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AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL UNIDADE DE PRODUÇÃO DE 5000 SUÍNOS UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico Método e Técnicas de Análise Ambiental Docente: Erasmo Nhachungue Discente: Jacinto Nhantumb IV Ano | I Semestre Maputo, Junho de 2017 Trabalho sobre: Elaborado por: OFFICE DIAR, Consultores *Nome Fictício AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE FICHA TÉCNICA Equipa Técnica: Arquitecto/Planeador Físico: Office DIAR Consultores Ecologista: Lídia Nhantumbo Assistente de Consulta Pública: Gil Valdez Agrônomo: Mário Zaqueu Jurista: José Nakatembo Publicitário: José Mundudo Engeneiro Civil: Milton Mucandze e Arnaldo Cumbane Bióloga: Gizela Puizura Geógrafa: Matilde Rodrigues Sociólogo: Ângelo Matavele COORDENAÇÃO GERAL Lídia Nhantumbo Escologista especializada em Tecnologia Ambiental Coordenadora Geral do Estudo de Impacto Ambiental MEIO FÍSICO Mário Zaqueu e Matilde Rodrigues Engenheiro Agrônomo e Geográfa, Especializados em solos e em Avaliação de Impacto Ambiental Coordenadores do Meio Físico, Geologia, Hidrogeologia, Metereologia, Solos e Recursos Hídricos MEIO SOCIOECONÓMICO Ângelo Matavele Sociólogo Coordenador do Meio Socioeconómico COORDENAÇÃO DA EQUIPA E PROJECTO ARQUITECTÓNICO Office DIAR Consultores Jacinto Nhantumbo - Arquitecto e Planeador Físico Coordenadores da Equipa Técnica e responsáveis pela elaboração do projecto PROPONENTE DO PROJECTO Erasmo Nhachungue Clienete Proponente do Projecto para a Construção de uma Unidade de Produção de 5.000 Suínos em Marracune PROJECTO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO José Mundundo e Office DIAR Consultores Publicitário e Design Gráfico Projecto Gráfico e Revisão de Texto Elaborado por: Apresentação Você tem em posse a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) de um Projecto de Produção de 5000 Suínos (PPS) a ser imaplatado em Marracuene, voltado para o licenciamento ambiental e este empreendimento é pertencente ao Erasmo Nhachungue. O Estudo de Impacto Ambiental - EIA e o seu Relatório foram desenvolvidos pela Office DIAR consultores e uma equipa multidisciplinar, seguindo as recomendações da legislação vigente e os Termos de Referência elaborado em conjunto com a equipa técnica e o proponente do projecto. Este trabalho está apoiado nos dados e informações obtidas por meio dos levantamentos realizados por profissionais de diversas especialidades, contractados pelo proponente do projecto. Vale esclarecer que o EIA é um detalhamento completo dos aspectos sociais, econômicos e ambientais da região e de como eles poderão ser afetados pelo PPS Marracuene. Por isso, o estudo apresenta um conjunto de medidas necessárias para evitar, minimizar ou compensar os efeitos negativos, assim como medidas para aumentar os efeitos positivos do empreendimento, contidos no plano de gestão ambiental. Após a aprovação do EIA/RIMA, serão obtidas as licenças ambientais que permitirão construir e operar a granja para a produção dos 5000 Suínos. Essas licenças condicionam o funcionamento do empreendimento ao atendimento das medidas de controlo ambiental recomendadas pelos estudos desenvolvidos pela equipa técnica. A equipa técnica deseja a todos uma boa leitura e um bom entendimento do conteúdo. Generalidades4 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE INTRODUÇÃO Nota Introdutória O presente trabalho é na verdade um exercício académico da cadeira de Métodos e Técnicas de Análise Ambiental, que visa a materialização dos conteúdos apresentados durante o semestre dando uma noção prática de estudos de impacto ambiental para diferentes escalas de projeto que poderemos estar envolvidos durante a vida profissional. Assim sendo, a partir deste documento é feita a simulação do processo de Avaliação de Impacto Ambiental de um projecto de produção de 5000 suínos no distrito de Marracuene e é composto pelo Estudo de pré-viabilidade ambiental e definição de âmbito, pelos Termos de Referência, pelo Relatório de Estudo de Impacto ambiental e pelo Plano de Gestão Ambiental que é o resultado final de todos os estudos feitos. Objectivo Geral O exercício visa seguir todos os procedimentos necessários para a obtenção da licença ambiental para a materialização do projecto, que deverá ser feito seguindo as recomendções do plano de gestão ambiental que é a etapa final de todos os estudos desenvolvidos. Objectivos Específicos Os objectivos específicos são de perceber: • Como é desenvolvida a Suicocultura e seus impanctos; • A Legislação internacional e de Moçambique; • O processo de licenciamento de uma actividade em Moçambique; • A categorização das actividades; • A elaboração de um EIA e estrutura e os relatórios que dele resultam; • O processo da criação de suínos e os impactos desta actividade para o meio ambiente; • As medidas de mitigação dos efeitos desses impactos. Metodologia O presente trabalho foi possível graças a recolha de dados na internet, sob o acompanhamento do docente, sem esquecer que também foram consultados trabalhos anteriores de colegas que fizeram o mesmo exercício Primeiramente foi feita uma leitura superficial através da bibliográfica obtida sobre todos os temas propostos pelo docente e em seguida escolhi o tema de criação de suínos porque é um tema que não é da competência directa de um Arquitecto Planeador, o que ajudará a enriquecer meus conheciemntos, porque a pesquisa teria que ser profunda. Generalidades5 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE GLOSSÁRIO DE TERMOS Acrónimos AIA - Avaliação de Impacto Ambiental PPS - Projecto de Produção de 5000 Suínos CAP - Cadeia Agro Industrial UPL - Unidade de Podução de Leitoes ADM - Águas de Moçambique DPCA - Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental EDM - Electricidade de Moçambique EIA - Estudo de Impacto Ambiental EPDA - Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito ETAR - Estação de Tratamento de Águas Residuais FIPAG - Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água Ha - hectares IMAP - Instituto do Magistério Primário MITADER - Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural PGA - Plano de Gestão Ambientala SIG - Sistemas de Informação Geográfica TdR - Termos de Referência TPM - Transportes Públicos de Maputo REIA - Relatório de Estudo de Impacto Ambiental Generalidades6 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE SUMÁRIO TÍTULO I: ESTUDO DE PRÉ-VIABILIDADE AMBIENTAL E DEFINIÇÃO DE ÂMBITO Capítulo I: Resumo Não Técnico Capítulo II: Termos de Referência TÍTULO II: RELATÓRIO DE ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL Capítulo III: Descrição do Projecto e Situação Ambiental Capítulo IV:Análise de Impactos, Mitigação, Conclusões e Recomendações TÍTULO III: PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL Capítulo V: Análise de Impactos, Mitigação, Conclusões e Recomendações Página não Formatada AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE Generalidades8 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE SUINICULTURA I. Conceito de Suinicultura A Suinicultura trata da criação de suínos para a produção de alimentos e derivados. No mundo, os suínos respondem por 44% do consumo de carnes. A suinicultura passou nas últimas décadas por profundas alterações tecnológicas, buscando, principalmente, o aumento de produtividade e redução dos custos na produção. Até a década de 70, a criação de suínos era assinalada pela pequena concentração de animais nas propriedades, a partir de então as criações passaram a ser mais confinadas, sem acesso a terra, com instalações extremamentelimpas e desinfetadas. Entretanto, esse moderno modo de produção origina elevadas quantidades de resíduos inadequado das dejeções dos suínos (Oliveira, 1997). II. Impacto Ambiental “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais” (CONAMA, 1986). A suinicultura é uma atividade de grande potencial poluidor, face ao elevado número de contaminantes gerados pelos seus efluentes, cuja acção individual ou combinada, pode representar importante fonte de degradação do ar, dos recursos hídricos e do solo. A degradação biológica dos resíduos produz gases tóxicos, cuja exposição constante a níveis elevados, pode reduzir o desempenho zootécnico dos suínos e incapacitar precocemente os tratadores para o trabalho. O lançamento dos dejetos na natureza sem tratamento prévio pode também causar desequilíbrios ambientais. Em suma, o problema crucial na criação de suínos reside no apreciável volume de dejectos produzido e na sustentabilidade da sua produção. • O lançamento indiscriminado de dejetos não