Buscar

Processo de Produção Audiovisual

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Laboratório de Comunicação156
O PROCESSO DE PRODUÇÃO NO AUDIOVISUAL
A ccomplexa pprodução dde ssom ee iimagem
Na unidade 9 deste livro, tivemos contato com as tecnologias
envolvidas na produção de audiovisuais. Basicamente, conhecemos os
dois suportes de realização, de captação de áudio e imagem e suas
características técnicas: o cinema (imagem cinematográfica) e o vídeo
(imagem eletrônica ou videográfica). 
Agora, já na reta final do nosso livro, vamos nos ater ao
detalhamento do processo de realização. Ele começa com uma 
idéia concretizada em um roteiro e termina no filme, comercial ou
programa de televisão pronto para ir ao ar, para ser exibido nas salas
de cinema ou em qualquer outro meio. 
Escolhemos dar um maior destaque para as produções audiovisuais,
em detrimento de conteúdos feitos para outras mídias também cobertas
pelo curso, porque é no audiovisual que temos as mais complexas
operações técnicas, onde está envolvido o maior número de profissionais
e, por fim, ser nesse tipo de produção onde geralmente temos os
orçamentos mais altos.1 Em resumo, entre os produtos midiáticos, não
existe nenhum mais complexo do que uma grande produção audiovisual. 
Essa afirmação pode ser facilmente constatada: nas produções
para cinema e televisão, precisamos produzir imagem e som de
qualidade, além de combiná-los segundo uma linguagem. Já nos
trabalhos para rádio ou mesmo para Internet – sem falarmos nos
destinados à mídia impressa –, no primeiro não existe imagem e no outro
as imagens em movimento não são tão importantes para o meio.
1 Imaginando uma produção padrão, a da mídia eletrônica apresenta essas características em relação
aos trabalhos de outras mídias.
UUnniiddaaddee 1133UUNNIIDDAADDEE 11 33
157Unidade 13
Nos veículos audiovisuais, produzir som e imagem de qualidade
custa caro e é um processo tecnicamente mais complicado do que em
outros meios. Para realizar um capítulo de novela, um telejornal ou um
longa-metragem, geralmente estarão envolvidos muito mais pessoas e
dinheiro do que na produção de qualquer outro produto ou conteúdo
similar para as demais mídias.
Uma outra característica que reforça a importância da Mídia
Eletrônica é o total de verbas publicitárias destinadas para o meio. 
No Brasil, a televisão é o veículo de comunicação de massa que mais
audiência atrai, além de exercer grande influência sobre os hábitos 
de consumo e ser o meio preferido na veiculação de comerciais de
grandes anunciantes. Não por outra razão, a boa qualidade técnica
é um requisito em tudo o que é colocado no ar, tanto na programação
quanto nos intervalos comerciais.
Esses são fortes motivos para que futuros profissionais de
comunicação tenham um bom conhecimento sobre o processo de
produção de audiovisuais. Em verdade, nesta etapa do curso, vamos
contextualizar conteúdos de várias unidades para entender como se
produz para televisão e cinema. Conhecendo a realização do mais
complexo produto da mídia, estaremos cobrindo, de alguma forma,
todos os demais processos possíveis – alcançando, então, o objetivo
inicial da disciplina Laboratório de Comunicação.
Para complementar a atenção que as próximas páginas darão
aos produtos de imagem e som, a última unidade do nosso livro
apresentará as bases da linguagem audiovisual. 
As eetapas dde uuma pprodução aaudiovisual
Já sabemos, do estudo feito na unidade 6, como se organiza
uma produção de forma genérica. Naquela altura, a produção foi
estruturada em algumas etapas, a saber: idéia, pesquisa, criação,
roteiro, produção, finalização e veiculação.
Laboratório de Comunicação158
2 Neste sentido, a análise da produção audiovisual que vamos fazer cobre menos do que o conceito mais
geral da unidade 6.
