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Sintese Hobbes, Locke e Rousseau

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ
ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE DIREITO, 2º PERÍODO
COMPONENTE CURRICULAR CIÊNCIA POLÍTICA
PROFESSOR LICÉRIO DE OLIVEIRA
ALUNO: JOSÉ HENRIQUE WICHROSKI DOS SANTOS
Hobbes
	O Estado de natureza é hipótese do modo como os homens viviam sem uma organização social. Hobbes institui a ideia de estado de natureza com a finalidade de explicar o motivo dos homens convivem em sociedade e de seguirem regras de convívio social. Este autor diz que os homens viviam em um estado de natureza, em uma guerra de todos contra todos, pois o homem seria mal por natureza, onde qualquer um podia fazer o que quisesse. Havia uma liberdade, mas esta liberdade trazia muita insegurança. Todos tinham o direito de obter tudo. O homem em estado de natureza para Hobbes não chega a ser um selvagem, mas sem cultura. Não havendo um poder que mantivesse certa ordem social, todo e qualquer progresso seria interrompido pois ele teria que manter-se focado em ficar vivo. Não tinham leis e nem propriedade, os indivíduos faziam o que queriam, e viveriam num caos social e político. Quando o Estado foi criado, os homens abdicaram de sua liberdade para ter segurança. Dar poder ao “leviatã” (que seria um representante absoluto, um monarca) seria abrir mão do seu direito a tudo para garantir paz e manter-se vivo, se satisfazendo com a mesma liberdade dos outros. Quando este contrato social, não basta as leis, é necessário que haja um Estado preparado para fazer com que os homens as respeitem. O governo, o soberano, tem que defender a paz social e a vida dos habitantes, pois os seres humanos só abriram mão do direito natural de possuir todas as coisas para proteger sua própria vida ameaçada na guerra total. Se não for garantida a segurança e por conseqüência a vida, o súdito tem o direito de se rebelar, pois o pacto é nulo. 
John Locke
No estado de natureza, aonde segundo o contratualismo, o homem não teria estabelecido o governo civil, John Locke diz que estes homens são iguais, independentes, são neutros, com a tendência de se tornarem bons, e livres para determinar suas ações, desfazer-se dos seus bens e julgar os semelhantes que tragam perigo aos seus direitos naturais de acordo com sua vontade e opinião, podendo utilizar-se de qualquer meio para proteger suas vidas, saúde, liberdade e posses. Porém, esta vida no estado natural acompanha uma incerteza e uma insegurança da segurança de direitos, uma vez que o homem é colocado constantemente frente a frente com o desrespeito da sua intimidade e de seus bens, pois, qualquer um é julga de acordo com suas crenças, sempre pensando em si mesmo. O julgamento, ainda que seja certo, não provém de um poder social estabelecido que dê explicações para a sua sentença. O individuo, dispõe desta condição de liberdade plena e se submete à liderança de outro poder estabelecido pelo consentimento da maioria do grupo que ele vive com a intenção de ter a própria liberdade. Porém, isto somente vai ser possível num povo politicamente organizado e comandado por uma instituição que seja geral (comum a todos), que acabe com as carências e com os defeitos do estado de natureza, dando a eles a garantia da propriedade privada.
Rousseau
	É um autor contratualista também, que afirma haver um estado de natureza e de sociedade, porém, o objetivo do Rousseau é analisar não apenas o aspecto jurídico do Estado, mas o que sustenta este aspecto jurídico, e na sua visão, o que sustenta é a esfera social, portanto, ele vai ser um autor que se foca na esfera social e tenta mostrar como deveria ser este estado. 
	É importante entender que há, para Rousseau, três momentos (Estado de Natureza, Estado de Sociedade e Contrato Social). O Estado de Natureza é uma situação aonde não há Estado, e portanto, ele diz que o homem é bom por natureza. Para este autor, o homem, no estado de natureza, não é um ser que se socializa, ou seja, não há contato entre estes indivíduos, e consequentemente, ele não sabe o significado de propriedade privada, mas que, com o tempo e com o aumento populacional, vai chegar um momento em que estes homens se encontram, e que nasce a frase famosa dele “O homem é bom por natureza, mas a sociedade o corrompe”, pois ai, neste momento, este homem percebe que há uma ameaça a sua tranquilidade, e dai o homem se corrompe, e começa a ir atrás não do que ele precisa, e sim do que ele acha que precisa, e então, o homem se torna mau. Neste momento então, nasce o conceito de propriedade privada, e os homens entram em conflito por um querer o que é do outro, e então é criado o Estado.
	Ocorre ai a transição do estado de natureza para o Estado de Sociedade, mas Rousseau diz que esta transição não é boa, pois, este Estado terá como objetivo a garantia da propriedade privada, e que esta propriedade irá gerar uma desigualdade. Este Estado defenderia uma igualdade entre os indivíduos, mas o autor diz que esta igualdade não existe, pois os homens não são iguais economicamente. Ele chama a atenção para o fato de que quem irá ter mais chance de se eleger será o rico, pois ele terá mais objetos que o ajudariam a se eleger, e uma vez que o rico fosse eleito ele não mudaria esta desigualdade social, deixando assim, uma sociedade desigual. Rousseau afirma então que a liberdade seria falsa, pois não é o indivíduo que define as coisas, seria outro que definiria, e que a igualdade também não existe pois, do ponto de vista material, não há igualdade.
	Aparece agora, o terceiro momento de Rousseau, que é a sua proposta de mudança, que é o Contrato Social. Este, então, seria o momento de transição de Estado Social para este Contrato. Ele afirma então, que em primeiro lugar é necessário que as pessoas saiam da sua condição alienada, a qual diz que ele é livre e igual a todos. O segundo ponto seria a implantação de uma democracia direta, aonde o indivíduo participaria do processo de criação da lei ao qual ele se submeterá. O terceiro ponto então seria a Vontade Geral, que é, especificamente, fazer o que é certo, pois, como na visão dele todo homem nasce bom, todo homem sabe o que é certo e o que é errado, sem olhar para o fato concreto, e assim então, seria criado uma legislação justa. E então, Rousseau fala de um Legislador, que seria aquela pessoa de bom caráter que mostraria aos demais o que é a vontade geral, seria uma espécie de conselheiro, que não manipularia, e sim abriria a mente das pessoas. 
Referências:	
Teoria de formação do Estado (Thomas Hobbes) (http://sociologiak.blogspot.com.br/2010/11/teoria-de-formacao-do-estado-thomas.html)
Do estado de natureza ao governo civil em John Locke (http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/direitopub/article/view/11457)
Síntese de Hobbes, Locke e Rousseau ( http://www.youtube.com/watch?v=jz3AcQLx2_0)

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