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CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM 
HAURA HASSAN GHARIB 
SARA REGINA BULHÃO BERTONI 
 
 
 
 
 
 
 
O GERENCIAMENTO DA DOR EM INDIVÍDUOS COM RESPOSTA DOLOROSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
2015 
 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM 
HAURA HASSAN GHARIB 
SARA REGINA BULHÃO BERTONI 
 
 
 
 
 
 
 
O GERENCIAMENTO DA DOR EM INDIVÍDUOS COM RESPOSTA DOLOROSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
2015 
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi, curso de Enfermagem, como pré-requisito para avaliação da disciplina de Trabalho de conclusão de curso II Orientadora: Maria das Graças Oliveira 
SUMÁRIO 
 
 
1.INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------3 
2.OBJETIVOS---------------------------------------------------------------------------------------------6 
2.1 Objetivo Geral----------------------------------------------------------------------------------------6 
2.2 Objetivos Específicos-----------------------------------------------------------------------------6 
3.MATERIAL E MÉTODO ------------------------------------------------------------------------------7 
3.1 Tipo de Estudo---------------------------------------------------------------------------------------7 
3.2 Coleta de Dados ------------------------------------------------------------------------------------7 
3.3 Instrumento de Coleta de Dados --------------------------------------------------------------8 
3.4 Análise e Interpretação dos Resultados-----------------------------------------------------8 
4.ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS------------------------------------------------9 
4.1 Identificação das publicações utilizadas nesta pesquisa para a coleta de 
dados--------------------------------------------------------------------------------------------------------9 
4.2 Diagnósticos de enfermagem para indivíduos com resposta dolorosa--------11 
4.3 Intervenções de enfermagem para indivíduos com resposta dolorosa---------13 
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------------------------21 
REFERÊNCIAS------------------------------------------------------------------------------------------22 
 
 
 
