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Apostila Petrobras Tecnico em Administracao e Controle Jr.pdf

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Prévia do material em texto

Técnico de Administração - Petrobrás
Degrau Cultural 1
Língua Portuguesa
Matemática
Conhecimentos Específicos
PETROBRÁS
Técnico de Administração
e Controle Júnior
Eventuais erratas e complementos referentes
a esta apostila estarão disponíveis em
nossas unidades e no site.
RIO DE JANEIRO
ALCÂNTARA: Rua Manoel João Gonçalves , 414 / 2º andar * (21) 2603-8480
CINELÂNDIA: Praça Mahatma Gandhi, 2 / 2º andar * (21) 2279-8257
CENTRO: Rua da Alfândega, 80 / 2º andar * (21) 3970-1015
COPACABANA: Av. N. Sra. Copacabana, 807 / 2º andar * (21) 3816-1142
DUQUE DE CAXIAS: Av. Pres. Kennedy, 1203 / 3º andar * (21) 3659-1523
MADUREIRA: Shopping Tem-Tudo / Sobreloja 18 * (21) 3390-8887
MÉIER: Rua Manuela Barbosa , 23 / 2º andar * (21) 3296-8857
NITERÓI: Rua São Pedro, 151 / Sobreloja * (21) 3604-6234
TAQUARA: Av. Nelson Cardoso, 1141 / 3º andar * (21) 2435-2611
SÃO PAULO
SÃO PAULO: Rua Barão de Itapetininga, 163 / 6º andar * (11) 3017-8800
SANTO ANDRÉ: Av. José Cabalero, 257 * (11) 4437-8800
SANTO AMARO: Av. Santo Amaro, 5860 * (11) 5189-8800
ALPHAVILLE: Calçada das Rosas, 74 * (11) 4197-5000
GUARULHOS: Av. Dr. Timóteo Penteado, 714 - Vila Progresso * (11) 2447-8800
OSASCO: Av. Deputado Emílio Carlos, 1132 * (11) 2284-8800
00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:111
2 Degrau Cultural
Técnico de Administração - Petrobrás
Proibida a reprodução no todo ou em partes, por qualquer meio ou processo,
sem autorização expressa. A violação dos direitos autorais é punida como crime: Código
Penal, Art nº 184 e seus parágrafos e Art nº 186 e seus incisos. (Ambos atualizados pela Lei
nº 10.695/2003) e Lei nº 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais.
EDITORA EXECUTIVA
Andréa Martins
GERENTE DE EDITORAÇÃO
Rodrigo Nascimento
SUPERVISÃO DIDÁTICA E PEDAGÓGICA
Claudio Roberto Bastos
Marceli Lopes
Rosangela Cardoso
DIAGRAMAÇÃO
Mariana Gomes
CAPA
Marcelo Fraga
Igor Marraschi
E-MAIL
apostilas@degraucultural.com.br
PETROBRÁS
Técnico de Administração
e Controle Júnior
00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:112
Técnico de Administração - Petrobrás
Degrau Cultural 3
Prezado(a) Candidato(a),
A equipe pedagógica da Degrau Cultural elaborou este material para auxiliar a
todos aqueles que pretendem prestar o concurso da Petrobrás, para o cargo de
Técnico de Administração e Controle Júnior. Este material possui noções de Língua
Portuguesa, Matemática e Conhecimentos Específicos.
Esperamos que nosso material possa ser útil na conquista de seus objetivos e,
desde já, desejamos-lhe sucesso na sua empreitada.
Aproveitamos o ensejo para solicitar-lhe a gentileza de, ao término de seus es-
tudos, preencher a carta-resposta que se encontra ao final da apostila e entregar em
qualquer agência dos Correios, pois sua opinião é fundamental para que possamos
trabalhar de modo a atender, cada vez mais, às suas expectativas.
Atenciosamente,
Os Editores.
Sumário
 05 Língua Portuguesa
 79 Matemática
 159 Conhecimentos Específicos
00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:113
4 Degrau Cultural
Técnico de Administração - Petrobrás
00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:114
Língua Portuguesa
Degrau Cultural 5
07 Compreensão e Interpretação de Textos
26 Ortografia
31 Morfossintaxe
58 Concordância Nominal e Verbal
64 Regência Verbal e Nominal
71 Colocação Pronominal
72 Crase
75 Pontuação
77 Semântica
Língua Portuguesa
00_Sumario port.pmd 22/12/2010, 11:115
6 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
00_Sumario port.pmd 22/12/2010, 11:116
Língua Portuguesa
Degrau Cultural 7
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
I. Tipologia Textual
Narração
Descrição
Obs.: Às vezes, um fragmento pode apresentar características que o assemelham a uma descrição e também a uma
narração. Nesse caso, é interessante observar que em um fragmento narrativo a relação entre os fatos relacionados é
de anterioridade e posterioridade, ou seja, existe o fato que ocorre antes e aquele que ocorre depois. Em uma narração
ocorre a progressão temporal. Já na descrição a relação entre os fatos é de simultaneidade, ou seja, os fatos relacio-
nados são concomitantes, não ocorrendo progressão temporal.
01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:117
8 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
Dissertação
Classifique os trechos abaixo. Marque:
(A) Narração
(B) Descrição
(C) Dissertação
1. Ocorreu um pequeno incêndio na noite de ontem, em um apartamento de propriedade do Sr. Marcos da Fonseca.
No local habitavam o proprietário, sua esposa e seus dois filhos. O fogo despontou em um dos quartos que, por
sorte, ficava na frente do prédio.
2. O mundo moderno caminha atualmente para sua própria destruição, pois tem havido inúmeros conflitos interna-
cionais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico e, além do mais, permanece o
perigo de uma catástrofe nuclear.
3. Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente ou através dos meios de comunicação, era logo levada a sentir
que dele emanava uma serenidade e autoconfiança próprias daqueles que vivem com sabedoria e dignidade.
4. De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem a nação tanto
precisava naquele momento de desamparo.
5. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a caminho do nosso
próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças
destrutivas, para podermos sobreviver às adversidades e construir um mundo que, por ser pacífico, será mais
facilmente habitado pelas gerações vindouras.
6. O homem, dono da barraca de tomates, tentava, em vão, acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam,
mas sei o que vi: a mulher imensamente gorda, mais do que gorda, monstruosa, erguia os enormes braços e, com
os punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destruísse a barraca
— e talvez o próprio homem — devido à sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva
crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates, ou até mais.
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Língua Portuguesa
Degrau Cultural 9
Texto para a questão 7
(...) em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglo-
meração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns após outros,
lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que
escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se.
As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas
para não as molhar, via-se-lhes a tostada nudez dos braços e
do pescoço que elas despiam suspendendo o cabelo todo
para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam
em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem
debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as
barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As
portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar
de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demo-
ravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou saias;
as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-
se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estala-
gem ou no recanto das hortas.
(Aluísio Azevedo, O Cortiço)
7. O fragmento acima pode ser considerado:
a) narrativo, pois ocorre entre seus enunciados uma
progressão temporal de modo que um pode ser con-
siderado anterior ao outro.
b) um típico fragmento dissertativo em que se obser-
vam muitos argumentos.
c) descritivo, pois não ocorre entre os enunciados uma
progressão temporal: um enunciado não pode ser
considerado anterior ao outro.
d) descritivo, pois os argumentos apresentados são
objetivos e subjetivos.
8. Filosofia dos Epitáfios
Saí, afastando-me dos grupos e fingindo ler os epitáfios. E,
aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada,
uma expressão daquele pioe secreto egoísmo que induz o
homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra
que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que
sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a
podridão anônima os alcança a eles mesmos.
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Do ponto de vista da composição, é correto afirmar que
o capítulo “Filosofia dos Epitáfios”
a) é predominantemente dissertativo, servindo os da-
dos do enredo do ambiente como fundo para a di-
gressão.
b) é predominantemente descritivo, com a suspensão do
curso da história dando lugar à construção do cenário.
c) equilibra em harmonia narração e descrição, à me-
dida que faz avançar a história e cria o cenário de
sua ambientação.
d) é predominantemente narrativo, visto que o narrador
evoca os acontecimentos que marcaram sua saída.
II. Roteiro para Leitura de Textos
• ler atentamente o texto, tendo noção do conjunto
• compreender as relações entre as partes do texto
• sublinhar momentos mais significativos
• fazer anotações à margem
III. Entendimento do Texto
O que deve ser observado para chegar à melhor com-
preensão do texto?
1. PALAVRAS-CHAVE
Palavras mais importantes de cada parágrafo, em
torno das quais outras se organizam, criando uma
ligação para produzirem sentido. As palavras-chave
aparecem, muitas vezes, ao longo do texto de diver-
sas formas: repetidas, modificadas ou retomadas
por sinônimos. As palavras-chave formam o alicer-
ce do texto, são a base de sua sustentação, levam o
leitor ao entendimento da totalidade do texto, dando
condições para reconstruí-lo.
• atenção especial para verbos e substantivos;
• o título é uma boa dica de palavra-chave.
Observe o texto de Bertrand Russel, “Minha Vida”, a fim de
compreender a forma como ele está construído:
Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, go-
vernaram minha vida: o desejo imenso do amor, a procura
do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofri-
mento da humanidade. Essas paixões, como os fortes ven-
tos, levaram-me de um lado para outro, em caminhos capri-
chosos, para além de um profundo oceano de angústias,
chegando à beira do verdadeiro desespero.
Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase – êxtase tão
grande que sacrificaria o resto de minha vida por umas
poucas horas dessa alegria. Procurei-o, também, porque
abranda a solidão – aquela terrível solidão em que uma
consciência horrorizada observa, da margem do mundo, o
insondável e frio abismo sem vida. Procurei-o, finalmente,
porque na união do amor vi, em mística miniatura, a visão
prefigurada do paraíso que santos e poetas imaginaram.
Isso foi o que procurei e, embora pudesse parecer bom
demais para a vida humana, foi o que encontrei.
Com igual paixão busquei o conhecimento. Desejei com-
preender os corações dos homens. Desejei saber por que
as estrelas brilham. E tentei apreender a força pitagórica
pela qual o número se mantém acima do fluxo. Um pouco
disso, não muito, encontrei.
