são consideradas altamente aversivas porque são percebidas como eventos imprevisíveis, incontroláveis que poderiam potencialmente ameaçar os interesses vitais do individuo”. Beck e Clark, 2012, p. 17 AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Ansiedade X Medo Medo “É um estado neurofisiológico automático primitivo de alarme envolvendo a avaliação cognitiva de ameaça ou perigo iminente à segurança e integridade de um indivíduo”. O medo como avaliação básica de perigo é o processo central em todos os transtornos de ansiedade, enquanto a ansiedade descreve um estado mais permanente de ameaça ou “apreensão ansiosa” que inclui outros fatores cognitivos além do medo. Beck e Clark, 2012, p. 17 AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Ansiedade X Medo De acordo com Beck e Clark (2012) cinco critérios podem ser usados para diferenciar os estados anormais de medo e ansiedade. 1 – Cognição disfuncional: Um princípio central da teoria cognitiva da ansiedade está relacionada ao fato de que medo e ansiedade anormais resultam de uma falsa suposição envolvendo uma interpretação errônea de perigo de uma situação que não é comprovada por uma observação direta. A ativação das crenças disfunções (esquemas) sobre ameaça e erros de processamento cognitivo associados levam ao medo acentuado e excessivo que é incongruente com a realidade objetiva da situação. Beck e Clark, 2012, p. 17 AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Ansiedade X Medo 2 – Funcionamento prejudicado: A ansiedade clínica interferirá diretamente no enfrentamento efetivo e adaptativo em face a uma ameaça percebida e, de modo mais geral, no funcionamento social e ocupacional diário do indivíduo. 3 – Manutenção: Em condições clínicas, a ansiedade persiste muito mais tempo do que seria esperado sob condições normais. Lembrando que a ansiedade estimula uma perspectiva orientada ao futuro, que envolve a antecipação de ameaça ou perigo. Beck e Clark, 2012, p. 17 AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Ansiedade X Medo 4 – Alarmes falsos: Nos transtornos de ansiedade encontra-se frequentemente a ocorrência de alarmes falsos, que Barlow (2000, p.220 citado por Beck e Clark, 2012) define como “medo ou pânico acentuado que ocorre na ausência de qualquer estímulo ameaçador da vida, aprendido ou não”. Um ataque de pânico espontâneo ou inesperado é um ótimo exemplo de uma alarme falso. 5 – Hipersensibilidade a estímulo: Medo é uma resposta de aversão induzida por estímulo a um sinal externo ou interno que é percebido como uma ameaça em potencial. Em condições clínicas, o medo é evocado por uma variedade mais ampla de estímulos ou situações de intensidade relativamente leve de ameaça, que seriam percebidos como inócuos a indivíduo não temeroso. Beck e Clark, 2012, p. 17 AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtornos de ansiedade Os Transtornos Ansiosos são uma forma de resposta inadequada, em intensidade e duração, à solicitações de adaptação. Um determinado estímulo (interno ou externo) funcionando como uma convocação de alarme continuamente, por exemplo, pode favorecer o surgimento da Ansiedade Patológica. AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtornos de Ansiedade (DSM – 5, 2014): • Transtorno de Ansiedade de Separação; • Mutismo Seletivo; • Fobia Específica; • Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social); • Transtorno do Pânico; • Agorafobia. Transtornos de ansiedade AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico • Perturbação que envolve súbitas, crescentes e intensas reações simpáticas. Podem estar envolvidos frequentemente comportamentos de fuga ou evitação que limitam, de forma drástica, a mobilidade e a autonomia dos pacientes. Com frequência, tentam desempenhar essas atividades com auxílio de álcool ou medicamentos, o que eventualmente cria dependências químicas de forma secundária. • À medida que outros ataques ocorrem, começam a surgir a ansiedade antecipatória e a ideação sobre novos ataques, o que leva, em geral, ao desenvolvimento de respostas de evitação que virão caracterizar o quadro de agorafobia. AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico • Em muitos casos, um ataque de pânico pode ser disparado durante o uso de alguma substância, como a maconha, a cocaína, as anfetaminas e os alucinógenos, em que os efeitos somáticos