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Resumo de Curie e a radioatividade em 90 minutos

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Resumo da obra “Curie e a Radioatividade em 90 minutos”
 	Paul Strathern (Londres, 1940) é um autor britânico de biografias, romances e livros de histórias e viagens. Estudou filosofia no Trinity College de Dublin. Strathern é mais conhecido pela autoria das séries populares Filósofos em 90 minutos e Cientistas em 90 minutos. 
Ao brindar-nos com a vida e obra de vultosa mulher e cientista respeitada, o autor nos apresenta a célebre Marie Curie, caçula de cinco filhos, esposa do também cientista Pierre Curie e mãe de duas filhas, cujo nome de batismo era Maria Sklodowskae, a qual foi a primeira pessoa, e única mulher até a atualidade, a receber o prêmio Nobel duas vezes; um em Física, ao demonstrar a existência da radioatividade natural em 1903, e o outro em Química, pela descoberta de dois novos elementos químicos em 1910. Por isso, Curie é considerada uma das maiores cientistas do século XX. O seu trabalho com o Rádio permitiu progressos na Física nuclear e no tratamento do câncer, o que não deixa de ser uma ironia, pois Marie morreu de leucemia, provavelmente pelos anos de exposição à radioatividade durante suas pesquisas, ao isolar o Rádio num laboratório primitivo. 
Tendo sua infância bastante complicada, pois perdeu sua mãe quando ainda muito jovem e seu pai ficou desempregado, a jovem teve que trabalhar, mas nunca abriu mão dos seus estudos. Marie fez um pacto com a irmã mais velha, Bronia, que queria estudar medicina: trabalharia na Polônia para financiar os estudos da irmã em Paris, em troca, a irmã a ajudaria a estudar ciências na Cidade-Luz. Depois de muito trabalhar como governanta e economizar, aos seus 24 anos Curie foi para Paris; após um tempo se matriculou na Facultér de Sciences da Sorbonne, um ambiente com muitos homens e poucas mulheres. Naquela época, mulheres que estudavam não eram bem vistas. Então, Marie conheceu Pierre, um homem mais experiente na área da ciência que já havia produzido trabalhos relevantes. Houve grande sentimento entre os dois, casaram, tiveram duas filhas e planejavam pesquisas a serem realizadas. 
Demonstrando sua força como mulher cientista e mãe de família, quando Marie deu à luz sua primeira filha, Irène, em 1897, a cientista não permitiu que a condição de mãe a afastasse da Física – nem mesmo com o nascimento de sua segunda filha.
 	Por volta do ano de 1896, o francês Antoine-Henri Becquerel (1852- 1908) já vinha observando a radiação e descobriu que os sais de Urânio emitiam raios que, como os raios X, penetram a matéria. Ele notara que diversas substâncias contendo Urânio emitiam certos raios invisíveis parecidos com os raios X, que atravessavam o papel e produziam manchas em chapas fotográficas, giz, papel comum, açúcar e até vagalumes. Esses foram apenas os primeiros passos para a explanação e uso dessa descoberta. Interessada, Marie resolveu tirar daí sua tese de doutorado—um ato surpreendente, já que havia, em toda a Europa, uma única mulher com o título de doutora: a alemã Elsa Neumann, autora de uma tese sobre eletroquímica. Assim, sua tese baseou-se em medir esses raios e verificar se, além do Urânio, que notou emitir uma estranha radiação, havia outros elementos capazes de produzir radiações. Nessa época, não se falava sobre “radioatividade’’ – essa palavra só foi inventada em meados de 1898, pela própria Marie Curie, quando ela e seu esposo Pierre descobriram o elemento químico Rádio. 
O livro tem o poder de prender a atenção do leitor de forma surpreendente, pois nos instiga a descobrir como Marie iria atingir seus objetivos mediante tantas dificuldades, além de toda a sua trajetória de pesquisa pioneira em radioatividade. Assim, dando segmento ao seu árduo trabalho, em 1898 a cientista inicia sua colaboração com o marido Pierre, quando se dá a descoberta do Rádio e do Polônio. 
Marie e Pierre trabalharam por muito tempo, expondo suas vidas ao risco, para descobrir qual o elemento da pechblenda (variedade de uraninita, mineral de óxido de Urânio) estava desconhecido. Durante a obra é detalhada esta trajetória, pela qual a cientista testou diversos compostos e minerais contendo Urânio. Assim, ela observou que todos eles ionizavam o ar – o efeito observado dependia da proporção de Urânio nos compostos, mas não dependia dos outros elementos presentes. Isso indicava que a emissão de radiação não estava associada à estrutura molecular ou cristalina das substâncias em questão, dependendo apenas da quantidade de átomos de Urânio no material. Examinando diversos minerais naturais, Marie Curie notou que, como era de se esperar, todos os que continham Urânio e Tório emitiam as radiações ionizantes. Porém, para sua surpresa, observou que alguns minerais produziam radiações mais intensas do que o Urânio ou o Tório puros. A calcolita natural, por exemplo, era duas vezes mais ativa do que o Urânio metálico. Isso contrastava com os resultados anteriores que indicavam que a intensidade de radiação era proporcional à quantidade de Tório ou de Urânio dos compostos. Para verificar se esse resultado era devido à natureza química dos materiais, Curie sintetizou um dos minerais, a calcolita (fosfato cristalizado de Cobre e de Urânio) a partir de substâncias químicas puras, e notou que essa calcolita artificial era tão ativa quanto outros sais de Urânio, porém menos ativa do que o Urânio puro. Portanto, Marie Curie conjeturou que esses minerais naturais deviam conter algum outro elemento desconhecido, mais ativo do que o Urânio. 
As conclusões acerca destes estudos culminaram na descoberta de um novo elemento químico, em julho de 1898, com 300 vezes mais radioatividade que o próprio Urânio – o Polônio –, assim batizado em homenagem à terra natal de Marie.
Entre 1899 e 1903, Marie trabalha em laboratório num galpão isolando Rádio puro. Nesse ínterim, descobre o peso de um átomo de Rádio. As experiências sobre as propriedades do Rádio pareciam indicar que ele poderia ser útil no combate ao câncer. Em dezembro de 1903, enfim, a Academia Sueca concede o Prêmio Nobel de Física ao casal Curie e a Antoine-Henri Becquerel pelo trabalho em radioatividade.
Em 1905, nasce a segunda filha de Marie, Eve. Em abril de 1906, Pierre, o marido de Marie, morre atropelado e ela, então, se vê sozinha com duas filhas para criar. O que não a impediu de seguir com suas descobertas. Em 1911, a Academia Sueca Ihe concede seu segundo Prêmio Nobel—desta vez de Química, pela descoberta do Rádio e do Polônio.
Todavia, Madame Curie não era conhecida apenas por seu louvável trabalho e contribuições sem preço à ciência. Em meados de 1910 veio à tona um caso extraconjugal que a expôs escandalosamente perante a sociedade – diante desse fato, até a morte do marido sofreu especulações se não fora realmente um acidente.
Em 1934, morre Maria Sklodowskae Curie, aos 66 anos de idade por câncer provocado pela exposição à radiação.
Relatando a vida surpreendente de Marie Curie, “Curie e a Radioatividade em 90 minutos” é um livro inspirador para as mulheres que, como ela, almejam conciliar seus papéis de mães e profissionais, superando preconceitos.
Referência Bibliográfica
Curie e a Radioatividade em 90 minutos
Autor: Paul Strathern 
Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges
Editora: Jorge Zahar 
Ano: 2000

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