 
3 
1. INTRODUÇÃO 
 
A enfermagem se diferencia das demais ciências da saúde em virtude de 
interações interpessoais de ajuda que caracterizam o ato de ‘cuidar’ surgindo a 
questão de como é realizado o cuidado na assistência ao paciente com resposta 
dolorosa já que segundo Leão (2007), se trata de uma experiência sensorial, 
individual, multifatorial e subjetiva. A escolha deste tema é um desafio visto que a dor 
é um fenômeno tão observado na prática diária dos profissionais de enfermagem, mas 
cerca-se ainda de inúmeros questionamentos relativos ao seu controle eficaz. 
Dor é uma experiência que é passível de explicação do ponto de vista da 
fisiologia, mas que ao mesmo tempo requer compreensão por se tratar também de 
um fenômeno repleto de subjetividade, carregado de significados para quem a sente. 
Segundo Silva (2010), a dor compreende três processos: nocicepção, transdução e 
percepção dolorosa. Nocicepção é a detecção do dano tecidual (mecânico ou 
químico) por transdutores especializados do sistema nervoso periférico 
(nociceptores). Transdução é a condução do estimulo doloroso, da periferia às 
diversas áreas do sistema nervoso central. O estímulo doloroso evoca respostas 
neuroendócrinas e comportamentais que visam a adaptação à dor, percepção é a 
interpretação desse estímulo que provoca respostas físicas, emocionais e sociais 
resultando no “comportamento doloroso”. 
Para Leão (2007), dor é classificada em aguda e crônica. A aguda é relacionada 
à lesão tecidual e se resolve no período apropriado de recuperação. A dor crônica é 
persistente e está relacionada a processos patológicos crônicos, que causam dor 
continua ou recorrente em intervalo de meses ou anos. 
Para Mendonça (2007), os pesquisadores ainda não entendem totalmente as 
vias de comunicação entre corpo e mente. Assim como a doença tem aspectos físicos 
e psicológicos, o mesmo ocorre com a dor. Na maioria das vezes a dor acaba sendo 
tratada por meio de negação e suprimida com analgésicos. O primeiro passo para que 
isto não ocorra é estabelecer uma relação interpessoal cabendo ao enfermeiro mediar 
um instrumento terapêutico de comunicação, procurando reduzir também os níveis de 
ansiedade e depressão que acompanha os quadros álgicos, reforçando estabelecer 
também a relação de empatia tão ensinada na graduação, o que não é tarefa fácil 
4 
visto que a dor como já dito, é um fenômeno subjetivo. Contudo a abordagem holística 
deve prevalecer trabalhando não somente a dor, mas sim o ser. 
As medidas terapêuticas para o tratamento da dor se dividem em 
medicamentosas e não medicamentosas. As medidas terapêuticas medicamentosas 
são através de analgésicos opióides e não opióides, relaxantes musculares, 
antiespasmódicos, e analgésicos locais. A seleção do agente deve fundamentar-se 
na farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos, na tolerância, nos efeitos 
adversos e na adesão do indivíduo, o tratamento deve ser individualizado, e deve-se 
considerar a natureza da dor. As medidas terapêuticas não medicamentosas no alívio 
da dor buscam melhor qualidade de vida, auxiliando na reabilitação e no reequilíbrio 
global e não somente o tratamento sintomático, dessa forma acaba por exigir um 
envolvimento maior do indivíduo em seu próprio tratamento, maior disponibilidade de 
tempo para cuidar de si mesmo com resultados, muitas vezes, não tão imediatos. 
(LEÃO 2007). 
 É importante ressaltar que as práticas complementares, que podem ser 
utilizadas como tratamentos não farmacológicos da dor são divididas em dois grupos: 
Técnicas ou métodos realizados por enfermeiros e que requer especialização ou 
qualificação profissional, como a acupuntura e outras técnicas mais simples, de fácil 
aprendizado que podem ser ensinadas aos pacientes. Dentre as mais utilizadas estão: 
técnicas de relaxamento, estimulação cutânea (massagem, calor, frio), aromaterapia, 
imaginação guiada, toque terapêutico e a música. 
O gerenciamento da dor é uma responsabilidade do enfermeiro que pode atuar 
como um fator dificultador ou facilitador. A falta de priorização do alivio da dor observa-
se na prática diária como uma barreira importante, não somente pela sobrecarga de 
trabalho da equipe de enfermagem, mas surgem também barreiras organizacionais, 
como: prescrição médica não flexível, falta de médicos para ajustes rápidos de 
terapias, médicos não propensos a aceitar a opinião dos enfermeiros sobre a melhor 
opção para o indivíduo, em decorrência destes problemas em 2001, a Joint 
Commission on Acreditation of Healthcare Organization (JCAHO) recomendou a 
inclusão de estratégias de avaliação e documentação sobre dor .Um fator importante 
e que está sendo aderido por instituições que visam certificações e se preocupam com 
a qualidade. (SILVA,2010) 
Na maioria das vezes a avaliação da dor é realizada no momento da avaliação 
dos sinais vitais, surgindo a expressão “dor como quinto sinal vital”, no entanto dor 
5 
não é um sinal vital, já que a ausência do sinal vital indica morte, como pulso, pressão 
arterial ou temperatura, além disto a frequência da avaliação dos sinais vitais pode 
não ser adequada para o tratamento da dor. Com isso percebe-se a importância de 
uma avaliação sistematizada e escalas de mensuração. A Avaliação sistematizada 
segundo Silva (2010), norteia o diagnóstico etiológico, sendo a base para a prescrição 
terapêutica e para avaliação de resultados obtidos. Nos protocolos de avaliações 
devem conter informaçõessobre as características da dor (intensidade, localização, 
tipo de dor, se é em repouso ou em movimento entre outros) sobretudo o enfermeiro 
deve procurar sempre valorizar e respeitar o indivíduo, tratando conforme sua dor, 
uma vez que o conforto auxilia em sua reabilitação e não o expõe a sofrimentos 
desnecessários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
2. OBJETIVOS 
 
 
2.1 Objetivo Geral: 
-Levantar os diagnósticos de enfermagem segundo NANDA para indivíduos com 
resposta dolorosa. 
 
 
2.2 Objetivos Específicos: 
- Caracterizar a dor; 
- Identificar as escalas de dor existentes para medir a intensidade dolorosa; 
- Identificar e classificar os diagnósticos de enfermagem para dor segundo NANDA; 
- Descrever as intervenções de enfermagem no tratamento da dor segundo NIC; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
3. MATERIAL E MÉTODO 
 
3.1 Tipo de estudo 
Esta pesquisa foi de caráter exploratória, revisão bibliográfica que segundo 
Gil (2002), formula-se a partir de material já elaborado, constituído de livros e artigos 
científicos, com uma abordagem quantitativa que pode ter seus resultados 
quantificados, a pesquisa quantitativa se centra na objetividade considerando que a 
realidade só pode ser compreendida com base em análise de dados brutos, colhidos 
com auxílio de instrumentos padronizados e neutros como por exemplos 
questionários. Segundo Fonseca (2002), a pesquisa quantitativa recorre à linguagem 
matemática para descrever as causas de um fenômeno. As fontes de consultas para 
alcançar respostas adequadas à solução do problema proposto foram: Livros de 
enfermagem, divididos em enfermagem em gerenciamento da dor, livros clínicos de 
enfermagem e outros livros técnicos que abordaram a temática como o NANDA, em 
idioma português, disponíveis na biblioteca de uma Universidade privada, publicados 
no período de 2002 a 2015; Artigos científicos sobre a temática que serão acessados 
nas bases de dados Scielo, BDENF, LILACS, MEDLINE, publicados no período de 
2010 a 2015; Monografias disponíveis na biblioteca de uma Universidade privada, 
publicadas no período de 2010 a 2015. 
 
