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CESED No. 21 FACISA CURSO DE DIREITO DISCIPLINA: Direito Civil V PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro Da hipoteca Conceito Hipoteca é o direito real que tem por objeto bens imóveis, navio ou avião pertencentes ao devedor ou a terceiro e que, embora não entregues ao credor, asseguram-lhe preferencialmente, o recebimento de seu crédito. Características São as seguintes: O objeto gravado deve ser de propriedade do devedor ou de terceiro. B) o devedor continua na posse do imóvel hipotecado. É indivisível, pois grava o bem na sua totalidade (art. 1421, CC) Tem caráter acessório. Na modalidade convencional, é negócio solene (art. 108, CC) Confere ao seu titular os direitos de preferência e de seqüela. Assenta-se em dois princípios: o da especialização e o da publicidade. Objeto Podem ser objeto da hipoteca os previstos no art. 1473 do CC. Espécies Segundo a origem, a hipoteca pode ser: Convencional: quando se origina do contrato, da livre manifestação dos interessados. Legal: quando emana da lei para garantir determinadas obrigações, previstas no art. 1489, CC. Judicial: quando decorre de sentença judicial quando decorre de sentença judicial, assegurando a sua execução. Quanto ao objeto em que recai, pode ser: Comum: quando incide sobre bem imóvel. Especial: submetida a regime legal específico, como a que tem por objeto aviões, navios ou vias férreas. Da pluralidade de hipotecas Admite-se seja o imóvel gravado de várias hipotecas, a menos que o título constitutivo anterior vede isso expressamente. Mesmo havendo pluralidade de hipotecas, o credor primitivo não fica prejudicado, porque goza do direito de preferência (vide art. 1476, CC). A segunda hipoteca sobre o mesmo imóvel recebe o nome de sub-hipoteca. Direito de remição Remição (com ç) é o ato ou efeito de remir (-se). O art. 1478 do CC faculta a remição da hipoteca anterior por parte do credor da segunda quando o devedor não se ofereça, no vencimento, a pagar a obrigação avençada. Efetuando o pagamento, o referido credor se sub-rogará nos direitos da hipoteca anterior, sem prejuízo dos que lhe competirem contra o devedor comum. Direito de perempção A hipoteca convencional tem validade por 30 anos. Embora possam as partes estipular o prazo que lhes convier, e prorrogá-lo mediante simples averbação, este não ultrapassará o referido limite. Quando atingido, dá-se a perempção. Somente mediante novo instrumento, submetido a outro registro, pode-se preservar o mesmo número de ordem, na preferência da execução hipotecária, mantendo-se a garantia (art. 1485, CC). Da extinção da garantia As hipóteses estão previstas no art. 1499 do CC. Bibliografia: FIÚZA, César. Direito Civil: curso completo. 14ª ed., revista, atualizada e ampliada. Belo Horizonte: Del Rey, 2010. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Coisas. 11ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
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