tratados em rios, lagos e no solo podem provocar doenças verminoses, alergias, hepatite; • Trazer desconforto à população (proliferação de insetos e mau cheiro) e, ainda, provocar impactos no meio ambiente (morte de peixes e animais, toxicidade em plantas e eutrofização dos cursos d’água). Constitui-se, dessa forma, um risco à sustentabilidade e expansão da suinocultura como atividade econômica (Bley Junior, 1997). Generalidades9 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE SUINICULTURA III. Produtores de Suínos no Mundo Actualmente a carne suína é a proteína mais produzida e consumida no mundo e ainda não existem perspectivas de mudança neste cenário. A carne suína é responsável por 40,41% da produção de carnes no mercado mundial. A China está no topo dos países produtores, seguida por EUA, Alemanha e Espanha. Consumo de Carne no Mundo Tipo de Carne Volume (ton) Percentagem (%) Suína 115 453 862 40,41 Aves 86 772 328 30,37 Bovina 61 881 160 21,66 Outras 21 608 459 7,56 Total 285 715 809 100,00 FONTE: FAOSTAT, FAO 2007 A carne Suína além de ser a carne mais produzida, o produto Suíno também é o mais consumido em escala mundial, superando a carne Bovina e de Frango. Atualmente a carne suína é a preferida em diversas partes do globo. A média de consumo por pessoa na Europa é 44 Kg. China e Canadá registram 35Kg e os Estados Unidos, o consumo atinge cerca de 30 Kg por pessoa e a média mundial é 16 Kg, segundo as estatísticas da FAO em 2007. Produtores de Carne Suína no Mundo País Volume (ton) Percentagem (%) China 61 150 000 52,96% Estados Unidos 9 952 709 8,62% Alemanha 4 670 000 4,04% Espanha 3 221 700 2,79% Brasil 3 130 000 2,71% Vietnã 2 500 000 2,17% Polônia 2 100 000 1,82% França 1 982 000 1,72% Canadá 1 894 380 1,64% Rússia 1 788 000 1,55% Dinamarca 1 750.000 1,52% Itália 1 600.000 1,39% Filipinas 1 501.000 1,30% Países Baixos 1 295 600 1,12% México 1 200 000 1,04% Japão 1 164 500 1,01% Outros 14 553 973 12,61% Total 115 453 862 100,00% FONTE: FAOSTAT, FAO 2007 Generalidades10 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE SUINICULTURA IV. Sistema de Produção de Suínos Sistema de produção Wean-to-Finish (WF) O wean-to-finish (WF) é um sistema de produção de suínos desenvolvido na região central dos Estados Unidos na década de 90 e, actualmente, está presente em diversos países do mundo. Consiste basicamente na eliminação da fase de creche dentro do sistema de produção convencional, onde os animais são desmamados e alojados em um galpão onde permanecem até o abate. Dentro deste método de produção, os leitões são desmamados com 28 dias, e permanecem em uma mesma instalação do desmame ao abate. Este sistema foi criado com o objectivo de melhorar o desempenho produtivo, reduzir o trabalho com a movimentação e/ou transferência dos animais. Sistema de produção ao Ar Livre Este sistema preconiza a criação de suínos em ambientes abertos em piquetes de forrageiras formadas ou em áreas arborizadas, em cabanas ou abrigos, nas fases de reprodução, gestação, lactação e recria. Criados soltos, os leitões são, depois, vendidos para que sejam terminados em confinamento. Os animais criados em sistema ao ar livre recebem manejo produtivo, reprodutivo e alimentar semelhantes aos dos animais criados em sistema tradicional confinado. Este sistema devolve ao animal as condições ambientais mais próprias de seu habitat, que refletem positivamente na produtividade. A técnica tem como objectivo proporcionar melhorias nos parâmetros produtivos e reprodutivos de fêmeas suínas, promovendo um baixo custo de implantação, maior viabilidade económica e melhoria no bem estar dos animais. Generalidades11 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE Sistema de produção em Banda/Lotes A formação de lotes de produção é um requisito básico para manutenção controlada de receitas. O princípio básico na formação de lotes é definir um tamanho padrão que garanta fluxo de produção estável tanto na produção de leitões quanto na recria e terminação. Por se tratar uma actividade extremamente dinâmica, na suinicultura moderna, as granjas que no passado eram consideradas referência por tamanho, hoje, dentro de uma ótica industrial, são consideradas pequenas. Neste sentido, para granjas com até 300 matrizes é recomendado o manejo em lotes acima de uma semana, podendo ser a cada 2; 3 ou 4 semanas. O modelo mais recomendado é aproximar o manejo quadrissemanal para as granjas menores. SUINICULTURA V. Legislação Ambiental no Mundo É possível produzir suínos de forma ambientalmente correcta desde que haja consenso entre todos os actores da cadeia produtiva. Os países que atingiram uma relação saudável entre produção de suínos e ambiente, conseguiram isso a partir de esforços, comprometimentos e estabelecimento de objetivos comuns entre todos. Malásia - legislação criada em 1984 • áreas específicas para produção de suínos, onde o controle da poluição é obrigatório; • suinicultores que não dispõem de área para disposição dos dejectos e/ou recursos para financiar o tratamento, são incentivados a enviar os dejectos para unidades centrais de tratamento. Bélgica - legislação criada em 1991 • estipulados níveis máximos de aplicação de nitrogênio e fósforo no solo de acordo com a cultura produzida; • permissão para aplicação dos dejectos no solo somente em algumas épocas do ano; • criado um banco de resíduos para os produtores com falta de área para aplicação. Generalidades12 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE SUINICULTURA França - legislação criada em 1992 • tem autorização ambiental / licenciamento ambiental; • estabelece distâncias entre as instalações de suínos e de resíduos em relação a fontes, poços, estradas e residências; • é obrigatório o uso de hidrômetros nas instalações; • os sistemas devem estar cercados; • tempo de armazenagem deve ser de 4 meses; • toda forma de aplicação de resíduos no solo deve estar documentada; • a fertilização é feita tendo como referência o nitrogênio e o balanço de nutrientes; • descarga de efluentes em corpos d’água é permitida de acordo com padrões estipulados. Estados Unidos • existem diversas leis federais que regulam o manejode resíduos animais e cada Estado tem sua própria legislação; • produtor deve provar, a partir de um projecto, que sua criação não poluirá a água; • os resíduos podem ser aplicados no solo tendo como referência os conceitos agronômicos e a apresentação de um plano de manejo de nutrientes; • as instalações de armazenamento e tratamento devem ser revestidas ou de alvenaria; • é obrigatório uma nova licença se houver expansão da produção ou construção de novas instalações. VI. Sunicultura em Moçambique Em Moçambique 20% do total das explorações agrárias que existentes criam suínos. A sunicultura gera muitos postos de emprego directos e indirectos, contribuindo na alimentação da população e geração de rendimentos aos produtores. Ela também contribui para o desenvolvimento das regiões na produção de cereais e outros alimentos. As provínciais com maiores efectivos na sunicultura são, Nampula (25%) Zambézia e Inhambane 20 e 13 % respectivamente. Generalidades13 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE SUINICULTURA VII. Prespectivas de Moçambique Produção mundial de carne em 2001 foi de 83.608 mil toneladas e o crescimento anual de consumo de carnes no mundo até 2015 deverá ser a volta de 2%. Em Moçambique o aumento da produção de cereais e o crescimento da população, acompanhado pelo aumento da necessidade da satisfação das necessidades em proteína animal, a redução da pobreza e consequente aumento do poder aquisitivo, aumento de nível de escolaridade e consequentes alterações nos hábitos alimentares abre espaço para que a sunicultura cresça. Por outro lado, o facto dos suínos em nosso País, poderem ser criados economicamente e com sucesso usando materiais de construção de baixo custo, as condições de clima favoráveis, permite que se criem suínos em alojamentos relativamente baratos e bons. Os constrangimentos da produção suína em Moçambique estão relacionadas com a incerteza ou dificuldades de obtenção de rações baratas e doenças como a peste suína africana que é o grande obstáculo. Contudo, estes podem ser controlados/minimizadas, utilizando novas tecnologias e práticas de maneio. Assim a nível do mercado espera-se uma crescente recuperação da economia do País, com consequente aumento do poder de compra da população, estimulando assim os produtotres e redução do preço práticado por quilograma. FONTE: Manual de Criação dos Suínos Moçambique Página não Formatada AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito Capítulo I: Resumo não Técnico 1 Introdução ...................................................................................16 2 Proponente do Projecto ..............................................................16 3 Descrição Sintéctica do Projecto .................................................16 4 Área de Inflluêcia do Projecto ........................................................17 5 Concepção Estrutural ........................................................................17 6 Aspectos Construtivos e Arquitectura ................................................19 7 Infraestruturas ......................................................................................... 