3.2 Coleta de Dados 
A coleta de dados constituiu com a leitura exploratória e seletiva de todo 
material selecionado tanto bibliográfico como a pesquisa eletrônica, registrou-se as 
informações extraídas das fontes em um instrumento especifico para análise de 
resultados. A coleta foi realizada no segundo semestre de 2015 que teve como base 
nos descritores do estudo que são: Dor; Diagnostico de enfermagem; Intervenção de 
enfermagem para identificar os prováveis diagnósticos de enfermagem e as 
intervenções de enfermagem, para indivíduos com resposta dolorosa. 
 
 
8 
3.3 Instrumento de coleta de dados 
Para facilitar a coleta de dados foi elaborado um instrumento 
semiestruturado onde contemplou-se os objetivos do estudo, conforme Apêndice A. 
 
3.4 Análise e Interpretação dos Resultados 
Nesta etapa foi realizada uma leitura analítica com a finalidade de ordenar 
e sumariar as informações contidas nas fontes, de forma que estas possibilitaram a 
obtenção de respostas ao problema da pesquisa. Em relação às formas que os 
processos de análise de dados quantitativos podem assumir, segundo Gerhardt 
(2009), observou-se em boa parte das pesquisas os seguintes passos: 
 Estabelecimento de categorias; 
 Codificação e tabulação; 
 Análise estatística dos dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
4. ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
 
4.1 Identificação das publicações utilizadas nesta pesquisa para a coleta de 
dados 
Quadro 1. Identificação das publicações utilizadas na coleta de dados. São Paulo, SP,2015 
 
Título Tipo de publicação Método do estudo
A enfemagem no cuidado ao paciente com dor:Revisão de literatura Artigo de revisão Estudo descritivo qualitativo de revisão bibliográfica
A multidimensionalidade da dor no ensino de enfermagem em atendimento pré-hospitalar,ás vítimas de trauma Artigo original Pesquisa descritiva e exploratória qualitativa de campo.
Condutas de enfermagem no diagnóstico da dor e a classificação dos resultados Artigo original Pesquisa descritiva e exploratória qualitativa de campo.
Conhecimento da equipe de enfermagem sobre avaliação comportamental de dor em pacientes críticos Artigo original Estudo transversal prospectivo de pesquisa de campo.
Diagnósticos de enfermagem documentados para pacientes de clinica médica Artigo Estudo descritivo de revisão bibliográfica
Diagnósticos de enfermagem e proposta de intervenções para pacientes com lesão medular Artigo Estudo descritivo prospectivo
Diagnósticos de enfermagem em pacientes internados em unidade médico cirurgica Artigo Roteiro segundo o PFS
Diagnósticos de enfermagem em pacientes internados pela clinica ortopédica em unidade médico-cirurgica Artigo Estudo descritivo exploratório
Diagnósticos de enfermagem identificados em pacientes transplantados renais de um hospital de ensino Artigo Estudo descritivo e exploratório qualitativo
Diagnósticos reais e propostas de intervenções de enfermagem para os pacientes vítimas de multiplos traumas Artigo Estudo quantitativo descritivo
Diagósticos de enfermagem em pacientes no período pós-operatório de cirurgias cardíacas Artigo Estudo qualitativo
Dor em crianças com paralisia cerebral e implicações na prática e pesquisa em enfermagem:Revisão integrativa Artigo de revisão Revisão bibliográfica integrativa.
Dor em pacientes submetidos à apendicectomia Artigo original Estudo transversal,descritivo e quantitativo de campo.
Gerenciamento da dor no pós- operatório de pacientes com câncer pela enfermagem Artigo de revisão Pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa
Intervenções de enfermagem ao paciente com dor Artigo Estudo descritivo
Intervenções de enfermagem na dor Artigo de revisão Revisão bibliográfica integrativa
O ensino de intervenções de enfermagem como estratégia não farmacológica para o alivio da dor Artigo original Pesquisa descritiva e exploratória qualitativa de campo.
Participação da equipe de enfermagem na assistência a dor do paciente queimado Artigo de revisão Estudo bibliográfico descritivo com abordagem qualitativa.
10 
 
Tabela 1. Identificação dos anos de publicação dos artigos utilizados na coleta de dados. São Paulo, 2015. 
 
