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DIREITO DO TRABALHO

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SUMÁRIO
10INTRODUÇÃO	�
141 DEPOIMENTO PESSOAL	�
191.1 CONFISSÃO	�
251.1.1 Conceito	�
251.1.2 Distinção	�
291.1.3 Classificação....................	�
341.3.4 Regras Gerais	�
501.2 procedimentos do depoimento pessoal	�
502. documentos	�
512.1 juntada	�
502.2 exibição de documentos	�
522.3 INCIDENTE DE FALSIDADE	�
533. TESTEMUNHAL	�
533.1 PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL	�
503.2 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO	�
583.3 INTERPRETAÇÃO DOS DEPOIMENTOS	�
604. PERÍCIA	�
774.1 INTRODUÇÃO	�
774.2 PARTICULARIDADES	�
884.3 PROCEDIMENTOS	�
884.4 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO	�
885. INSPEÇÃO JUDICIAL	�
886. INDÍCIOS E PRESUNÇÕES	�
887. PROVA EMPRESTADA	�
97CONClUSÃO	�
100REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................��
INTRODUÇÃO
DEPOIMENTO PESSOAL
 A instrução processual começa com o interrogatório dos litigantes, a requerimento do juiz (art. 848 da CLT). “As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento das partes, seus representantes ou advogados” (art. 820 da CLT).
	O depoimento pessoal é a declaração prestada pelo autor ou pelo réu perante o juiz, sobre os fatos objeto do litígio. Não serve apenas para obter a confissão, mas também para esclarecer o juiz a respeito dos fatos do processo, delimitando a prova, para que esta possa ser avaliada.
	Pela redação do art. 848 da CLT, o depoimento pessoal é do juiz e não da parte, o que é corroborado no art. 820 da CLT, pois no primeiro dispositivo a CLT usa a palavra interrogatório em vez de depoimento pessoal. A CLT consagrou o sistema do interrogatório e não do depoimento pessoal, sendo o interrogatório do juiz e não da parte, no qual o magistrado pretende esclarecimentos sobre os fatos da causa. No interrogatório, nenhuma das partes tem o direito de ouvir a contrária, pois o interrogatório é do juiz, que determina a oitiva das partes de ofício, em qualquer fase processual (art. 342 do CPC). No sistema do depoimento pessoal, a parte tem que requerer ao juiz a oitiva do ex adverso. Pelo art. 848 da CLT, o interrogatório seria uma faculdade do juiz, pois o referido dispositivo usa a expressão podendo o presidente, ex officio interrogar os litigantes. O juiz somente irá reinquirir as partes por solicitação delas, seus representantes e advogados. Logo, se não for ouvida a parte, não poderá ser reinquirida.
	Mostra, porém, a Súmula 74, I, do TST que o entendimento jurisprudencial não é no sentido de que a CLT privilegia o sistema do interrogatório, mas do depoimento pessoal, pois o não-comparecimento da parte na audiência em que deveria depor importa a aplicação de confissão. O juiz, ao interrogar a parte, tem interesse de obter não só esclarecimentos dos fatos objeto do litígio, mas também a verdade real, podendo tal procedimento implicar a obtenção da confissão da parte. Não ouvir o reclamante ou o reclamado, quando há requerimento da parte para esse fim, constituiria cerceamento da prova das partes, salvo se a matéria fática não fosse controvertida ou a questão fosse matéria de direito, pois a parte busca obter da outra a realidade do que teria ocorrido na relação entre ambas. Na prática, os juizes não têm negado a oitiva das partes, a requerimentos destas, pois pela CLT só poderiam fazê-lo no caso de reinquirição. Assim, se não houvesse inquirição, não seria o caso de reinquirição.
	Observa-se também que a CLT está mal redigida, pois a audiência deveria ser tratada num único capítulo ou seção e não em dispositivos diversos, como se constata dos artigos 820 e 848 da CLT, que se complementam. Quando da consolidação de diversas normas autônomas, que culminou com a CLT, optou-se pela redação que ainda está contida na norma consolidada, mesmo após a vigência da Lei n.º 9.022, evidenciando a existência de mesmas regras tratadas em artigos diferentes, com pequenas mudanças de redação (exemplos: arts. 10 e 448 da CLT). 