22 8 Alternativas ............................................................................................... 24 9 Identificção de Questões Fatais .............................................................. 24 10 Questões a Investigar durante o EIA ....................................................... 24 11 Impactos Amientais do Projecto ............................................................... 25 12 Análise dos Impactos Amientais do Projecto ............................................. 27 Capítulo II: Termos de Referência 13 Introdução ............................................................................................................ 29 14 Metodologia de Estudo ........................................................................................ 29 15 Metodologia de Avaliação do Impacto .............................................................. 30 16 Preparação do Relatório .......................................................................................... 31 17 Plano de Gestão Ambiental ....................................................................................... 32 18 Processo de Consulta Pública ...................................................................................... 32 Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos16 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 1. Introdução O Título I do presente trabalho constitui o EPDA do projecto para a produção de 5000 suínos. O Proponete, encaminhou MITADER a documentação de instrução do processo para efeitos de AIA da instalação de uma Unidade de Produção de suínos em Marracuene. A Unidade de produção visa a descentralização de actividades que a cidade vem registando, criando assim novos polos de desenvolvimento da mesma, bem como impulsionar o crescimento económico. No decorrer do processo de instrução do AIA, a Direcção Nacional para a AIA, considera a actividade proposta como sendo uma actividade que se enquadra na Categoria A, segundo o Anexo 1 do Decreto n° 45/2004 de 29 de Setembro. 2. Proponente do Projecto O Projecto para a construção de granja industrial para a produção de 5000 suínos, foi encomendado pelo Erasmo Nhachungue. 3. Descrição Sintética do Projecto 3.1. Localização: Pretende-se implantar uma unidade de produção de suínos, numa área de cerca de 46 Ha (985x485m) na Província de Maputo, em Marracuene. O distrito de Marracuene faz limite, a norte com o distrito de Manhiça, a oeste com o distrito de Moamba e com o município da Matola, a sul com o município de Maputo e a leste com o Oceano Índico. Este distrito tem uma superfície de 666 km² e uma população recenseada em 2007 de 157 642 habitantes. O Lote de implantação tem Latitude 25°48’1.53”Sul e Longitude 32°36’32.64”Este. Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos17 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 3.2. Acesso ao local: Pela estrada nacional EN1,é possível chegar ao local vindo do bairro Boquisso A. Outro acesso fácil é para quem está na estrada Circular, pode pegar uma das ruas em terra-batida perpendiculares a estrada Circular. 3.3. Instalações e Infraestruturas Estação de Tratamentos dos Resíduos Electrecidade Abastecimento de Água Vias 3.4. Faseamento 1ª Fase: Construção 2ª Fase: Operação 3ª Fase: Pós-Operação 4. Área de Influência do Projecto 4.1 Área de Influência Directa: foi definida como a área de cerca correspondente a área disponível do lote para a implantação do projecto e suas infraestruturas, 46 Ha. 4.2. Área de Influencia Indirecta: para elém do bairro em que será desenvolvida a actividade, e por este se situar no limite do Município da Matola, o bairro Intaka será alvo de impactos indirectos do projecto, e outros bairros adjacentes. 5. Concepção Estrutural A definição e dimensionamento das instalações da Unidade depende da análise da Cadeia de Produção Agro-Industrial, CPA e do sistema de produção do fluxo de produção. Governança de transações: M. Mercado CT. Contratos tácitos CI. Contratos de integração Em pr es as de v ar ej o tr ad in gs / Ex po rt ad or 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Em pr es a de ge né tic a Em pr es ade ge né tic a/ Su in oc ul to r Su in oc ul to r in de pe nd en te A gr oi nd ús tr ia Su in oc ul to r / va re jo Ex po rt ad or M CT M CT M M T1 T2 T3 T4 A ge nd e ec on ôm ic o O pe ra çõ es té cn ic as Tr an sa çõ es Ex te rn as 1. Genética de reprodutores e Matrizes (GR) 2. Preparação de marrãs e primeira prenhez 3. Frabricação e transporte de ração 4. Criação de matrizes e rrodução de leitões ( u PL) 5. Terminação de cevados ( u T ) 6. Abate e processamento 7. Embalagem e rotulagem 8. Distribuição para o mercado Interno 9. Varejo 10. Exportação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1. Genética de reprodutores e matrizes (GR) 2. Preparação de marrãs e primeira prenhez 3. Fabricação e transporte de ração 4. Criação de matrizes e produção de Leitões ( u PL) 5. Terminação de cevados ( u T ) 6. Abate e processamento 7. Embalagem e rotulagem 8. Distribuição para o mercado interno 9. Varejo 10. Exportação Governança de transações: M. Mercado CT. Contratos tácitos CI. Contratos de integração Em pr es as de v ar ej o tr ad in gs / Ex po rt ad or 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Em pr es a de ge né tic a Em pr es a de ge né tic a/ Su in oc ul to r Su in oc ul to r in de pe nd en te A gr oi nd ús tr ia Su in oc ul to r / va re jo Ex po rt ad or M CT M CT M M T1 T2 T3 T4 A ge nd e ec on ôm ic o O pe ra çõ es té cn ic as Tr an sa çõ es Ex te rn as 1. Genética de reprodutores e Matrizes (GR) 2. Preparação de marrãs e primeira prenhez 3. Frabricação e transporte de ração 4. Criação de matrizes e rrodução de leitões ( u PL) 5. Terminação de cevados ( u T ) 6. Abate e processamento 7. Embalagem e rotulagem 8. Distribuição para o mercado Interno 9. Varejo 10. Exportação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1. Genética de reprodutores e matrizes (GR) 2. Preparação de marrãs e primeira prenhez 3. Fabricação e transporte de ração 4. Criação de matrizes e produção de Leitões ( u PL) 5. Terminação de cevados ( u T ) 6. Abate e processamento 7. Embalagem e rotulagem 8. Distribuição para o mercado interno 9. Varejo 10. Exportação Arranjo Organizacional de CPA - Suinocultor independente em ciclo completo Operações técnicas dissociáveis da CPA da carne suína e seus derivados Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos18 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 5.1. Fluxo de Produção: na suinicultura um dos aspectos importantes na prevenção de doenças é o correcto manejo das instalações, visando reduzir a pressão infectiva e a transmissão de agentes patogênicos entre animais de diferentes idades. Isto é possível através da utilização do sistema de produção “todos dentro todos fora” com vazio sanitário entre cada lote, pelo menos nas fases de maternidade, creche e crescimento. Para poder adotar esse sistema é necessário planear as instalações, estabelecendo o número de salas que atendem um determinado fluxo de produção (intervalo entre lotes). Para calcular o número de salas necessárias em cada fase de produção, deve-se definir algumas premissas: • Intervalo entre lotes: os intervalos entre lotes de 7 ou 22 dias são os mais utilizados para facilitar as actividades de manejo; • Idade ao desmame: para fins de cálculo das instalações e para realizar o desmame sempre no mesmo dia da semana, usar 21 ou 28 dias; • Idade de saída dos leitões da creche: é de 63 a 70 dias; • Idade de venda dos suínos: definida em função das características do mercado que se pretende atender; • Intervalo desmama/cio: utiliza-se como média 7 dias; • Duração da gestação: essa variável é fixa de 114 dias; • Duração do vazio sanitário: 7 dias (1 dia para lavagem + 1 dia para desinfecção + 5 dias de descanso). Definidas as premissas, é possível fazer os cálculos do número de salas necessárias em cada fase de produção e o número de lotes de matrizes necessários para atender ao fluxo de produção. 