 
Conforme Tabela 1, identificamos que cinco (27%) dos artigos utilizados nesta pesquisa foram publicados em 2013, quatro (22%) em 2014, três (16%) em 2007, dois (11%) em 2005, um (6%) em 2012, um (6%) em 2011, um (6%) em 2010, e um (6%) em 2009. 
 Tabela 2. Identificação dos locais de publicação dos artigos utilizados na coleta de dados. São Paulo, 2015. 
Locais N° % 
São Paulo 11 61% 
Rio Grande do Sul 3 16% 
Paraná 2 11% 
Florianópolis 1 6% 
Sergipe 1 6% 
TOTAL 18 100% 
Conforme Tabela 2, identificamos que 11 (61%) dos artigos utilizados nesta pesquisa foram publicados em São Paulo, três (16%) no Rio Grande do Sul, dois (11%) no Paraná, um (6%) em Florianópolis, e um (6%) em Sergipe. 
 
 
ANO N° %2013 5 27%2014 4 22%2007 3 16%2005 2 11%2009 1 6%2010 1 6%2011 1 6%2012 1 6%TOTAL 18 100%
114.2 Diagnósticos de enfermagem para indivíduos com resposta dolorosa 
 
Tabela 3.Identificação dos diagnósticos de enfermagem encontrados nos artigos utilizados neste estudo. São Paulo, SP, 2015. 
 
Conforme Tabela 3, foram encontradas citações sobre os diagnósticos de 
Enfermagem segundo NANDA, sendo 11 (22%) do diagnóstico dor aguda, 9 (18%) de 
ansiedade, 6 (12%) de mobilidade física prejudicada, 5 (10%) de padrão de sono 
prejudicado, e 5 (10%) de dor crônica. 
Segundo NANDA(2012-2014), o diagnóstico dor aguda é definido como uma 
experiência sensorial e emocional desagradável que surge da lesão tissular real ou 
potencial ou descrita em termos de tal lesão, de início súbito ou lento, de intensidade 
leve a intensa, com término antecipado ou previsível e duração de menos de seis 
meses. 
O diagnóstico ansiedade é definido segundo o NANDA(2012-2014), como um 
vago e incômodo sentimento de desconforto ou temor, acompanhado por resposta 
autonômica, sentimento de apreensão causada pela antecipação de perigo. É um 
sinal de alerta que chama a atenção para um perigo iminente e permite ao indivíduo 
tomar medidas para lidar com a ameaça. 
O diagnóstico mobilidade física prejudicada é definido segundo NANDA (2012-
2014), como uma limitação no movimento físico independente e voluntário do corpo 
ou de uma ou mais extremidades. Segundo BERTONCELLO et al. (2013), a 
mobilidade do paciente está diretamente relacionada com a independência do 
Diagnósticos de enfermagem Quantidade Porcentagem
Dor Aguda 11 22%Ansiedade 9 18%Mobilidade física prejudicada 6 12%Padrão de sono prejudicado 5 10%Dor crônica 5 10%Risco de infecção 4 8%Padrão respiratório ineficaz 3 6%Integridade da pele prejudicada 2 4%Integridade tissular prejudicada 2 4%Comunicação verbal prejudicada 1 2%Medo 1 2%Troca de gases prejudicada 1 2%Total 50 100%
12 
paciente, no entanto, geralmente essa mesma mobilidade se encontra prejudicada 
devido as condições do trauma que este paciente sofreu. O claro entendimento e 
conhecimento sobre os aspectos psicossociais é de suma importância para o 
tratamento de cada indivíduo, individualizando assim o cuidado de enfermagem. 
Deambulação prejudicada, mobilidade no leito prejudicada, capacidade de 
transferência estão diretamente relacionados com a mobilidade física prejudicada e 
interligadas entre si. 
 Segundo PIVOTO et al. (2008), o diagnóstico padrão de sono prejudicado é 
definido como uma alteração na quantidade e qualidade do sono que altera o 
funcionamento do organismo. A insônia parece estar relacionada à hospitalização e, 
consequentemente, a uma mudança de ambiente, além da preocupação com o estado 
de saúde; aos ruídos inerentes ao ambiente; à ansiedade, decorrente do ambiente 
estranho e dos problemas de saúde; e à dor, ocasionada pelo trauma cirúrgico, pela 
isquemia miocárdica ou pela imobilidade no leito. 
O diagnóstico dor crônica é definido segundo NANDA(2012-2014), como uma 
experiência sensorial e emocional desagradável que surge da lesão tissular real ou 
potencial ou descrita em termos de tal lesão, de início súbito ou lento, de intensidade 
leve a intensa, constante ou recorrente, sem um término antecipado ou previsível e 
com uma duração de acima de seis meses. 
Esses cinco diagnósticos foram os que apareceram com maior frequência em 
todos os artigos, mostrando assim sua grande evidência no diagnóstico de dor em 
pacientes com resposta dolorosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
4.3 Intervenções de enfermagem para indivíduos com resposta dolorosa. 
Tabela 4. Identificação das intervenções de enfermagem encontradas nos artigos utilizados. São Paulo, SP,2015. 
 
