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A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA.1

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A PSICOLOGIA COMO 
CIÊNCIA
O CONHECIMENTO DO SENSO 
COMUM
É subjetivo, imediatista e 
assistemático 1
CIÊNCIA
Ciência – atividade eminentemente
reflexiva, que procura compreender,
elucidar e alterar o cotidiano, a partir de
estudos sistemáticos.
2
• “Compõe-se de um conjunto de
conhecimentos sobre fatos ou aspectos
da realidade (objeto de estudo),
• expresso por meio de uma linguagem
precisa e rigorosa.
• Esses conhecimentos devem ser obtidos
de maneira programada, sistemática e
controlada, para que se permita a
verificação de sua validade” (Bock,2002,
p. 19).
3
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
• É crítico, reflexivo, sistemático, exige
Método, permite dúvida, pode ser provado
e comprovado
4
A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
• Surge no final do séc. XlX em 1879
• Wilhelm Wundt fundou o primeiro
Laboratório de Psicologia na Universidade
de Leipzig na Alemanha
• Estudou os Processos Mentais através de
mensuração e experimentação
5
OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA
• Em sentido lato, a psicologia tem por objetos de
pesquisa -> o comportamento e os processos
mentais de todos os seres vivos.
• Define-se por comportamento -> toda forma de
resposta ou atividade observável realizada por
um ser vivo.
• Processos mentais ->são experiências
subjetivas que inferimos através do
comportamento: sensações, percepções,
sonhos, pensamentos, crenças, sentimentos.
6
PRINCIPAIS ESCOLAS (OU CORRENTES 
TEÓRICAS) DA PSI.
• BEHAVIORISMO OU PSI.
COMPORTAMENTAL -> Esta Escola surge nos
EUA no inicio do séc. passado com o psicólogo
John Watson (1878-1958). Para os
behavioristas o comportamento é um conjunto
de respostas adquiridas (ou, aprendidas) que
visa permitir ao organismo uma melhor
adaptação ao mundo exterior. Esta resposta
aparecerá progressivamente, através de uma
série de ajustamentos, por tentativas e erros.
7
• Na visão Behaviorista o indivíduo é 
produto do meio.
• Uma criança ao nascer é provida
unicamente de um certo número de
reflexos, puramente fisiológicos. Tudo o
mais, em termos comportamentais, ela
terá que aprender a partir dos estímulos
ambientais que receber.
8
GESTALT
PSICOLOGIA DA PERCEPÇÃO
• A Percepção refere-se ao processo ativo
de perceber a realidade e organizá-la em
interpretações ou visões sensatas.
9
• Percepção é a aplicação cuidadosa da
mente a alguma coisa.
• Função cerebral que atribui significado a
estímulos sensoriais, a partir de histórico
de vivências passadas.
• Processo pelo qual um indivíduo organiza
e interpreta as suas impressões sensoriais
no sentido de atribuir significado ao seu
meio.
10
Fatores que Influenciam a Percepção
• Atitude
• Interesse
• Motivação
• Experiências Passadas
• Expectativas
11
PERCEPÇÃO
• A Percepção é importante , pois faz com
que diferentes pessoas tenham diferentes
interpretações ou visões, inclusive
contraditórias, do mesmo fato ou pessoa.
12
• A qualidade das interações estabelecidas
entre os indivíduos depende da lente
perceptiva que cada um faz do outro, da
situação e até dos próprios papéis
desempenhados.
• A percepção social difere da percepção de
objetos porque envolve julgamento, ou
juízo avaliativo, coisa que não nos
sentimos obrigados a fazer em relação a
uma mesa, casa ou qualquer objeto.
13
Simplificações freqüentes usadas no 
julgamento das outras pessoas
• Projeção: Os julgamentos distorcidos
pela projeção tendem a perceber os
outros de acordo com as características
do observador, e não como os outros são
de verdade.
• Estereotipagem: Quando julgamos
alguém com base na nossa percepção do
grupo do qual ele faz parte.
14
ESCOLA PSICANALÍTICA
• A psicanálise surgiu no final do século XIX e
início do século XX com o médico austríaco
Sigmund Freud (1856-1939). A principal tese
psicanalítica é a da existência de processos
inconscientes na mente. O inconsciente,
segundo Freud, estaria dissociado da realidade
e seria regido pelo que ele chamou de princípio
do prazer.