Amor e conhecimento, até onde foram possíveis, con-
duziram-me aos caminhos do paraíso. Mas a compaixão
sempre me trouxe de volta à Terra. Ecos de gritos de dor
reverberam em meu coração. Crianças famintas, vítimas
torturadas por opressores, velhos desprotegidos – odiosa
carga para seus filhos – e o mundo inteiro de solidão, po-
breza e dor transformaram em arremedo o que a vida huma-
na poderia ser. Anseio ardentemente aliviar o mal, mas não
posso, e também sofro.
Isso foi a minha vida. Achei-a digna de ser vivida e vivê-
la-ia de novo com a maior alegria se a oportunidade me
fosse oferecida.
(RUSSEL, Bertrand, Revista Mensal de Cultura,
Enciclopédia Bloch, n. 53, set.1971, p.83)
O texto é constituído de cinco parágrafos que se encadei-
am de forma coerente, a partir das palavras-chave vida e
paixões do primeiro parágrafo:
1
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30
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10 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
palavras-chave
• 1º parágrafo – vida / paixões
• 2º parágrafo - amor
• 3º parágrafo - conhecimento
• 4º parágrafo - compaixão
• 5º parágrafo – vida
As palavras-chave vida e paixões prolongam-se em: amor,
conhecimento e compaixão. Cada parágrafo irá ater-se a
cada uma dessas paixões.
Leia o texto abaixo para responder às questões 9 e 10.
É universalmente aceito o fato de que sai mais cara a repa-
ração das perdas por acidentes de trabalho que o investi-
mento em sua prevenção. Mas, então, por que eles ocorrem
com tanta frequência?
Falta, evidentemente, fiscalização. Constatar tal fato exige
apenas o trabalho de observar obras de engenharia civil,
ao longo de qualquer trajeto por ônibus ou por carro na
cidade. E quem poderia suprir as deficiências da fiscaliza-
ção oficial – os sindicatos patronais ou de empregados –
não o faz; se não for por um conformismo cruel, a tomar por
fatalidade o que é perfeitamente possível de prevenir, terá
sido por nosso baixo nível de organização e escasso inte-
resse pela filiação a entidades de classe, ou por desvio
dessas de seus interesses primordiais.
Falta também a educação básica, prévia a qualquer treina-
mento: com a baixíssima escolaridade do trabalhador brasi-
leiro, não há compreensão suficiente da necessidade e be-
nefício dos equipamentos de segurança, assim como da
mais simples mensagem ou de um manual de instruções.
E há, enfim, o fenômeno recente da terceirização, que pode
estar funcionando às avessas, ao propiciar o surgimento e
a multiplicação de empresas fantasmas de serviços, que
contratam a primeira mão de obra disponível, em vez de
selecionar e de oferecer mão de obra especializada.
(O Estado de S.Paulo – 22 de fevereiro de 1998 – adaptado)
9. Assinale a opção que apresenta as palavras-chave
do texto.
a) aceitação universal – constatação – benefício –
escolaridade.
b) investimento em prevenção – deficiências – entida-
des – equipamentos.
c) falta de fiscalização – organização – benefício – mão
de obra.
d) prevenção de acidentes – fiscalização – educação –
terceirização.
e) crescimento – conformismo – treinamento – empresas.
10. Assinale a opção incorreta em relação aos elemen-
tos do texto.
a) O pronome “eles” (l.3) refere-se a “acidentes de tra-
balho” (l.2).
b) A expressão “tal fato” (l.5) retoma a ideia anteceden-
te de “falta de fiscalização” (l.5).
c) Para compreender corretamente a expressão “não
o faz” (l.10), é necessário retomar a ideia de “suprir
as deficiências da fiscalização oficial” (l.8-9).
d) A palavra “primordiais” (l.14) vincula-se à ideia de
“básicos, principais”.
e) “dessas” (l.14) refere-se a “deficiências da fiscaliza-
ção oficial” (l.8-9).
2. IDEIAS-CHAVE
Se houver dificuldade para chegar à síntese do texto
só pelas palavras-chave, deve-se buscar a ideia-
chave, que deve refletir o assunto principal de cada
parágrafo, de forma sintetizada.
• A partir da síntese de cada parágrafo, chega-se à
ideia central do texto.
Observe o texto:
Existem duas formas de operação marginal: a que toma a clas-
sificação genérica de economia informal, correspondente a mais
de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), e a representada pelos
trabalhadores admitidos sem carteira assinada. Ambas são por-
tadoras de efeitos econômicos e sociais catastróficos.
A atividade econômica exercida ao largo dos registros oficiais
frustra a arrecadação de receitas tributárias nunca inferiores
a R$ 50 bilhões ao ano. A perda de receita fiscal de tal porte
torna precários os programas governamentais para atendi-
mento à demanda por saúde, educação, habitação, assistên-
cia previdenciária e segurança pública.
Quanto aos trabalhadores sem anotação em carteira, formam
um colossal conjunto de excluídos. Estão à margem dos bene-
fícios sociais garantidos pelos direitos de cidadania, entre os
quais vale citar o acesso à aposentadoria, ao seguro-desem-
prego e às indenizações reparadoraspela despedida sem
justa causa. De outro lado, não recolhem a contribuição previ-
denciária, mas exercem fortes pressões sobre os serviços
públicos de assistência médico-hospitalar.
A reforma tributária poderá converter a expressões tolerá-
veis a economia informal. A redução fiscal incidente sobre as
micro e pequenas empresas provocará, com certeza, a regu-
larização de grande parte das unidades produtivas em ação
clandestina. E a adoção de uma política consistente para per-
mitir o aumento do emprego e da renda trará de volta ao mer-
cado formal os milhões de empregados sem carteira assina-
da. É preciso entender que o esforço em favor da inserção da
economia no sistema mundial não pode pagar tributo ao de-
semprego e à marginalização social de milhões de pessoas.
(Correio Braziliense – 13.7.97)
1º parágrafo:
palavras-chave: economia informal e trabalhadores ad-
mitidos sem carteira assinada
o último período do primeiro parágrafo apresenta uma
informação que vai nortear todo o texto: “Ambas são por-
tadoras de efeitos econômicos e sociais catastróficos.”
Ideia-chave: Economia informal e trabalhadores admiti-
dos sem carteira assinada trazem prejuízos econômicos
e sociais.
2° parágrafo:
palavra-chave: economia informal
efeitos econômicos - perda de receitas tributárias
efeitos sociais - precariedade dos programas sociais do
governo
Ideia-chave: A perda de receitas tributárias causada pela
economia informal prejudica os programas sociais do
governo.
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Língua Portuguesa
Degrau Cultural 11
3° parágrafo:
palavra-chave: trabalhadores admitidos sem carteira
assinada
efeitos econômicos - não recolhem contribuição previ-
denciária
efeitos sociais – não têm garantia de direitos sociais
Ideia-chave: Trabalhadores admitidos sem carteira assi-
nada causam prejuízos econômicos por não recolherem
contribuição previdenciária e sofrem os efeitos sociais,
por não terem seus direitos assegurados.
4º parágrafo:
há uma proposta de solução para cada um dos proble-
mas apresentados no texto:
para a economia informal: reforma tributária – redução
fiscal para micro e pequenas empresas
para os trabalhadores sem carteira assinada: política
consistente para aumento do emprego e da renda
Ideia-chave: A reforma tributária poderá minimizar os efei-
tos da economia informal e uma política consistente para
aumento do emprego e da renda pode provocar a forma-
lização de contratos legais para milhões de empregados.
Ideia-central do texto:
A economia informal tem efeitos econômicos e sociais pre-
judiciais ao indivíduo e ao sistema, mas ações políticas,
como a reforma tributária, poderão estimular a regulariza-
ção de empresas, beneficiado, também, os trabalhadores.
3. COERÊNCIA
Coerência é perfeita relação de sentido entre as diversas
palavras e/ou partes do texto. Haverá coerência se for
mantido um elo conceitual entre os diversos segmentos
do texto.
4. COESÃO
Quando lemos com atenção um texto bem construído,
percebemos que existe uma ligação entre os diversos
segmentos que o constituem. Cada frase enunciada deve
manter um vínculo com a anterior ou anteriores para não
perder o fio do pensamento. Cada enunciado do texto
deve estabelecer relações estreitas com os outros a fim
de tornar sólida sua estrutura. A essa conexão interna
entre os vários enunciados presentes no texto dá-se o
nome de coesão. Diz-se, pois, que um texto tem coesão
quando seus vários enunciados estão organicamente
articulados entre si, quando há concatenação entre eles.
4.1. Perífrase
Observe:
O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.
Utilizou-se a expressão “povo lusitano” para substituir “os
portugueses”. Esse rodeio de palavras que substituiu um
nome comum ou próprio chama-se perífrase.
Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio
por um expressão que a caracterize. Nada mais é do que
um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.
Outros exemplos:
- astro rei (Sol)
- última flor do Lácio (língua portuguesa)
- Cidade-Luz (Paris)
- Rainha da Borborema (Campina Grande)
- Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro)
Observação: existe também um tipo especial de perífra-
se que se refere somente a pessoas. Tal figura de estilo
é chamada de antonomásia e baseia-se nas qualidades
ou ações notórias do indivíduo ou da entidade a que a
expressão se refere.
Exemplos:
- A rainha do mar (Iemanjá)
- O poeta dos escravos (Castro Alves)
- O criador do teatro português (Gil Vicente)
4.2 Coesão Referencial
Os dois processos mais comuns desse tipo de coesão são:
Anáfora: é o uso de um recurso gramatical ou semântico
para referir-se a algum elemento já citado no contexto a
fim de retomá-lo.
Ex.: O carteiro trouxe a correspondência de hoje?
Não, ainda não a trouxe.
Catáfora: é o processo contrário ao da anáfora.
Ex.: Só queremos isto: sua felicidade.
11. “Primeira noite ele conheceu que Santina não era
moça.” Neste período, o pronome ele é usado an-
tes do nome a que se refere, Bento. Denomina-se
catáfora esse processo. Sublinhe os termos catafó-
ricos das frases a seguir.
1. Nós o chamamos rei das selvas e Tarzan merece
bem o nome.