Após análise detalhada dos artigos selecionados foram identificadas 75 
intervenções de enfermagem, aonde 20 (27%) mencionavam intervenções de 
enfermagem alternativas como técnicas de relaxamento, massagem, distração, 
termoterapia, musicoterapia, aromaterapia, estimulação da imaginação e acupuntura, 
11 (15%) falava sobre as intervenções de enfermagem tradicionais que são 
administração de fármacos opióides e demais fármacos para o alívio da dor e o uso 
de analgesia controlada pelo paciente quando adequado, em seguida foram 
encontradas 11 (15%) intervenções que referiam-se a realização do gerenciamento 
da dor e a realização de sua mensuração através de escalas e instrumentos validados, 
8 (11%) falava sobre avaliação do estado emocional e diminuição da ansiedade 
através do brinquedo terapêutico usado na pediatria, escuta terapêutica e imagem 
guiada, 5 (7%) falava de intervenções de enfermagem na mudança de decúbito em 
pacientes acamados e estimular sentar em poltrona se adequado, 4 (5%) referia sobre 
prestar cuidados individuais e valorizar as necessidades espirituais e as influências 
Intervenções de enfermagem N° %
Intervenções de enfermagem não tradicionais (Técnicas de relaxamento, massagens, distração, termoterapia, musicoterapia, aromaterapia, estimulação da imaginação e acupuntura) 20 27%
Intervenções de enfermagem tradicionais (Administração fármacos opióides e demais fármacos para o alívio da dor, implementar o uso da analgesia controlada pelo paciente quando adequado). 11 15%
Realizar o gerenciamento da dor e mensura-lá atraves de escalas e instrumentos validados 11 15%
Avaliação do estado emocional e diminuição da ansiedade atraves de brinquedo terapêutico, escuta terapêutica e imagem guiada. 8 11%
Mudança de decúbito em pacientes acamados, estimular sentar em poltrona, se adequado 5 7%
Prestar cuidados individuais e valorizar as necessidades espirituais e as influências culturais sobre a resposta à dor 4 5%
Atentar para alterações dos sinais vitais 3 4%
Encorajar o paciente a monitorar a própria dor 3 4%
Capacitar a equipe de enfermagem para a avaliação da dor atraves de palestras, reuniões, treinamentos, ou filme educativo, estimulando sempre a busca de conhecimento pela equipe. 3 4%
Desenvolver estratégias para manter o cuidado centrado na família 3 4%
Registrar a avaliação da dor no prontuário do paciente 2 3%
Manter a boa comunicação entre a equipe multiprofissional 2 3%
TOTAL 75 100%
14 
culturais sobre a resposta à dor, três (4%) falava sobre atentar para alterações nos 
sinais vitais, três (4%) falava sobre encorajar o paciente a monitorar a própria dor, três 
(4%) dispunha sobre capacitar a equipe de enfermagem para a avaliação da dor 
através de palestras, reuniões, treinamentos, ou filme educativo, estimulando sempre 
a busca de conhecimento pela equipe, três (4%) falava do desenvolvimento de 
estratégias para manter o cuidado centrado na família, dois (3%) instruía registrar a 
avaliação da dor no prontuário do paciente como intervenção de enfermagem e dois 
(3%) dispunha sobre manter a boa comunicação entre a equipe de enfermagem. 
Segundo a NIC ( Classificação das intervenções de enfermagem 2005), uma 
intervenção de enfermagem é definida como “qualquer tratamento, baseado no 
julgamento e no conhecimento clínico que o enfermeiro realiza para melhorar os 
resultados do paciente/cliente”, ou seja são ações que o enfermeiro executa de 
maneira individualizada e padronizada para atingir um resultado esperado, a pesquisa 
para o desenvolvimento desse vocabulário e respectivas taxonomias começou em 
1987 é atualizada continuamente para que a linguagem da enfermagem seja cada vez 
mais uniforme e regulamentada através da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 
(COFEN 1986), que a regulamenta e incumbe ao enfermeiro privativamente a 
prescrição da assistência de enfermagem ou seja o enfermeiro tem por 
responsabilidade estabelecer um Diagnóstico de enfermagem acurado levando-a 
elaborar um plano de cuidados com intervenções adequadas para cada caso, 
assumindo assim papel fundamental para a recuperação do paciente, quando o 
cuidado é centrado em um paciente que está com comportamento doloroso, seja 
decorrente de um procedimento cirúrgico,doença crônica, ou algum fator psicossocial, 
o conhecimento ao tratamento da dor se torna algo imprescindível. 
Após análise dos artigos sobre intervenções de enfermagem 27% 
mencionaram a importância de intervenções de enfermagem alternativas conforme 
descritas na taxonomia Dor segundo NIC para o alívio da dor, divididas 
separadamente na Tabela 5: 
 
15 
Tabela 5. Identificação das intervenções alternativas de enfermagem encontradas nos artigos utilizados. São Paulo, SP,2015. 
 