• O Comportamento do homem é muito mais
determinado pelo Inconsciente.
15
1• TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DA MENTE
• CONSCIENTE -> O pensamento presente na 
mente.
• PRÉ-CONSCIENTE-> Todo conteúdo que pode 
ser consciente através da memória.
• INCONSCIENTE -> Conteúdo desconhecido (o 
que não sabemos de nós mesmos) Pode estar 
reprimido.
16
TEORIA DINÂMICA DA MENTE
• ID -> Fonte de energia psíquica presente no 
nascimento – O Instinto. O ID funciona de forma 
imediatista – regido pelo princípio do Prazer – o 
ID é atemporal e não é verbal – sua linguagem 
é o sentir.
• EGO -> Instância que se diferencia do ID 
Intermediário entre o Desejo(mundo interno) e a 
realidade (mundo externo).
17
• O EGO desenvolve-se a partir da
evolução adaptativa do sujeito com a
realidade
• A função do Ego é a auto-preservação,
adaptação, modificação do mundo
externo, como também, o controle dos
instintos e das tensões de prazer e
desprazer.
• O EGO é o executivo da Personalidade.
• É o próprio EU.
18
• SUPEREGO -> responsável pela
construção interna dos valores morais e
pela internalização das normas sociais.
• Pode-se dizer que alguém que não
desenvolveu o SUPEREGO é um
PSICOPATA.
• A dinâmica da Personalidade depende da
maneira pela qual a energia psíquica é
distribuída e utilizada pelo ID – EGO –
SUPEREGO.
19
PSICOLOGIA APLICDA AO
DIREITO
• A primeira demanda que se fez à Psicologia em
nome da justiça ocorreu no campo da
psicopatologia.
• O diagnóstico psicológico servia para classificar
e controlar os indivíduos.
• No passado, a doença mental e a criminalidade
foram o universo de atuação da Psicologia no
judiciário,
• hoje são as crianças, os jovens e as famílias os
principais protagonistas da intervenção psi.
20
• Atualmente - o psicólogo encontra espaço
e legitimidade nas escolas, nas
universidades, nas organizações, nos
hospitais, nos conselhos tutelares, no
judiciário, nas políticas públicas...
21
Em 1967 a Psicologia foi referendada como uma
importante ferramenta no campo do Direito.
• Psicologia Jurídica - intensamente influenciada
pelo ideário positivista e privilegiando o
método científico.
22
• EXPLICANDO:
• (O positivismo jurídico ou juspositivismo
é uma corrente da teoria do direito que
procura explicar o fenômeno jurídico a
partir do estudo das normas positivas, ou
seja, daquelas normas postas pela
autoridade soberana de determinada
sociedade.)
23
• A Psicologia teve sua origem ligada à
aplicação de testes,
• Compreensão dos comportamentos
passiveis de ação jurídica.
• Aferida através de instrumentos de
medida desenvolvidos pela Psicologia.
24
• A primeira demanda que se fez à Psicologia em
nome da justiça ocorreu no campo da
psicopatologia.
• O diagnóstico psicológico servia para classificar
e controlar os indivíduos.
• No passado, a doença mental e a criminalidade
foram o universo de atuação da Psicologia no
judiciário,
• hoje são as crianças, os jovens e as famílias os
principais protagonistas da intervenção psi.
25
• Ainda hoje, na instituição justiça, a demanda
encaminhada à Psicologia está concentrada,
basicamente, na solicitação de laudos
psicológicos que orientam o juiz em suas
decisões (situações – problemas).