 ___________________________________________________________
2. Maria compreendeu tudo: ela poderia sair quando
quisesse.
___________________________________________________________
3. Aproximei do meu, seu rosto coberto de luz.
___________________________________________________________
4. O senhor sabe muito bem disso: a verdade sempre
aparece.
___________________________________________________________
5. Convidei estas pessoas: Pedro, Maria e Cecília.
__________________________________________________________
12. Numere o conjunto de sentenças de acordo com o
primeiro, de modo que cada par forme uma sequ-
ência coesa e lógica. Identifique, em seguida, a le-
tra da sequência numérica correta (Baseado em
Délio Maranhão).
(1) Cumpre, inicialmente, distinguir a higiene do traba-
lho da segurança do trabalho.
(2) Na evolução por que passou a teoria do risco profis-
sional, abandonou-se o trabalho profissional como
ponto de referência para colocar-se, em seu lugar, a
atividade empresarial.
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12 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
(3) Há que se fazer a distinção entre acidentes do traba-
lho e doença do trabalho.
(4) O Direito do Trabalho reconhece a importância da
função da mulher no lar.
(5) Motivos de ordem biológica, moral, social e econô-
mica encontram-se na base da regulamentação le-
gal do trabalho do menor.
( ) A culminação desse processo evolutivo encontra-se
no conceito de risco social e na ideia correlata de
responsabilidade social.
( ) Daí as restrições da jornada normal e ao trabalho
noturno.
( ) A necessidade de trabalhar não deve prejudicar o
normal desenvolvimento de seu organismo.
( ) Enquanto esta é inerente a determinados ramos
de atividade, os primeiros são aqueles que ocor-
rem pelo exercício do trabalho, provocando lesão
corporal.
( ) Constitui aquela o conjunto de princípios e regras
destinados a preservar a saúde do trabalhador.
A sequência numérica correta é:
a) 1, 3, 4, 5, 2.
b) 3, 2, 1, 5, 4.
c) 2, 5, 3, 1, 4.
d) 5, 1, 4, 3, 2.
e) 2, 4, 5, 3, 1.
13. As propostas abaixo dão seguimento coerente
e lógico ao trecho citado, exceto uma delas.
Aponte-a:
“Provavelmente devido à proximidade com os perigos e
a morte, os marinheiros dos séculos XV e XVI eram
muito religiosos. Praticavam um tipo de religião popular
em que os conhecimentos teológicos eram mínimos e
as superstições muitas.”
(Janaína Amado, com cortes e adaptações)
a) Entre essas, figuravam o medo de zarpar numa
sexta-feira e o de olhar fixamente para o mar à
meia-noite.
b) Cristóvão Colombo, talvez o mais religioso entre to-
dos os navegantes, costumava antepora cada coi-
sa que faria os dizeres: “Em nome da Santíssima
Trindade farei isto”.
c) Apesar disso, os instrumentos náuticos representa-
ram progressos para a navegação oceânica, facili-
tando a tarefa de pilotos e aumentando a segurança
e confiabilidade das rotas e viagens.
d) Nos navios, que não raro transportavam padres, pro-
moviam-se rezas coletivas várias vezes ao dia e, nos
fins de semana, serviços religiosos especiais.
e) Constituíam expressão de religiosidade dos mari-
nheiros constantes promessas aos santos, indivi-
duais ou coletivas.
Leia o texto para solucionar as questões 14 e 15.
Cientistas de diversos países decidiram abraçar, em 1990,
um projeto ambicioso: identificar todo o código genético con-
tido nas células humanas (cerca de três bilhões de caracte-
res). O objetivo principal de tal iniciativa é compreender
melhor o funcionamento da vida, e, conseqüentemente, a
forma mais eficaz de curar as doenças que nos ameaçam.
Como é esse código que define como somos, desde a cor
dos cabelos até o tamanho dos pés, o trabalho com amos-
tras genéticas colhidas em várias partes do mundo está
ajudando também a entender as diferenças entre as etnias
humanas. Chamado de Projeto Genoma Humano, desde o
seu início ele não parou de produzir novidades científicas. A
mais importante delas é a confirmação de que o homem
surgiu realmente na África e se espalhou pelo resto do
planeta. A pesquisa contribuiu também para derrubar ve-
lhas teorias sobre a superioridade racial e está provando
que o racismo não tem nenhuma base científica. É mais uma
construção social e cultural. O que percebemos como dife-
renças raciais são apenas adaptações biológicas às condi-
ções geográficas. Originalmente o ser humano é um só.
(ISTO É – 15.1.97)
14. Assinale o item em que não há correspondência
entre os dois elementos.
a) “tal iniciativa” (l.4) refere-se a “projeto ambicioso”.
b) “ele” (l.12) refere-se a “Projeto Genoma Humano”.
c) “delas” (l.13) refere-se a “novidades científicas”.
d) “A pesquisa” (l.15) refere-se a “Projeto Genoma
Humano”.
e) “É mais” (l.17) refere-se a “Pesquisa”.
15. Marque o item que não está de acordo com as idei-
as do texto.
a) O Projeto Genoma Humano tem como objetivo pri-
mordial reconhecer as diferenças entre as várias
raças do mundo.
b) O ser humano tem uma estrutura única independen-
te de etnia e as diferenças raciais provêm da neces-
sidade de adaptação às condições geográficas.
c) O código genético determina as características de
cada ser humano, e conhecer esse código levará os
cientistas a controlarem doenças.
d) As amostras para a pesquisa do Projeto Genoma
Humano estão sendo colhidas em diversas partes
do mundo.
e) O racismo não tem fundamento científico; é um fe-
nômeno que se forma apoiado em estruturas soci-
ais e culturais.
16. Numere os períodos na ordem em que formem um
texto coeso e coerente, e marque o item corres-
pondente.
( ) Essa mudança é trazida pela nova Medida Provisó-
ria (MP) do Cadastro Informativo de Créditos não
Quitados (Cadin)
1
5
10
15
20
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Língua Portuguesa
Degrau Cultural 13
( ) Esse esforço se traduz na modificação de um dispo-
sitivo legal que torna mais atraente às empresas a
desistência de algumas ações judiciais que são, na
verdade, casos considerados perdidos.
( ) O que a Fazenda Nacional quer com essa nova re-
dação é transformar em caixa os valores deposita-
dos em juízo pelas empresas nas batalhas judiciais
que já tiveram decisão desfavorável ao contribuinte
em julgamento no Supremo Tribunal Federal.
( ) De acordo com a nova redação do artigo 32 dessa
Medida Provisória, a Fazenda Nacional abre mão de
seus honorários (10% a 15% sobre os valores envol-
vidos nas ações perdidas) caso as empresas desis-
tam de algumas brigas tributárias contra a União.
( ) A Fazenda Nacional está investindo em mais uma
arma para reduzir o volume de ações tributárias
na Justiça.
(Gazeta Mercantil – 17.7.97. com adaptações)
a) 5, 3, 1, 2, 4
b) 2, 4, 3, 1, 5
c) 5, 2, 3, 1, 4
d) 3, 2, 5, 4, 1
e) 4, 1, 5, 3, 2
17. Indique a ordem em que as questões devem se
organizar no texto, de modo a preservar-lhe a
coesão e coerência (Baseado no texto de José
Onofre).
1. O País não é um velho senhor desencantado com a
vida que trata de acomodar-se.
2. O Brasil tem memória curta.
3. É mais como um desses milhões de jovens mal nas-
cidos cujo único dote é um ego dominante e predador,
que o impele para a frente e para cima, impedindo que
a miséria onde nasceu e cresceu lhe sirva de freio.
4. “Não lembro”, responde, “faz muito tempo”.
5. Lembra o personagem de Humphrey Bogart em
Casablanca, quando lhe perguntaram o que fizera
na noite anterior.
6. Mas esta memória curta, de que políticos e jornalis-
tas reclamam tanto, não é, como no caso de Bogart,
uma tentativa de esquecer os lances mais penosos
de seu passado, um conjunto de desilusões e per-
das que leva ao cinismo e à indiferença.
a) 1, 2, 6, 5, 4, 3. b) 2, 5, 4, 6, 3, 1.
c) 2, 6, 1, 3, 5, 4. d) 1, 5, 4, 6, 3, 2.
e) 2, 5, 4, 1, 6, 3.
4.2 Conexões
Os conectivos também são elementos de coesão. Uma leitura eficiente do texto pressupõe, entre outros cuidados,
o de depreender as conexões estabelecidas pelos conectivos.
Principais Conectivos
Conjunções Coordenativas
Conjunções Subordinativas Adverbiais
(também locuções conjuntivas, preposições e locuções prepositivas)
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14 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
Pronomes Relativos
18. A alternativa que substitui, correta e respectiva-
mente, as conjunções ou locuções grifadas nos
períodos abaixo é:
I. Visto que pretende deixar-nos, preparamos uma fes-
ta de despedida.
II. Terá sucesso, contanto que tenha amigos influentes.
III. Casaram-se e viveram felizes, tudo como estava
escrito nas estrelas.
IV. Foi transferido, portanto não nos veremos com mui-
ta frequência.
a) porque, mesmo que, segundo, ainda que.
b) como, desde que, conforme, logo.
c) quando, caso, segundo, tão logo.
d) salvo se, a menos que, conforme, pois.
e) pois, mesmo que, segundo, entretanto.
19. Assinale a alternativa em que o pronome relativo
“onde” obedece aos princípios da língua culta escrita.
a) Os fonemas de uma língua costumam ser repre-
sentados por uma série de sinais gráficos denomi-
nados letras, onde o conjunto delas forma a palavra.
b) Todos ficam aflitos no momento da apuração, onde
será conhecida a escola campeã.
c) Foi discutida a pequena carga horária de aulas de
Cálculo e Física, onde todos concordaram e dese-
jam mais aulas.
d) Não se pode ferir um direito constitucional onde visa
a garantir a educação pública e gratuita para todos.
e) Não se descobriu o esconderijo onde os seques-
tradores o deixaram durante esses meses todos.
20. Nos períodos abaixo, as orações sublinhadas es-
tabelecem relações sintáticas e de sentido com
outras orações.
