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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO HISTÓRIA Ângela Maria de Souza Maia Ribeiro Evandro Márcio Rodrigues de Araújo Max Miller Medeiros Sobral Ricardo de Souza Campo Rosânea Regina Falcão Lourenço TRABALHO EM GRUPO O TEATRO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL SETE LAGOAS 2017 Ângela Maria de Souza Maia Ribeiro Evandro Márcio Rodrigues de Araújo Max Miller Medeiros Sobral Ricardo de Souza Campo Rosânea Regina Falcão Lourenço TRABALHO EM GRUPO O TEATRO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Trabalho a ser apresentado ao Curso (HISTORIA) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplinas de Ética, Política e Cidadania; Políticas Públicas na Educação Básica; Educação e Diversidade; Psicologia da Educação e da Aprendizagem; Práticas Pedagógicas: Gestão da aprendizagem. Professores: Okçana Battini; Natalia Germano Gejão Diaz; Nátalia Gomes dos Santos; Márcio Gutuzo Saviani; Mayra Campos Frâncisca; Mari Clair Moro Nascimento. SETE LAGOAS 2017 Sumário 1. Introdução .................................................................................................... 4 2. Desenvolvimento ......................................................................................... 5 3.Considerações finais ................................................................................... 8 Referências ...................................................................................................... 9 4 1. INTRODUÇÃO Vem sendo implantada a passos curtos a Educação Ambiental no Ensino Básico, mesmo com a importância que a mesma tem para a humanidade. Com o processo de degradação ambiental exacerbada, principalmente com o advento da Revolução Industrial no século XVIII, com produção exorbitante e visando sempre o lucro, com princípios capitalistas, onde implica diretamente diante a preservação de recursos naturais, onde estamos com os dias contados. Visando os impactos ambientais negativos, na década 1930 surge a ciências Ecologia, objetivando a preservação das espécies e conservação do meio ambiente, a relação entre o homem e o meio. Tendo em vista a utilização dos recursos de forma sustentável. M. Guimarães (1995), afirma: “A educação tradicional não prepara os indivíduos para a complexa realidade global”. Sendo assim a Educação Ambiental é uma constante necessidade, é um processo continuo e permanente que deve envolver todos os níveis escolares. Ribeiro e Ramos (1999) evidenciam que o ensino da educação ambiental deve se constituir de forma interdisciplinar e transversal, de acordo com a seguinte constituição: A partir da promulgação da “Constituição Federal”, em 1998, a promoção da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino passou a ser exigência em nível federal, estadual e das leis orgânicas municipais. (BRASIL. Constituição, 1988, p.225). Nós como futuros docentes temos por obrigação proporcionar por meio da metodologia de ensino, atos refletivos na EA, trazendo um olhar crítico as várias consequências da devastação ambiental. Para isso é necessário que possuamos uma ampla erudição sobre a temática, tendo um resultado satisfatório de ensino e aprendizagem sobre a conservação do nosso ambiente. . 5 2.1 DESENVOLVIMENTO Sobre o meio ambiente o que um historiador tem a dizer? Como tema transversal na disciplina de história essa pergunta é fundamental para quem pretende trabalhar o tema meio ambiente. Ela é um indicativo do quanto à questão ambiental está distante dos historiadores contemporâneos (CARVALHO, 2006; GOLDBLATT, 1998). Esse afastamento reflete a visão de um mundo mecanicista que emergiu no mundo moderno (MORIN, 1999). Professores de História, em geral, estão despreparados para enfrentar esse polêmico debate ambiental. Deparando em sala de aula e na Historiografia, com uma ausência da natureza na história escrita, no máximo, tendo a natureza como cenário em que nossas ações se desenvolvem, mas que não interferem, em tais ações. (WORWTER, 1991). A noção moderna ocidental é de que o ser humano está fora do mundo natural, quando não está acima dela. Sendo assim entendemos que a natureza é como um depósito inesgotável de recursos a serem utilizados pelos humanos. História Ambiental estuda a interação da sociedade-natureza no tempo. Para os historiadores essa relação não é novidade. Essa aproximação da História com Geografia de Vidal de La Blache (1845-1918) feita por Marc Bloch (1886-1944) e Lucien Febvre (1878-1956), na primeira metade do século XX na França. O conceito História Ambiental é uma invenção estadunidense da década de 1970. Surgindo como preocupação com o meio ambiente que emergiu a partir do movimento ambiental (WORWTER, 1991, p. 199). A atualidade fez com que os historiadores buscassem perguntas no passado sobre a relação sociedade-natureza. Como já afirmado: cada geração deve reescrever “toda a história”, não porque a geração anterior tenha sido indiferente para produzir a “sua história”, mais que cada geração deve escrever a “sua história”. A História Ambiental está instituída em todo o mundo, havendo inclusive uma Associação Latino-Americana e Caribenha de História Ambiental – SOLCHA. 