Partindo desse conceito, podemos adaptá-lo para a produção
audiovisual. O resultado é o seguinte: todo processo de realização em
cinema ou televisão pode ser dividido em três fases fundamentais –
pré-produção, produção e pós-produção.2
Para não nos confundirmos, é preciso deixar clara uma coisa. Um
dos usos da palavra produção se refere ao trabalho como um todo: a
realização de um filme ou comercial, por exemplo, é uma “produção”.
Outro sentido é denominar a fase em que as imagens e sons estão
sendo criados e captados pela equipe de filmagem (ver unidade 10); é
quando o trabalho começa a se tornar concreto, a ganhar substância. 
Pois bem, usando a palavra no primeiro sentido, a produção é
dividida em três partes distintas, como definido acima. No entanto,
uma dessas partes também ganha o nome de produção por ser a fase
onde se capta o material que vai compor o trabalho; é o segundo
sentido da palavra. 
Etapas de uma produção audiovisual:
PRODUÇÃO = PRÉ-PRODUÇÃO + PRODUÇÃO + PÓS-PRODUÇÃO
São essas as etapas da realização de um projeto audiovisual.
Projeto é qualquer trabalho, envolvendo as tecnologias audiovisuais,
que tenha como objetivo final realizar um produto de comunicação,
através do uso de imagens em movimento e som. 
Existem vários formatos possíveis que as empresas de
comunicação, ou qualquer outro produtor/realizador, podem utilizar
no campo do audiovisual. Por exemplo, variando em finalidade,
linguagem e mesmo duração: um comercial de 30 segundos, um
institucional de 6 minutos, um documentário de 15 minutos ou um
filme de ficção longa-metragem com uma hora e meia de duração.
Todos são trabalhos audiovisuais.
159Unidade 13
A ppré-pprodução: oonde ttudo éé pplanejado
A etapa que dá início à realização de um projeto audiovisual 
é a pré-produção. Ela consiste de toda a fase anterior à captação 
do material bruto que vai constituir o trabalho. Nesse ponto, o
audiovisual começa a deixar de ser apenas a idéia abstrata, e os
primeiros passos são dados para transformar o roteiro em um filme. 
A pré-produção começa quando a equipe se forma; diretor e
produtores iniciam o trabalho de planejar, definir e produzir tudo o que
será necessário para tornar o roteiro um trabalho finalizado, pronto
para ser veiculado. Por essa razão, é preciso que o roteiro já esteja
fechado e passe a ser a referência para o trabalho do diretor, dos
produtores e de toda a equipe de filmagem (ver unidade 10). Ele é
geralmente o ponto de partida para a realização de qualquer projeto. 
Um detalhe importante é que nesse momento toda a questão 
do financiamento do trabalho já deve estar resolvida. Isto é, só se
inicia um projeto – dando a largada na sua pré-produção – quando
existem os recursos necessários para financiá-lo. Por exemplo, se 
for um comercial, logicamente o orçamento já está fechado com o 
cliente e a agência de publicidade que criou a campanha; se for um
longa-metragem, os produtores executivos já conseguiram verbas e
patrocínios que cobrem pelo menos a primeira fase da produção. 
Na pré, é planejada e posta em prática toda a logística
necessária para que as imagens sejam produzidas de acordo com a
interpretação do roteiro pelo diretor. Por exemplo, são tarefas da 
pré-produção: contratar equipe, definir locações e o cronograma de
filmagens, selecionar atores, alugar todos os equipamentos.
Resumindo: a pré-produção é o período de planejamento e
preparação em que toda a equipe técnica, equipamentos e serviços são
definidos e contratados para que, no dia da filmagem, o roteiro possa
começar a ser realizado. Uma regra de ouro: quanto melhor a sua 
pré-produção, menos problemas e imprevistos acontecerão na sua
filmagem. 
Laboratório de Comunicação160
A pprodução: ffilmagem oou ggravação, oo mmomento ccrítico
A pré-produção virtualmente só acaba quando começamos a
fase da produção. Esta é a etapa onde tudo o que foi planejado
anteriormente é colocado em prática com o objetivo de produzir as
imagens que irão compor o projeto. 