I. Eles compunham uma grande coleção, que foi se
dispersando à medida que seus filhos se casavam,
levando cada qual um lote de herança. (PROPORCI-
ONALIDADE)
II. Mal se sentou na cadeira presidencial, Itamar Fran-
co passou a ver conspirações. (MODO)
III. Nunca foi professor da UnB, mas por ela se aposen-
tou. (CONTRARIEDADE)
IV. Mesmo que tenham sido só esses dois, (...) já não
se configuraria a roubalheira (...)? (CONCESSÃO)
A classificação dessas relações está correta somente
nos períodos
a) I, II e III. d) II, III e IV.
b) II e IV. e) I, III e IV.
c) I e III.
21. Os princípios da coerência e da coesão não foram
violados em:
a) O Santos foi o time que fez a melhor campanha do
campeonato. Teria, no entanto, que ser o campeão
este ano.
b) Apesar da Sabesp estar tratando a água da Repre-
sa de Guarapiranga, portanto o gosto da água nas
regiões sul e oeste dacidade melhorou.
c) Mesmo que os deputados que deponham na CPI e
ajudem a elucidar os episódios obscuros do caso dos
precatórios, a confiança na instituição não foi abalada.
d) O ministro reafirmou que é preciso manter a todo
custo o plano de estabilização econômica, sob pena
de termos a volta da inflação.
e) Antes de fazer ilações irresponsáveis acerca das
medidas econômicas, deve-se procurar conhecer as
razões que, por isso as motivaram.
As questões 22 e 23 referem-se ao texto que segue.
Imposto
A insistência das secretarias estaduais de Fazenda em
cobrar 25% de ICMS dos provedores de acesso à Internet
deve acabar na Justiça. A paz atual entre os dois lados é
apenas para celebrar o fim do ano. Os provedores argumen-
tam que não têm de pagar o imposto porque não são, por lei,
considerados empresas de telecomunicação, mas apenas
prestadores de serviços. Com o caixa quebrado, os Estados
permanecem irredutíveis. O Ministério da Ciência e Tecnologia
alertou formalmente ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, que
a imposição da cobrança será repassada para o consumidor
e pode prejudicar o avanço da Internet no Brasil. Hoje, pagam-
se em média 40 reais para se ligar à rede.
(Veja – 8/1/97, p. 17)
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Língua Portuguesa
Degrau Cultural 15
Sinônimos Imperfeitos - Se os significados são próximos,
porém não idênticos.
Exemplos: córrego – riacho
belo – formoso
Antônimos: São palavras que apresentam significados
opostos, contrários.
Exemplo:
Precisamos colocar ordem nessa baderna, pois já está
virando anarquia.
Cinco jurados condenaram e apenas dois absolveram
o réu.
Homônimos: São palavras que apresentam a mesma
pronúncia ou grafia, mas significados diferentes.
Exemplo:
Eles foram caçar, mas ainda não retornaram.
(caçar – prender, matar)
Vão cassar o mandato daquele deputado.
(cassar – ato ou efeito de anular)
Os homônimos podem ser:
Homônimos homógrafos;
Homônimos homófonos;
Homônimos perfeitos.
Homônimos homógrafos: São palavras iguais na grafia
e diferentes na pronúncia.
Exemplos:
Almoço (ô) – substantivo
Almoço (ó) – verbo
Jogo (ô) – substantivo
Jogo (ó) – verbo
Para – preposição
Pára – verbo
Homônimos homófonos: São palavras que possuem o
mesmo som e grafia diferente.
Exemplos:
Cela – quarto de prisão
Sela – arreio
Coser – costurar
Cozer – cozinhar
Concerto – espetáculo musical
Conserto – ato ou efeito de consertar
Homônimos perfeitos: São palavras que possuem a
mesma pronúncia e mesma grafia.
Exemplos:
Cedo – verbo
Cedo – advérbio de tempo
Sela – verbo selar
Sela – arreio
Leve – verbo levar
Leve – pouco peso
Parônimos: São palavras que possuem significados di-
ferentes e apresentam pronúncia e escrita parecidas.
Exemplos:
Emergir – vir à tona
Imergir – afundar
Infringir – desobedecer
Infligir – aplicar 
Relação de alguns homônimos
Acender – pôr fogo
Ascender – subir
22. Infere-se do texto que
a) as empresas caracterizadas como prestadoras de
serviço estão isentas do ICMS.
b) todas as pessoas que desejam ligar-se à Internet
devem pagar 40 reais de ICMS.
c) os provedores de acesso à Internet estão proces-
sando os consumidores que não pagam o ICMS.
d) os Estados precisam cobrar mais impostos dos pro-
vedores para não serem punidos pelo Ministério da
Ciência e Tecnologia.
e) o desenvolvimento da Internet no Brasil está sendo
prejudicado pela cobrança do ICMS.
23. A conjunção mas no texto estabelece uma relação de
a) tempo. d) causa.
b) adição. e) oposição.
c) consequência.
24. Assinale a única conjunção incorreta para com-
pletar a lacuna do texto.
A partir do ofício enviado pelo fisco, começou-se a levantar
informações sobre a sonegação de imposto de renda no mun-
do do esporte no Brasil. “O futebol já é o quarto maior mercado
de capitais do mundo”, diz Ives Gandra Martins, advogado
tributarista e conselheiro do São Paulo Futebol Clube,
______________ só agora a Receita começa a prestar aten-
ção nos jogadores. Em outros países não é assim. Nos Esta-
dos Unidos, ano passado, a contribuição fiscal do astro do
basquete Michael Jordan chegou a 20,8 milhões de dólares.
(Exame – 27 de agosto de 1997)
a) todavia.
b) conquanto.
c) entretanto.
d) não obstante.
e) no entanto.
IV. Semântica
1. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Sinônimos: São palavras que possuem significados
iguais ou semelhantes.
Exemplo:
O faturista retificou o erro da nota fiscal.
O faturista corrigiu o erro da nota fiscal.
A criança ficou contente com o presente.
Eles ficaram alegres com a notícia.
Eufemismo: Alguns sinônimos são também utilizados
para minimizar o impacto, normalmente negativo, de al-
gumas palavras (figura de linguagem conhecida como
eufemismo).
Exemplos: gordo - obeso
morrer - falecer
Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos: Os sinônimos podem
ser perfeitos ou imperfeitos.
Sinônimos Perfeitos - se o significado é idêntico.
Exemplos: avaro – avarento;
léxico – vocabulário;
falecer – morrer;
escarradeira – cuspideira;
língua – idioma.
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16 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
Acento – sinal gráfico
Assento – tampo de cadeira, banco
Aço – metal
Asso – verbo (1ª pessoa do singular, presente do indicativo)
Banco – assento com encosto
Banco – estabelecimento que realiza transações finan-
ceiras.
Cerrar – fechar
Serrar – cortar
Cessão – ato de ceder
Sessão – reunião
Secção/seção – divisão, repartição
Cesto - cesta pequena
Sexto – numeral ordinal
Cheque – ordem de pagamento
Xeque – lance no jogo de xadrez
Xeque – entre os árabes, chefe de tribo ou soberano
Concerto – sessão musical
Conserto – reparo, ato ou efeito de consertar
Coser – costurar
Cozer – cozinhar
Expiar – sofrer, padecer
Espiar – espionar, observar
Estático – imóvel
Extático – posto em êxtase, enlevado
Estrato – tipo de nuvem
Extrato – trecho, fragmento, resumo
Incerto – indeterminado, impreciso
Inserto – introduzido, inserido
Chácara – pequena propriedade campestre
Xácara – narrativa popular
Relação de parônimos
Absolver – perdoar
Absorver – sorver
Acostumar – habituar-se
Costumar – ter por costume
Acurado – feito com cuidado
Apurado – refinado
Afear – tornar feio
Afiar – amolar
Amoral – indiferente à moral
Imoral – contra a moral, devasso
Cavaleiro – que anda a cavalo
Cavalheiro – homem educado
Comprimento – extensão
Cumprimento – saudação
Deferir – atender
Diferir – adiar, retardar
Delatar – denunciar
Dilatar – estender, ampliar
Eminente – alto, elevado, excelente
Iminente – que ameaça acontecer
Emergir – sair de onde estava mergulhado
Imergir – mergulhar
Emigrar – deixar um país
Imigrar – entrar num país
Estádio – praça de esporte
Estágio – aprendizado
Flagrante – evidente
Fragrante – perfumado
Fluir – proceder, escorrer
Fruir - aproveitar
Incidente – circunstância acidental
Acidente – desastre
Inflação – aumento geral de preços, perda do poder
aquisitivo
Infração – violação
Intercessão – intervenção
Interseção ou Intersecção – corte, cruzamento
Mal – opõe-se a bem. É também sinônimo de doença.
Mau – opõe-se a bom.
Nenhum – antônimo de algum.
Nem um – nem um sequer, nem um único.
Ótico – relativo ao ouvido
Óptico – relativo à visão
Peão – homem que anda a pé
Pião – brinquedo
Plaga – região, país
Praga – maldição
Precedente – anterior, antecedente
Procedente – originárrio
Preeminente – superior
Proeminente – que sobra
Prescrição – ordem, vencimento do prazo
Proscrição - banimento
Pleito – disputa eleitoral
Preito – homenagem
Ratificar – confirmar
Retificar – corrigir
Sanção – aprovação
Sansão – herói bíblico
Soar – fazer-se ouvir
Suar – transpirar
Sob – debaixo de
Sobre – em cima de, a respeito de
Trás – atrás
Traz – flexão do verbo trazer
Vultoso – volumoso
Vultuoso – com a face congestionada
SAIBA MAIS
Existem também expressões que apresentam semelhan-
ças entresi, e têm significação diferente. Tal semelhança
pode levar os usuários da língua a usar uma expressão
em vez de outra.
Ao invés de: ao contrário de: O preço subiu, ao invés
de cair.
Em vez de: em lugar de. Se estiver em dúvida, prefira em
vez de, que serve para os dois casos. Foi ao cinema em
vez de ficar em casa.
A par: ciente: Estou a par do assunto.
Ao par: de acordo com a convenção legal, sem ágio, sem
abatimentos (câmbio, ações, títulos, etc.): O real está ao
par do dólar.
