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Os servicos e a equipe multiporfissional na atenção da saúde mental

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26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 1/10
Curso: Cursos IbacBrasil
Disciplina: Enfermagem em Saúde Mental e Atenção Psicossocial
NT1: Conhecendo a área de Enfermagem em Saúde Mental
UE4: Os serviços e a equipe multiprofissional na atenção da Saúde Mental
OBJETIVOS
Apresentar a estrutura e a interligação entre os serviços da rede de atenção à Saúde Mental.
Conhecer a composição da equipe multiprofissional na atenção à Saúde Mental e a atuação dos
profissionais de enfermagem.
Refletir sobre os desafios da atenção integral à Saúde Mental no Brasil.
Olá, cursista! Como você está? Vamos continuar nossos estudos e
conhecer um pouco mais sobre a estrutura atual da atenção à
Saúde Mental em nosso país? Pois bem, nesta unidade de estudo
vamos entender como os serviços de atenção à Saúde Mental
foram se estruturando a partir da Lei n. 10.216/2001 e dos
princípios destacados pela Reforma Psiquiátrica. Boa leitura!
Figura 1 - Equipe multiprofissional na atenção à Saúde Mental.
Como vimos na última Unidade de Estudo, nos últimos anos se tem testemunhado mudanças
significativas nas dimensões política, econômica, social e profissional, nas quais os cuidados em saúde
mental se inserem. Tais transformações influenciaram igualmente nas funções e atividades dos profissionais
de saúde, uma vez que existe a necessidade de atender às novas e diferentes demandas de saúde da
sociedade.
Você deve estar lembrado que o marco histórico, que efetivou as mudanças no cenário da Saúde
Mental no Brasil, foi a promulgação da Lei n. 10.216, de 06 de abril de 2001, conhecida como “Lei da
Reforma Psiquiátrica”, que dispõe sobre a proteção e os direitos da pessoa com transtorno mental e
redireciona o modelo assistencial em Saúde Mental, que era quase unicamente hospitalocêntrica e
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 2/10
manicomial, para os serviços de uma rede extra-hospitalar, conferindo assim, embasamento legal à
reestruturação dos serviços especializados nessa área no país.
A partir de então, a reorganização da atenção à Saúde Mental teve sua
principal característica alavancada pelas ações relacionadas à desospitalização das
pessoas com transtorno mental, com longa história de internações em hospitais
psiquiátricos de moldes manicomiais.
Deste modo, nos últimos anos foram desativados em torno de 16.000 leitos em hospitais
psiquiátricos, que apresentavam baixa ou nenhuma qualidade de atendimento.
Isso significou que o de tratamento representado pelos modelos hospitalocêntrico e
manicomial têm sido abandonados, dando lugar à ênfase da atenção na comunidade. Assim, se preconiza a
formação de uma rede de atenção à Saúde Mental com foco na prevenção, tratamento e reabilitação das
pessoas com transtorno mental, visando sua reinserção social e manutenção da cidadania.
Outra característica do modelo psicossocial, referente aos cuidados em saúde mental, é que todas
as ações nesta área devem ser desenvolvidas por uma equipe multiprofissional que, na maioria das vezes, é
constituída por enfermeiros, técnicos ou auxiliares de enfermagem, médicos clínicos e psiquiatras,
psicólogos, assistentes sociais, educadores, terapeutas ocupacionais, entre outros.
Com maior ênfase a partir de 2001, houve um aumento significativo na implantação dos serviços
extra-hospitalares em substituição aos hospitais psiquiátricos. Esses serviços específicos de Saúde Mental
são:
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS);
Serviço de Residências Terapêuticas (SRTs);
Ambulatórios de Saúde Mental;
Leitos psiquiátricos em hospitais gerais.
A seguir, apresentamos um esquema gráfico,
que representa a forma que o Ministério da Saúde e as
políticas públicas em Saúde Mental devem conceber a
Rede de Atenção à Saúde Mental. Perceba que o CAPS
é colocado como o serviço central nesta estrutura. Na
sequência você entenderá o porquê disso.
Saiba mais
Colega, está disponível o manual do Ministério
da Saúde sobre os CAPS no final dos estudos deste
Núcleo Temático. Fique atento!
loci1
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 3/10
Animação 1 – Rede de Atenção à Saúde Mental na concepção do Ministério da Saúde. 
Fonte: Brasil (2004).
E, afinal, como são constituídos esses serviços?
CAPS
Os CAPS são serviços de Saúde Mental municipalizados, abertos, de caráter comunitário e que
oferecem atendimento diário realizado por uma equipe multiprofissional formada por enfermeiros, médicos,
assistentes sociais, psicólogos e educadores que proporcionam cuidados por meio de uma 
.