26
PSICOLOGIA JURÍDICA
• O Psicólogo coloca seus conhecimentos a
disposição do Juiz, trazendo aos autos uma
realidade psicológica dos sujeitos envolvidos
que ultrapassa a literalidade da Lei, que vai
além da mera exposição dos fatos; trata-se de
uma análise aprofundada do contexto
27
• DOCUMENTOSPRODUZIDOS PELO 
PSICÓLOGO:
• Atestado psicológico / Declaração 
• Relatório / Laudo psicológico 
• Parecer psicológico / Perícia
28
ATESTADO OU DECLARAÇÃO PSICOLÓGICO
• É um documento expedido pelo psicólogo
que certifica uma determinada situação ou
estado psicológico, tendo como finalidade
afirmar sobre as condições psicológicas
de quem, por requerimento, o solicita, com
fins de:
• Justificar faltas e/ou impedimentos do
solicitante;
29
• DECLARAÇÃO OU ATESTADO
• É um documento que informa a
ocorrência de fatos e situações
objetivas relacionadas ao atendimento
psicológico. Por exemplo: o Sr X está em
atendimento psicológico há dois anos, na
frequência de duas vezes por semana,
terça e quinta feiras, às 11 horas
30
RELATÓRIO OU LAUDO PSICOLÓGICO
É uma apresentação descritiva acerca de
situações e/ou condições psicológicas e suas
determinações históricas, sociais, políticas e
culturais, pesquisadas no processo de avaliação
psicológica. Como todo DOCUMENTO, deve ser
subsidiado em dados colhidos e analisados, à
luz de um instrumental técnico (entrevistas,
dinâmicas, testes psicológicos, observação,
exame psíquico, intervenção verbal),
consubstanciado em referencial técnico-
filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
31
PARECER OU PERÍCIA
• Parecer é um documento fundamentado e
resumido sobre uma questão focal do
campo psicológico cujo resultado pode ser
indicativo ou conclusivo.
32
• O parecer tem como finalidade apresentar
resposta esclarecedora, no campo do
conhecimento psicológico, através de uma
avaliação especializada, de uma "questão-
problema", visando a dirimir dúvidas que
estão interferindo na decisão, sendo,
portanto, uma resposta a uma consulta,
que exige de quem responde competência
no assunto.
33
EXERCÍCIOS
• 1 - Com relação a produção escrita (Parecer ou
Perícia) elaborada pelos Psicólogos no universo
do judiciário é correto afirmar que:
• A – Essa produção deve apontar,
conclusivamente uma alternativa de
encaminhamento à demanda solicitada.
• Certo Errado
34
• 2 – Essa Produção deve considerar os
discursos e as percepções do
demandado.
• Certo Errado
35
• 3. No que tange à atuação do Psicólogo, no
contexto prisional, julgue as afirmativas abaixo:
• A – O profissional de Psicologia que atua no
Sistema Prisional deve entender a
complexidade das questões relacionadas ao
encarceramento e promover a construção da
cidadania em detrimento da primazia da
vingança social.
• Certo Errado
36
• 2- Sabemos que vários conhecimentos da
Psicologia, com frequência, são utilizados pelo
senso comum. A partir das alternativas abaixo,
marque aquela que melhor descreve a
apropriação que o senso comum faz do
conhecimento da Psicologia.
37
• a- Esse menino é muito triste.
• b- Aquela senhora está preocupada.
• c- A mulher gritava de forma histérica.
• d- A criança não estava satisfeita com o 
brinquedo.
• e- O homem parecia gostar de seu trabalho.
38
• C - CORRETA
• c . Quanto utilizamos termos como mulher
histérica, estamos utilizando o
conhecimento da Psicologia científica para
descrevermos determinados
comportamentos , sem nos preocuparmos
com sua definição para a Psicopatologia.
39
• Caso concreto: O Sr. X e a Srª. Y viviam
sob união estável e dessa união tiveram
uma filha, hoje com 4 anos de idade.
• Quando a criança estava com um ano de
idade houve a separação do casal e a
criança permaneceu sob os cuidados
maternos.
40
• Quando ocorreu a separação ficou
acordado que a criança visitaria o pai aos
finais de semana, quinzenalmente, e que
esse pagaria pensão alimentícia.
• A Srª. Y ingressou com o pedido de
pensão alimentícia porque o genitor não
estava cumprindo com o acordo.
41
• O pai, em contrapartida, solicitou a guarda
judicial da filha alegando maus-tratos
infringidos pela genitora.
• Devido à circunstancia alegada, situação
de risco, foi solicitada, pelo advogado do
genitor, audiência especial, que foi
concedida.
42
• Na referida audiência, devido às
alegações apresentadas, o juiz deferiu a
guarda ao genitor.