1º Cálculo do número de salas em cada fase de produçãoN1= (Po+Vs) / I onde,N1 - Número de LotesPo - Período de ocupaçãoVs - Vazio sanitárioI - Intervalo entre lotes 2º Cálculo do número de lotes de fêmeas na granjaN2 = (C + Dg + Da) / I onde,N2 - Número de Lotes de porcasC - Intervalo desmama/cioDg - Duração da gestaçãoDa - Duração média do aleitamentoI - Intervalo entre lotes 5.2. Recomendações: na construção das edificações, as diferentes salas não poderão ter comunicação directa entre elas para maior eficiência do vazio sanitário. A construção de corredor central com portas de acesso às salas não é recomendado. As portas de entrada devem ser previstas pelas laterais da instalação. Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos19 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 6. Aspectos Construtivos e Arquitectura O tipo ideal de edificação deve ser definido, fazendo- se um estudo do clima do local onde será implantada a exploração. Assim, é possível projectar instalações com características construtivas capazes de minimizar os efeitos adversos do clima sobre os suínos. 6.1. Homeotermia: os suínos são animais homeotérmicos, capazes de regular a temperatura corporal. No entanto, o mecanismo de homeostase é eficiente somente quando a temperatura ambiente está dentro de certos limites. Portanto, é importante que as instalações tenham temperaturas ambientais próximas às das condições de conforto dos suínos. Temperatura para diferentes categorias de suínos Categoria T. Conforto T. Superior Recém-nascido 32 - 34ºC - Leitões até a desmama 29 - 31ºC 36ºC Leitões desmamados 22 - 26ºC 27ºC Leitões em crescimento 18 - 20ºC 26ºC Suínos em terminação 12 - 21ºC 26ºC Fêmeas gestantes 16 - 19ºC 24ºC Fêmeas em lactação 12 - 16ºC 23ºC Fêmeas vazias e Machos 17 - 21ºC 25ºC FONTE: Perdomo et.al. (1985) 6.2. Localização : a área seleccionada deve permitir a locação da instalação e de sua possível expansão, de acordo com as exigências do projecto e de biossegurança. O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a obstrução do ar por outras construções, barreiras naturais ou artificiais. A instalação deve ser situada em relação à principal direção do vento. Caso isso não ocorra, a localização da instalação, para diminuir os efeitos da radiação solar em seu interior, prevalece sobre a direção do vento dominante. Escolher o local com declive suave, voltada para o norte, é desejável para boa ventilação. No entanto, os ventos dominantes locais devem ser levados em conta, principalmente no período de inverno, devendo-se prever barreiras naturais. 6.3. Afastamento: o afastamento entre instalações deve ser suficiente para que uma não actue como barreira à ventilação natural da outra. Assim, recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura da instalação, entre as duas primeiras a barlavento, sendo que da segunda instalação em diante o afastamento deverá ser de 20 a 25 vezes esta altura, como representado na página seguinte. Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos20 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO1ª Instalação 2ª Instalação Ventos Predominantes 3ª Instalação 6.4. Orientação: o sol não é imprescindível à suinicultura. Se possível, o melhor é evitá-lo dentro das instalações. Assim, devem ser construídas com o seu eixo longitudinal orientado no sentido leste-oeste. Nessa posição, nas horas mais quentes do dia, a sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga calorífica recebida pela instalação será a menor possível. A temperatura do topo da cobertura se eleva, por isso é de grande importância a escolha do material para evitar que essa se torne um coletor solar. Na época da construção da instalação deve ser levada em consideração a trajetória do sol, para que a orientação leste-oeste seja correta para as condições mais críticas de verão. 6.5. Largura: a grande influência da largura da instalação é no acondicionamento térmico interior, bem como em seu custo. A largura da instalação está relacionada com o clima da região onde a mesma será construída, com o número de animais alojados e com as dimensões e disposições das baias. Normalmente, recomenda-se largura de até 10m para clima quente e húmido e largura de 10m até 14m para clima quente e seco. 6.6. Comprimento: o comprimento da instalação deve ser estabelecido com base no Planeamento da Produção, assim como também para evitar problemas com terraplanagem e sistema de distribuição de água. 6.7. Pé-direito: o pé direito da instalação é elemento importante para favorecer a ventilação e reduzir a quantidade de energia radiante vinda da cobertura sobre os animais. Estando os suínos mais distantes da superfície inferior do material de cobertura, receberão menor quantidade de energia radiante, por unidade de superfície do corpo, sob condições normais de radiação. Desta forma, quanto maior o pé direito da instalação, menor é a carga térmica recebida pelos animais. Recomenda-se como regra geral pé direito de 3m a 3,5m. Esquema de Afastamentos Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos21 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE 6.8. Cobertura: o telhado recebe a radiação do sol, emitindo-a tanto para cima, como para o interior da instalação. O mais recomendável é escolher para o telhado, material com grande resistência térmica, como a telha cerâmica.as que estiverem aderidos à telha e facilitar assim, a fixação da tinta. A abertura na parte superior do telhado, é altamente recomendável para se conseguir adequada ventilação, pois permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão, resultando em ambiente confortável. Deve ser em duas águas, disposto longitudinalmente na cobertura. Esse deve permitir abertura mínima de 10% da largura (L) da instalação, com sobreposição de telhados com afastamento de 5% da largura da instalação ou 40 cm no mínimo. Deve ser equipado com sistema que permita fácil fechamento e com tela de arame nas aberturas para evitar a entrada de pássaros. 6.9. Áreas circundantes: é comum o plantio de grama em toda a área delimitada das instalações, pois reduz a quantidade de luz refletida e o calor que penetra nos mesmos, além de evitar erosão em taludes aterros e cortes. Essa grama deve ser de crescimento rápido, que feche bem o solo, não permitindo a propagação de plantas invasoras. Deverá ser constantemente aparada para evitar a proliferação de insetos. Para receber as águas provenientes do telhado, construir uma canaleta ao longo da instalação de 0,40 m de largura com declividade de 1%, revestida de alvenaria de tijolos ou de betão pré-fabricado. A rede de esgoto deve ser em manilhas ou tubos de PVC, sendo recomendado diâmetro mínimo de 0,30 para as linhas principais e de 0,20 m para as secundárias. 6.10. Sombreamento: o emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas instalações, devido à projecção de sombra sobre o telhado. Para as regiões onde o inverno é mais intenso, as árvores devem ser caducifólias. Assim, durante o inverno as folhas caem, permitindo o aquecimento da cobertura e no verão a copa das árvores torna-se compacta, sombreando a cobertura e diminuindo a carga térmica radiante para o interior da instalação. Devem ser plantadas nas faces norte e oeste da instalação e mantidas desgalhadas na região do tronco, preservando a copa superior.Fazer verificação constante das calhas para evitar entupimento com folhas. 1/10L 5 cm L Esquema para determinação das dimensões do lanternim Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos22 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 7. Infraestruturas 7.1. Água: a zona possuem um lençol freático a um nível superficial o que permitirá fazer um furro que fornecerá água para unidade. 7.2. Energia: a energia será fornecida pela rede pública (EDM) a unidade de produção. O empreendimento receberá energia da subestação local e será reticulada através de um cabo subterrâneo. O projecto irá contar com um Posto de Transformação, uma ATS e um Gerador para garantir o funcionamento em caso de corte. 7.3. Gás: o gás será proveniente da rede de distribuicão de Gás natural da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) pois esta empresa possui adutora que passa pela EN1. 