1.1 CONFISSÃO
1.1.1 Conceito
 Confissão vem do latim confiteri. Confissão é a admissão da verdade de um fato que é contrário ao interesse da parte e favorável ao adversário (art. 348 do CPC). Não se trata de pena, mas de situação processual.
Distinção
 Distingue-se a confissão da revelia. Revelia é a ausência de defesa do réu, que foi regularmente citado para se defender. Confissão é um dos efeitos da revelia. Havendo revelia, há presunção de serem considerados verdadeiros os fatos alegados na inicial (art. 302 do CPC). 
1.1.3 Classificação
 Em relação à possibilidade de produção de prova em contrário, a confissão pode ser real ou ficta. Confissão real é a realizada expressamente pela parte. Implica presunção absoluta. A confissão ficta é apenas uma presunção relativa (iuris tantum) de que os fatos alegados pela parte contrária são verdadeiros, podendo ser elidida por outras provas existentes nos autos. Se há cartões de pontos nos autos, a confissão fica elidida, caso o preposto não apareça para prestar depoimento.
	 Quanto ao âmbito em que a confissão pode ser obtida, será judicial ou extrajudicial. A confissão judicial ocorre perante o juiz, enquanto que a confissão extrajudicial será feita fora do processo.
	 A confissão provocada é a obtida pelo depoimento das partes, já a espontânea é obtida sem a provocação da parte, que confessa voluntária ou naturalmente.
Regras Gerais
 A confissão é considerada a rainha das provas, pois, pode ser obtida em depoimento pessoal ou feita por procurador com poderes expressos para tanto.
	 Conforme reza o art. 844 da CLT que o não-comparecimento do reclamado, na audiência para apresentar defesa importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. A confissão é um dos efeitos da revelia.
	 Aplica-se a confissão ficta a quem comparece e se recusa a depor ou a responder às perguntas que lhe são formuladas, ou também a quem não comparece para prestar depoimento. A parte, porém, não está obrigada a depor sobre fatos: criminosos ou torpes, que lhe foram imputados; a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo (art. 347 do CPC), como ocorre com o advogado.
	 A confissão judicial fará prova contra o confitente, não prejudicando, contudo, os demais litisconsortes (art. 350 do CPC). Os litisconsortes serão considerados em suas relações com a parte adversa como litigantes distintos. Os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros (art. 48 do CPC). 
	 Não será admitida em juízo a confissão de direitos indisponíveis (art. 351 do CPC), o que ocorreria na separação litigiosa, em que não se admite a confissão, havendo necessidade de prova. Entende-se que os direitos pertinentes à Fazenda Pública são indisponíveis.
	 Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados (art. 213 do CCB). Para que se fale em confissão é preciso que a parte disponha dos direitos que serão confessados. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado. Caso não sejam conferidos poderes para confessar ou para confessar fato diverso, ela não será eficaz.
	 O menor de 18 anos e o maior de 16 anos, desde que na presença de seu representante legal, podem confessar. Pode o menor firmar contrato de trabalho e assinar recibo de pagamento (art. 439 da CLT).
	 A confissão é irrevogável (art. 214 do CPC), mas pode ser anulada, se pendente o processo em que foi feita ou rescindida, se houver o trânsito em julgado da decisão.
	 A revelia não induz os efeitos da confissão quando o litígio versar sobre direitos indisponíveis (art. 320, II, do CPC). O artigo 841 do Código Civil dispõe que só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação. Quanto aos direitos públicos, portanto, nãoé admitida a transação. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados na contestação, salvo se não for admissível, a seu respeito, a confissão. Não vale, portanto, a confissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, que são os da Fazenda Publica. O TST entende de outra forma, como se verifica da O.J. n.º 152 da SBDI-1, mostrando que é possível aplicar a revelia a pessoa jurídica de Direito Público e, por conseqüência, a confissão.
	 Pode ser a confissão judicial espontânea ou provocada. Da confissão espontânea, tanto que requerida pela parte, se lavrará o respectivo termo nos autos. A confissão provocada constará do depoimento pessoal prestado pela parte (art. 349 do CPC). A confissão espontânea poderá ser feita pela própria parte, ou por mandatário com poderes especiais (parágrafo único do artigo 349 do CPC).
	 A confissão extrajudicial, feita por escrito à parte ou a quem a represente, tem a mesma eficácia probatória da judicial; feita a terceiro, ou contida em testamento, será livremente apreciada pelo juiz (art. 353 do CPC). Se for feita verbalmente, só terá validade nos casos em que a lei não exija prova literal (parágrafo único do artigo 353 do CPC).