A produção também pode receber o nome de filmagem ou
gravação. Chamamos de filmagem quando o projeto é realizado em
cinema (película); chamamos de gravaçãoquando utilizamos o vídeo
para captar as imagens (ver unidade 9). 
Os dias de filmagem/gravação são o momento crítico de uma
produção, pois, nessa fase, todos os recursos e equipe estão juntos
para produzir o material bruto que será finalizado adiante. Nada
pode dar errado3; geralmente não há muita margem de manobra
quanto aos custos e horários de trabalho de equipe e do aluguel de
equipamentos. Cabe ao diretor a coordenação de todos os recursos e
profissionais de forma a conseguir o melhor resultado possível dentro
das condições do projeto e do tempo estipulado pelo cronograma de
filmagem. 
Ao final dos dias de filmagem/gravação, temos todo o material
bruto captado. Imagens e sons prontos para começarem a ser
montados/editados. No entanto, antes de irmos para essa última
etapa, tudo o que foi “produzido” precisa ser devolvido e o
pagamento acertado. É a chamada desprodução; essa tarefa é
responsabilidade dos produtores do projeto.
3 Lógico que muita coisa não sai como o planejado, mas uma boa equipe técnica é aquela que, mesmo
com imprevistos, e eles sempre acontecem, consegue realizar um trabalho de qualidade. 
161Unidade 13
A ppós-pprodução: mmontando/editando iimagem ee ssom
Terminadas as filmagens, o diretor já tem todo o material 
bruto que ele produziu. A próxima etapa é a chamada edição ou
montagem.4 E o que vem a ser essa fase? Bom, antes de darmos uma
resposta, temos que entender que tanto o cinema quanto a televisão e
o vídeo têm uma linguagem própria: a linguagem audiovisual.5
Na nossa área profissional, trabalhamos com comunicação de
massa e sabemos que um dos nossos objetivos é comunicar alguma
coisa para grandes audiências. Para isso, podemos usar as várias
linguagens disponíveis. A linguagem audiovisual é uma das mais
cheias de recursos. De forma resumida, o audiovisual é um código 
que utiliza imagens, planos e sons, a parte sonora que acompanha as
imagens, para construir seus significados. É a seleção e a organização
desses elementos, imagem e som, plano após plano, que permite que
o diretor possa passar a sua mensagem, a sua idéia. Esse trabalho, a
edição/montagem, é feito na pós-produção (ver unidade 14). 
Durante o trabalho de produção das imagens, todas as cenas,
todos os planos, são filmados diversas vezes e de pontos de vista
diferentes. Esse recurso, comum no trabalho de direção, serve para
dar opções de escolha na hora da montagem. Com certeza, muito 
do material que foi filmado não será utilizado na edição final do
audiovisual.6 A essência da edição é exatamente escolher o que vai
entrar e o que não vai. Essas escolhas são feitas na pós-produção.
4 Novamente, a diferença entre um termo e outro se refere a estarmos utilizando o vídeo ou o cinema na
produção. No cinema, essa fase é chamada de montagem; no vídeo, edição. 
5 Veremos esse tema na próxima e última unidade do livro.
6 Uma boa média no mercado profissional, dependendo do tipo de trabalho, é se ter uma relação de
10:1 entre material bruto e tempo final de edição. Isto é, para um minuto de programa ou comercial,
são filmados dez minutos de imagens brutas. 
Laboratório de Comunicação162
A montagem/edição nada mais é do que a seleção criteriosa
das imagens que vão efetivamente compor o produto final. O diretor,
juntamente com o editor ou montador, vê as diversas opções e escolhe
a que quer usar; depois, coloca uma imagem após a outra, em uma
seqüência determinada para compor o filme.
Esse mesmo processo ocorre não apenas com as imagens.
Também o áudio é editado no momento em que trabalhamos o vídeo.
