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Crimes Contra a Fé Pública II

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DIREITO PENAL III 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
 
 
 
Direito Penal III 
Conteúdo desta Aula 
 
 
 
FALSIDADE 
DOCUMENTAL 
1 
FALSIDADE 
IDEOLÓGICA 
3 
PRÓXIMO 
ASSUNTO 
FALSIDADE 
MATERIAL 
2 
OUTRAS 
FALSIDADES 
4 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado e a coletividade; 
 
4) Tipo objetivo - emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha 
promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a 
quem deva ser pago. É necessário que o título contenha promessa de pagamento em dinheiro; 
 
5) Tipo subjetivo - no caput, o dolo direto ou eventual. Não há modalidade culposa. No parágrafo 
único, o dolo, com conhecimento da falta de autorização com que o título foi emitido; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se este crime com a entrada em circulação do título ao 
portador. Admite-se tentativa. 
Direito Penal III 
Emissão de Título ao Portador sem Permissão Legal 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa. Se for funcionário público, há causa especial de aumento 
prevista no artigo 295 CP. 
 
3) Sujeito passivo - o Estado; 
 
4) Tipo objetivo - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
 
I - selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado 
à arrecadação de tributo; 
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal – são os títulos da dívida pública; 
III - vale postal; 
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento 
mantido por entidade de direito público – abrange os estabelecimentos mantidos pela União, 
Estados e Municípios ou autarquias; 
Direito Penal III 
Falsificação de Papéis Públicos 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo à arrecadação de rendas 
públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável – a empresa pode não 
ser pública mas administrada pelo Poder Público; 
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por 
Estado ou por Município. 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo. Não há modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se esse crime com a efetiva falsificação, sem dependência 
de outro resultado. Admite-se tentativa; 
 
7) Uso de papéis públicos falsificados - pune-se o uso de qualquer dos papéis públicos indicados 
nos incisos do caput. O uso abrange a guarda, a posse, a detenção. Se a mesma pessoa falsifica e 
usa, a utilização é absorvida; 
Direito Penal III 
Falsificação de Papéis Públicos 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
8) Supressão de sinal de inutilização - suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, 
com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização; 
 
9) Uso de papéis com inutilização suprimida - incorre na mesma pena quem usa, depois de 
alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior; 
 
10) Forma privilegiada - trata-se de figura próxima daquele já estudada no § 2º do artigo 289 CP, 
em que o agente recebe de boa-fé o objeto material (papéis falsificados ou alterados, previstos no 
artigo e no§2º) e depois os usa ou restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade ou 
alteração (não admite dolo eventual). 
Direito Penal III 
Falsificação de Papéis Públicos 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - fé pública; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado; 
 
4) Tipo objetivo - fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à 
falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior; 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo. Não existe modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se esse crime com a efetiva prática de uma das ações. Nas 
modalidades “possuir” e “guardar” são crimes permanentes. Admite-se a tentativa com exceção 
dos tipos permanentes; 
 
7) Causa especial de aumento de pena (art. 295) - aplica-se aos delitos dos artigos 293 e 294 CP. 
Direito Penal III 
Petrechos de Falsificação 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública, especialmente os sinais públicos de autenticidade; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado; 
 
4) Tipo objetivo - falsificar, fabricando-os ou alterando-os selo público destinado a autenticar atos 
oficiais da União, de Estado ou de Município; ou selo ou sinal atribuído por lei a entidade de 
direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião. A falsidade punida por este delito é a 
material, que diz respeito à forma do documento; 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo. Não há modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se o delito com a falsificação, sem dependência de outro 
resultado. Admite-se tentativa; 
Direito Penal III 
Falsificação do Selo ou Sinal Público 
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7) Uso de selo ou sinal falsificado - não se incrimina qualquer uso, mas apenas aquele em que o sinal 
ou selo público falsificado é usado em sua destinação normal e oficial. O uso pelo próprio agente que 
falsificou o selo ou o sinal é fato posterior impunível; 
 