6 2.2 DESENVOLVIMENTO Resolvemos aplicar a nossa ideia de ensino para o 9º ano, onde os alunos já estão mais preparados para formar suas próprias opiniões. Vamos desenvolver a aprendizagem da EA através das Artes Cênicas, pois através do humor ou até mesmo do drama conseguimos fazer com que os alunos aprendam de forma lúdica sobre um tema bem sério para futuro da humanidade. Essa atividade a qual vamos propor pode ser trabalhada nas disciplinas de Língua Portuguesa onde eles irão desenvolver a escrita, a linguagem, a literatura. Pode ser aplicada também em Ciências, onde desenvolverão sobre a destruição da fauna e da flora. Em Artes, o qual poderá discutir sobre várias obras distintas como: pinturas, esculturas, músicas, filmes, etc. Através da Arte temos um processo de percepção, cognição, criação, sensibilidade, onde nos proporciona transmitir e sentir emoções variadas. Acreditamos que através dela conseguiremos atingir o nosso objetivo de mostrar o quanto a EA é importante para a nossa educação e nosso futuro. As artes tem uma grande importância, ela é usada como ferramenta para mostrar ao público informações desagradáveis e difíceis de serem engolidas (como a maior tragédia ambiental da história do país, em novembro de 2015, o rompimento da Barragem de Fundão da Mineradora Samarco, que tirou a vida de 19 pessoas e contribuiu para que o estado de Minas Gerais fosse considerado o maior destruidor da mata atlântica do país.) ensinando através do lúdico, sensibilizamos e quebramos a barreira do racional e tocamos as pessoas no seu âmago. Há tempos as mudanças ambientais vêm sendo objetos de artes. Os impressionistas que pintavam, através do verde idílico havia fumaça negra saindo das chaminés das fábricas. Monet em uma de suas obras tem como marca o estudo da luz difusa, ele acabou se deparando com o Smog de Londres. Onde nasceram obras que mostram a fumaça de carvão saindo pelos trens e pelas chaminés da cidade. Monet, The Gare Saint-Lazare 7 Nos anos de 1960 e inicio dos anos 70, através de um contexto contemporâneosurgiu o movimento de arte ambiental, onde havia bastante turbulência política e social. Inspirados por uma nova compreensão das questões ambientais onde perdíamos o contato do homem com a natureza por causa da grande urbanização, surgiu o desejo de trabalhar em espaços não convencionais e ao ar livre. Através do teatro se dá uma visibilidade a temas que muitas vezes a mídia aborda de uma forma distanciada. As mudanças climáticas ou a exploração de animais não ganham destaque na mídia tradicional, sendo assim, o teatro consegue gerar reflexões potencialmente transformadoras. Nosso objetivo como docentes é através do teatro tirar os alunos da sua zona de conforto, fazer com que o humor os tire dessa “anestesia cotidiana”, trazendo um olhar crítico e eficiente para a EA. Devemos nos unir para que haja essas mudanças culturais e sociais, construir formas de conscientização para curar nossa relação com a terra, independente da arte a qual vai ser utilizada, tudo que pudermos reunir será de grande valia. Todos nós seres humanos temos que fazer nossa parte e desempenhar essa mudança. Professores, pais, artistas, cada um de nós. Cada peça teatral, cada obra de arte, cada intervenção artística fará com que tenhamos um mundo mais saudável e sustentável. 8 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para uma futura prática docente aprendemos que sempre teremos que inovar, para nós historiadores temos poucas bases as quais podemos usufruir para aplicação da Educação Ambiental. Existe a contribuição da produção historiográfica para auxiliar no aprendizado da mesma, mais não é o suficiente para um tema tão sério para a existência da humanidade. Descobrimos que através do teatro, conseguiremos transmitir o assunto de forma leve e divertida para os nossos alunos. Será um método eficaz para aprendizagem. Visamos um futuro o qual nós professores traremos para as salas de aula o diferencial, o qual fará que nossos alunos tenham senso crítico, possam ter consciência que quem pode mudar o mundo somos nós mesmos, que tenham prazer e alegria em aprender sobre a EA. Literatura, música, pinturas têm sido outras descobertas das percepções de outros mestres e suas peculiaridades no ensino das relações da natureza e da sociedade em espaços e momentos determinados. O desastre em Mariana, a falta de água no sertão, a venda da Amazônia para os gringos, são temas que estão sendo usados em poemas e na música popular brasileira nos últimos anos, trazendo emoções e ensinamentos para a sociedade em ritmos e emoções de várias situações do nosso dia-a-dia, dos conflitos, das guerras e das lutas do homem com o meio em que vive. Temos agora a tarefa de introduzir esse método em sala de aula. Um trabalho desafiador, difícil mais muito estimulante para quem acredita no ensino, para aqueles que como nós acreditamos na escola como “meio ambiente” o qual transforma a sociedade. “A natureza são duas. Uma, tal qual se sabe a si mesma. Outra, a que vemos. Mas vemos? Ou é a ilusão das coisas? Quem sou eu para sentir o leque de uma palmeira?” (Carlos Drumond de Andrade, “A folha”) 9 REFERÊNCIAS Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural ALMEIDA, J. P. de. A extinção do Arco-iris. Ecologia e História. Campinas, Papirus, 1988. BLOCH, M. Introdução à história. Lisboa, Europa-América, 1976. DRUMOND, J. A. A história ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol.4:8, 1991, PP.177-197. SOFFIATI, A. A ausência da natureza nos livros didáticos de História. Revista Brasileira de História, São Paulo, v.9, n. 19, set.89/fev.90, p.43-56. WORSTER, D. Para fazer história ambiental. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v.4, n. 8; 1991 p.198-215. KINDEL, E. SILVA, F. SAMMARCO, M.(Org.). Educação ambiental: vários olhares e varias práticas. Porto Alegre, RS. MEDIAÇÃO, 2009. LOUREIRO, C. F. B. Educação ambiental transformadora. In: Brasil, Ministério do Meio Ambiente. Identidades da educação ambiental brasileira. Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). Brasília, 2004 SCARLATO, Francisco Capuano & PONTIN, Joel Arnaldo. Do Nicho ao Lixo Ambiente, Sociedade e Educação.Ed. Atual, 1994.
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