À-toa (adjetivo): ordinário, imprestável. Vida à-toa.
À toa (advérbio): sem rumo. Andar à toa.
Onde: empregado em situações estáticas (com verbos
que não dão ideia de movimento): Onde moras?
Aonde: empregado em situações dinâmicas (com ver-
bos de movimento). Equivale a “para onde”: Aonde vais? 
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Língua Portuguesa
Degrau Cultural 17
Afim de: semelhante, da mesma natureza: O espanhol é
afim do português.
A fim de: para, finalidade: Estude a fim de ser aprovado.
Polissemia: É o fato de uma palavra pode assumir mais
de uma significação.
Exemplo:
Estou com uma dor terrível na minha cabeça.
(parte do corpo)
Ele é o cabeça do projeto. (chefe)
Graves razões fizeram-me contratar esse advo-
gado. (importante)
O piloto sofreu um grave acidente (trágico)
Ele comprou uma nova linha telefônica. (conta-
to ou conexão telefônica)
Nós conseguimos traçar a linha corretamente.
(traço contínuo duma só dimensão)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
25. Na frase “O carreto que contratei para transportar
minhas coisas...” a palavra coisas pode ser subs-
tituída por que palavra mais específica?
_______________
26. “A mesa é velha, me acompanha desde menino:
destas antigas, com uma gradinha de madeira em
volta...” Qual a diferença de significado entre velha
e antiga?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
27. “...no cumprimento da humilde profissão. . .” A pala-
vra destacada tem um parônimo, a palavra compri-
mento. Preencha as lacunas das frases a seguir com
uma das palavras colocadas entre parênteses.
a) Algumas lembranças do cronista ____________ de
seu passado. (emergiram - imergiram)
b) Algumas coisas passaram ______________ ao cro-
nista. (despercebidas - desapercebidas)
c) A mudança partiu ______________ chegar. (em vez
de – ao invés de)
28. Algumas palavras podem ser escritas com s ou
z, possuindo significados diferentes. Complete
as lacunas com a forma adequada das palavras
indicadas.
1.
a) Maria pretendia _____________ todo o milho de
uma vez.
b) Deveria _______________ toda a roupa antes de
viajar. (coser – cozer)
2.
a) O cão comeu o____________da porta.
b) O carpinteiro pretendia ______________ a porta.
(alisar – alizar)
29. Preencha as lacunas com a forma adequada das
palavras indicadas.
1.
a) Era considerado____________ em selos brasileiros.
b) Era_______________ o bastante para escapar.
(experto – esperto)
2.
a) Todos devemos _______________ nossas culpas.
b) Não devemos ______________ pelas fechaduras.
(espiar – expiar)
3.
a) O Brasil ainda depende de auxílio __________.
b) A radiografia mostrava o _______________. (esterno
– externo)
4.
a) O___________ foi servido às cinco.
b) O ________ da Pérsia viveu em Paris. (chá – xá)
5.
a) O ___________ foi devolvido pelo banco.
b) O ___________ árabe comprou o hotel. (cheque –
xeque)
6.
a) O povo reclamava das altas _________ impostas.
b) As ______________ perfuram o pneu do caminhão.
(tacha – taxa)
7.
a) Convinha______________ as mercadorias de ime-
diato, antes de abrirmos a loja.
b) Devemos ______________ os produtos para que
cheguem a tempo. (apreçar – apressar)
8.
a) Quem tem bom __________ não casa.
b) O último __________ mostrou que somos cento e
quarenta e cinco milhões. (censo – senso)
9.
a) Devemos ___________ o cereal antes das chuvas.
b) Quis ____________ o animal durante a luta.
(segar – cegar)
10.
a) Puxou o fio de alta _________ sem sofrer danos.
b) Tinha a ___________ de levá-Io à festa. (tensão –
tenção)
11.
a) O monge vivia em sua _______________
b) O cavalo sentia o espinho embaixo da __________.
(sela – cela)
12.
a) O___________ do carro demorou duas horas.
b) O___________ da Orquestra Sinfônica não agradou
ao público. (conserto – concerto)
13.
a) Não havia __________ suficientes no teatro.
b) Os __________ traziam-Ihes problemas na aula.
(acento – assento)
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18 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
14.
a) Em suas provas não havia muitos ____________.
b) Não foram ouvidos seus__________ na tribuna. (as-
sertos – acertos)
15.
a) Foi necessário ________ os títulos dos campo-
neses.
b) Os camponeses não podiam mais _________ os
animais. (caçar – cassar).
30. “... ele conheceu que Santina não era moça.” Mui-
tas vezes, para atenuar uma expressão, em lugar
de dizê-la na forma afirmativa, negamos o seu con-
trário (não era moça = era mulher). Proceda da
mesma forma nas frases a seguir, fazendo as
adaptações necessárias.
1. José era corrupto.
________________________________
2. O político dizia mentiras.
________________________________
3. O marido desprezava a mulher.
________________________________
4. O operário descansou no domingo.
________________________________
5. O acusado emudeceu diante do juiz.
________________________________
2. ESTILÍSTICA
2.1 SIGNIFICAÇÃO LITERAL E CONTEXTUAL DOS
VOCÁBULOS
Como vimos, as palavras são polissêmicas e para que
consigamos entender o significado assumido por elas
nos textos, basta que atendemos ao contexto. Observe o
exemplo:
“Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase - êxtase tão
grande que sacrificaria o resto de minha vida por umas
poucas horas dessa alegria.”
Alegria e êxtase não são sinônimos, mas nesse contexto
alegria é o êxtase trazido pelo amor, portanto são sinôni-
mos contextuais.
Além disso, as palavras podem ser usadas em sentido
que não é próprio, como veremos a seguir.
2.2 A DENOTAÇÃO E A CONOTAÇÃO
Os vocábulos podem ser empregados no sentido próprio
(denotativo) ou no sentido figurado (conotativo).
Observe os exemplos seguintes:
A jovem, no leito, gemia de dor. (sentido próprio)
O diretor gemeu um discurso. (sentido figurado)
Denotação: É a palavra empregada em seu sentido real,
próprio, dicionarizado.
Conotação: Sentido subentendido, às vezes de teor sub-
jetivo, que uma palavra ou expressão pode apresentar
paralelamente ao sentido em que é empregada.
Observar, então, que algumas palavras têm cargas se-
mânticas que sugerem muito mais do que a princípio
apresentam.
Metáfora: É uma comparação abreviada: Minha vida era
um palco iluminado.
Exercício 31:
Coloque nos parênteses D ou C, indicando os sentidos
Denotativo ou Conotativo:
01. ( ) Ninguém suportava os gemidos do enfermo.
02. ( ) O cachorro mordeu a menina.
03. ( ) Assisti ao desfile das escolas de samba.
04. ( ) Suas palavras soavam gemidas.
05. ( ) Ele me mordeu em dez reais.
06. ( ) As estrelas desfilavam no céu.
07. ( ) Ele nadava em dinheiro.
08. ( ) Seu coração parecia de pedra.
09. ( ) Em 1888, libertaram-se os escravos.
10. ( ) O atleta quebrou a perna.
11. ( ) As águas dos rios estavam poluídas.
12. ( ) O burro é um animal de grande utilidade no interior.
13. ( ) O rapaz era chamado de burro pelos amigos.
14. ( ) O jovem quebrou o silêncio.
15. ( ) Os cometas são astros luminosos.
CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS COM
DETERMINADOS VOCÁBULOS E EXPRESSÕES
No que diz respeito ao aspecto semântico, algumas
observações devem ser levadas em consideração.Substantivo:
a) Nem sempre aumentativos e diminutivos nos dão ideia
de tamanho. Podem exprimir carinho, ternura, afetivida-
de, desprezo, depreciação, intensidade.
Exemplos: narigão, livreco, filhinho, amarelão, supermer-
cado, minicalculadora.
b) Outras formas aumentativas e diminutivas, com o tem-
po, adquiriram significados especiais, dissociados das
palavras de origem.
Exemplos: cartão, portão, folhinha ( calendário ), lingueta.
Artigos:
a) O artigo definido pode ser usado com força distributiva.
Exemplo: A carne já está custando dez reais o quilo.
(= cada)
b) O artigo definido, anteposto a nome de pessoas, apre-
senta um tom de afetividade ou de familiaridade.
Exemplo: Compare:
Antônio faltou à reunião. / O Antônio faltou à reunião.
(no segundo exemplo, o sujeito goza de certa intimidade
junto ao emissor)
c) Há profunda modificação de sentido na frase quando a
artigo definido antecede a palavra “todo”.
Exemplo: Compare:
Todo prédio deve ser vistoriado. (todos, em geral)
Todo o prédio deve ser vistoriado. (um prédio específico)
d) Há modificação significativa quando o artigo definido
vem anteposto a um pronome substantivo possessivo.
Exemplo: Compare:
Este é meu livro. (ideia de posse)
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Língua Portuguesa
Degrau Cultural 19
Este é o meu livro. (ideia de distinção de outros de mes-
ma espécie. Dentre outros, este é o meu.)
e) Os artigos indefinidos “uns”, “umas” antepostos a nu-
merais indicam aproximação numérica.
Exemplo: Ela devia ter uns vinte anos.
f) Os artigos indefinidos antes de nomes próprios indi-
cam semelhança, elemento pertencente a determinada
família; podem, ainda, designar obras de um artista.
Exemplos:
Provou ser um Judas. ( = traidor )
Ele era um verdadeiro Silva.
Trata-se de um Picasso.
Adjetivos:
a) Algumas formas aumentativas e diminutivas equiva-
lem a superlativos.
Exemplos:
Menina branquinha = muito branca.
Doce gostosão = gostosíssimo.
b) Outras formas de obtenção de superlativos de um modo
não convencional:
- O café é extrafino.
(através da prefixação)
- As pernas da menina eram brancas, brancas.
(através da repetição do adjetivo)
- Ele é forte como um touro.
(através de uma comparação)
- O dono da escola é podre de rico.
(através de uma expressão idiomática)
- Ele não é apenas uma cantora, é a cantora.
(através da repetição do artigo e do substantivo, dando-
se ênfase ao artigo)
Pronomes:
Os pronomes possessivos podem indicar afetividade,
carinho.