8) Utilização indevida de selo ou sinal verdadeiro - o objeto material aqui é o selo ou sinal 
verdadeiro, não o falsificado. Incrimina-se quem o utiliza indevidamente, agindo em prejuízo de 
outrem ou em proveito próprio ou alheio. O resultado previsto pela lei é alternativo; 
 
9) Falsificação de marca, logotipo ou sigla da administração pública - a proteção penal se refere a 
outros objetos materiais: marca, logotipo e sigla, e quaisquer outros símbolos. Ademais, está previsto 
o elemento normativo do tipo “uso indevido”; 
 
10) Forma majorada - se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo. 
Direito Penal III 
Falsificação do Selo ou Sinal Público 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado. Eventualmente pode haver um lesado imediato; 
 
4) Tipo objetivo - falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro. A falsidade punida por este delito é material; 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo direto ou eventual. Não há modalidade culposa; 
Direito Penal III 
Falsificação de Documento Público 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
6) Consumação e tentativa - consuma-se o delito quando estiver ultimada a contrafação ou 
adulteração do documento, independente de qualquer resultado posterior. Há controvérsias quanto 
à admissão da tentativa. Parte da doutrina não a admite. Outros discordam e admitem a tentativa 
por de tratarem de forma plurissubsistente, que admite o fracionamento da ação; 
 
7) Forma majorada - trata-se de causa especial de aumento de pena, na qual, se o agente for 
funcionário público e cometer o crime prevalecendo-se do cargo, a pena deverá ser aumenta da de 
sexta parte; 
 
8) Formas equiparadas a documento público - equipara-se a documento público o emanado de 
entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade 
comercial, os livros mercantis e o testamento particular; 
Direito Penal III 
Falsificação de Documento Público 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
9) Falsificação de documentos destinados à previdência social - são típicas as ações de inserir e de 
fazer inserir dados na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinadoa 
fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; 
na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir 
efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; em 
documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado às obrigações da empresa 
perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
 
O §4º incrimina a conduta omissiva de deixar de inserir em um daqueles documentos informações 
como nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho 
ou de prestação de serviços (na verdade seria falsidade ideológica). 
Direito Penal III 
Falsificação de Documento Público 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado, a coletividade. Eventualmente, pode haver um lesado imediato; 
 
4) Tipo objetivo - falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular 
verdadeiro. Documento é o escrito elaborado por um autor certo, em que se manifesta a narração de 
fato ou exposição de vontade, possuindo importância jurídica. Não tem formalidade especial. A melhor 
distinção entre documento público e particular é o critério negativo: particular é o documento que não 
se reconhece, sequer por equiparação, como público; 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo. Não há modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se o delito quando estiver ultimada a contrafação ou adulteração 
do documento, independente de qualquer resultado posterior. Parte da doutrina não admite a 
tentativa. Outros discordam e admitem a tentativa por de tratarem de forma plurissubsistente. 
Direito Penal III 
Falsificação de Documento Particular 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública, especialmente a genuinidade ou veracidade do documento; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa, não precisando ser necessariamente quem redige o documento. 
Caso se trate de falsidade ideológica de documento público, inevitavelmente há a intervenção de 
agente funcionário público, ainda que em concurso, na modalidade omitir e inserir; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado e a coletividade; secundariamente a pessoa prejudicada pela falsidade; 
 
4) Tipo objetivo - omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou 
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. O documento é 
genuíno, emana realmente da pessoa que nele figura como autor ou signatário; 
Direito Penal III 
Falsidade ideológica 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
5) Tipo subjetivo - o dolo e o elemento subjetivo do tipo referente ao especial fim de agir. Não há 
modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se esse crime com a efetiva omissão (no momento em que o 
omitente deveria incluir ou declarar), ou inserção (no momento em que o agente conclui o documento). 
Admite-se tentativa, com exceção da modalidade omitir declaração; 
 