	 Tem como regra a confissão ser indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitar quando lhe for desfavorável. Será cindida, todavia, a confissão quando o confitente lhe aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção (artigo 354 do CPC).
	 Obtida a confissão por erro, dolo ou coação, pode ser revogada: por ação anulatória, se pendente o processo em que foi feita, ou por ação rescisória, a contar do trânsito em julgado da sentença da qual constituir o único fundamento (artigo 352 do CPC).
	 Esclarece o inciso II da Súmula 74 do TST que a prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (artigo 400, I do CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
1.2 PROCEDIMENTOS DO DEPOIMENTO PESSOAL
	 Os depoimentos pessoais serão iniciados pelo do reclamante e em seguida será tomado o da reclamada ou de ofício pelo juiz (art. 848 da CLT). Ao juiz incumbirá o interrogatório, pois ao magistrado é que cabe a direção do processo.
	 Determina o artigo 452 do CPC que as provas serão produzidas na audiência nessa ordem: II – o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu. 
	 No processo do trabalho, o juiz muitas vezes vê de quem é o maior ônus da prova para tomar os depoimentos. Se a empresa alega justa causa para dispensa, pode o juiz iniciar os depoimentos pessoais pelo réu, já que, se este confessar a dispensa sem justa causa, será desnecessária a prova.
	 A regra do inciso II do artigo 452 do CPC não é absoluta, nem implica nulidade, pois não se verifica prejuízo processual para o réu. O juiz dirige o processo, podendo determinar qualquer diligência que entender útil (art.765 da CLT) à celeridade do processo. Deve, ainda, o magistrado velar pela rápida solução do litígio (art. 125, II, do CPC). 
	 Leciona Moacyr Amaral Santos que a ordem estabelecida no inciso II do artigo 452 do CPC “não é exigível de forma peremptória. Impor-se obediência absoluta a essa medida seria perturbar-se, um sem-número de vezes, a celeridade do andamento do processo. Com efeito, a instrução se pro telaria se, por exemplo, a ausência do autor, embora justificada (art. 453, II), impedisse desde logo se tomasse o depoimento pessoal do réu e só por aquilo se adiasse a audiência. A nosso ver, a alteração da ordem dos trabalhos será questão que deva ser resolvida pelo juiz”.
	 O preposto tem de ter conhecimento dos fatos. Não presta compromisso de dizer a verdade. Pouco importa se os tenha vivenciado que só se exige em relação à testemunha. Não precisa o preposto ser empregado ao tempo dos fatos narrados pelo reclamante na petição inicial. Basta que tenha conhecimento de tais fatos, por meio da ficha de registro de empregados ou de outras pessoas na empresa. Pode ter conhecimento dos fatos ainda que por via indireta ou por terceiros.
	 O depoimento pessoal da parte não faz prova a seu favor, mas apenas contra.
	 Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato: a) a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo íntimo; b) que o exponha a perigo de vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato (art. 229 do CCB).
	 A parte que ainda não depôs não poderá assistir ao interrogatório do ex adverso (§ único do art. 344 do CPC). É aplicável essa regra ao processo do trabalho, pois não nenhuma incompatibilidade com os princípios deste, existindo omissão na CLT (art. 769 da CLT).
	 Caso se deixe o reclamado na sala, enquanto esta sendo ouvido o reclamante, provavelmente quando for perguntado certo fato ao representante da empresa, este apenas irá negá-lo, contrariando sempre o depoimento do autor. Não se permitindo a presença do reclamado na sala, o representante da empresa não saberá o que foi perguntado ao reclamante, podendo incorrer em contradições, inclusive confessando fatos que lhe são desfavoráveis que é o objetivo do depoimento pessoal. No entanto, a regra do parágrafo único do artigo 344 do CPC não poderá ser observada se uma das partes ou ambas exercerem pessoalmente o jus postulandi na Justiça do Trabalho, o advogado estiver postulando em causa própria, ou se acumular a qualidade de advogado e preposto ao mesmo tempo.