• A sentença determinava que a genitora
deveria visitar a criança na residência
paterna de quinze em quinze dias, sendo
monitorada.
• Ao saber da decisão judicial a genitora se
descontrolou, manifestando
comportamento incompatível com o
Judiciário.
43
• . O caso foi encaminhado à equipe técnica
com o objetivo de se realizar estudo
psicossocial.
• De posse do procedimento, ouvida a
genitora e com base em visita domiciliar,
ficou evidente que a criança não estava
em situação de risco.
44
• Desse modo, a equipe procurou o juiz
solicitando, com base nas teorias
psicológicas, que a criança não tivesse os
vínculos com a genitora abruptamente
rompidos, o que poderia trazer danos
psicológicos para a criança.
45
• O juiz solicitou a manifestação do
Ministério Público.
• Segundo o MP a mãe não teria condição
de permanecer com a criança por ser
desequilibrada?, insana?, comportamento
que foi observado em audiência.
• A equipe, mais uma vez partindo dos
pressupostos da Psicologia, descreveu as
possíveis consequências da separação
entre mãe e filha.
46
• 1)Faça uma analise do caso acima
mencionado, demonstrando onde, no
texto, fica clara a diferença entre a
Psicologia Científica, de um lado, e a
apropriação de conceitos dessa Ciência
pela psicologia do senso comum.
47
RESPOSTA
CASO CONCRETO 1
• 3- Conhecimento científico:
• Com base nas teorias psicológicas, caso
a criança tivesse os vínculos
abruptamente rompidos com a genitora,
tal fato poderia trazer danos psicológicos
para a criança.
48
SENSO COMUM
Segundo o MP a mãe não teria condição
de permanecer com a criança por ser
desequilibrada?, insana?, comportamento
que foi observado em audiência.
49
CASO CONCRETO 2
De acordo com a matriz sócio-histórica da 
Psicologia, é correto afirmar com relação ao 
sujeito: 
• A. A história de vida do indivíduo não é
importante na construção de sua
singularidade.
• B. as experiências da primeira infância
são decisivas na formação da identidade
do indivíduo.
50
• C. o indivíduo é um ser social em
constante interação com as relações
sociais, econômicas e políticas.
• D. na constituição do sujeito não há
articulação entre dimensões pessoais e
coletivas.
• E. nenhuma das respostas acima.
51
• 2- No que tange à atuação do psicólogo,
no contexto prisional, analise as
afirmativas abaixo:
• a. O profissional de Psicologia que atua
no sistema prisional deve entender a
complexidade das questões relacionadas
ao encarceramento e promover a
construção da cidadania em detrimento da
primazia da segurança e da vingança
social. ( ) certo ( ) errado b.
52
CASO CONCRETO 2
• 3- Ana Lúcia foi casada com Joaquim
durante 13 anos, juntos tiveram dois
filhos: Thiago(10 anos) e Beatrice (8
anos). O casal se conheceu na
adolescência, tinham uma relação
bastante afetiva marcada por muita
cumplicidade e comunhão de vidas.
53
• . Muitas foram as conquistas afetivas e de
crescimento mútuo: viajaram juntos, gostavam
de ler Raduam Nassar, ouvir Amy Winnehouse,
adoravam Dorival Caymmi e curtiam blues das
antigas.
• Dentre as muitas conquistas juntos, compraram
um amplo apartamento em um bairro
confortável de sua cidade, assim como
economizaram em pequenos luxos para
obtenção da confortável casa de praia em que
as crianças podiam correr pelo quintal com pés
descalços e plantar e hortinha com alfaces e
salsa.
54
• Todavia,após o nascimento de Beatrice,
Ana Lúcia pediu demissão do emprego e
ficou em casa para dedicar-se aos filhos,
gostava da maternagem e queria
acompanhar cada detalhe do
desenvolvimento das crianças, isso a
deixava absurdamente feliz.
• E vendo a felicidade e bem estar de seus
filhos, Joaquim, mesmo sem poder manter
as despesas da casa, foi um entusiasta da
nova situação.
55
• Joaquim, em função de uma maior
responsabilidade com as despesas da casa foi
trabalhar numa outra empresa que tomava-lhe
muito tempo e dedicação.
