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Bioquímica I C d Q í i UFSCCurso de Química – UFSCar 4ª. Aula: Estrutura de ProteínasEstrutura de Proteínas Profa. Dra. Maria Teresa Marques Novo D t t d G éti E l ã DGEDepartamento de Genética e Evolução – DGE Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) UFSCar- São CarlosUFSCar- São Carlos 1 Estrutura das Proteínas • Níveis de Estrutura: primária, secundária, terciária e quaternária • Proteínas globulares e fibrosasg P t í i l j d• Proteínas simples e conjugadas 2 Proteínas:Proteínas: Níveis Estruturais 3 Estrutura primária: a ligação peptídica 4 E t t i á iEstrutura primária: a seqüência de aminoácidos 5 E t t P i á iEstrutura Primária: a seqüência de aminoácidos • É a sequência de aa. da cadeia polipeptídica, que é determinada geneticamente, g , sendo específica para cada proteína Ex insulinaproteína. Ex. insulina 6 Estrutura Primária:Estrutura Primária: a seqüência de aminoácidos • É a sequência de aa. que determina a estrutura espacial da proteína, pois a sequência determina o tipo de interação entre os grupos R e a águaentre os grupos R e a água • Cada aa apresenta características de carga, volume e solubilidadeg , em água muito variáveis. 7 Estrutura Secundária • Descreve as estruturasDescreve as estruturas tridimensionais regulares formadas por segmentosformadas por segmentos da cadeia polipeptídica • Duas são particularmenteDuas são particularmente estáveis (ocorrem em t d d i )segmentos da cadeia): 1. α-hélice 8 Estrutura Secundária 1. α-hélice: enrolamento da cadeia-enrolamento da cadeia ao redor de um eixo - é a estrutura mais simples que uma cadeiasimples que uma cadeia polipeptídica pode assumir com suasassumir com suas unidades peptídicas í id C fl í irígidas e Cα flexíveis 9 Estrutura Secundária α-hélice • A α-hélice e a folha β-pregueada são conformações que estabilizam-se devido a pontes de entre os grupos NH e C=O das p g p unidades peptídicas • Embora fracas como são em grande nº: as• Embora fracas, como são em grande nº: as pontes de H conferem alta estabilidade! 10 Estrutura Secundária α-hélice • cada ligação peptídica tá l idestá envolvida na formação das pontes H • há 3,6 resíduos de aa para cada voltapara cada volta • as pontes são paralelas i d héliao eixo da hélice • R para fora (não 11R para fora (não participam das pontes!) 11 Estrutura Secundária α-hélice • independe até certo t d Rponto dos R • Porém: se R se repetir p (mesma carga), α-hélice não se forma por ex anão se forma, por ex., a polilisina em pH 7 (R+) 12 á• mas em pH 12 está desprotonada: α-hélice se forma 12 Estrutura Secundária Impedimentos da α-hélice • Prolina • não tem H no grupo imino • α-hélice não se forma • Na estrutura primária: prolina fica entre α- hélicesNa estrutura primária: prolina fica entre α- hélices 13 Estrutura Secundária 2. Conformação β: - interação lateral de segmentos de uma cadeia polipeptídica oucadeia polipeptídica ou de cadeias diferentes f ã i- conformação mais estendida que a α- hélice 14 Estrutura Secundária: Conformação β • setas que apontam é i b li d dsimbolizada por da extremidade amino para a carbóxi-terminal • grupos R: para cima e b i d l dpara baixo do plano da folha pregueada 15 Estrutura Secundária: Tipos de Conformação β 16 β- turns : fconectam dois segmentos da folha β anti-paralela (ponte de hidrogênio entre 1º. e 4º. aminoácido) 17 E t t t iá iEstrutura terciária: dobramento da cadeia • Estabilizada por ligações (ou interações)Estabilizada por ligações (ou interações) entre as cadeias laterais dos