	Se o depoimento pessoal da parte não for determinado de ofício pelo juiz, as partes deverão requerê-lo, a fim de poderem ouvi-lo em juízo. Há necessidade de que a parte seja intimada para comparecer para depor, constando da notificação que serão presumidos como verdadeiros os fatos alegados pela parte contrária, caso não compareça, ou, comparecendo, recuse-se a depor (§1.º do art. 343 do CPC). Se a audiência é uma, o reclamante deve comparecer, pois, do contrário, o processo será arquivado.
	Quem vai depor não poderá, porém, servir-se de escritos adrede preparados. Poderá, contudo, à parte, durante o depoimento pessoal, consultar breves anotações, para completar seus esclarecimentos (art. 346 do CPC). É o caso do reclamante consultar a sua CTPS para saber a data de sua admissão e demissão ou a reclamada consultar a ficha de registro ou livro de empregados com o mesmo objetivo.
	Se a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado, ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa em prestar depoimento (art. 345 do CPC).
	O juiz pode aplicar confissão de ofício, sem requerimento da parte contrária, principalmente diante do parágrafo primeiro do artigo 843 da CLT onde o preposto tem obrigação de conhecer os fatos.
	O provimento n.º 60/87 da OAB determina que o advogado não pode ser preposto e advogado ao mesmo tempo, mas nada impede que o advogado atue no processo só como preposto e não como advogado e preposto.
	Conforme reza o art. 340, I do CPC, é dever da parte, porém, comparecer em juízo e responder o que lhe for perguntado. Ao iniciar a instrução processual, o juiz, ouvidas as partes, fixará os pontos controvertidos sobre os quais incidirá a prova (art. 451 do CPC).
2. DOCUMENTOS
 Documento, do latim documentum, proveniente do verbo doceo, tem significado de ensinar, indicar e mostrar. É a forma de uma coisa poder ser conhecida por alguém, de modo a reproduzir certa manifestação de pensamento. O documento representa um fato ocorrido.
2.1 JUNTADA
2.2 EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS
2.3 INCIDENTE DE FALSIDADE
3. TESTEMUNHAL
3.1 PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL
3.2 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
3.3 INTERPRETAÇÃO DOS DEPOIMENTOS
4. PERÍCIA
4.1 INTRODUÇÃO
	Faltandoconhecimento especializado ao juiz, este indica um técnico que possa fazer o exame dos fatos objeto da causa, transmitindo esses conhecimentos ao magistrado, por meio de um parecer. Eis a perícia.
	Perito, proveniente do latim peritus, formado pelo verbo perior, com o significado de experimentar, saber por experiência, é a pessoa que faz o exame dos fatos dos quais o juiz não tem o conhecimento técnico: a perícia.
	O art. 3.º da Lei nº 5.584/70 determinou que “os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo juiz, que fixará o prazo para entrega do laudo”. Esse dispositivo revogou o art. 826 da CLT. Antigamente cada parte indicava seu perito que, na verdade, defendia as partes. Com a edição da Lei 5.584/70 o perito é único e do juízo. As partes podem indicar assistentes técnicos, mas o único que presta compromisso é o perito, pois o assistente técnico não o faz, nem vincula seu trabalho ao juiz. Essa orientação de perito único foi albergada inclusive pelo CPC de 1973, pois notou-se que o compromisso vinculava o assistente técnico ao juiz, além do que, com o perito único, não há mais interesse daquele em ajudar ou prejudicar a parte, pois responde apenas ao juiz da causa.
	Mesmo os técnicos de estabelecimentos oficiais deverão prestar compromisso, pois o art. 827 da CLT determina que os peritos devam ser compromissados.
	A perícia pode ser: a) exame, em que é feita a inspeção de pessoas, coisas ou semoventes; b) vistoria em que o perito inspeciona terrenos, prédios, locais; c) avaliação, em que o perito estima o valor de coisas móveis e imóveis. Perícia judicial é aquela realizada no processo. Perícia extrajudicial pode ser a requerida pela empresa ou sindicato no Ministério do Trabalho (§ 1.º do art. 195 da CLT).
	No processo do trabalho, a avaliação dos bens penhorados é feita pelo oficial de justiça avaliador.