• Não era um trabalho criativo e nem tão pouco
era uma atividade que ele gostava de exercer,
mas o fazia já que havia ganhos financeiros
maiores que o emprego anterior.
• Nos três últimos anos de casamento, Joaquim
manteve-se frio e distante de Ana Lúcia sem
nenhum motivo aparente.
56
• . Ao perguntar o motivo da mudança de
comportamento, Joaquim dizia que precisava
trabalhar muito para manter o padrão de vida da
família e não tinha “cabeça” para afetos e/ou
sexo.
• Este último era feito de maneira mecânica e
sem a magia de outrora.
• Em conversas com amigas, estas diziam que se
tratava de um comportamento normal advindo
do cansaço, da presença dos filhos e da idade
dos homens.
57
• Ana Lúcia sentia-se culpada por gastar demais
e por ter parado de trabalhar e ao perceber o
cansaço e olheiras de seu marido se consumia
emocionalmente.
• Tentava estimular sexualmente seu marido,
assim como buscava agradar-lhe de todas as
formas mas não lograva êxito.
• A esposa buscou ajuda em psicoterapias,
centro espírita e até cartomantes e nada
conseguiu mudar o comportamento frio que
Joaquim estabelecia com sua esposa.
58
59
• . Não conseguindo suportar a permanência
daquele tão frio tratamento, Ana Lúcia, mesmo
apaixonada por seu marido, procurou uma
advogada de sua confiança e entrou com o
pedido de divórcio.
• Ana Lúcia acreditava que tinha sido a grande
culpada do fracasso do seu casamento, sofria
com a saudade que seus filhos sentiam do pai e
nos dias que Joaquim levava as crianças para a
visita na casa da avó paterna, após a saída das
crianças, Ana Lúcia chorava quieta e sozinha no
sofá da sala.
• Em função desta silenciosa culpa e compaixão
com o cansaço de Joaquim, Ana Lúcia deixou a
casa de praia integralmente com Joaquim (a
casa passou a pertencer somente a Joaquim),
enquanto o apartamento que ambos adquiriram
foi dividido e mantinha-se no nome dos dois.
• Após a separação, com as crianças maiores,
Ana Lúcia retornou ao mercado de trabalho e
por ter uma formação acadêmica melhor que
Joaquim, conseguiu uma boa colocação numa
grande e poderosa empresa na área de
telecomunicações.
60
• . A remuneração de Ana Lúcia era tão boa que
mantinha oitenta por cento das necessidades
das crianças.
• Enquanto Joaquim mantinha-se no emprego
que trabalhava antes da separação e, por
vezes, fazia “bicos” nos finais de semana já que
o mesmo dizia se esforçar para acompanhar o
padrão de vida que as crianças sempre tiveram.
• Esses comportamentos de Joaquim
emocionavam Ana Lúcia que mesmo divorciada
via em Joaquim um grande e afetuoso homem
61
• . Aos olhos de todos os amigos e dos familiares,
foi Ana Lúcia que teve o desejo inicial da
separação, já que foi ela que deu o ponta pé
inicial para feitura do divórcio.
• Entretanto Ana Lúcia amargava uma rejeição
enorme e um constante sentimento de tristeza.
• Pensou por diversas vezes buscar uma
psicoterapia mas foi desestimulada pelas
amigas que diziam que o bom da vida está num
passeio ao shopping e numa bela cirurgia
plástica.
62
• Objetivando sanar esta tristeza, sentimento de
rejeição e baixa autoestima, Ana Lúcia colocou
silicone nos seios e deu início a uma série de
treinamento de condicionamento físico na
academia de ginástica próxima a sua casa.
• . Aproveitou e contratou um personal para
facilitar o ganho de massa muscular.
• Ana Lúcia deu início a relações sexuais com o
seu personal mas não conseguia se apaixonar
pelo mesmo já que mantinha-se afetivamente
ligada ao ex-marido.
63
• Logo após a separação, teve uma noite de
sexo bastante feliz com um ex-namorado
e sentiu tanta culpa que esta foi a mola
propulsora para dar integralmente a casa
de praia para Joaquim.