aminoácidos • Tipos: - não covalentes: pontes de H, interações hidrofóbicas, ligaçõesç , g ç eletrostáticas - covalentes: pontes de dissulfetocovalentes: pontes de dissulfeto 18 Estrutura terciária: dobramento da cadeia: interações não covalentes • Pontes de H: Ex. Ser ou Thr com A GlAsn ou Gln (não confundir com(não confundir com pontes da estrutura secundária; esta é maissecundária; esta é mais regular) 19 Estrutura terciária: dobramento da cadeia: interações não covalentes Interações hid fóbihidrofóbicas: - entre cadeias laterais de aalaterais de aa hidrofóbicos (apolares)(apolares) 20 Estrutura terciária: dobramento da cadeia: interações não covalentes Interações hidrofóbicas: - não resultam de atração entre os R apolares, mas sim, l li i i l d l l ise localizam no interior apolar da molécula protéica; i i f i l- são as mais importantes para a conformação espacial das proteínas: • devido ao meio aquoso polar• devido ao meio aquoso polar • pois aa apolares são em grande nº (oito, exceto Gly)Gly). 21 Estrutura terciária: dobramento da cadeia: interações não covalentes Ligações Eletrostáticas : • Interações de grupos R com cargas opostas (entre• Interações de grupos R com cargas opostas (entre Lys, Arg, His e aa ácidos Asp, Glu) 22 Estrutura terciária: dobramento da cadeia: interações não covalentes Ligações Eletrostáticas :g ç OOcorrem: d b d i• para dobrar a cadeia • estabelecendo interações íon-dipolo com água (ocorrem principalmente na superfície da proteína)(ocorrem principalmente na superfície da proteína) 23 E t t t iá iEstrutura terciária: dobramento da cadeia: interações covalentes • Pontes de Dissulfeto:• Pontes de Dissulfeto: É uma ligação covalente entre 2 cisteínas que- É uma ligação covalente entre 2 cisteínas que também estabilizam (formação de cistina) - Não são formadas com frequência dentro da célula: ambiente redutor - Presentes em proteínas excretadas pela célula:p p ex. insulina 24 Estrutura quaternária: q Associação de cadeias • hemoglobina 25 Estrutura quaternária: q Associação de cadeias • Associação de 2 ou mais cadeias polipeptídicas (subunidades iguais ou diferentes) • Resultado: proteína OLIGOMÉRICAResultado: proteína OLIGOMÉRICA • Mantida por ligações não covalentes ( lh i )(semelhante as que mantém estrutura 3ária). • Ex. hemoglobina: 2 α, 2 β (associaçãoEx. hemoglobina: 2 α, 2 β (associação principalmente devido a interações hidrofóbicas)hidrofóbicas) 26 ÍPROTEÍNAS GLOBULARESGLOBULARES E FIBROSASFIBROSAS 27 Proteínas globulares • São aproximadamente esféricas • Estrutura mais complexa que as filamentosas • Ex: enzimas anticorpos proteínas reguladoras• Ex: enzimas, anticorpos, proteínas reguladoras e transportadoras (função dinâmica, não de )estrutura) • Vários tipos de estrutura 2ária ou apenas l tipoVários tipos de estrutura 2ária ou apenas l tipo 28 O arranjo tridimensional das proteínas globulares: estruturas supersecundárias (motifs ou folds): A j tá i d á i l t d t t dá iArranjos estáveis de vários elementos de estrutura secundária 29 O arranjo tridimensional das proteínas globulares: estruturas supersecundárias (“motifs”)p ( ) 30 Mioglobina: um exemplo de proteína globular com apenas α-hélice 31 A classificação estrutural das proteínas: só α 32 A classificação estrutural das proteínas: todas β 33 A classificação estrutural das proteínas 34 A classificação estrutural das proteínasç p 35 Variação das estruturas secundárias presentesestruturas secundárias presentes em várias proteínas 36 Proteínas fibrosas (filamentosas) • Longas cadeias ou folhas: suporte, forma e proteção • Estrutura mais simples que globulares (raioX): em geral com 1 tipo estrutura 2áriaem geral, com 1 tipo estrutura 2ária. • São estruturais e insolúveis• São estruturais e insolúveis • Ex: α queratina colágeno elastinafibroína da seda• Ex: α-queratina, colágeno, elastina, fibroína da seda e proteínas contráteis do músculo 37 Proteínas fibrosas típicas:Proteínas fibrosas típicas: a α-queratinaq • α-hélice: resistência • Pele, cabelo, lã, chifres, unhas, cascos, bicos e penas (cabelo: distensão em tº maior) • 2 ou 3 cadeias em α-hélice em associação: longos cordões • São muito insolúveis: Ala, Val, Leu, Ile, Met (empacotamento/ insolubilidade) • Ricas em cisteína (pontes de dissulfeto: unem cadeias adjacentes aumentam a resistência definem padrão deadjacentes, aumentam a resistência, definem padrão de ondulação) 38 Queratina: um exemplo de estrutura p em α- hélices das proteínas fibrosas 39 Modificando o penteado 40 Proteínas fibrosas típicas: p a fibroína da seda • β-conformação (ponte H intercadeias) • Seda e teia de aranha: empilhamento de folhas β-pregueadas (conformação mais β p g ( distendida que α-hélice) • Não há % cisteína alta (e pontes deNão há % cisteína alta (e pontes de dissulfeto): maior flexibilidade que α- queratinaqueratina • Aminoácidos com R pequenos (seda: Gly) 41 Fibroína: um exemplo de estruturaFibroína: um exemplo de estrutura em β- conformação das proteínas fibrosas 42 Proteínas fibrosas : o colágenoote as b osas : o co áge o M lé l i b d t d t b d• Molécula mais abundante dos vertebrados • Função mecânica/ sustentação no tecido conjuntivo (tendões, cartilagens, ossos, vasos, pele, em órgãos)p g ) • Altamente resistente, não elástica • Conformação própria (≠α ≠β)• Conformação própria (≠α, ≠β) • 3 cadeias enroladas, hélice para esquerda, 3 aa por volta • Aminoácidos em grande quantidade: Gly Pro eAminoácidos em grande quantidade: Gly, Pro e hidroxiprolina 43 Colágeno: um exemplo de estrutura típica à esquerda das proteínas fibrosas 44 Proteínas fibrosas : o colágeno • Gelatina: derivada do colágeno (baixo valorGelatina: derivada do colágeno (baixo valor nutricional) • Lig. covalentes entre Lys: aumenta com idade (maior rigidez e mais quebradiço; ( g q ossos com menor resistência c/ idade) • Hidroxilação enzimática da Pro: vitamina C• Hidroxilação enzimática da Pro: vitamina C (falta: escorbuto) 45 Proteínas Conjugadas vsProteínas Conjugadas vs. Proteínas simplesp • Conjugadas: j g cadeia polipeptídica (aa) + moléc. orgânica não protéica • Simples: apenas cadeia polipeptídica • Ex. de proteínas conjugadas: Lipoproteínas: proteína + lipídeo (covalente) Glicoproteínas: proteína + carboidrato (covalente) Hemoglobina, mioglobina: proteína + grupo heme (ligação ao heme: não covalente) 46 Propriedades das Proteínas • carga elétrica p • solubilidade Alterações Estruturais das ProteínasAlterações Estruturais das Proteínas 47 Desnaturação e renaturação das proteínas Ribonuclease 48 Chaperonas moleculares: Proteínas que interagem com polipeptídeos i l f ld d i i d f ld dparcialmente folded ou inapropriadamente folded: Facilita folding correto ou fornece o microambiente Primeira classe:classe: Hsp70, se liga a g regiões hidrofóbicas de peptídeosde peptídeos unfolded: Estresse térmicotérmico 49 Chaperoninas: Segunda classe de chaperonas moleculares:g p Complexos protéicos elaborados ! Requeridos para o folding de proteínas celulares que não se enovelam espontaneamente em condições normais q p ç (ex. 10 a 15% das proteínas de E. coli) 50
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