7.4. Combate ao Incêndio: será efectuada uma projecção detalhada do sistema de combate a incêndios dos edifícios. Este será feito com base nos padrões de Portugal, porque o regulamento que potugal usa é o usado a nível de toda Europa, e é tido como refrência mundial. Serão garantidas as seguintes medidas de combate ao incêndio: • Sistemas de hidrantes exteriores; • Criação de rotas de fuga; • Fornecimento de extintores de incêndio portáteis; • Estabelecimento de medidas de controlo de fumos sob a forma de ventiladores; • Instalação de iluminação de emergência; • Instalação de sistemas de detecção de fumo, comunicação e evacuação de emergência; • Instalação de sinalização de incêndio. 7.5. Rede de Circulação: este projecto contará com uma rede de circulação horizontal que permitirá acesso aos automóveis e circulação pedonal. 7.6. Sistemas de armazenamento de dejectos de suínos: os dois processos mais empregados para o armazenamento dos dejectos de suínos são os modelos conhecidos como esterqueira e bioesterqueira. Esses sistemas possuem a função principal de armazenar os dejectos antes de aplicá- los ao solo, porém esses reactores biológicos proporcionam redução da fração orgânica associada à sua liquefação, preservando o potencial de fertilização deste produto. Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos23 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 7.8. Esterqueira : para o projecto, usar-se-à o sistema de Esterqueira que é uma benfeitoria que permite a fermentação do esterco, diminuindo o seu poder poluidor e possibilitando seu posterior aproveitamento como fertilizante em lavouras e pastagens. Outra grande vantagem desse processo é que durante a fase de cura a elevada temperatura de fermentação também destrói a maioria das sementes de pragas e os germes causadores de doenças. Qualquer que seja o modelo de esterqueria adoptado, o local para a construção deve ficar afastado no mínimo 50m do estábulo e 200m de residências, para evitar transtornos causados pela ploriferação de moscas e pelo mau cheiro. FONTE: www.jornalahora.com.brFONTE: gpepibiodigestor.blogspot.com 7.7. Escolha do Sistema de tratamento dos dejectos: Os dois sistemas devem ser construídos para armazenar os dejectos durante o período de 120 a 180 dias, em função das características do solo e do tipo de cultura a ser desenvolvida. Desta forma,fica integrada a prática agrícola, aproveitando- se o potencial fertilizante dos dejetos com a capacidade- suporte do ecossistema solo. As experiências com protótipos dessas instalações mostraram que as duas tecnologias demonstraram comportamento semelhante, apresentados resumidamente (Gosmann, 1997) no entanto, a esterqueira possui custo de implantação e de operação inferior a bioesterqueira. Bioesterqueira Esterqueira Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos24 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 8. Alternativas Depois de analizadas os procedimentos e recomendações para a materialização do projecto, podem ser feitas duas análises, que ditam ou não a contrução do rojecto. As alternativas possíveis para esta actividade são: • Alternativa A: não construção da Unidade de Produção; • Alternativa B: a construção da Unidade de Produção. 8.1. Resposta: a implementação da actividade é pertinente, na medida em que será incentivada a geração de emprego e renda, contribuindo para a economia de local e nacional, o abastecimento ao mercado local com proteina animal e demais vantagens directas ou indirectas. 9. Identificação das Questões Fatais Da avaliação feita durante estudo, constatou-se que não existem questões fatais que impeçam o projecto de prosseguir pois os impactos ambientais identificados são passíveis de mitigação e serão analisados em maior detalhe durante a fase do EIA. Serão desenhadas medidas de mitigação para estes impactos, de modo a minimizar ou eliminar os impactos negativos. O EIA irá incluir um Plano de Gestão Ambiental (PGA), que irá definir claramente as responsabilidades e obrigações na implementação das medidas de mitigação e no monitoramento desta implementação. 10. Questões a Investigar durante o EIA Apesar da decisão de levar o projecto a sua materialização, os impactos da Suinicultura sobre o meio ambiente não devem ser discriminados e assinm sendo, o EIA deverá investigar com detalhe os aspectos com potencial para influir sobre o ambiente, conforme os pontos já descritos. 1. A área de implantação do projecto localiza-se numa zona praticamente por isso dever-se considerar as condições hidrológicas, em especial o sistema de drenagem de águas pluviais. 2. Devido a dimensão das infraestruturas do projecto, as condições de acessibilidade ao local (rede viária) poderão interferir com o actual cenário existente, pelo que deverão ser devidamente investigadas e solucionadas. 3. O EIA deverá incidir sobre quaisquer outros elementos da actividade que venham a ser identificados como potencialmente susceptíveis de causar impactos no ambiente. 4. Deverão ser investigados possíveis mecanismos que permitam maximizar os benefícios directos e indirectos do projecto para as comunidades. Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos25 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 11. Impactos Ambientais do Projecto 11.1. Fase de Construção 11.1.1. Impactos Positivos Socioeconómico Criação de Postos de Trabalho: poderão ser criados postos de trabalho; contudo, importa referir que este é limitado e, em alguns casos, poderá ser mesmo nulo, visto que tal número será dependente das necessidades de pessoal adicional por parte do empreiteiro (normalmente o empreiteiro possui um quadro de pessoal próprio, já contratado). 11.1.2. Impactos Negativos Biofísicos Compactação dos solos: a compactação dos solos é um potencial impacto devido à passagem sucessiva de maquinaria, especialmente maquinaria pesada. A compactação traduz-se na diminuição do espaço para água e ar no solo, dificultando a infiltração de água, o que irá o desenvolvimento de raízes e afectando o crescimento das plantas. Poluição do solo: os resíduos produzidos durante as obras como desperdícios metálicos, entulho de construção, embalagens de plástico e/ou metálicos, entre outros. A gestão inadequada destes poderá conduzir à contaminação do solo e águas subterrâneas. Ainda Durante a fase de construção, substâncias como combustíveis, lubrificantes, tintas, entre outros, poderão pôr em risco o solo e as fontes de água subterrâneas. Ruídos: Haverá aumento dos níveis de ruído durante a fase de construção, decorrente do funcionamento das máquinas envolvidas na construção das infraestruturas. Poluição atmosférica: as actividades de construção e a movimentação de veículos e maquinaria pesada serão potenciais geradoras de poeiras. 11.2. Fase de Operação 11.2.1 Impactos Positivos Socioeconómicos Oferta de Bens e Serviços: serão construídas infraestruturas para a prestação de serviços e oferta de bens, o que poderá solucionar a elevada procura dos mesmos e reduzir a actual dependência em relação à Cidade de Maputo. Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos26 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE Emprego: a unidade prevê produzir 5000 suinos, as várias instalaçoes representam um aumento significativo de empregos ao s residentes aredores a unidade. 11.2.2. Impactos Negativos Saúde Doenças: as granjas quando não forem bem tratadas, podem contribuir para a proliferação de doenças e vírus. Socioeconómico Surgimento de novo tipo de Tráfego e poluição sonora. Biofísico Poluição das aguas e do solo 11.3. Fase de Pós-Operação 11.3.1. Impactos Positivos Socioeconómico Mais espaços que podem ser revertidos a habitação, espaço público e demais usos. 11.3.2. Impactos Negativos Biofísico Maior extensão de área infertil; Saúde Surgimento de gripe suína e demais doenças. Socioeconómico Desemprego ao quadro de operários e outros contractos durante a fase de operação. CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos27 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO I: RESUMO NÃO TÉCNICO 12. Análise dos Impactos Ambientais do Projecto Na tabela são indicados alguns potenciais impactos biofísicos, socioeconómicos e de saúde e segurança ocupacional decorrentes das fases de construção, de Operação e Pós-Operação, a investigar na fase do EIA: Tabela de Possíveis Impactos Ambientais do Projecto Fase de Projecto Impacto Meio Descrição de actividade Fase de Construção Positivo Socioecónomico Criação de postos de trabalho Fase de Operação Positivo Socioecónomico Abastecimento ao mercado com proteína animal Fase de Pós-Operação Positivo Socioecónomico Espaços públicos Fase de Construção Negativo Biofísico Emissão de resíduos Positivo Socioecónomico Espectativas de emprego Negativo Saúde e Segurança Acidentes de trabalho Fase de Operação Negativo Saúde Doenças transmitidas pelos suínos Negativo Socioecónomico Novo tipo de tráfego que aumental a Poluição sonora Negativo Biofísico Poluição do solo e da atmosfera Fase de Pós-Operação Negativo Biofísico Áreas infértis Negativo Socioecónomico Trabalhadores dispensados (desemprego) Página não Formatada AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos29 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO II: TERMOS DE REFERÊNCIA 13. Introdução O Capítulo II deste documento, é referente ao Relatório do Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito (EPDA) do Projecto para Produção de 5000 suínos em Marracuene, Província de Maputo. O projecto de carácter Agro-industrial, é composto por: • Granja,o edifício principal; • Área de Armazenamento dos dejectos (Esterqueira); • Áreas de Conservação e Processamento da Carne e seus derivados; • Talho; • Estacionamento; • Escritórios da Administração; • Áreas de Apoio; • Oficinas; O projecto conta ainda com um sistema de captação águas subterrâneas (Furos), uma ETAR, um sistema de armazenamento e tratamento dos dejectos e a construção de vias de acesso pavimentadas como forma de garantir a circulação no interior. 