4.2 PARTICULARIDADES
	
	A perícia por insalubridade ou periculosidade poderá ser feita tanto por médico como por engenheiro (art. 195 da CLT). A lei não dispõe que a perícia de insalubridade é feita por médico e a de periculosidade é realizada por engenheiro. Há uma alternatividade: a perícia pode ser realizada por médico ou por engenheiro. Ambos são capazes de realizar a perícia de insalubridade e de periculosidade. O que pode ocorrer é de em certa perícia haver necessidade, por exemplo, da realização de um exame médico, que o engenheiro evidentemente não poderá realizar tal exame, pois não tem conhecimentos médicos, mas em outros casos poderá proceder normalmente. 
	Se a perícia exigir conhecimentos técnicos que só o médico ou só o engenheiro possuam, deverá ser realizada por apenas um deles e não pelo outro. Ao contrário, não necessitando a perícia de conhecimentos especializados em um determinado assunto, a perícia de insalubridade ou de periculosidade poderá ser realizada tanto pelo engenheiro como pelo médico. 
	 A O.J. n.º 165 da SDI do TST entende que o art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.
	O art. 188 da CLT dispõe que as inspeções de segurança em caldeiras devem ser feitas por engenheiro inscrito no Ministério do Trabalho.
	A perícia de cálculos pode ser feita por qualquer pessoa, não necessitando aquela ser contador; pode, portanto, ser feita por economista, administrador de empresas, engenheiro, matemático, estatístico etc. No entanto, quando a perícia envolver o exame de escrita, balanço, escrituração contábil somente poderá ser feita por contador ou auditor (art. 25 do Decreto-lei nº 9.295/46). O técnico em contabilidade não pode fazer perícia, que fica adstrita apenas às pessoas anteriormente mencionadas.
	A perícia de insalubridade e periculosidade tem que ser determinada pelo juiz independentemente de requerimento, de acordo com o art. 195 da CLT.
	Havendo revelia, e na petição inicial existindo pedido de insalubridade ou periculosidade, é preciso ser realizada a prova técnica, pois a revelia não torna verdadeiro que no local de trabalho existiam elementos nocivos ou perigosos à saúde do trabalhador. Esses fatos só poderão ser verificados com o exame técnico, pelo especialista, inclusive para avaliar o grau da insalubridade existente no local de trabalho.
	A causa de pedir da petição inicial não será levada em consideração caso o perito verifique a existência de outros elementos que são adversos à saúde do trabalhador. Este não tem conhecimentos médicos suficientes para dizer qual é o elemento que lhe faz mal à saúde, que só o perito terá condição de informar ao juízo. O juiz poderá, portanto, conceder a insalubridade, por exemplo, se for verificado no local de trabalho que há agente insalubre diverso do apontado na inicial (Sumula 293 do TST).
4.3 PROCEDIMENTOS
4.4 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
	Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito (§ 4.º do art. 852-H da CLT).
	A contrario sensu, o inciso I do parágrafo único do artigo 420 do CPC só admite a prova pericial em se tratando de necessidade de conhecimento especial de técnico. 
	Por obrigação legal, a prova de insalubridade ou periculosidade deve ser feita por perícia (§ 2.º do art. 195 da CLT). Pode ocorrer de a prova necessitar ser feita por arbitramento, ocasião em que o juiz designará perito para esse fim. Poderá também ser necessária a prova pericial contábil para demonstrar, por exemplo, diferença de horas extras. O juiz especificará qual a finalidade da perícia, nomeando perito.
	O parágrafo 5.º do artigo 852-H da CLT foi vetado. Facultava às partes, no prazo comum de 72 horas, a apresentação de quesitos, vedada a indicação de assistente técnico cercearia o direito da parte de apresentar suas objeções ao laudo. Como esse parágrafo foi vetado, aplica-se o § 1.º do art. 421 do CPC, sendo possível a indicação de assistentes técnicos: as partes terão direito de apresentar assistentes técnicos e oferecer quesitos, no prazo de cinco dias.
	Serão as partes intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias (§ 6.º do art. 852-H da CLT). O prazo para manifestação sobre o laudo será comum e de cinco dias e não cinco dias para o reclamante e os cinco seguintes para o empregador. Havendo prazo comum às partes, só em conjunto ou mediante prévio ajuste por petição nos autos poderão seus procuradores retirar os autos (§ 2.º do art. 40 do CPC). Em casos complexos, será difícil ao advogado verificar os autos no próprio cartório. Não há como se conceder prazo de 2,5 dias para cada parte.