Compare:
Esta é a minha casa. (posse)
Minha filha, disse o professor, você melhora a cada dia.
(afetividade)
Podem, ainda, indicar aproximação numérica.
Exemplo: Ele deve ter seus dezoito anos.
Numerais:
Indicam também superlativação:
Exemplo: Já assisti a este filme mais de mil vezes.
Conjunções e Locuções Conjuntivas:
Deve-se estudar a equivalência que há entre elas.
Exemplos:
Quebrei a cabeça, porque fui imprudente.
Como fui imprudente, quebrei a cabeça. (Causa)
Irei ao cinema se você pagar o ingresso.
Irei ao cinema caso você pague o ingresso. (Condição)
Fui à praia embora chovesse.
Fui à praia apesar de chover. (Concessão)
Preposições:
Deve-se estudar o valor semântico que uma preposição
apresenta.
Exemplos:
Ele foi a São Paulo. (destino, direção)
Ele veio de São Paulo. (procedência)
Ele saiu a seu pai. (semelhança)
Este é um anel de ouro. (matéria)
Fui ao cinema com ela. (companhia)
Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)
Voltaremos a qualquer momento. (tempo)
Ele morria de fome. (causa)
Compras só em dinheiro. (condição)
Exercício 32:
Estabeleça a diferença de sentido, existente entre os pa-
res abaixo:
1.
Todo morro merece atenção governamental.
Todo o morro merece atenção governamental.
2.
João é um bom rapaz.
O João é um bom rapaz.
3.
Esta é minha caneta.
Esta é a minha caneta.
4.
Estes livros são seus.
Ele deve ter seus quinze anos.
5.
Meu filho é estudioso.
Meu filho, seus pais não aprovariam o que você fez.
6.
Simples exemplo.
exemplo simples.
7.
Único trabalho.
Trabalho único.
8.
Pobre mulher.
Mulher pobre.
Exercício 33:
O que indicam as frases seguintes?
01. Ele está superalimentado.
02. A pobre mulher era gorda, gorda.
03. Isto é claro como a água.
04. Ela é uma pianista de mão cheia.
05. Pelé não foi apenas um jogador de futebol, foi o jogador.
V. Paráfrase
O texto é reescrito de formas diversas, mantendo o sentido.
34. Assinale a opção que mantém o mesmo sentido do
trecho sublinhado a seguir:
Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas
em planos de estabilização é o conflito entre perdedores e
ganhadores. Às vezes reais, outras fictícios, estes confli-
tos geram confrontos e polêmicas que, com freqüência,
podem pressionar os formuladores da política de estabiliza-
ção a tomar decisões erradas e, com isto, comprometer o
sucesso das estratégias antiinflacionárias.
 (Folha de S.Paulo, 7/5/94)
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20 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
a) Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos
e polêmicas que, frequentemente, podem pressio-
nar os formuladores da política de estabilização a
tomar decisões erradas, sem, com isso, compro-
meter o sucesso das estratégias antiinflacionárias.
b) O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode
ficar comprometido se, pressionados por conflitos,
reais ou fictícios, os formuladores da política de es-
tabilização tomarem decisões erradas.
c) Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que po-
dem pressionar os formuladores da política de es-
tabilização a confrontos e polêmicas, comprometem
o sucesso das antiinflacionárias.
d) O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode
ficar comprometido se os formuladores da política
de estabilização, pressionados por confrontos e po-
lêmicas decorrentes de conflitos, tomarem deci-
sões erradas.
e) Os formuladores da política de estabilização podem
tomar decisões erradas se os conflitos, gerados por
confrontos e polêmicas os pressionarem; o suces-
so das estratégias antiinflacionárias fica, com isto
comprometido.
35. Marque a opção que não constitui paráfrase do
segmento abaixo:
“O abolicionismo, que logrou pôr fim à escravidão nas Anti-
lhas Britânicas, teve peso ponderável na política antinegrei-
ra dos governos britânicos durante a primeira metade do
século passado. Mas tiveram peso também os interesses
capitalistas, comerciais e industriais, que desejavam ex-
pandir o mercado ultramarino, de produtos industriais e viam
na inevitável miséria do trabalhador escravo um obstáculo
para este desiderato.”
(P. Singer, A formação da classe operária,
São Paulo, Atual, 1988, p.44)
a) Na primeira metade do século passado, a despeito
da forte pressão do mercado ultramarino em criar
consumidores potenciais para seus produtos indus-
triais, foi o movimento abolicionista o motor que pôs
cobro à miséria do trabalhador escravo.
b) A política antinegreira da Grã-Bretanha na primeira
metade do século passado foi fortemente influenci-
ada não só pelo ideário abolicionista como também
pela pressão das necessidades comerciais e in-
dustriais emergentes.
c) Os interesses capitalistas que buscavam ampliar o
mercado para seus produtos industriais tiveram peso
considerável na formulação da política antinegreira
inglesa, mas teve-o também a consciência liberal
antiescravista.
d) Teve peso considerável na política antinegreira bri-
tânica, o abolicionismo. Mas as forças de mercado
tiveram também peso, pois precisavam dispor de
consumidores para seus produtos.
e) Ocorreu uma combinação de idealismo e interes-
ses materiais, na primeira metade do século XIX, na
formulação da política britânica de oposição à es-
cravidão negreira.
36. A linguagem do texto é predominantemente deno-
tativa, empregando-se as palavras em sentido pró-
prio, na alternativa:
a) Editores,escritores, professores e alunos têm opi-
niões divididas. A maioria, no entanto, concorda: o
acordo é inoportuno e, não raro, contraditório.
b) O brasileiro gosta muito de ignorar as próprias virtu-
des e exaltar as próprias deficiências, numa inversão
do chamado ufanismo. Sim, amigos, somos uns Nar-
cisos às avessas, que cospem na própria imagem.
c) Poluído por denúncias de corrupção, (...) Luiz Anto-
nio de Medeiros é considerado fósforo riscado.
d) Incumbidos de animar a explosão hormonal da ju-
ventude uberabense, Zezé Di Camargo e Luciano
levaram 30 mil reais por sua apresentação.
e) Levou o nome de “fúria legiferante” o período entre
1964 e 1967, que cimentou com profusão de leis o
edifício institucional da nova ordem econômica.
Leia o texto para responder às questões 37 e 38.
Não faz muito tempo assim, um deputado-cartola disse para
quem quisesse ouvir que quando vendeu um craque para o
La Coruña, da Espanha, ele teve um trabalhão para depositar
numa conta na Suíça parte do dinheiro devido ao jogador,
como havia sido combinado. Comunicou o fato a telespecta-
dores de uma mesa-redonda com a mesma tranqüilidade com
que sonegou a informação à Receita. Quem tem dinheiro,
poder, notoriedade ou um bom advogado não costuma pas-
sar por grandes apertos. No retrato da nossa pátria-mãe tão
distraída, jogadores de futebol são os adventícios que che-
gam aos andares de cima da torre social, como recompensa
por um talento excepcional, o que convenhamos, é mérito
raro. Mas isso não lhes confere isenções fiscais.
Se o Leão ficar arisco para repentinos sinais exteriores de
riqueza, vai empanturrar-se de banquetes fora dos gramados.
(Flávio Pinheiro, VEJA, 27 de agosto de 1997,
com adaptações)
37. Assinale o item incorreto em relação ao texto.
a) O pronome “ele” (l.3) refere-se a “deputado-cartola” (l.1).
b) O substantivo “jogador” (l.4) se refere a “um craque” (l.2).
c) O agente dos verbos “Comunicou” (l.5) e “sonegou”
(l.7) é o mesmo dos verbos “disse” (l.1), “vendeu”
(l.2) e “teve” (l.3).
d) As palavras “trabalhão” (l.3) e “apertos” (l.9) contri-
buem para conferir informalidade ao texto.
e) A expressão “devido ao” (l.4) indica relação sintática
de causa.
38. Assinale o item incorreto em relação ao texto.
a) A expressão “andares de cima da torre social”
(l.11) está sendo utilizada em sentido figurado ou
metafórico.
b) Uma paráfrase correta para o último período do texto
seria: “Se a Receita Federal fiscalizar rigorosamen-
te aqueles que mostram sinais de enriquecimento
súbito, vai aumentar sua arrecadação em outras áre-
as que não apenas o futebol”.
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Degrau Cultural 21
c) A palavra “adventícios” (l.10) significa, no texto, “per-
severantes, obstinados, místicos.”
d) O uso do “se” em “Se o Leão ficar arisco” (l.14) esta-
belece uma relação sintática de condição.
e) O uso do “se” em “empanturrar-se” (l.15) tem função
reflexiva.
VI. Erros Clássicos de Interpretação de Textos
1. Extrapolação: Ir além dos limites do texto. Acres-
centar elementos desnecessários à compreensão
do texto.
2. Redução: Ater-se apenas a uma parte do texto, que-
brar o conjunto, isolar o texto do contexto.
3. Contradição: Chegar a uma conclusão contrária à
do texto, invertendo seu sentido.
39. Leia o poema:
Já sobre a fronte vã se me acinzenta
O cabelo do jovem que perdi.
Meus olhos brilham menos.
Já não tem jus a beijos minha boca.
Se me ainda amas por amor, não ames:
Trairias-me comigo.
(Ricardo Reis/Fernando Pessoa)
A ideia principal que o texto nos mostra é:
a) um amante que encontra uma antiga paixão, dos
seus tempos de mocidade.
b) um amante que fica lembrando as emoções no pa-
pel e confessa que nunca a esqueceu.
c) um amante que já está com os cabelos grisalhos
em sua fronte.
d) um amante pedindo que o amor continue, como an-
tes, senão ele vai ser traído.
e) a autodescrição do amante, revelando o seu enve-
lhecimento e sua perda de vitalidade.
VII. Questões de Provas Anteriores
Texto para responder às questões 40 a 49.
Como a Internet está transformando (de verdade) a
vida nas empresas
Sim, caro leitor, vamos falar aqui sobre a Internet. Não a Internet
dos modelos de negócios delirantes das ponto-com. Não da pro-
messa de dinheiro fácil e rápido, vindo da especulação com
ações de companhias sem vendas, sem lucro, sem clientes.