Por fim, uma série de outras operações também ocorre durante a 
pós-produção. Por exemplo, a realização dos efeitos especiais de imagem,
a inclusão de trilhas sonoras e efeitos de áudio, a edição da abertura
do filme e a colocação dos créditos finais etc., tudo isso é feito nessa
fase. Resultado desse processo é o filme finalizado, pronto, acabado. 
A pós-produção é tudo o que ocorre depois das filmagens e
também pode ser chamada de finalização. 
Produzindo uum ccomercial ppara aa ttelevisão7
Para ilustrar o que acabamos de ver, descreveremos, adiante,
em suas linhas gerais, a produção de um determinado tipo de
audiovisual: um comercial para a televisão. O motivo é simples: as
grandes campanhas publicitárias para a TV são trabalhos com apuro
técnico muito cuidadoso, e nelas é comum a produção em cinema e
pós-produção em vídeo – o que envolve processos importantes de
conhecer. 
Essa forma de realização visa aproveitar as melhores qualidades
dos dois suportes: a melhor qualidade de imagem do cinema e a
maior praticidade da edição eletrônica (ver unidade 9). Assim, filmes
publicitários de qualidade são produzidos em película 35mm e
editados/finalizados eletronicamente em vídeo.
7 O processo que descrevemos aqui está resumido aos seus pontos básicos para objetivo didático, não
sendo de forma alguma totalmente preciso em termos técnicos. 
163Unidade 13
Durante a pré-produção, o diretor e os diretores de fotografia 
e produção tomam as principais decisões para a realização do
comercial. A produção será em película, filmada em estúdio, em um
único dia? A partir daí, produtores e assistentes, juntamente com
outros membros da equipe, trabalham para que tudo esteja pronto
para o dia definido no cronograma de produção. Faltam poucos dias;
neste tipo de mercado, geralmente trabalhamos com menos tempo do
que o necessário, pressionados pelos prazos de entrega do filme que,
via de regra, já tem data para entrar no ar.
No dia da filmagem, desde cedo, todos já estão a postos. As
filmagens correm tranqüilas, o diretor faz todos os planos que deseja
e, antes do anoitecer, todo o trabalho está sendo desproduzido. O
resultado está nas latas de filme 35mm, que precisam ser enviadas
para o laboratório revelar. O assistente de câmera e a produção são
os responsáveis por essa operação fundamental.8
Na tarde seguinte, o laboratório já tem o negativo revelado e
precisamos passar as imagens do suporte filme para o suporte vídeo.
Isto é, as imagens que foram produzidas em cinema precisam, 
para iniciarmos a edição, ser transferidas para uma fita de vídeo,
geralmente em um formato de profissional, Betacam-digital, por
exemplo. 
Esse processo é conhecido como telecinagem. Telecinar imagens
é uma operação comum em produções profissionais hoje em dia, pois,
captando em película e editando eletronicamente, vamos precisar sair
de um suporte para outro. 
O processo inverso também é possível: sairmos do vídeo para o
filme. Ocorre quando temos um produto finalizado em vídeo e desejamos
exibi-lo em salas de cinema. Essa operação é chamada de transfer.
8 Imaginem o seguinte: todo o trabalho de semanas, de produção e criação do filme, está concentrado
em algumas latas de filme 35mm que precisam ser reveladas. Qualquer problema técnico ou burocrático
poderia jogar fora toda a produção e o dinheiro gasto nela. 
Laboratório de Comunicação164
Telecinagem: Processo característico da pós-produção no qual
imagens produzidas em cinema são transferidas para suporte
magnético, transformando-se, então, em imagens de vídeo. Esse
processo é realizado por um equipamento denominado Telecine.
O suporte de vídeo pode ser qualquer um, mas geralmente é um
formato profissional digital. 
Transfer: Processo inverso da telecinagem. No transfer, as
imagens em vídeo são copiadas do suporte eletrônico para 
o suporte película cinematográfica, geralmente na bitola de 
35 mm, o que permite a projeção em salas de cinema. 