	A lei determina expressamente que o perito apresente laudo, que será feito por escrito. É impossível o oferecimento de laudo em audiência pelo perito, que deve ter tempo suficiente para elaborá-lo. Da mesma forma, é impossível que o juiz designe audiência para que o perito preste informações técnicas necessárias ao esclarecimento da questão, pois a lei exige laudo. O perito até poderá ser convocado para prestar esclarecimentos em audiência (§ 1.º do art. 848 da CLT), porém em relação ao laudo já elaborado e que está nos autos.
5. INSPEÇÃO JUDICIAL
	O juiz pode ir diretamente ao local de trabalho do empregado, por exemplo, para fazer observação de pessoas ou coisas, que são objeto dos fatos articulados pelas partes nos autos. Nisso consiste a inspeção judicial. Define-a Moacyr Amaral Santos (1982:491) como “a percepção sensorial direta do juiz, a fim de se esclarecer quanto a fato, sobre qualidades ou circunstâncias corpóreas de pessoas ou coisas”.
	A finalidade da inspeção judicial é esclarecer o juiz sobre fato de interesse de causa, a respeito de pessoas ou coisas (art. 440 do CPC), podendo ser realizada em qualquer fase do processo.
	A inspeção judicial pode ser feita de ofício pelo juiz oua requerimento da parte, mas a conveniência de sua realização ficará a critério do juiz. Não constituirá cerceamento de prova o indeferimento da realização da inspeção judicial.
	O magistrado poderá fazer-se acompanhar de perito na diligência (art. 441 do CPC). As partes poderão comparecer à diligência e formular esclarecimentos e observações (parágrafo único do art. 442 do CPC). O juiz irá ao local, onde estiver a pessoa ou coisa, quando:
julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
a coisa não puder ser apresentada em juízo, se consideráveis despesas ou graves dificuldades;
determinar a reconstituição dos fatos.
Ao se concluir a inspeção, será lavrado ato circunstanciado do ocorrido, que será juntado aos autos (art. 443 do CPC). O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.
Para que haja o exercício do contraditório, as partes devem ser intimadas para manifestação a contar da juntada do auto circunstanciado da inspeção judicial no prazo de cinco dias o no fixado pelo juiz.
Na prática, o que ocorre é o juiz determinar ao oficial de justiça ir ao local onde estiverem as pessoas ou coisas, fazendo a “constatação” do que ocorre naquele lugar. Exemplo: o juiz determina que o oficial de justiça vá ao local de trabalho para saber se os empregados da empresa prestam serviços em horas extras. O oficial de justiça comparece ao local, verificando se há trabalho em jornada extraordinária, prestando as informações por escrito ao juiz.
6. INDÍCIOS E PRESUNÇÕES
 	 A prova poderá ser feita diretamente pelos depoimentos pessoais e testemunhais e pelo exame dos documentos, perícias etc. Poderá ser realizada indiretamente por meio de raciocínio lógico, denominado de presunção, ou da narração ou exibição de fatos ou coisas que darão aquele resultado lógico, denominado de indício. As presunções decorrem de fatos conhecidos, podendo-se pelo raciocínio lógico chegara um fato desconhecido.
	O Código Canônico define presunção como “a conjectura provável de uma coisa incerta; se é estabelecida pela lei, chama-se presunção iuris, se é formulada pelo juiz, chama-se presunção hominis” (cân. 158). O Código Civil Italiano estabelece que “presunções são as conseqüências que a lei ou o juiz deduz de um fato notório, para resolver um fato ignorado” (art. 2.788). O Código Civil Português esclarece que“presunções são as ilações que a lei ou o julgador tira de um fato conhecido para firmar um fato desconhecido” (art. 349).
	O indício decorre de uma circunstância conhecida, a qual mediante um processo indutivo chega-se a existência de outras situações. 
	Distingue-se a presunção do indício. A primeira decorre de um fato conhecido para um fato ignorado, desconhecido. O indício mostra circunstâncias que conduzem à admissibilidade de outras situações.
	Na presunção, parte-se de um fato conhecido para outro desconhecido, mediante raciocínio indutivo. Nas máximas da experiência, observa-se o que costumeiramente ocorre. Presunção não é meio de prova, tanto que não consta nesse sentido do CPC. É uma espécie de raciocínio lógico.