Os atendimentos aos usuários do CAPS podem ser:
Individuais;
;
Apoio para famílias;
Atividades comunitárias;
.
SCHRANK; OLSCHOWSKY, 2008, p. 128.
[...] serviço substitutivo de atenção em Saúde Mental que tem demonstrado efetividade na
substituição da internação de longos períodos, por um tratamento que não isola os
pacientes de suas famílias e da comunidade, mas que envolve os familiares no atendimento
com a devida atenção necessária, ajudando na recuperação e na reintegração social do
indivíduo com sofrimento psíquico.
clínica
ampliada2
Em grupo3
Assembleias4
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 4/10
O CAPS é um serviço
substitutivo do hospital psiquiátrico.
Ele regula os demais serviços extra-
hospitalares em saúde mental. Cada
usuário de CAPS deve ter um projeto
terapêutico individual.
Figura 2 - CAPS II.
Os CAPS têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica brasileira, pois é por
meio deles que se organizam os demais serviços da rede substitutiva ao Hospital
Psiquiátrico no país.
É por isso, cursista, que ele se encontra no centro da Animação 1.
Está lembrado disso?
Seu objetivo é oferecer atendimento em saúde mental aos , realizar o
acompanhamento clínico e promover sua reinserção social, possibilitada pelo acesso ao trabalho, lazer e
exercício dos direitos civis. Este serviço tem função primordial para o fortalecimento da interação
família/usuário/comunidade.
Assim, o CAPS deve ser um serviço substitutivo e não complementar ao hospital
psiquiátrico. Ele deve ser o núcleo de uma nova clínica, produtora de autonomia, que
convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu
tratamento (BRASIL, 2011).
 O CAPS ainda tem como função:
regular a porta de entrada da rede de assistência
em Saúde Mental na sua área de atuação; 
dar suporte a atenção à Saúde Mental na rede
básica; 
organizar a rede de atenção às pessoas com
transtornos mentais nos municípios; 
direcionar o local das políticas e programas de
Saúde Mental.
 
usuários5
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
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Figura 3 - CAPS AD.
O atendimento do usuário no CAPS segue um , que pode ser:
Atendimento Intensivo: trata-se de atendimento diário, oferecido quando a pessoa se
encontra com grave sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no
convívio social e familiar, precisando de atenção contínua. Esse atendimento pode ser
domiciliar, se necessário.
Atendimento Semi-Intensivo: nessa modalidade de atendimento o usuário pode ser atendido
até 12 dias no mês. Essa modalidade é oferecida quando o sofrimento e a desestruturação
psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento, mas a pessoa
ainda necessita de atenção diretada equipe para se estruturar e recuperar sua autonomia.
Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário.
Atendimento Não Intensivo: oferecido quando a pessoa não precisa de suporte contínuo da
equipe para viver em seu território e realizar suas atividades na família e/ou no trabalho,
podendo ser atendido até três dias no mês. Esse atendimento também pode ser domiciliar
(BRASIL, 2004).
Figura 4 - CAPS i.
Você deve ter percebido, nas Figuras 2, 3 e 4, que todas são de
CAPS. Contudo, elas têm denominações diferentes: CAPS II, CAPS
AD e CAPS i. Mas, o que isso significa?
Os CAPS se diferenciam levando em consideração a diversidade nas atividades terapêuticas e
quanto à especificidade da demanda, isto é, para crianças e adolescentes, usuários de álcool e outras
drogas ou para pessoas com transtornos psicóticos e neuróticos graves.
projeto terapêutico individualizado6
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Os diferentes tipos de CAPS são:
Quadro 1 – Especificidades dos CAPS
CAPS Principais características
 CAPS I
Para municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes. Deve funcionar das 8 às 18 horas, de
segunda a sexta--feira. Atendimento de adultos, em sua população de abrangência, com transtornos mentais
severos e persistentes. 
 CAPS II
Para municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes. Deve funcionar das 8 às 18 horas, de
segunda a sexta--feira e pode ter um terceiro período, funcionando até às 21 horas. Atendimento de adultos,
em sua população de abrangência, com transtornos mentais severos e persistentes. 
 CAPS III
Para municípios com população acima de 200.000 habitantes. Para atendimento diário e noturno de adultos,
durante sete dias da semana, atendendo à população de referência com transtornos mentais severos e
persistentes (emergências psiquiátricas). 
 CAPS i
Para municípios com população acima de 200.000 habitantes, funciona das 8 às 18 horas, de segunda a
sexta-feira e pode ter um terceiro período, funcionando até às 21 horas. Atendimento diário a crianças e
adolescentes com transtornos mentais. 