14. Metodologia de Estudo 14.1. Estudo de Carteira: Durante os estudos de a equipa técnica irá ivestigar e analisar as informações pertinentes sobre a área de implantação do projecto e sua envolvente afectada pelo projecto. As infprmações são obtidas a partir de mapas topográficos, geológicos, de solos, de vegetação e de uso e cobertura da terra. Com auxílio destes dados o consultor irá fazer uma descrição dos seguintes tópicos na área do projecto: Meio biofísico: Clima, Geologia, Geomorfologia e Topografia, Solos, Vegetação e Fauna. Meio socioeconómico: Demografia, Administração pública, Uso da terra, Infra-estruturas, Actividades económicas, Saúde, Educação, Áreas de interesse histórico-cultural. Após a investigação e análise da informação a equipa técnica estará apta para elaborar a descrição do projecto, com especial relevo para eventuais mudanças que se preveja venham a ocorrer no futuro, na envolvente do projecto, em resultado da sua implementação. Dever-se-á ter em conta as alterações das condições do tráfego automóvel e pedonal na área do projecto. Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos30 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO II: TERMOS DE REFERÊNCIA 14.2. Trabalho de campo: em caso de haver uma fraca interpretação da informação na fase do estudo de caretira, o deslocaemnto ao terreno será necessário para a recolha de dados primários para avaliar as características ambientais e socioeconómicas relevantes. Os integrantes da equipa técnica, respossáveis pela recolha dos dados da sua área de actuação deslocar-se-ão ao terreno: • Confirmar e aprofundar no terreno os estudos de carteira; • Auscultar a sensibilidade das entidades locais, governamentais e nãogovernamentais sobre o projecto; 14.3. Estudos especializados: a avaliação do tráfego automóvel e pedonal na área será alvo de um estudo especializado, elaborado por especialistas na área. O especialista deverá elaborar um relatório de avaliação das condições do tráfego na área do projecto, o qual deverá conter: • descrição das condições actuais do tráfego na área; • consequências do projecto sobre o tráfego da região envolvente e, no sentido inverso, o impacto do tráfego actual e previsto para a região sobre o projecto; e • propôr mecanismos de gestão e melhoramento do tráfego, de acordo com todas as fases do projecto. NB: Outros trabalhos de campo de outras áreas de conhecimento, estão também previstas desses estudos. 15. Metodologia de Avaliação dos Impactos Os impactos serão avaliados de acordo com critérios estabelecidos, e serão propostas medidas de mitigação e potenciação. Critérios para a Avaliação dos Impactos Adjectivo descrito Descrição Estatuto Natureza do Impacto Positivo Mudança ambiental benéfica Negativo Mudança ambiental adversa Probabilidade Probabilidade de ocorrência Definitiva Definitiva Mais provável Muito provável Provável Possibilidade distinta Menos Provável Pouco Provável Extensão Área afecta pelo projecto Local Área de construção Regional Provícias vizinhas Sub-regional Distritos vizinhos Nacional O País Internacional Países vizinhos Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos31 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO II: TERMOS DE REFERÊNCIA Critérios para a Avaliação dos Impactos Duração Período de ocorrência Curto Prazo Área proposta para construção Médio Prazo De 6 à 24 meses Longo Prazo Todo tempo de vida do projecto Permanente Impactos residuais (constante) Intensidade Gravidade do Impacto Baixa Efeitos menores Média Efeitos maiores Alta Impactos de alta gravidade Significância Nível de significância Baixa Isenta de mitigação/gestão Média Mitigação/gestão moderada Alta Influência na decisão sobre o projecto caso o impacto causado não seja possível traçar mediadas de mitigação. NB: Os impactos serão avaliados tanto para a Fase de construção como para a Fase de Operação. Estes serão divididos por: biofísicos, socioeconómicos e de saúde e /ou segurança. 16. Preparação do Relatório EIA A preparação do Relatório do EIA irá seguir o estabelecido na Directiva Geral para Estudos de Impacto Ambiental (Diploma Ministerial 129/2006): Parte I - Relatório Principal • Índice • Glossário • Introdução, Objectivos e Metodologia do EIA • Definição da actividade e Identificação do Proponente • Enquadramento da actividade (Legal) • Alternativas da actividade • Descrição da actividade (Localização e disposição) • Fases (construção, operação e Pós-operação) • Áreas de influência (Directa e Indirecta) • Caracterização Biofísica (Topografia, geologia e solos, Clima, Hidrologia, Ecologia, Uso da terra, Paisagem) • Caracterização socioeconómica e Património cultural • Impactos ambientais (meio Biofísico e Socioeconómico) • Descrição de medidas de mitigação e compensação • Conclusões e recomendações • Referências bibliográficas Parte II - Plano de Gestão Ambiental Parte III - Relatório de Participação Pública Título I: Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de ÂmbitoAIA - Produção de Suínos32 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO II: TERMOS DE REFERÊNCIA 17. Plano de Gestão Ambiental Como parte do EIA será no fim de todos os estudos, um PGA. O PGA irá definir claramente as responsabilidades na implementação das medidas de mitigação propostas no EIA e no monitoramento desta implementação. 18. Processo de Consulta Pública A Consulta Pública, a ser realizada no âmbito do processo de Avaliação do Impacto Ambiental (conforme previsto no Decreto 45/2004 de 29 de Setembro) e no Diploma Ministerial nº 130/2006 de 19 de Julho, tem como objectivo auscultar a sensibilidade pública e das instituições potencialmente relacionadas com o Projecto sobre assuntos chave que afectam ou poderão afectar o projecto em causa. Ela serve como um fórum de levantamento de preocupações, opiniões e comentários sobre qualquer assunto relevante para a Avaliação do Impacto Ambiental, bem como para esclarecimento de aspectos relativos ao projecto. A consulta pública permitirá que durante o período em que estiver decorrendo o EIA exista um canal de comunicação entre o público, os consultores e o cliente, o que facultará a identificação de possíveis preocupações da comunidade contribuindo na adequação das intervenções do projecto podendo reduzir os impactos ambientais negativos sobre as partes interessadas. Neste contexto, o processo de consulta pública decorrerá durante o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), e consistirá na realização de uma reunião de consulta pública na Cidade da Matola. As Partes Interessadas e Afectadas (PI&As) serão informadas sobre o desenvolvimento do projecto e do EIA e serão comunicadas com uma antecedência mínima de 15 dias, para permitir a sua participação, através de convites dirigidos e publicação de anúncios em órgãos de comunicação social. Será criada uma base de dados que permitirá manter uma comunicação entre o cliente, o consultor e as PIAs. Página não Formatada AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE AVALIAÇÃO DE IMPACTOAMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE Título II: Relatório do Estudo de Impacto Ambiental (REIA) Capítulo III: Descrição do Projecto 19 Introdução ................................................................................ 36 20 Enquadramento Regional ......................................................... 36 21 Enquadramento Legal ................................................................ 37 22 Necessidades e Objectivos do Projecto ......................................43 23 Processo e Metodologia da AIA .................................................... 