	As presunções podem ser: absoluta ou iuris et de iure, relativa ou iuris tantum e comum ou hominis vel iudicis. A presunção absoluta é determinada pela lei, que não admite prova em contrário, constituindo-se em ficção jurídica. Mesmo que o juiz se convença em sentido contrário, vale a determinação da lei, por se tratar de presunção absoluta, que não pode ser infirmada por prova em sentido contrário. É o caso da confissão da parte a respeito de um fato que lhe é adverso e benéfico ao interesse da parte contrária. Não poderá fazer prova por testemunha da alegação da parte, em virtude da confissão. 
	As presunções relativas indicam a possibilidade de a parte provar em sentido diverso daquilo que aparentemente parece. Por exemplo: o empregado poderá provar que trabalhou em período anterior ao registro, embora na sua CTPS esteja anotada a data posterior em que realmente começou a trabalhar. O pagamento do último salário do doméstico faz presumir o pagamento dos anteriores (art. 322 do Código Civil).
	As presunções hominis ou comuns são aquelas que qualquer pessoa poderia fazer para formar seu convencimento. São aquelas que o homem comum possui. Presume-se que o empregado trabalha oito horas por dia e tem intervalo de uma hora, que é o comum.
	As presunções absolutas podem ser indicadas na lei. O inciso IV do art. 334 do CPC estabelece sobre a prescindibilidade de prova quanto aos fatos em cujo favor milita a presunção legal de existência ou veracidade, como na confissão judicial. O art. 447 da CLT mostra que “na falta de acordo ou prova sobre condição essencial ao contrato verbal, esta se presume existente, como se a tivessem estatuído os interessados, na conformidade dos preceitos jurídicos adequados à sua legitimidade”.
	Em muitos casos, não havendo norma a ser aplicada, há a presunção de que deva ser aplicada a norma mais favorável ao empregado. Presume-se também que a despedida é sempre imotivada, cabendo a prova da dispensa motivada à empresa. Da mesma forma, presume-se que o empregado é dispensado da empresa, sendo que o pedido de demissão deverá ser provado pelo empregador.
	Como regra também poderíamos estabelecer que o ordinário se presume e o extraordinário deve ser provado. Assim, presume-se que o empregado trabalhe em horário normal, tendo uma hora de intervalo. O trabalho em jornada extraordinária e a ausência de intervalo deverão ser provados pelo reclamante.
	O entendimento dominante na jurisprudência é de que, se não negada a prestação de serviços, se presume que o trabalho era subordinado, cabendo ao empregador a prova da existência da autonomia ou eventualidade na prestação de serviços. Entendo, entretanto, que essa presunção não pode ser aplicada em todos os casos, pois se pode entender que o normal é não só o trabalho ser subordinado, mas também da existência do trabalho autônomo.
	O juiz também poderá utilizar-se das máximas da experiência para julgar determinado caso, motivando sua decisão naquilo que normalmente ocorre em dada situação. O artigo 335 do CPC mostra que na falta de normas jurídicas particulares aplicará o juiz as regras de experiência comum subministradas pela observação de que ordinariamente acontece e ainda as regras de experiência técnica. Experiência comum, que decorre do que normalmente acontece, fazendo parte da cultura normal do juiz. É o que acontece em determinado lugar. Em dias de chuva forte não há expediente na lavoura. Experiência técnica é a proveniente da especialização em certa matéria, de conhecimentos especializados de determinada ciência, de conhecimentos técnicos ou científicos, como de física, química, biologia, matemática, economia etc.
	No procedimento sumaríssimo, o juiz pode dar especial valor às regras da experiência comum ou técnica (art. 852-D da CLT). A experiência comum significa a aplicação das máximas da experiência.
	Máxima da experiência ocorre quando o juiz afirma que as horas extras são indevidas, por serem excessivas, como na hipótese em que o empregado, motorista, trabalhava todos os dias das 19 às 12, prorrogando ainda sua jornada. É impossível fisicamente uma pessoa fazer tal jornada por vários dias seguidos, meses e anos.
	Quando há lei específica para reger determinada situação, o juiz não poderá utilizar-se das máximas da experiência. A regra contida no art. 852-D da CLT é totalmente dispensável, pois já tinha previsão na CLT ou no CPC.
7. PROVA EMPRESTADA
	A prova emprestada é a que já foi feita em outro processo e a parte pretende apresentá-la no processo que está em curso.