 CAPS AD
Para municípios com população acima de 100.000 habitantes, deve funcionar das 8 às 18 horas, de segunda a
sexta-feira e pode ter um terceiro período, funcionando até às 21 horas. Para usuários de álcool e drogas,
para atendimento diário à população com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias
psicoativas, como álcool e outras drogas. Esse tipo de CAPS possui leitos de repouso com a finalidade
exclusiva de tratamento de desintoxicação. 
 Fonte: BRASIL (2004).
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, compostos no encarte denominado
“Saúde mental em dados”, em sua 9ª edição, calcula-se que o Brasil atualmente conta com 1.650 CAPS.
Deste modo, deve-se considerar este comparativo ao número decrescente de leitos em hospitais
psiquiátricos que, em 2002, eram 51.393 e, em 2011, encontra-se com 32.681 leitos, que significa uma
diminuição de 37% (BRASIL, 2011).
Serviço de Residências Terapêuticas (SRT)
 As residências terapêuticas constituem-se como alternativas de moradia para um grande
contingente de pessoas que estão internadas há anos em hospitais psiquiátricos, por não contarem com
suporte adequado na comunidade.
Os últimos números disponibilizados pelo Ministério da Saúde dão conta de 596 SRTs em todo o
território nacional, que atendem a 3.236 moradores (BRASIL, 2011).
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Figura 5 – Serviço de Residências Terapêuticas.
O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) – ou residência terapêutica ou ainda "moradia" – são
casas localizadas no espaço urbano, ou seja, junto à comunidade, a fim de promover a reintegração social
e responder às necessidades de moradia das pessoas portadoras de transtornos mentais graves, das quais
a maioria tem longa história de institucionalização.
Este espaço pode atender também pessoas com
transtorno mental que não tiveram histórico de
internamentos prolongados, mas que possuem outros
agravantes sociais e que indicam necessidade de apoio
social e de moradia.
 Nestes SRTs o número de moradores pode variar desde um único usuário até um pequeno grupo
de, no máximo, oito pessoas, que deverão contar sempre com suporte profissional sensível às demandas e
necessidades de cada um.
Assim, os SRTs devem possuir características de residência, nas quais os
moradores são responsáveis pelas atividades de manutenção, limpeza, organização e
ambientalização, sendo que esta deve ser conforme o seu gosto.
O grupo de moradores deve ser acompanhado pelos profissionais da Estratégia da Saúde da
Família, como qualquer outro cidadão. Contudo, conforme o perfil dos moradores (idosos, com
comorbidades clínicas e outras necessidades) poderão ser acompanhados mais de perto por .
 
 
 
 
Saiba Mais
Leia o manual da Residência Terapêutica
produzido pelo Ministério da Saúde (2004), ao
final deste Núcleo Temático.
Saiba Mais
Para você compreender melhor como é o dia a dia nessas residências terapêuticas, assista
aos vídeos a seguir:
Vídeo 1 Vídeo 2 Vídeo 3 Vídeo 4
cuidadores7
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 8/10
Ambulatório de saúde mental e leitos psiquiátricos em hospitais gerais
 Outros dados importantes, que constam no encarte “Saúde mental em dados”, edição 7, trazem o
panorama dos serviços extra-hospitalares no Brasil no final de 2007, dos quais eram 860 ambulatórios e
3.371 leitos psiquiátricos, divididos em 415 hospitais gerais (BRASIL, 2011).
Os números apresentados demonstram os avanços conquistados na ampliação dos serviços na rede
de atenção à Saúde Mental no Brasil. Cabe ressaltar que a quantidade de leitos psiquiátricos em hospitais
gerais vem aumentando e consolidando essas instituições como fundamentais à garantia da resolutividade
e acessibilidade a um serviço com maior capacidade em oferecer cuidados de forma integral ao paciente
com transtorno mental.
O governo brasileiro tem projetado, por meio das políticas de Saúde Mental para os próximos anos,
a realização de uma maior integração e articulação entre os hospitais gerais e o campo da Saúde Mental.
Esse intento é considerado um desafio, uma vez que os hospitais gerais,
Entretanto, acredita-se no seu potencial em se estabelecer como campo essencial, de qualidade, e
efetivo na rede de atenção integral à Saúde Mental, mediante a instalação de leitos ou unidades
psiquiátricas. Uma das razões está relacionada à sua possibilidade em oferecer cuidado e retaguarda para
os inúmeros casos clínicos diários no qual o componente da saúde mental é relevante (BRASIL, 2011).
