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ATIVIDADE DISCURSIVA- DIREITO ELETRÔNICO ALUNO: MARCIO ROBERTO SILVEIRA RA 177948011240, 7° SEMESTRE Tendo em vista a globalização e a expansão do comércio eletrônico, faça uma breve explanação sobre a aplicação do Protocolo de Santa Maria e a Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro nas relações de consumo internacionais. APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE SANTA MARIA Primeiro é mister discorrer sobre a finalidade o Protocolo que segundo Klausner, o Protocolo de Santa Maria tem o seguinte escopo: “O Protocolo de Santa Maria sobre Jurisdição Internacional em Matéria de Relações de Consumo, editado em 22/11/1996, demonstra a persistência na efetivação dos direitos do consumidor em âmbito do Mercusul e visa determinar, com uniformidade, a competência internacional dos Estados-Partes, assegurando ao consumidor a prerrogativa de demandar e ser demandado somente no foro de seu domicílio e disciplinando ainda outras questões de natureza processual internacional”. (KLAUSNER, 2005, p. 119). Finalidade essa constante no Art. 1º do referido instrumento “in verbis”: “O Presente Protocolo tem como objetivo determinar jurisdição internacional em matéria de relações de consumo derivadas de contratos em que um dos contratantes seja um consumidor, quando tratar de:1-venda a prazo de bens móveis corpóreos; 2 -Empréstimos a prazo ou de outra operação de crédito ligada ao financiamento na venda de bens; 3- qualquer outro contrato que tenha por objeto de um serviço ou fornecimento de bem móvel corpóreo. Este dispositivo se aplicará sempre que a celebração do contrato tenha sido precedida, no Estado do domicílio do consumidor, de uma proposta específica ou de uma publicidade suficiente precisa e que o consumidor tenha realizado os atos necessários à conclusão do contrato.” Devido a impossibilidade de se tutelar integralmente a relação de consumo internacional, o presente instrumento focou em alguns contratos como por exemplo os empréstimos a prazo ou de outra operação de crédito ligada ao financiamento na venda de bens, venda a prazo de móveis corpóreos, qualquer outro contrato que tenha por objeto a prestação de um serviço ou fornecimento de bem móvel corpóreo. O Protocolo fortaleceu o processo de integração, a segurança jurídica, proteção ao consumidor, adotou regras comuns sobre jurisdição internacional em matéria de relações de consumo. Permitiu a aplicabilidade do Princípio da Autonomia das Vontades nos contratos internacionais de consumo, assegurou a equidade e a justiça contratual. Em seu Art. 4º, estabeleceu o domicílio do consumidor como foro de jurisdição para resolução de conflitos, podendo esse alterar o foro a ser utilizado. Apesar do protocolo de Santa Maria representar grande avanço na proteção ao consumidor, não se aplicar à consumidores turistas, pois o Protocolo somente regula aquelas relações de consumo onde tenha havido publicidade no país. Vale ressaltar que foram excluídos os contratos de transporte, de acordo com o artigo 1, inciso 2 e o fato de ser somente aplicável a contratos de consumo, esquecendo do campo extracontratual que a proteção do direito do consumidor também se aplica. APLICAÇÃO DA LINDB É extremamente difícil se obter sucesso em ações propostas em desfavor de fornecedores quando esses se encontram sediados no exterior, ainda que o Art. 3º do CDC conceitue como tal sendo pessoas físicas ou jurídicas sediadas no exterior. Apesar de não ser unânime, a doutrina recorre, para esses casos, à Lei de Introdução às Normas Brasileiras (LINDB- Decreto Lei nº 4.657 de 04/09/1942) mais especificamente o Art. 9º que se aplicará a lei do país em que as obrigações (contratos) se constituíram. Ainda que fique difícil identificar em qual país determinado contrato eletrônico foi firmado, o § 2º, do Art. 9 auxilia estabelecendo que as obrigações decorrentes de contrato, considera- se constituído no lugar onde reside o proponente. Referências KLAUSNER, Eduardo Antônio. Jurisdição Internacional em Matéria de Relações de Consumo no Mercosul – Sugestões para a Reedição do Protocolo de Santa Maria. In: Revista de Direito do Consumidor. nº 54. São Paulo: Revista dos Tribunais, abril/junho, 2005. Site do STF. Disponível em <http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/forumCorteSupremaNorma/forumCorteSupremaNorma_AP_75315.pdf.< Acesso em 09/05/2018, às 14hr20min. Marques, Cláudia Lima. Confiança no Comércio Eletrônico e a Proteção do Consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais,2004. p.433
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