7) Figura qualificada - se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, 
ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil. 
Direito Penal III 
Falsidade ideológica 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública documental, especialmente a autenticação de documentos; 
 
2) Sujeito ativo - o funcionário que tenha dentre suas atribuições a de reconhecer a autenticidade de 
firmas ou letras (tabeliães, agentes consulares, serventuários etc.), mas poderá haver um partícipe sem 
essa qualidade (crime próprio); 
 
3) Sujeito passivo - o Estado e, secundariamente, a pessoa prejudicada; 
 
4) Tipo objetivo - reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não 
seja. É uma modalidade especial de falsidade ideológica, cometida no exercício da função pública de 
autenticação de documentos públicos ou privados. Como a pena é a mesma daquele, entende-se 
supérflua sua tipificação autônoma; 
Direito Penal III 
Falso Reconhecimento de Firma ou Letra 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
5) Tipo subjetivo - o dolo direto ou eventual. Não há punição por culpa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se esse crime com o efetivo reconhecimento, sem que se exija 
outra consequência (delito formal). Não se admite tentativa; 
 
7) Ação penal - pública incondicionada. 
Direito Penal III 
Falso Reconhecimento de Firma ou Letra 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública, especialmente a fé documental das certidões e atestados; 
 
2) Sujeito ativo - o funcionário público, em razão de seu ofício (crime próprio). No entanto, é 
possível haver concurso; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado; 
 
4) Tipo objetivo - atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou 
circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter 
público, ou qualquer outra vantagem. Trata-se de outra modalidade de falsidade ideológica, 
dando-lhe tratamento menos severo, enquanto que o § 1o prevê um outro tipo de falsidade 
material. Critica-se o dispositivo, considerado supérfluo; 
Direito Penal III 
 Certidão ou atestado ideologicamente falso 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
5) Tipo subjetivo - o dolo. Não há punição por culpa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se esse crime com a efetiva atestação ou certificação, 
embora haja jurisprudência que considere como momento consumativo o efetivo uso do 
documento. É problemática a admissão da tentativa; 
 
7) Forma equiparada - falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de 
certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a 
obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem; 
 
8) Forma qualificada - se o crime é praticado com o fim de lucro; 
Direito Penal III 
 Certidão ou atestado ideologicamente falso 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública, especialmente aquela depositada nos atestados emitidos pelos 
médicos; 
 
2) Sujeito ativo - somente o médico poderá ser sujeito ativo desse crime (crime de mão própria) e 
não admite a coautoria, somente participação; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado ou a coletividade, podendo haver uma vítima eventual, se o atestado 
for usado para prejudicar alguém ou obter vantagem em detrimento de terceiro; 
 
4) Tipo objetivo - dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso. Trata-se de 
modalidade especial de falsidade ideológica, que o legislador destacou do artigo 299 CP, dando-lhe 
punição autônoma e menos severa; 
Direito Penal III 
Falsidade de Atestado Médico 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
5) Tipo subjetivo - o dolo direto ou eventual. Não há modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - há duas posições sobre a consumação desse crime. Para uns, se 
consuma o delito com a efetiva entrega do atestado ao beneficiário ou a outrem. Diferentemente, 
há outros que entendem que a consumação ocorre com a ultimação do atestado, ou seja, quando 
ele termina de atestar. Para a primeira corrente, a tentativa será admissível. Já para a segunda, não; 
 
7) Forma qualificada - se o crime é cometido com o fim de lucro, há um especial fim de agir. Não 
basta o recebimento dos honorários normais, mas sim o ganho especial, excedente. 
Direito Penal III 
Falsidade de Atestado Médico 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé públicadocumental; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa. O autor do falso não pode responder, também, pelo uso ou vice-
versa, a fim de evitar-se o bis in idem. 
 