Vamos falar da Internet que vem, de verdade, ajudando a revo-
lucionar os negócios, a aumentar os lucros, baixar os custos,
incrementar a produtividade, acelerar o desenvolvimento de no-
vos produtos, encantar o cliente – inovar radicalmente.
É verdade que, hoje, poucas pessoas se atrevem a acrescen-
tar a letra “e” (de eletrônico) antes de qualquer novo negócio. É
como se ela tivesse se transformado numa espécie de estigma,
a negação de tudo, inclusive de todos os inegáveis benefícios
que a era digital pode nos trazer. A história recente da Internet
ficou marcada por uma certa ciclotimia. Primeiro, veio a euforia,
alimentada pelo espetacular ganho de 86% nas ações cotadas
na Nasdaq em 1999. Depois, a depressão. Em 2000, o índice
registrou queda de 39%. Neste ano, já acumula menos 12%.
Mas cuidado. Essa fase de ressaca pode ser justamente a
mais perigosa, porque, em meio a eufóricos e deprimidos, há
um terceiro grupo. Seus integrantes não ignoram as mudan-
ças que a tecnologia da informação pode ajudar a acelerar.
Nem acreditaram nas promessas mirabolantes de dinheiro
abundante, rápido e fácil. São essas empresas, espécies de
camaleões corporativos, que estão se preparando para dei-
xar a concorrência comendo poeira num futuro bem próximo.
Uma das poucas certezas em torno da Grande Rede – talvez
a única – é que ela veio para ficar, e um dos seus principais
efeitos é a revolução que está promovendo nas empresas.
Apesar do fim da especulação com ações de fumaça e dos
jovens desiludidos com promessas frustradas, elas continu-
am a investir em processos como o comércio eletrônico, a
gestão do conhecimento e o estreitamento das relações com
seus fornecedores e clientes. Algumas delas – poucas, na
verdade – já conseguiram usar a Internet como uma potente
ferramenta de reconstrução de seus negócios.
(InfoExame online, junho-2001)
40. A proposta do texto é discutir a Internet do ponto
de vista
a) dos grandes prejuízos que causou a todos os gran-
des investidores.
b) do grande faturamento que têm todas as empresas
que a utilizam.
c) do desencanto de jovens desiludidos com promes-
sas frustradas.
d) das inovações que vêm revolucionando muitas em-
presas.
e) Da sua influência na bolsa Nasdaq, com queda
de 39%.
41. Assinale a alternativa em que a frase, no contexto,
está associada à ideia contida no verbo transfor-
mando, que aparece no título.
a) ... jovens desiludidos com promessas frustradas ...
b) Essa fase de ressaca pode ser justamente a mais
perigosa, ...
c) ... ajudando a revolucionar os negócios, ...
d) ... vamos falar aqui sobre a Internet.
e) Depois, a depressão.
42. De acordo com o texto, é correto afirmar que
a) muitas empresas consideram os prós e contras para
poderem tirar maior proveito da Internet.
b) todas as empresas se recusam a utilizar a Internet
atualmente.
c) os investidores eufóricos sempre têm prejuízos com
a Internet.
d) todos os investidores aceitam, sem nenhuma restri-
ção, a Internet.
e) as empresas não querem investir porque fracassam
com promessas frustradas na Internet.
43. A ideia de que a Internet é capaz de proporcionar
muitas vantagens ao homem moderno está conti-
da no seguinte trecho de texto:
a) Essa fase de ressaca pode ser justamente a mais
perigosa.
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22 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
b) É como se ela tivesse se transformado numa espé-
cie deestigma.
c) ... vindo da especulação de companhias sem ven-
das, sem lucro, sem clientes.
d) ... inclusive de todos os inegáveis benefícios que a
era digital pode nos trazer.
e) Uma das poucas certezas em torno da Grande Rede
– talvez a única – é que ela veio para ficar.
44. As expressões de verdade e talvez a única, des-
tacadas no texto, exprimem, respectivamente,
ideias de
a) exagero – condição.
b) possibilidade – dúvida.
c) exagero – afirmação.
d) dúvida – certeza.
e) afirmação – dúvida.
45. Os altos e baixos dos negócios na Internet influ-
enciaram as empresas, fazendo com que, atual-
mente, elas
a) optem por pequenos investimentos apenas.
b) tenham cautela para investimentos na Internet.
c) não desenvolvam atividades via Internet.
d) façam, com euforia, apenas grandes investimentos.
e) sintam-se mais atraídas pelos negócios via Rede.
46. No trecho – a negação de tudo, inclusive de todos os
inegáveis benefícios que a era digital pode nos trazer
–, a palavra destacada pode ser substituída por
a) exceto.
b) pelo menos.
c) somente.
d) até mesmo.
e) menos.
47. Em – vindo da especulação com ações de compa-
nhias sem vendas, sem lucro, sem clientes –, a ideia
expressa pelas preposições destacadas é de
a) lugar.
b) modo.
c) ausência.
d) tempo.
e) causa.
48. No trecho – Essa fase pode ser justamente a mais
perigosa, porque, em meio a eufóricos e deprimi-
dos, há um terceiro grupo –, a conjunção destaca-
da pode ser substituída por
a) já que.
b) porém.
c) por isso.
d) portanto.
e) à medida que.
49. Assinale a alternativa em que a expressão em des-
taque está empregada em sentido conotativo.
a) ... vamos falar aqui sobre a Internet.
b) ... ajudando a revolucionar os negócios, ...
c) Em 2000, o índice registrou queda de 39%.
d) ... para deixar a concorrência comendo poeira ...
e) Neste ano, já acumula menos 12%.
Leia o texto abaixo para responder às questões 50 a 59.
A invasão dos bárbaros
Nos países desenvolvidos, há uma neurose nova: a invasão
dos bárbaros. Não é mais aquele temor que no passado aco-
metia as cidades-Estado, a confrontação dos impérios com as
hordas desconhecidas que avançam para o saque e a des-
truição. Não são os hunos, nem os turcos, nem os mongóis:
são os emigrantes fugitivos da miséria, desejosos de melhor
futuro, que se esgueiram pelos aeroportos, se escondem nas
estradas, atravessam, sorrateiros, rios e cercas de arame
farpado, enfrentam policiais, leis de restrição à imigração (...).
A Europa está ferida por essa face das migrações humanas.
Nos Estados Unidos, a sociedade fracionada, de tantos gru-
pos e etnias, recusa-se a aceitá-los, repelindo suas culturas
e suas crenças. Nessa paisagem humana, o exemplo da Amé-
rica Latina é diferente. Nossas raízes ibéricas trouxeram a
capacidade de promover a miscigenação cultural (...).
Quando ocorreu o encontro entre as civilizações pré-colombia-
nas e pré-cabralinas, os colonizadores foram capazes de supe-
rar a tragédia do enfrentamento e de começar um processo de
assimilação e mestiçagem que construiu a sociedade racial que
temos, com valores próprios, expressão da nova identidade.
Com eles resistimos à uniformização da globalização (...).
A globalização econômica é incomparável com a globaliza-
ção das raças. Aquela quer um mundo de ricos e faz com
que os outros se afastem e fiquem presos à miséria, ao
desemprego e à fome.
O Brasil, particularmente, já venceu o gargalo da segregação
racial. Temos uma sociedade democrática, fora das superiori-
dades (?) étnicas.
Nossas discriminações são outras: a maior de todas é a da
concentração de renda, que gera problemas sociais. Esses,
sim, nos separam, o que é uma coisa bárbara, mas sem a
fobia de bárbaros.
(Folha de S.Paulo, 15.06.01)
50. Segundo o texto,
a) em muitos países desenvolvidos, há a propagação
da doença nervosa, gerada pela globalização.
b) os bárbaros voltaram a invadir os países desenvol-
vidos para defender os fugitivos da miséria.
c) somente nos países desenvolvidos, as migrações
humanas causaram a segregação racial.
d) grupos marginalizados em seus países se estabe-
lecem em outros para ter uma vida digna.
e) a invasão dos bárbaros promoveu e continua a pro-
mover união entre espanhóis e portugueses.
51. De acordo com o texto, a globalização econômica
a) congrega pessoas independentemente de origem
e raça.
b) neutraliza, de forma irreversível, as diferenças raciais.
c) ressalta a fobia dos países ricos em relação aos
países pobres.
d) manipula dados em favor dos ricos.
e) acentua a distância entre as classes sociais.
52. Segundo o texto, as migrações
a) promovem a miscigenação cultural entre os ricos.
b) prejudicam a Europa porque causam o desemprego.
c) representam a busca de um futuro promissor.
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Língua Portuguesa
Degrau Cultural 23
d) apontam trajetórias marcadas por lutas vitoriosas.
e) geram identificação estreita com a pátria escolhida.
53. É correto afirmar que, na América Latina,
a) as raízes comuns dos povos levaram a uma fusão
de culturas.
b) a rejeição aos imigrantes tem sido uma constante
ao longo de sua história.
c) a população vivem em grupos fechados, sem comu-
nicação entre eles.
d) a convivência entre pessoas de origens diversas
nunca foi tranquila.
e) um nacionalismo arraigado impede a circulação dos
bens culturais.
54. Os latino-americanos resistem à uniformidade da
globalização por causa
a) das características dos povos pré-colombianos.
b) da capacidade de assimilação das diferenças raciais.
c) da busca incessante de uma identidade cultural.
d) do espírito de aventura dos colonizadores.
e) das políticas nacionalistas dos governos.
55. Em relação às emigrações, o Brasil
a) apresenta um comportamento hostil para os emi-
grantes.
b) restringe o acesso às classes de baixa renda.
c) abre-se, exclusivamente, às chamadas etnias su-
periores.
d) submete-se a políticas ditadas pelos países desen-
volvidos.
e) supera, em função de um modelo democrático, os
problemas raciais.
56. Com o adjetivo bárbara na frase – Esses, sim, nos
separam, o que é uma coisa bárbara, mas sem a
fobia de bárbaros. –, o autor
a) reconhece que os emigrantes são perigosos.
b) admite que há povos bárbaros em todas as épocas
da História.
c) considera uma indignação a injusta distribuição de
renda.
d) confessa o velado preconceito racial brasileiro.
e) expressa admiração pela democracia brasileira.