O Brasil possui mais de 400 hospitais gerais credenciados no Sistema Único de Saúde (SUS) com
leitos psiquiátricos disponíveis, que representam 6,15% do total dos hospitais gerais. Esses hospitais devem
ser dotados de recursos humanos (profissionais de saúde) capacitados para prestar cuidado de forma
integral à pessoa com transtorno mental. Por outro lado, estudos concluíram que existem barreiras para a
efetivação dessa modalidade de atenção a Saúde Mental, devido à dificuldade encontrada por estes
profissionais em desenvolver cuidados adequados às pessoas em sofrimento psíquico no hospital geral. 
Isso vai ao encontro do que foi estudado nas unidades de estudo anteriores, pois, socialmente, foi
construída a concepção de que os hospícios eram lugares adequados para o tratamento das pessoas com
transtorno mentais, já os hospitais gerais paraaqueles que sofriam com males que afligiam o restante do
corpo.
Hospital-Dia (HD)
 O Hospital-Dia (HD) consiste em um serviço de Saúde Mental intermediário entre a internação e o
ambulatório, que desenvolve programas de atenção e de cuidados intensivos, por equipe multiprofissional,
visando substituir a internação integral, ou seja, aquela realizada em hospital psiquiátrico. A proposta
terapêutica desenvolvida no HD deve abranger um conjunto diversificado de atividades, desenvolvidas em
BRASIL, 2011, p.40.
por trabalharem na lógica de especialidades clínicas, apresentam muitas barreiras para
realizar a interface com a comunidade e a articulação com a rede de Saúde Mental e os
territórios.
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 9/10
até cinco dias da semana (de segunda-feira a sexta-feira), com uma carga horária de 8 horas diárias para
cada paciente.
O Hospital-Dia deve se situar em área específica, independente da estrutura hospitalar, contando
com salas para trabalho em grupo, sala de refeições, área externa para atividades ao ar livre e leitos para
repouso eventual. Recomenda-se que o serviço de Hospital-Dia seja regionalizado, atendendo a uma
população de uma área geográfica definida, facilitando o acesso do paciente à unidade assistencial.
Deverá, também, estar integrado a uma rede descentralizada e hierarquizada de cuidados de saúde mental.
Matriciamento em saúde mental
 Matriciamento,também chamado de apoio matricial, é um novo modo de promover saúde, em que
duas ou mais equipes agem por meio de um processo de construção compartilhada, criando uma proposta
de intervenção pedagógico-terapêutica.
Trata-se de uma forma de cuidar das pessoas com transtorno mental por meio de ações
colaborativas entre o campo da Saúde Mental e a atenção primária.
Mas, como ocorre este matriciamento? Daremos um exemplo para
que você possa compreender melhor.
Em certo território existe uma equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF), que funciona como
equipe de referência interdisciplinar e que atua como generalista na comunidade. Quando esta equipe de
referência necessitar de um apoio especializado em saúde mental, a fim de abordar e conduzir casos no
campo psicossocial de usuários ou familiares, a equipe matricial dará este apoio. O apoio matricial ocorre
por meio da capacitação das equipes de referência, de visitas domiciliares, conjuntamente com a equipe da
ESF, atendimento compartilhado e discussão dos casos.
A equipe de apoio matricial,
também chamada de profissionais
matriciadores em Saúde Mental na atenção
primária, é composta por enfermeiros de
saúde mental, psiquiatras, psicólogos,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e
assistentes sociais.
 
Assim, devemos entender que matriciamento não se trata de:
encaminhamento ao especialista (médico psiquiatra);
atendimento individual por um profissional de saúde mental;
intervenção psicossocial coletiva realizada apenas pelo profissional de saúde mental.
Chegamos ao fim desta unidade e esperamos que você tenha
compreendido como está acontecendo a estruturação dos serviços
de atendimento à saúde mental no Brasil. Na próxima Unidade de
Saiba Mais
Para complementar este conteúdo, leia o texto a seguir:
“Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia
para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde.”
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 10/10
Estudo abordaremos as políticas públicas de Saúde Mental,
complementando o conteúdo desta unidade e das anteriores. Até
breve!
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Residências terapêuticas: o que são, para que servem. Brasília, 2004.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPES. Coordenação Geral de Saúde
Mental, Álcool e Outras Drogas. Saúde Mental no SUS: as novas fronteiras da Reforma Psiquiátrica.
Relatório de Gestão 2007-2010.. Brasília, 2011.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Os centros de atenção psicossocial. Brasília, 2004. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/118.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2012.
CHIAVERINI, D. H. (Org) et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasília: Centro de
Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.
LUCCHESI, M.; MALIK, A.M. Viabilidade de unidades psiquiátricas em hospitais gerais no Brasil. Rev
Saúde Pública v.43, n.1, p.161-68, jan. 2009.
SCHRANK, G.; OLSCHOWSKY, A. O centro de Atenção Psicossocial e as estratégias para inserção da
família. Rev Esc Enferm USP v.42, n.1, p. 127-34, 2008.

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