ou cognitivos podem ser experimentados subjetivamente de forma catastrófica. Síndromes de abstinência de substâncias sedativas, como o álcool, os benzodiazepínicos e outros hipnóticos também podem induzir ataques de pânico. AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico • De acordo com o DSM – 5 (APA, 2014, p.119) o ataque de pânico é: • Surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: 1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia; 2. Sudorese; 3. Tremores ou abalos; 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento; 5. Sensações de asfixia; AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico 6. Dor ou desconforto torácico; 7. Náusea ou desconforto abdominal; 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; 9. Calafrios ou ondas de calor; 10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento; 11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo); 12. Medo de perder o controle ou enlouquecer; 13. Medo de morrer. AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico Ainda de acordo com o DSM – 5 (APA, 2014, p.119 e 120) para o diagnóstico do transtorno do pânico é importante que pelo menos um dos ataques tenha recorrências, além de uma ou mais de uma das seguintes características: 1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (por exemplo, perder o controle, ter um ataque cardíaco, enlouquecer). 2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionado aos ataques (por exemplo, comportamentos que têm por finalidade evitar ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas). AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico Hipóteses etiológicas psicológicas Três vertentes de pesquisa tendo o medo do medo como conceituação central para a compreensão do transtorno de pânico e da agorafobia: • Condicionamento pavloviano interoceptivo; • Sensibilidade à ansiedade; • Esquemas disfuncionais. AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico Terapia Cognitiva para o transtorno do pânico Para Beck e Clark (2012, p. 316)há cinco metas principais que vão definir o tratamento para o pânico na terapia cognitiva: 1. Reduzir a sensibilidade e responsividade a sensações físicas e mentais relacionadas ao pânico; 2. Enfraquecer a interpretação catastrófica errônea e os esquemas de ameaça hipervalente subjacentes de estados corporais ou mentais; AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico Terapia Cognitiva para o transtorno do pânico 3. Aumentar as capacidades de reavaliação cognitiva que resultam em adoção de uma explicação alternativa mais benigna e realista para sintomas aflitivos; 4. Eliminar a evitação e outros comportamentos de busca de segurança mal adaptativos; 5. Aumentar a tolerância à ansiedade ou desconforto e restabelecer um senso de segurança. AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Transtorno do pânico Beck e Clark (2012, p. 317) indicam ainda os principais elementos que devem compor o tratamento da terapia cognitiva para o transtorno do pânico. São eles: 1. Educação no modelo de terapia cognitiva do pânico; 2. Ativação do esquema e indução do sintoma; 3. Reestruturação cognitiva de interpretações errôneas; 4. Teste empírico da hipótese da explicação alternativa; 5. Exposição in vivo gradual; 6. Tolerância ao sintoma e reinterpretação da segurança; 7. Prevenção de recaída; 8. Retreinamento da respiração (opcional). AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Referências BECK, A.; et. al. Terapia Cognitiva da Depressão. Porto Alegre: Artmed, 1997. CABALLO, V. Manual para o tratamento cognitivo- comportamental dos transtornos psiquiátricos. Ed. Santos, 2003. KNAPP, P. e cols. Terapia Cognitivo-Comportamental na prática psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004. RANGE, B. (org). Psicoterapias cognitivo comportamentais. Porto Alegre: Artmed, 2001. AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Saiba mais • Artigos científicos: www.scielo.br • Federação Brasileira de Terapias Cognitivas: www.fbtc.org.br • Revista Brasileira de Terapias Cognitivas: www.rbtc.org.br AULA 13: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Terapia cognitiva comportamental Assuntos da próxima aula: Transtornos Alimentares; Anorexia Nervosa; Bulimia Nervosa. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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