01. Conceitos Básicos Introdução a Ciência Política

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 Aristóteles: derivado do adjetivo polis (politikós), que significa tudo que
se refere à cidade e, consequentemente, o que é urbano, civil, público e
até mesmo sociável e social. Tem por objetivo a felicidade humana 
ética (felicidade individual) + política (felicidade coletiva);
 Weber: todo homem, que se entrega à política, aspira ao poder com o
objetivo de obter alguma vantagem pessoal ou coletiva.
 Tomada de decisões através de meios públicos.
 Atividade através da qual são conciliados os diferentes interesses,
dando a cada um deles uma participação no poder, proporcional à sua
importância.
 Língua inglesa  3 palavras distintas: Policy (ações do Governo, com
base no direito, com o intuito de realocar os recursos escassos da
sociedade); Politics (conjunto de interações que definem múltiplas
estratégias entre atores para melhorar seu rendimento e alcançar certos
objetivos); Polity (Sistema político com caráter institucional  estrutura
onde interagem vários elementos em função do poder).
“O pior analfabeto é o analfabeto político, ele não ouve, não
fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não
sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da
farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das
decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se
orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não
sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a
prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os
bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais”.
Bertolt Brecht
 A política se mistura, coaduna com outras esferas, como o direito, a
economia, entre outras e atinge toda a sociedade organizada, com o fim
de realizar as prioridades de determinado grupo social.
 A dimensão da esfera política é bem ampla e qualquer cidadão, mesmo
aqueles que não atuam efetivamente se depara com a realidade política
em seu dia a dia.
Quando um fato é político?
 Se a política é um fenômeno amplo e que atinge toda a sociedade, o que
faz com que um fato seja político e não só social, religioso, artístico,
militar, etc.?
 O assassinato de um Aiatolá - religioso?
 A separação do príncipe Charles / os casos amorosos de Bill Clinton -
fofoca?
 A taxação sobre os produtos importados - econômico?
 Qual seria o ponto em comum entre esses eventos? é a ligação com o
Estado.
 É uma ciência social que estuda o exercício, a distribuição e a
organização do poder na sociedade.
 Costuma-se dividir o estudo da política em duas partes:
A. Institucional, onde se estuda a estrutura do Estado e suas
instituições formais tais como os partidos, o processo de
decisão e o eleitoral e;
B. Comportamental, sendo a que estuda as chamadas
instituições informais como a cultura política (que trabalha o
comportamento dos grupos e indivíduos que têm ação política).
 Possui ligação com diversas disciplinas e ciências, como: o direito
constitucional, Economia, História, Filosofia, Administração,
Psicologia, Sociologia, Comunicação, etc.
 Capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos.
 Conceito amplo e pode se referir até a objetos ou fenômenos naturais.
 Poder Social: capacidade do homem ou de um grupo de determinar o
comportamento de outro homem ou de outro grupo.
 O poder de um pai sobre o filho (de um homem sobre outro homem) quanto
de um governo sobre seus cidadãos (um grupo sobre outro).
 Poder Político: poder que tem como meio específico a força, constituída
em monopólio do Estado, tornando-o poder supremo.
 Poder Potencial: habilidade que quem exerce o poder deve ter para influenciar
o comportamento dos demais  O poder não está associado à noção de
força, mas sim com a de decisão.
 Poder de Fato: relação entre comportamentos que se caracteriza pela
intencionalidade ou certo interesse daquele que exerce o poder sobre aquele
que a ele está sujeito; pela voluntariedade espontânea ou não daquele que
sofre o exercício do poder; e pela concretização da mudança do
comportamento deste último  Necessidade do poder quando as regras de
justiça já não têm força suficiente em si próprias para que os homens as
respeitem.
 Força: uso ou ameaça de coerção física.
 Os Estados reservam a si o monopólio do uso da força e alocam todos
os meios importantes de coerção física para as suas organizações,
como a polícia ou as forças militares.
 Autoridade: legitimação do poder através da incorporação de
conteúdo jurídico e/ou moral, ou seja, normas ritualizadas nos
costumes ou codificadas no direito  elaboração de uma lei
magna, onde o poder é legitimado e legalizado.
 Autoridade burocrática ou racional-legal: baseada no cargo ou
posição formalmente instituída.
 Autoridade tradicional: baseada na crença, normas e tradições
sagradas e a que as pessoas obedecem em virtude da tradição  não
há necessidade de legislação.
 Autoridade carismática: baseada nas qualidades pessoais
excepcionais do indivíduo (líder)  carisma: imagem de notável
sabedoria, invencibilidade, exemplo ou santidade).
 Quando o poder passa pelo processo de estabilização,
estruturação e, por final, institucionalização, inicia-se o modelo
institucionalizado de uma dominação estabilizada.
 Weber: a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem. A
situação de dominação está ligada à presença efetiva de alguém
mandando eficazmente em outros.
 Dominação legal: especificamente racional no sentido da
vinculação a regras perfeitamente identificáveis.
 Dominação tradicional: baseada nos preceitos do passado;
costumes.
 Dominação carismática: especificamente irracional no sentido de
não conhecer regras.
 Legalidade: um atributo e um requisito do poder, daí o fato de dizermos
que um poder é legal ou age legalmente quando é exercido no âmbito
das leis, ou melhor, em conformidade com as leis estabelecidas ou, pelo
menos, aceitas. Em outras palavras fala-se em legalidade quando se
trata do exercício do poder.
 Qual seria a diferença básica entre legal e legítimo?
 Quando um poder é legal, ele necessariamente é legítimo? Basta
estabelecer leis?
 Legitimidade: trata-se de tudo aquilo em que há um consenso da parte
do povo para que seja legal. Uma ordem ou uma decisão de uma
autoridade será legal se estiver estabelecida em lei e será legítima se
todos estiverem de acordo sobre a validade daquela lei e se ela for
capaz de assegurar a ordem da sociedade sem incorrer na possibilidade
do uso da força.
 Logo, nem tudo que é legal é legítimo, pois a lei pode contrariar alguns
dos princípios que culturalmente ou naturalmente o indivíduo não está
interessado em prejudicar.
 Teoria de Mosca; Teoria de Pareto (Teoria da Circulação das Elites) e
Teoria de Mills.
 Elementos comuns das teorias das elites:
a. Em toda sociedade organizada, as relações entre os indivíduos ou
entre grupos são relações de desigualdades;
b. O motivo principal da existência da desigualdade está na distribuição
desigual do poder, o qual tende a concentrar-se num grupo reduzido
de pessoas;
c. Entre diversas formas de poder, o determinante é o poder político;
d. Os que detêm o poder, a classe política, são sempre minoria;
e. A classe política, pelo fato de ser reduzida, é mais organizada e seus
membros apresentam entre si uma solidariedade motivada pelo fato
de apresentarem interesses em comum.