Durante a telecinagem, também fazemos a sincronia de som 
e imagem. Já sabemos que, no vídeo, som e imagem estão juntos, 
mas isso não acontece quando produzimos em filme. Portanto, no
momento em que as imagens brutas cinematográficas são telecinadas,
sincronizamos com elas o som previamente gravado.
Uma vez as imagens todas já em vídeo, podemos começar a
edição.Vamos chamar de edição off-line a primeira etapa da
finalização. Essa divisão tem uma razão econômica. Imaginemos, só
como exemplo, que um diretor precise de 20 horas para editar o seu
trabalho. Uma boa parte desse tempo, a maior parte podemos dizer,
será consumida na operação simples de ver todas as imagens, de
selecionar o que vai ser usado, em dar uma primeira ordem, fazer
uma primeira versão da montagem do trabalho. 
Pois bem, essas operações podem ser feitas em equipamentos
mais simples do que os necessários para, na fase final da edição,
realmente dar o acabamento técnico ao filme, com todos os efeitos,
todos os recursos de finalização etc. 
Por esse motivo, separamos a edição em off-line e on-line. A
primeira, demorada e básica, é feita em equipamento mais simples 
165Unidade 13
e barato. A segunda, já avançada, é realizada em máquinas mais
caras e que oferecem mais recursos.
Pois bem, a edição off-line é feita pelo diretor, juntamente com 
o editor/montador. Ao final, eles têm um bom rascunho de como o
trabalho vai ficar. Essa versão é apresentada à agência e ao cliente.
Geralmente algumas sugestões de alteração são feitas. O diretor
procede às modificações e novamente submete à aprovação.
Resultado aprovado, o trabalho segue para a edição on-line, onde
todos os detalhes mais técnicos vão ser realizados; a colocação da
trilha sonora definitiva, a inclusão de efeitos digitais etc. Desse modo,
a etapa on-line é mais breve e, assim, menos custosa. 
Edição off-lline/on-lline: É uma separação no processo de 
edição que tem razões econômicas. A edição off, primeira 
etapa da finalização, é feita em equipamentos mais simples e
baratos. Já quando o trabalho se encontra definido e aprovado,
passamos para a edição on-line, que é realizada em
equipamentos de mais recursos e que vão realmente finalizar 
o trabalho. A diferença está no preço que se paga pela locação
de cada um desses equipamentos. 
Como vimos em outras unidades, atualmente esses processos
técnicos utilizam a tecnologia digital de forma intensa. A
convergência digital é muito forte nas etapas da pós-produção
(unidades 1 e 9). Até mais ou menos uma década atrás, a edição
eletrônica era feita em máquinas analógicas que copiavam as
imagens de uma fita magnética para outra, de acordo com as
escolhas do editor. 
Isto é, a edição era a operação de copiar uma imagem que se
desejava, que estava numa fita com as imagens brutas, para uma
outra fita, onde era montado o trabalho final. Essa forma de operação
tem diversas limitações, pois, por exemplo, uma vez colocada a
imagem, com uma determinada duração e posição em relação aos
Laboratório de Comunicação166
outros planos, não se podia fazer muita coisa para alterar esses
parâmetros. Era o que chamamos de edição linear, pela maneira
como deveria ser montado o filme, uma imagem após a outra,
geralmente no sentido do início para o fim. 
Mas, com a convergência, a edição passou a ser feita com
imagens digitalizadas e com o auxílio de computadores. Esse processo
abriu uma série de possibilidades e vantagens em relação ao que era
então feito e ganhou o nome de edição não-linear. Isso porque agora
a montagem das imagens pode ser feita em qualquer ordem, com
enorme liberdade para alterar e trocar planos, mudar a seqüência das
cenas, manipular as imagens de infinitas maneiras. 
Um exemplo da revolução que representam os processos digitais
na finalização de um audiovisual é pensarmos no que podemos fazer
com um texto na sua versão digital em um processador do tipo Word
e as limitações que temos nesse mesmo texto escrito à mão ou já
impresso. É a diferença entre a edição linear e a não-linear. 