3) Sujeito passivo - o Estado e, secundariamente, a pessoa prejudicada com o uso, que suporta, 
eventualmente, o dano causado pela conduta do agente; 
 
 
Direito Penal III 
Uso de Documento Falso 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
4) Tipo objetivo - fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os 
arts. 297 (documento público), 298 (documento particular), 299 (documento ideologicamente 
falso), 300 (documento com falso reconhecimento de firma), 301 (certidão ou atestado ideológico 
ou materialmente falso) e 302 (falso atestado médico) do CP; 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo direto. Alguns autores admitem o dolo eventual. Não há modalidade 
culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se com o efetivo uso. É preciso que o documento saia da 
esfera individual do agente, iniciando qualquer relação com terceiro ou com a autoridade pública. 
Não é admissível a modalidade tentada. 
Direito Penal III 
Uso de Documento Falso 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública, especialmente a segurança do documento como prova; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa, incluindo o proprietário do documento que não possa dele dispor; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado e, secundariamente, a pessoa prejudicada com a supressão; 
 
4) Tipo objetivo - destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo 
alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor; 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo e o elemento subjetivo do injusto “em benefício próprio ou de outrem ou 
de prejuízo alheio”. Não há modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se esse crime com a efetiva destruição, supressão ou 
ocultação, sem dependência da superveniência de benefício ou proveito. Na modalidade de “ocultar” 
é crime permanente. Admite-se tentativa. 
Direito Penal III 
Supressão de documento 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública, especialmente a confiança nas marcas e nos sinais empregados pelo 
Poder Público; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado ou a coletividade. A administração pode ser também sujeito passivo, 
assim como a pessoa física ou jurídica diretamente prejudicada pela conduta do agente; 
 
4) Tipo objetivo - falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder 
público no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa 
natureza, falsificado por outrem; 
Direito Penal III 
Falsificação do Sinal Empregado no Contraste de Metal Precioso ou na 
Fiscalização Alfandegária, ou para Outros Fins 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
5) Tipo subjetivo - o dolo. Não há punição por culpa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se quando o agente acaba de praticar a ação de falsificar ou 
alterar. Na forma de usar, se dá quando o agente pratica o primeiro ato de uso. A tentativa é punível 
em tese, nas primeiras modalidades, mas não na forma de usar, que não admite tentativa; 
 
7) Forma privilegiada - se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de 
fiscalização sanitária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o 
cumprimento de formalidade legal. 
Direito Penal III 
Falsificação do Sinal Empregado no Contraste de Metal Precioso ou na 
Fiscalização Alfandegária, ou para Outros Fins 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
Direito Penal III 
Falsa Identidade 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública, especialmente com relação à identidade pessoal; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado e, secundariamente, a pessoa prejudicada; 
 
4) Tipo objetivo - atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito 
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem. Não se trata mais de falsidade documental, nem 
mesmo material ou ideológica, mas da pessoal; 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo e o elemento subjetivo do injusto com o fim de obter vantagem ou causar 
prejuízo. Não há modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se este crime com a atribuição, independente do resultado ou 
de obtenção do benefício visado. Admite-se tentativa em tese. 
Direito Penal III 
Uso de Documento de Identidade Alheio 
AULA 15: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA II 
1) Bem jurídico - a fé pública, especialmente com relação à identidade da pessoa; 
 
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa; 
 
3) Sujeito passivo - o Estado; 
 
4) Tipo objetivo - usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou 
qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento 
dessa natureza, próprio ou de terceiro. O delito é expressamente subsidiário, e deve ser absorvido 
por crime mais grave, quando constitui elemento deste; 
 
5) Tipo subjetivo - o dolo. Não existe modalidade culposa; 
 
6) Consumação e tentativa - consuma-se com o uso efetivo da prova de identidade, na primeira 
conduta típica; na segunda, com a efetiva entrega do documento. Admite-se tentativa apenas na 
forma típica de ceder.

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