Conforme Tabela 5 encontramos musicoterapia quatro (20%), distração três 
(15%), estimulação da imaginação três (15%), termoterapia três (15%), acupuntura 
dois (10%), técnicas de relaxamento dois (10%), massagens dois (10%) e 
aromaterapia um (5%). 
Observou-se na maioria dos artigos a busca por métodos alternativos para o 
tratamento da dor, visto que diversos autores citam-nas como um campo a ser 
explorado pelo enfermeiro como terapias adjuvantes para o alívio da dor. Barbosa 
(1994), foi um dos primeiros pesquisador a desenvolver um estudo sobre a utilização 
de terapias alternativas por enfermeiros, listou motivos para a sua utilização em seu 
estudo como: simplicidade de aplicação das técnicas não tradicionais e a 
preocupação dos enfermeiros com a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e 
de assistência prestada, se paramos para analisar, realmente a enfermagem passou 
por uma grande evolução, desprendeu-se de uma prática empírica para Andrade 
(2007) uma assistência a partir do conhecimento científico e não somente originada 
da prescrição médica, ou seja, uma ciência que visa evoluir através da pesquisa, 
melhorando a qualidade de vida dos que necessitam dessa assistência, porém 
quando o autor afirma: terapias alternativas possuem simplicidade de aplicação, surge 
a questão de se estas são de tão fácil aplicabilidade, porque não temos um número 
maior de enfermeiros trabalhando com elas? A resposta é que embora pareçam 
simples, de fato não são. Essas terapias envolvem muito estudo preliminar antes de 
sua utilização e requerem conhecimentos específicos que não são ensinados nas 
instituições, muitos enfermeiros não tiveram nenhum tipo de contato desses temas 
durante a graduação, ainda prevalece o modelo biomédico de assistência, resposta 
Intervenções de enfermagem alternativas N° %Musicoterapia 4 20%Distração 3 15%Estimulação da imaginação 3 15%Termoterapia 3 15%Acupuntura 2 10%Técnicas de relaxamento 2 10%Massagens 2 10%Aromaterapia 1 5%TOTAL 20 100%
16 
esta que nos revela a importância da busca de conhecimento e aprimoramento nesta 
área. 
A musicoterapia é uma carreira de nível superior e teve início no Brasil em 1970 
como especialização, oferecida pela Faculdade de educação musical do Paraná, 
atualmente existem cursos de graduação e de pós graduação em instituições públicas 
e privadas (DOBBRO, 2000). A primeira utilização da música como forma de 
humanização e cuidado à saúde foi relatada em 1859 pela enfermeira Florence 
Nightingale. Durante a I e da II Guerras Mundiais duas enfermeiras musicistas dos 
EUA – Isa Maud Ilsen e Harriet Ayer Seymor – utilizavam a música como recurso 
terapêutico para alívio da dor física e emocional dos soldados feridos. (BARCELLOS, 
TAETS, 2011) 
A musicoterapia é sugerida como intervenção de enfermagem tanto para o 
alívio da dor, como também segundo a NIC intervenção opcional para outros 
diagnósticos de enfermagem como: distresse espiritual, distúrbio do sono, 
desesperança entre outros. (NIC, 2005) 
A música afeta o corpo direta e indiretamente. Atua de forma direta sobre as 
células e os órgãos que o constituem, e indiretamente mobilizando as emoções e 
influenciando em numerosos processos corporais que, por sua vez, propiciam 
relaxamento e bem-estar, mas também é percebida de maneira subjetiva, relacionada 
à individualidade de cada um e à cultura em que cada indivíduo está imerso (ALVES, 
2001). 
A música então é um recurso terapêutico que cuida, alivia a dor, propicia prazer 
e minimiza o sofrimento. Ajuda a humanizar a assistência de enfermagem e como as 
demais terapias alternativas que serão abordadas adiante, objetiva o resgate do 
equilíbrio e não só o tratamento do sintoma ou doença. 
A distração está inserida como intervenção opcional segundo NIC que propõe 
tratamento do alívio da dor no aspecto que o paciente concentre sua atenção em 
alguma outra coisa que não seja sua dor, através de pesquisas realizadas na área, 
muitos paciente que cuja dor é aliviada pelo método, relatam ser capazes de coloca-
las na periferia da consciência, que é compatível com a teoria de que, se a formação 
reticular no tronco cerebral receber suficiente estímulo sensorial, pode ignorar ou 
bloquear as sensações selecionadas, como a dor (AZEVEDO, SAMULSKI, 2003). A 
distração é empregada com sucesso em crianças, para Taylor, Lillis, LeMone (2007) 
as técnicas de distração são divididas da seguinte forma: Distrações visuais: contar 
17 
objetos, ler ou assistir à televisão, Distrações auditivas: ouvir música, Distrações 
sinestésicas táteis: segurar ou acariciar uma pessoa querida, um animal de estimação 
ou um brinquedo, Distrações projetadas: jogar um jogo de desafio, realizar 