57. Na frase – Quando ocorreu o encontro entre as
civilizações pré-colombianas e pré-cabralinas, os
colonizadores foram capazes de superar a tragé-
dia do enfrentamento ... –, a conjunção grifada pode
ser substituída, sem alteração do sentido, por
a) assim que.
b) contudo.
c) sempre que.
d) à medida que.
e) antes que.
58. O sinônimo de sorrateiros, em destaque no texto, é
a) rápidos.
b) medrosos.
c) agitados.
d) espertos.
e) deprimidos.
59. Assinale a alternativa em que a expressão grifada
está empregada em sentido conotativo.
a) Nos Estados Unidos, a sociedade fracionada, de
grupos e etnias, recusa-se a aceitar os emigrantes.
b) O Brasil, particularmente, já venceu o gargalo da
segregação racial.
c) Nossas raízes ibéricas trouxeram a capacidade de
promover a miscigenação cultural.
d) Os espanhóis e os portugueses aprenderam a con-
viver com a divergência.
e) Nos países desenvolvidos, há uma neuroses nova:
a invasão dos bárbaros.
Leia o texto abaixo para responder às questões 60 a 66.
Os prejuízos do Aedes Aegypti no século 19
Velho Conhecido
Que as autoridades andam um pouco perdidas com o mosqui-
to transmissor de dengue, todo mundo já sabe. Que elas te-
nham sido pegas de surpresa, isso é que é surpreendente. O
Aedes Aegypti é um velhíssimo conhecido no Brasil: em mea-
dos do século 19, o veterano inseto causou enormes proble-
masao empresário Irineu Evangelista de Souza, o Barão de
Mauá, quase inviabilizando a construção da primeira compa-
nhia de gás do Rio de Janeiro. O episódio está descrito no livro
Mauá, Empresário do Império, de Jorge Caldeira:
“Justamente quando as obras começavam, aportou no Rio de
Janeiro um navio vindo de Havana com doentes a bordo. En-
quanto durava a quarentena (...), uma nova doença se alas-
trou pelo país: a febre amarela. Só muitos anos mais tarde se
saberia que a doença era transmitida por um mosquito, o Ae-
des Aegypti, que se cria em águas paradas – e para o qual o
pântano da usina era o paraíso. Não demorou muito e os ope-
rários começaram a morrer. Em menos de dois meses, a equi-
pe foi devastada. Havia 11 engenheiros e técnicos ingleses
nos canteiros em funções essenciais. Na primeira onda da
doença, dez morreram de febre. Sobrou apenas o chefe. Wi-
lliam Gilbert Ginty. Ele só se convenceu a ficar porque o patrão
aumentou o seu salário a níveis compatíveis com o risco, pa-
gando-se mais do que ganhavam os ministros brasileiros, do-
nos dos maiores salários do país. Ao mesmo tempo, em cartas
desesperadas para a Inglaterra, Irineu pedia a seus sócios
que encontrassem substitutos para os mortos. Como a notícia
da febre já havia atravessado o oceano, também esses ho-
mens lhe custaram muito caro”.
(Exame, 03.2002)
60. Segundo o texto,
a) o Aedes Aegypti foi descoberto pelo Barão de Mauá, que
realizava grandes empreendimentos no século 19.
b) muitos operários da antiga companhia de gás do
Rio de Janeiro permaneceram em quarentena num
navio para Havana.
c) depois de muito tempo, o Aedes Aegypti foi associ-
ado aos episódios descritos, ocorridos durante a
construção da primeira companhia de gás.
d) a periculosidade do mosquito Aedes Aegypti tinha
sido constatada à época da construção da primeira
companhia de gás.
e) a febre amarela se alastrou de maneira surpreen-
dente, aniquilando todos os operários estrangeiros
que trabalhavam para o Barão de Mauá.
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24 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
61. De acordo com o texto, é certo dizer que o mosquito
a) ainda não foi estudado devidamente pelos cientistas.
b) foi transportado nos navios ingleses durante o sé-
culo passado.
c) inviabilizou a construção da companhia de gás.
d) atravessou o oceano, causando mortes na Europa.
e) foi um grande obstáculo à construção da companhia.
62. No trecho – ... e para o qual o pântano da usina era
o paraíso. –, a palavra em destaque se refere
a) ao local onde eram sepultados os operários ingleses.
b) ao hábitat ideal para a reprodução do mosquito.
c) às vantagens da construção em área com custo baixo.
d) ao estágio mais avançado do empreendimento do
Barão.
e) ao período de acontecimentos sombrios durante a
obra.
63. De acordo com o texto, o problema causado pelo
mosquito nos último tempos é
a) temporário
b) inédito.
c) recorrente.
d) insolúvel.
e) regional.
64. No trecho – Ele só se convenceu a ficar porque o
patrão aumentou seu salário a níveis compatíveis
com o risco ... – o fator determinante no aumento
salarial é
a) a insalubridade
b) a experiência.
c) o tipo de empresa.
d) o desempenho.
e) o nível técnico.
65. No trecho – Que elas tenham sido pegas de sur-
presa, isso é que é surpreendente... – o termo em
destaque expressa
a) indecisão.
b) incerteza.
c) satisfação.
d) indignação.
e) apatia.
66. Assinale a alternativa em que o termo em desta-
que introduz uma ideia de oposição.
a) Muito se investiu no combate à doença, incluindo
um grande contingente de agentes comunitários.
b) Como as bolsas no mundo inteiro despencaram,
também a brasileira teve desempenho sofrível.
c) O engenheiro concordou em ficar porque lhe foi ofe-
recido um polpudo salário durante a construção.
d) Os cientistas conseguiram identificar o agente trans-
missor, contudo estão distantes de um tratamento
eficaz.
e) Fechamos um grande contrato internacional, logo
teremos fluxo de caixa para pagar os salários dos
engenheiros.
67. Leão – de 20-07 a 22-08
Aquele seu primo do Imposto de Renda anda de olho em você.
Da próxima vez que trouxer muamba do Paraguai, cuidado
para não acabar atrás das grades, no zoológico da 5a. D.P.
Desista desta vida de sacoleiro e vê se arruma um emprego
decente! Você pode começar como leão-de-chácara em algu-
ma boate e depois, quem sabe, até virar garota propaganda
de Chá Mate!!!
No trecho – ... até virar garota propaganda de Chá Mate!!!
– o termo em destaque enfatiza
a) desconfiança.
b) impaciência.
c) possibilidade.
d) distanciamento.
e) dificuldade.
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Língua Portuguesa
Degrau Cultural 25
Gabarito
1. A 2. C 3. B 4. B 5. C
6. A 7. C 8. A 9. D 10. E
11. 1. o; 2. tudo; 3. meu; 4. disso; 5. estas pessoas.
12. E 13. C 14. E 15. A 16. D
17. B 18. B 19. E 20. E 21. D
22. A 23. E 24. B25. Pertences.
26. Velha representa algo que tem muitos anos e antiga
refere-se a algo que adquiriu certa qualidade estética.
27. a – emergiram; b – despercebidas; c – ao invés de.
28. 1. a – cozer / b – coser.
2. a – alizar / b – alisar.
29. 1. a – experto / b – esperto.
2. a – expiar / b – espiar.
3. a – externo / b – esterno.
4. a – chá / b - xá.
5. a – cheque / b – xeque.
6. a – taxas / b –tachas.
7. a - apreçar / b – apressar.
8. a – senso / b – censo.
9. a – segar / b – cegar.
10. a – tensão / b – tenção.
11. a – cela / b – sela.
12. a – conserto / b – concerto.
13. a – assentos / b – acentos.
14. a – acertos / b – assertos.
15. a – cassar / b – caçar.
30. 1. José não era honesto.
2. O político não dizia verdades.
3. O marido não dava atenção à mulher.
4. O operário não trabalhou no domingo.
5. O acusado não falou nada diante do juiz.
31.
D: 1, 2, 3, 9, 10, 11, 12, 15.
C: 4, 5, 6, 7, 8, 13, 14.
32.
01.
Qualquer morro.
Um morro específico.
02.
A segunda frase, diferentemente da primeira; indica grau
de amizade, conhecimento.
03.
Na primeira frase, o vocábulo indica posse.
Na segunda, “dentre outras, esta é a minha.”
04.
Na primeira frase, há a ideia de posse.
Na segunda, o vocábulo indica “aproximadamente”.
05.
Na primeira, posse;
Na segunda, “aproximadamente”.
06.
Pouco importante.
Acessório singelo, comum.
07.
Um só trabalho.
Trabalho exclusivo, excepcional.
08.
Infeliz.
Sem recursos.
33.
01. Superlativação, através da prefixação.
02. Superlativação, através da repetição de adjetivo.
03. Superlativação, através de uma comparação.
04. Superlativação, através de uma expressão idiomática.
05. Superlativação, através da repetição do artigo e do
substantivo.
34. D 35. A 36. A 37. E 38. C
39. E 40. D 41. C 42. A 43. D
44. E 45. B 46. D 47. C 48. A
49. D 50. D 51. E 52. C 53. A
54. B 55. E 56. C 57. A 58. D
59. B 60. C 61. E 62. B 63. C
64. A 65. D 66. D 67. C
01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1125
26 Degrau Cultural
Língua Portuguesa
ORTOGRAFIA
1. Conceito
A grafia de uma palavra pode ter caráter:
- fonético: que leva em conta a pronúncia.
- etimológico: levando-se em conta a sua origem.
2. Novo Acordo Ortográfico
Introdução
Atualmente o nosso idioma é o quinto mais falado no
mundo e abrange mais de 260 milhões de falantes, como
língua nativa.
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa abrange os
países lusófonos (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e sur-
giu a partir da necessidade de fortalecer a unidade da
língua portuguesa diante do cenário mundial.
Foi assinado em Lisboa em 16 de dezembro de 1990
e, após inúmeros ajustes e alterações, teve decretado
um período de transição entre 1º de janeiro de 2009 e
31 de dezembro de 2012, após o qual passa a vigorar
oficialmente.
Acompanhe as principais mudanças para o caso do Bra-
sil e, como existe muitos casos

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