	A prova de um certo fato que foi produzida num processo pode ser copiada para outro, mediante certidão. É o que ocorreria em relação a um documento, aos depoimentos testemunhais ou pessoais, ao exame pericial etc. A essa prova transferida de um processo para outro dá-se o nome de prova emprestada.
	A prova emprestada pode serde três espécies: a) produzida em outro processo entre as mesmas partes; b) entre uma das partes e terceiros; c) entre terceiros.
	No Código Civil de 1916, a prova empestada poderia ser incluída em documentos públicos ou particulares (art. 136, III). No Código Civil de 2002, seu fundamento está em documento (art. 212, II).
	Há necessidade de que a prova emprestada seja juntada nos autos, sujeita, portanto, ao contraditório, ao debate entre as partes, para depois ser avaliada pelo juiz.
	Muitas vezes, a parte não tem como fazer prova a respeito de um certo fato, a não ser mediante a juntada de prova emprestada de outro processo. É certo que nem toda prova precisa ser feita diante do juiz que irá julgar a questão. Existem exceções de que a prova é produzida apenas perante o juízo que vai julgar o processo. Exemplo: a hipótese do juiz de segundo grau, que analisa a prova produzida perante o juiz de primeiro grau; da carta precatória ou rogatória.
	A prova emprestada oral será aproveitada em outro processo se houver necessidade de aproveitá-la e da impossibilidade de ser produzida originalmente no processo em curso, por não poder ser repetida. Tem a prova produzida entre terceiros pouca eficácia num processo de outras partes.
	A prova das mesmas partes de um processo que é produzida em outro, entre as mesmas partes, tem plena validade se disser respeito aos mesmos fatos. Não se pode dizer que na tem valor.
	A prova emprestada será, porém, uma exceção à regra de que as provas devem ser produzidas no mesmo juízo, como ocorre em relação à prova por carta precatória. Assim, a prova emprestada deverá ser analisada com certas restrições. É verdade que os princípios da economia e da celeridade processual recomendam sua aplicação, contudo há necessidade de o juiz observá-la com certas cautelas, principalmente quando não há a possibilidade de tal prova ser repetida num segundo processo.
	É o que ocorreria se a testemunha já houvesse falecido, ou se o local onde se pretende fazer prova pericial de insalubridade ou periculosidade não é mais o mesmo, em razão de algumas mudanças que lá ocorreram.
	Seria possível utilizar prova emprestada relativa a acidente de trabalho, e acordo com perícia feita no Cível. Constatado o acidente do trabalho, não há mais o que se falar sobre sua existência perante a empresa. Tal prova emprestada do Cível valerá no Processo do Trabalho quanto à questão do acidente do trabalho, até porque o juízo Cível é o competente para analisar postulação de acidente de trabalho feito pelo segurado contra o INSS.
	A prova emprestada produzida em processo anulado é válida, desde que não diga respeito à questão da própria prova.
	Para se utilizar a prova emprestada, o ideal é que ela envolva as mesmas partes e tenha por objeto os mesmos fatos.
	Dispõe expressamente o parágrafo 2.º do artigo 195 da CLT que “argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho”. A perícia, portanto, é necessária para apurar insalubridade ou periculosidade.
	É impossível o perito fazer a avaliação de insalubridade ou periculosidade no local de trabalho do autor, se o referido lugar está desativado. A perícia seria realizada por presunção. Se o local de trabalho está desativado, não foi possível realizar a perícia para a constatação dos elementos que eram adversos à saúde do trabalhador. Não se pode admitir a prova emprestada, pois a questão relativa à insalubridade ou periculosidade é personalíssima, necessitando de prova própria e investigação pelo perito no local de trabalho, que é o exame pericial no local de trabalho do empregado.
	Exceção também poderá ser se ambas as partes concordarem com a prova emprestada.
	Dispõe o inciso III do parágrafo único do artigo 420 do CPC que o juiz indeferirá a perícia quando a verificação for impraticável. É o exemplo de que o local de trabalho do empregado foi desativado. Não há como ser feita a perícia. Em princípio, não será possível trazer prova emprestada quando o local de trabalho do empregado estiver desativado, exceto se a empresa for a mesma, o local de trabalho for o mesmo, os empregados envolvidos trabalhem no mesmo setor ou seção, exerçam a mesma função, trabalhem na mesma máquina, as condições de trabalho forem as mesmas e o período trabalhado for o mesmo.

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