43 24 Descrição do Projecto .......................................................................44 25 Avaliação de Alternativas de Localização ...................................... 45 Capítulo IV: Impactos, Mitigação, Conclusões e Recomendações 26 Introdução .................................................................................................... 47 27 Definição e Significância do Impacto ........................................................ 47 28 Fase de Construção ........................................................................................ 48 29 Fase de Operação ............................................................................................ 50 30 fase de Pós-Operação ....................................................................................... 52 31 Conclusões e Recomendações .......................................................................... 53 Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA35 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Acrónimos AIA - Avaliação de Impacto Ambiental PPS - Projecto de Produção de 5000 Suínos ALARP - As Low As Reasonably Achievable (Tão baixo quanto razoavelmente alcançável/possível) CAP - Cadeia Agro Industrial UPL - Unidade de Podução de Leitoes ADM - Águas de Moçambique DPCA - Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental EDM - Electricidade de Moçambique EIA - Estudo de Impacto Ambiental EPDA - Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito ETAR - Estação de Tratamento de Águas Residuais FIPAG - Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água Ha - hectares MITADER - Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural PGA - Plano de Gestão Ambientala SIG - Sistemas de Informação Geográfica TdR - Termos de Referência TPM - Transportes Públicos de Maputo RAIA - Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental REIA - Relatório de Estudo de Impacto Ambiental LQA - Lei Quadro do Ambiente LT - Lei de Terras Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA36 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE 19. Introdução O presente Capítulo faz referência ao Relatório de Estudo do Impacto Ambiental (REIA), do Projecto para Produção de 5000 suínos em Marracuene. 20. Enquadramento Regional O proponente Erasmo Nhachungue, pretende levar a cabo o projecto, que será implatado no Distrito de Marracune, na Vila de Marracuene situada na província de Maputo, em Moçambique. Tem limite, a norte com o distrito de Manhiça, a oeste com o distrito de Moamba e com o município da Matola, a sul com o município de Maputo (ou província de Maputo Cidade) e a leste com o Oceano Índico. O distrito de Marracuene tem uma superfície de 666 km² e uma população recenseada em 2007 de 157 642 habitantes, tendo como resultado uma densidade populacional de 127,6 habitantes/km² e correspondendo a um substancial aumento de 85,5% em relação aos 84 975 habitantes registados no censo de 1997. O Lote de implantação do projecto tem Latitude 25°48’1.53”Sul e Longitude 32°36’32.64”Este, situado junto ao limite do distrito de Marracuene com o Município da Matola (próximo ao bairro de Intaka). CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA37 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE 21. Enquadramento Legal O projecto foi classificado pela DPCA de Maputo como de Categoria A, sendo necessária a realização de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Nesse contexto, foram identificados como instrumentos legislativos relevantes os seguintes: 21.1. Lei do Ambiente - 20/97 de 1 de Outubro: “A Lei do Ambiente está inserida no princípio geral da Constituição da República a qual confere ao cidadão Moçambicano o direito de viver num ambiente equilibrado, com o dever de defender, sendo necessário para o efeito uma gestão correcta do ambiente e pela criação de condições óptimas para a vida da população, ao desenvolvimento socioeconómico e cultural da comunidade, bem como a preservação dos recursos naturais. Segundo o artigo 3° da mesma Lei, ela aplica-se a todas as actividades públicas privadas que directa ou indirectamente possam influir nas componentes ambientais.” Entre os vários princípios, a Lei-quadro do Ambiente (LQA) baseia-se fundamentalmente nos seguintes aspectos: • O uso e gestão racional das componentes ambientais com vista à promoção da melhoria das condições de vida dos cidadãos e a preservação dos ecossistemas e aumento da biodiversidade, a valorização das comunidades locais, intervenientes importantes na conservação e preservação dos recursos naturais. Estes princípios visam evitar impactos negativos significativos e irreversíveis, com vista a garantir o direito dos cidadãos de viver num ambiente ecologicamente equilibrado, propício à saúde e ao seu bem-estar físico e mental. Para garantir a preservação deste princípio, a Lei do Ambiente (Lei 20/97 de 1 de Outubro) no seu artigo 15 (Capitulo V) preconiza que todas as actividades que, pela sua natureza, localização e dimensão possam provocar impactos ambientais significativos devem ser licenciadas e registadas de acordo com o regime a ser estabelecido pelo governo. Segundo a mesma Lei, o licenciamento Ambiental é baseado numa AIA da proposta da actividade à qual é precedida pela realização dos respectivos EIA e PGA, a serem realizados por entidades credenciadas pelo governo. O licenciamento Ambiental precede quaisquer outras licenças. O presente relatório do EIA, foi elaborado na base dos Termos de Referência devidamente aprovados, no contexto da directiva estabelecida na alínea b) do artigo 3° do Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental. Ao proponente cabe a responsabilidade em cumprir com as recomendações constantes do REIA e do respectivo plano de monitorização, esperando-se que o MITADER efectue uma fiscalização regular com vista a CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA38 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE garantir a preservação e conservação do Ambiente. 21.2. Lei de Terras - 9/97 de 1 de Outubro e Regulamento: a Lei de Terras, em seus aspectos essenciais, procura conciliar o fluxo de investimentos tanto nacionais como estrangeiros e os interesses das comunidades locais, visando simultaneamente, permitir o investimento privado no país e garantir a segurança da posse de Terra pelas comunidades locais. Deste modo, a mesma LT define a Terra como meio universal de criação de riqueza e bem-estar social, seu uso e aproveitamento é direito exclusivo de todo o povo moçambicano. Ao abrigo do artigo 3, a terra é propriedade exclusiva do Estado e não pode ser vendida ou, por qualquer outra forma, alienada, hipotecada ou penhorada. O artigo 12 da LT define as condições para acesso e uso, o qual destaca o direito automático de uso de Terra que as comunidadeslocais e pessoas singulares nacionais, que de boa-fé estejam a ocupar a terra há pelo menos 10 anos. Seguidamente estabelece que as pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiras podem requerer o Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT), mediante a apresentação do plano de exploração para o caso de exercício de actividades económicas. A aquisição do DUAT por cidadãos estrangeiros passa necessariamente pela apresentação do projecto de investimento devidamente aprovado pelas entidades competentes. Cumulativamente, as pessoas singulares devem estar a residir em Moçambique há pelo menos 5 anos e as pessoas colectivas devem estar constituídas ou registadas na República de Moçambique. O proponente é uma pessoa colectiva estrangeira, que tendo cumprido os requisitos exigidos por lei adquiriu uma licença especial, devidamente autorizado pelas estâncias competentes, nos termos legais. 