brincadeiras ou trabalho significativo. Esta técnica se mostra mais eficaz em situações 
de dor de baixa intensidade 
A estimulação da imaginação também está inserida na NIC como intervenção 
opcional para alívio da dor. Imaginação é um processo natural do homem, e as 
imagens mentais são a linguagem natural da imaginação, fantasia, da saudade, dos 
sonhos, da criatividade, da intuição e do inconsciente, que estabelece um elo de 
comunicação entre a percepção, a emoção e a mudança corporal. O emprego da 
imaginação no alívio da dor consiste em utiliza-la para distração resultando num 
aumento da tolerância à dor, quando é utilizada para produzir relaxamento resulta na 
diminuição do distresse associado à dor, e quando é utilizada para produzir uma 
imagem de alívio da dor resulta numa diminuição da percepção da intensidade da dor. 
A maior parte de tudo que pensamos, sejam pessoas, objetos ou situações reais ou 
imaginárias, bem como nossas lembranças, são acessadas pelo nosso consciente 
sob forma de imagens mentais, o uso destas imagens podem melhorar o 
enfrentamento da dor, promovendo conforto e diminuindo a ansiedade porém ainda 
são poucos artigos publicados sobre este assunto, visto que a enfermagem é rica de 
situações práticas que poderiam servir para esse estudo, (ARCARO,1997). 
Prática bem antiga e comum na área de enfermagem é a termoterapia ou 
aplicação de calor como descrito na NIC como intervenção de enfermagem opcional, 
que nada mais é do que a utilização do calor superficial através de compressas, bolsas 
térmicas, hidroterapia, banhos de parafina ambas auxiliam no tratamento de algumas 
patologias ortopédicas e neurológicas, aliviando a dor, aumentando a flexibilidade dos 
tecidos músculo-tendíneos, diminuindo a rididez das articulações, melhorando o 
espasmo muscular e a aumentando a circulação (YENG LY,et al 2001). Porém esta 
intervenção não deve ser aplicada em regiões do corpo que estiverem anestesiadas, 
edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, pacientes hemofílicos, em áreas 
onde haja tumores, sobre os testículos, sobre o abdome de gestantes ou em áreas do 
corpo de pessoas inconscientes. 
As técnicas de relaxamento também foram sugeridas como intervenções e é 
proposta também pela NIC como intervenção opcional. 
18 
 “Paradoxalmente, o primeiro passo para relaxar é tornar-se ciente de sua tensão” 
(OSHO 1974). 
Segundo Silva (2007), o relaxamento constitui-se em um processo 
psicofisiológico de caráter integrativo, onde o psíquico e físico interagem como partes 
de um mesmo processo, atuando no reequilíbrio do organismo. Umindivíduo com dor 
apresenta sentimentos de apreensão, medo, entre outros que acaba levando à tensão 
muscular, que por sua vez acaba piorando o quadro doloroso, são diversos benefícios 
do relaxamento como por exemplo: diminuição do distresse e o medo relacionados a 
situações que antecipam a dor, que produzirá ansiedade, como por exemplo a 
realização de procedimentos dolorosos, intervenções de relaxamento associadas à 
imaginação, alteram o foco perceptual da dor promovendo distração, diminui a fadiga 
especialmente se for executada de 5 a 20 minutos e melhora a relação enfermeiro-
paciente estabelecendo confiança entre ambos. 
Outra intervenção que promove também o relaxamento é a massagem simples, 
que é determinada pela NIC como intervenção opcional no diagnóstico da dor e em 
diversos outros, que é definida como estimulação da pele com o propósito de aliviar a 
dor, promove distração, reduz percepção da tensão e melhora o estado de ânimo. 
A aromaterapia pode ser utilizada isoladamente ou associada às técnicas de 
massagem simples, e vem sendo cada vez mais utilizada pela enfermagem na Suíça, 
Austrália, Canadá, Reino Unido e recentemente nos Estados unidos. Sabe-se que o 
aroma afeta não a dor em si, mas sua percepção, existe conexões diretas entre o 
bulbo olfatório e o sistema límbico gerando uma importante relação entre aroma e 
emoção, que alteram alguns processos fisiológicos afetando diversos 
neurotransmissores, (BUCKE, 2002). Nesta técnica são utilizados óleos aromáticos 
que possuem efeitos fármacos-fisiológicos resultantes de seus constituintes, como por 
exemplo os ésteres, cetonas, hidrocarbonos etc, que podem ser aplicados na pele ou 
inalados, devem ser utilizados com cautela e ética profissional, além do que é certo 
que a aromaterapia representa uma importante ferramenta terapêutica em potencial 
nas mãos do enfermeiro, podendo pluralizar suas práticas e qualificar o cuidado com 
o resgate do humano, do empoderamento e da autonomia do cliente em relação à sua 
saúde (ISCHKANIAN, PELICIONI ,2012). 
A resolução do COFEN 326/2008 estabelece e reconhece as terapias 