• Dois anos após o divórcio, Ana Lúcia
soube que Joaquim estava vivendo
maritalmente com uma mulher quinze
anos mais jovem que ele e que juntos já
tinham um filho de quatro anos, cujo nome
era Joaquim Júnior.
64
• Ao saber, Ana Lúcia ligou imediatamente
para sua advogada e pediu que fosse
revista a pensão de alimentos
• Assim como deu início a uma série de
comportamentos que dificultaram a
manutenção do contato entre Joaquim e
os filhos nascidos do casamento com Ana
Lúcia.
65
• Em seguida, entrou num estado 
depressivo grave em que ficou catatônica 
em sua cama, sem conseguir comer ou 
levantar da cama.
• A partir do caso concreto acima descrito, 
em sua opinião, qual a interface da 
Psicologia com o Discurso Jurídico?
66
GABARITO
• 3- Questionar as questões aparentes dos
relacionamentos e comportamentos humanos e
fazer uma reflexão das dimensões afetivas que
envolvem os processos jurídicos.
• Refletir sobre a sociedade do consumo e sua
íntima relação com a “compra” da felicidade.
Relacionar esta “compra” da felicidade à
judicialização da vida e dos afetos.
67
• . E para concluir, pensar nos lutos, nas finitudes
como algo real e concreto na vida e que,
independente dos desdobramentos jurídicos
devem ser vividos.
• Pensar na questão de GÊNERO
• Culpa da Ana Lucia
• O marido refaz sua vida com mais facilidade
• O fracasso, a responsabilidade pelo casamento
é maior para a mulher.
68
4 - O juiz determinará estudo pericial de uma caso 
quando:
• A - Não possuir o tempo necessário para se
debruçar sobre a matéria;
• B - A prova do fato depender do conhecimento
técnico ou científico;
• C - Conhecer as partes e necessitar não se
envolver pessoalmente com a avaliação da
prova;
69
• D - Necessitar melhorar o fluxo de processos
em seu cartório;
• E - Necessitar ouvir crianças com dificuldade de
expressão dos sentimentos.
70
correto
• B - A prova do fato depender do 
conhecimento técnico ou científico;
71
5- Segundo o ECA, o adolescente apreendido em 
flagrante de ato infracional será encaminhado:
• A - Aos familiares, desde que apresentado 
corretamente o endereço;
• B - À autoridade policial competente;
• C - À autoridade judiciária;
72
• D - À Diretoria do estabelecimento de
ensino em que o adolescente infrator
estiver matriculado;
• E - À sua residência, uma vez que não é
permitido prender o adolescente sem que
o policial esteja acompanhado de um
membro do Conselho Tutelar.
73
CORRETO
• C - À autoridade judiciária;
74
4 – (PSICOLOGIA - ENADE 2006) Análise a 
seguinte situação.
• Um psicólogo é indicado pelo juiz da Vara 
de Família para realizar pericia 
psicológica, a fim de trazer elementos que 
contribuam para a decisão do juiz, no 
seguinte caso.
75
• Trata-se de um casal, ambos profissionais de
nível superior, a mãe com 34 anos e o pai com
38, divorciados há três anos e atualmente em
litígio.
• O pai solicita mudança de guarda da filha de 9
anos, atualmente com a mãe, pois queixa-se de
que a filha não tem comparecido ás visitas
quinzenais de fins de semana e que ele quer
acompanhar o desenvolvimento da filha e ter a
chance de contribuir em sua educação e
formação.
76
• Acredita que a menina não compareça às
visitas por influência da mãe, que
pretende afastá-lo do convívio comsua
filha. Acha que uma criança de 9 anos é
muito pequena para decidir sobre isso e
solicita intervenção da justiça. A mãe
relata que seu ex-marido sempre foi
violento, que a filha tem muito medo do
pai e não manifesta desejo de vê-lo nas
visitas quinzenais
77
• Acredita que o pai solicite a guarda neste
momento apenas movido por interesses
financeiros, para não ter que pagar
pensão alimentícia e também por querer
atormentá-la.
• Pede a justiça que a vontade da filha seja
respeitada.
78
• 1 - O que seria esperado da atuação do
psicólogo.
• 2 - Relacione os pontos que você considera
importante, explicitando os aspectos éticos
envolvidos.
79
•FIM DO COMEÇO
80

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