Pois bem, hoje, ninguém mais utiliza profissionalmente a edição
linear. Durante a edição off-line, o diretor e o editor fazem todas as
experiências e podem, depois das observações da agência e do
cliente, alterar facilmente a montagem antes de passarem para a fase
on-line. Enfim, a finalização hoje é muito mais ágil, fácil e criativa com
os sistemas não-lineares.
Edição llinear/edição nnão-llinear: Edição linear é a forma
clássica de se editar vídeo; de uma máquina player são geradas
as imagens que são reproduzidas em uma máquina recorder,
de acordo com a decisão do editor. Por outro lado, na edição 
não-linear, todas as imagens são digitalizadas para dentro de um
computador e processadas pela máquina. Finalizado o trabalho,
o resultado é transferido para uma fita de vídeo. A edição 
não-linear é muito mais ágil e versátil do que a linear; a manipulação
das imagens é virtualmente infinita.
167Unidade 13
Encerrada toda a finalização, o diretor do comercial entrega
cópias do comercial para a agência, que providencia que elas
cheguem às emissoras programadas na mídia da campanha.
Também, no caso de existir veiculação na mídia cinema, pode ser
necessário fazer um transfer para filme 35mm. Pronto, temos aqui
uma das produções audiovisuais das mais exigentes em termos
técnicos. Abaixo, um fluxograma que resume o que vimos acima.
Roteiro definido
Produtor e Diretor escolhidos
Orçamento aprovado
Reunião de pré-produção
Planejamento
do projeto
Filmagem
Revelação do filme
(negativo)
Telecinagem
(sincronização da imagem
e áudio)
Edição
off-line
Trilha sonora e efeitos
(primeira versão)
Aprovação
cliente/agência
Edição on-line
(trilha sonora e efeitos, versão final)
Cópia de exibição Emissoras
Fluxograma da produção de um comercial em cinema/vídeo 
PRÉ-PRODUÇÃO
PRODUÇÃO
PÓS-PRODUÇÃO
Laboratório de Comunicação168
Não eesqueça 
• Uma produção pode ser dividida em três etapas 
principais: pré-produção, produção (ou filmagem/gravação) e
pós-produção; 
• A pré-produção é o planejamento de todas as demais 
etapas do trabalho, em especial o que vai acontecer nas
filmagens/gravações; a produção é quando temos a fase
mais crítica e todos os problemas devem ser minimizados
para realizarmos as imagens e sons; captadas as imagens
brutas, passamos para a finalização, a pós-produção, onde
o trabalho começa a tomar a forma definitiva; ao término,
temos o audiovisual finalizado e pronto para ver veiculado;
• A partir dos dois suportes de produção de imagem que
existem, cinema e vídeo, podemos fazer transferências de
material de um para o outro; esses processos se chamam
telecinagem (de cinema para vídeo) e transfer (de vídeo para
cinema);
• Podemos separar a edição em off-line e on-line; essa divisão
tem razões econômicas;
• A edição hoje é feita eletronicamente em sistemas 
não-lineares; essa forma de trabalho tem enormes vantagens
em relação à edição linear anteriormente utilizada. 
Atividades ppráticas 
• Caso seja possível, visite uma grande produtora ou 
alguma empresa que trabalha com serviços de aluguel 
de equipamentos para filmagens ou de finalização de
audiovisuais. Pergunte sobre as etapas técnicas, os
equipamentos etc. 
169Unidade 13
• Pesquise na Internet textos sobre o processo de edição 
e montagem de filmes, sobre edição não-linear e sobre
telecinagem e transfer. 
Leia mmais 
• Leia o texto sobre edição digital Montagem
cinematográfica: do artesanal ao virtual, disponível em
http://www.ctav-sav.com.br/tecnica/montag_ana.htm
Referências
GAGE, Leighton David. O Filme Publicitário. São Paulo: Atlas, 1991.

Outros materiais