alternativas como especialidade e/ou qualificação do profissional de Enfermagem 
dentre elas estão: a acupuntura que foi encontrada na análise dos artigos como 
19 
intervenção de enfermagem não farmacológica, porém não se encontra na NIC como 
intervenção opcional ou principal de enfermagem, devido a necessidade do 
profissional de enfermagem possuir uma especialização na área, conforme a 
Resolução 326 (COFEN 2008) que dispõe no Art. 2º - Somente serão aceitos para 
fins de registro de especialista em Acupuntura no COFEN, os títulos emitidos por 
cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por instituições de ensino ou outras 
especialmente credenciadas para atuarem nesse nível educacional e que atendam ao 
disposto na legislação vigente e comprovar carga horária mínima de 1.200 horas, com 
duração mínima de 02 (dois) anos, sendo 1/3 (um terço) de atividades teóricas. 
A acupuntura é o tratamento que envolve cuidadosamente a inserção de 
agulhas extremamente finas em locais da pele conhecidas como pontos energéticos, 
existentes ao longo de canais que fornecem energia aos órgãos do corpo, que são 
chamados de meridianos, estimulação desses pontos permite a ativação ou sedação 
da energia que circula ao longo do seu respectivo meridiano (NOZABIELI et al, 2000). 
A acupuntura é uma das ciências mais antigas e mais respeitadas do mundo, 
principalmente pelos orientais, em especial na China, onde esta técnica milenar 
começou a se difundir como segredo de família. (BICUDO, 2005) 
O mecanismo de ação da acupuntura tem sido associado ao estímulo neuro-
humoral para a liberação de certas substâncias como norepinefrina, endorfina, 
encefalinas, serotonina e a liberação ou inibição de algumas substâncias que atuam 
na sensação da dor (BICUDO, 2005). Percebe-se através dos artigos que a 
acupuntura é uma forma de tratamento que tem se mostrado eficaz para muitas 
patologias, como por exemplo a dor, tanto aguda como crônica. Apesar das muitas 
pesquisas já realizadas, ainda existe uma carência de bases científicas e de estudos 
bem elaborados na área da enfermagem, que demonstrem o seu mecanismo de ação 
de maneira satisfatória, para a quebra de uma vez por todas deste tabu na sociedade 
ocidental. 
Todas as intervenções não tradicionais encontradas sejam elas classificadas 
pela NIC como opcionais ou que necessitem de especialização para serem 
implementadas, deverão ser utilizadas pelo profissional enfermeiro seguindo o que 
consta no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, descrito na seção I, das 
relações com a pessoa, família e coletividade: Das responsabilidades e deveres: Art. 
12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de 
danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Art. 13 - Avaliar 
20 
criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar 
encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem. 
Art. 14 – Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em 
benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Todas intervenções citadas nos artigos estudados fazem parte da Taxonomia 
Dor proposta pela NIC, sejam elas opcionais ou principais, a única que não foi 
encontrada como intervenção opcional ou principal foi a Acupuntura que requer uma 
especialização por parte do enfermeiro. As intervenções alternativas valorizam o 
sujeito mais que sua doença ou sintoma, visam a humanização que vai além do tratar 
e sim no cuidar do paciente/cliente. O enfermeiro assume um papel importante no 
gerenciamento da dor a partir do momento que ele utiliza o processo de tomada de 
decisão para realizar o histórico e anamnese do paciente/cliente, ele determina um 
diagnóstico de enfermagem, projeta um resultado desejado e seleciona intervenções 
para atingir tal resultado, quando o diagnóstico definido é Dor, o conhecimento por 
parte do enfermeiro sobre intervenções em seu tratamento resulta em uma melhora 
de assistência de enfermagem ao indivíduo com resposta dolorosa, cabe ressaltar que 
a enfermagem não é composta apenas pelo enfermeiro e sim por uma equipe que é 
liderada por um enfermeiro, compartilhar e estimular a busca pelo conhecimento 
resulta uma equipe coesa e harmoniosa, que consequentemente traduz melhores 
resultados . Contudo percebemos que há carência ainda de estudos clínicos sobre 
essa temática sugere-se, então, a realização desses estudos para que se possa unir 
a teoria à prática, desenvolvendo cada vez mais assim uma assistência de 
enfermagem holística, face à necessidade de um controle eficaz da dor, primando 
sempre pela excelência do cuidar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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