21.3. Lei do Turismo - Lei 4/2004 de 28 de Abril: a Lei do Turismo (Lei nº 4/2004) procura corresponder a actual dinâmica do sector do turismo em Moçambique, tendo em conta o potencial que o país apresenta em termos de recursos para o desenvolvimento de actividades turísticas, a necessidade de desenvolver o turismo sustentável e responsável e o facto de ser um promotor do emprego e de geração de divisas. Artigo 3 da Lei, apresenta os principais objectivos da mesma, entre os quais há que destacar os seguintes: • Impulsionar o desenvolvimento harmonioso e social do país respeitando o património florestal, faunístico, mineral, arqueológico e artístico de forma sustentável; CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA39 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE • Contribuir para a criação de emprego, crescimento económico e alívio da pobreza absoluta; •Promover a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas marinhos e terrestre; • Melhorar o nível de vida das comunidades locais, impulsionando a participação activa no sector do turismo. • O artigo 7 da Lei refere-se ao desenvolvimento sustentável do turismo, um turismo que ao mesmo tempo promova o desenvolvimento económico e o respeito pelo meio ambiente, com vista a garantir a preservação dos recursos florestais, faunísticos, hídricos, energéticos, das áreas de protecção (parcial ou total), tendo em vista as necessidades das gerações futuras. • De acordo com o artigo 21 da Lei, constitui deveres dos turistas: •Respeitar o ambiente; • Respeitar o património natural, histórico e cultural das comunidades, assim como os seus costumes, crenças e comportamentos. • É nesta perspectiva, de respeito pelo ambiente que o proponente pretende desenvolver a sua actividade de modo a garantir a continuidade do seu projecto a médio e longos prazos, tendo em atenção à preservação do Meio Ambiente. 21.4. Regulamento sobre o Processo da Avaliação do Impacto Ambiental (RAIA): aprovado pelo Decreto n.º 45/2004, de 29 de Setembro, tendo sido objecto de alterações pontuais introduzidas pelo Decreto n.º 42/2008, de 4 de Novembro. Nos termos do artigo 1 entende-se por avaliação do impacto ambiental como sendo um instrumento de gestão ambiental preventiva que consiste na identificação e análise prévia, qualitativa e quantitativa, dos efeitos ambientais benéficos e perniciosos de uma actividade proposta. As disposições contidas neste diploma aplicam-se a todas as actividades públicas ou privadas que directa ou indirectamente possam influir nas componentes ambientais. Contudo, excluem- se do presente diploma as actividades de prospecção, pesquisa e produção de petróleo, gás e indústria extractiva de recursos minerais sendo estes regidos por regulamentação específicas, nos termos do artigo 2. Salientar que as actividades de categoria A, aquelas que acarretam grandes impactos ambientais, estão sujeitas a Estudo de Impacto Ambiental (EIA), diferentemente das actividades de categoria B, susceptíveis de causar impactos de média dimensão, e que implicam apenas Estudo Ambiental Simplificado (EAS), ou das actividades de categoria C, que causam impactos ambientais diminutos e, como tal, basta-lhes simplesmente a observância das normas constantes de directivas ambientais de boa gestão ambiental. Nos termos do RAIA, o processo de avaliação do CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA40 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE impacto ambiental encontra-se estruturado em seis fases fundamentais: i. A instrução do processo junto do MITADER; ii. A pré-avaliação da actividade; iii. A elaboração do estudo de impacto ambiental; iv. A participação pública; v. A revisão técnica do estudo de impacto ambiental; vi. A decisão sobre a viabilidade ambiental. Note-se que, segundo o artigo 6 da RAIA, com vista a dar início ao processo de AIA, os proponentes deverão apresentar ao MICOA, a nível central, ou à respectiva Direcção Provincial de Coordenação da Acção Ambiental, a nível local, a seguinte documentação: a) Memória descritiva da actividade; b) Descrição da actividade; c) Justificativa da actividade; d) Enquadramento legal da actividade; e) Breve informação biofísica e socioeconómica da área; f) Uso actual da terra na área da actividade; g) Informação sobre o ambiente da área de implementação da actividade; h) Informação sobre as etapas de realização da AIA nomeadamente da elaboração e submissão dos TdR, EPDA, EIA, e EAS; i) Ficha de Informação Ambiental Preliminar disponível na DNAIA e nas DPCA’s devidamente preenchida conforme o Anexo IV. O processo de avaliação do impacto ambiental culmina na emissão de uma licença ambiental, enquanto “certificado confirmativo da viabilidade ambiental de uma actividade proposta emitido pelo MITADER, através dos órgãos competentes para o efeito”. Nos termos do artigo 12, o seu número propõe que a realização do AIA é uma obrigação da inteira responsabilidade do proponente da actividade. 21.5. Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes: aprovado pelo Decreto n.º 18/2004, de 2 de Junho, o Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes visa assegurar o controlo e fiscalização efectivos sobre a qualidade do ambiente e dos recursos naturais do país. Entende-se por efluentes nos termos do presente Regulamento as águas residuais, águas ou outros líquidos tratados ou não que vão para um reservatório, bacia, planta de tratamento ou outro lugar qualquer. Nos termos do artigo 2, o objecto deste Regulamento é o estabelecimento dos padrões de qualidade ambiental e de emissão de efluentes, visando o controlo de níveis admissíveis de concentração de poluentes nos componentes ambientais, designadamente no ar, água e solos. CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA41 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE No que tange a qualidade do ar, os parâmetros fundamentais que o devem caracterizar para que este mantenha a sua capacidade de auto-depuração e não tenha impacto negativo significativo para a saúde pública e no equilíbrio ecológico são estabelecidos no Anexo I (cfr. Artigo 7). Por sua vez, os parâmetros para definir a qualidade das águas de domínio público, serão aferidos em função da sua categoria (água para fins de consumo humano, água para fins agro- pecuários, águas para fins de piscicultura, águas para fins recreativos e águas para fins de processamento de alimentos) tendo em consideração o objectivo último do seu uso, quereste seja comum ou privado, nos termos do artigo 11. Quanto às competências em matéria de controlo da qualidade ambiental cabe ao Ministério para Coordenação da Acção Ambiental fiscalizar o cumprimento das disposições constantes no presente regulamento. 21.6. Regulamento de Gestão de Resíduos: aprovado pelo Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho, tendo surgido da necessidade de definir os meios sobre o processo da gestão de resíduos no território nacional. O objecto deste diploma, nos termos do artigo 2, consiste no estabelecimento de regras relativas a produção, o depósito no solo e no subsolo, o lançamento para água ou para atmosfera, de quaisquer substâncias tóxicas e poluidoras, assim como a prática de actividades poluidoras que aceleram a degradação do ambiente, com vista a prevenir ou minimizar os seus impactos negativos sobre a saúde e o ambiente. No que diz respeito a competências em matéria de gestão de resíduos perigosos, nos termos do artigo 4 compete ao MITADER: • Emitir e divulgar regras de cumprimento obrigatório sobre os procedimentos a observar no âmbito da gestão de resíduos perigosos; • Realizar o licenciamento ambiental das instalações ou locais de armazenagem e/ou eliminação de resíduos perigosos; • Cadastrar entidades públicas ou privadas que manuseiam resíduos perigosos; Quanto a gestão de resíduos não perigosos, o mesmo artigo sustenta que o MITADER deve entre outros: • Emitir e divulgar regras de cumprimento obrigatório sobre os procedimentos a observar no âmbito da gestão de resíduos; • Aprovar os processos para remoção, tratamento e depósito de resíduos sólidos, incluindo os dos hospitais e os tóxicos; • Licenciar estabelecimentos que se dedicam à gestão de resíduos perigosos ou tóxicos; CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA42 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE 21.7. Regulamento dos Sistemas Prediais da Distribuição da Água e Drenagem das Águas Residuais: aprovado pelo Decreto n. ° 15/2004, de 15 de Julho, que revogou os regulamentos existentes de 1943 e 1946 por se encontrarem desactualizados e desajustados para o contexto moçambicano. Este regulamento aplica-se aos novos sistemas prediais de distribuição de água e á remodelação e ampliação de sistemas existentes. O objecto do presente Diploma é a definir as condições técnicas a que deve obedecer a distribuição predial de água de modo a ser assegurado o seu bom fornecimento, preservando- se a segurança, a salubridade e o conforto nos edifícios, e servir de critério de licenciamento pela entidade licenciadora. Nos termos do artigo 6, os sistemas prediais alimentados pela rede pública devem ser independentes de quaisquer sistemas de distribuição de água com outra origem, nomeadamente poços e furos. Como uma maneira de assegurar a saúde dos utentes das benfeitorias, o legislador determinou no artigo 10 que não é permitida a ligação entre a rede predial de distribuição de água e as redes prediais de drenagem de águas residuais. O n° 2 do mesmo artigo salienta que o fornecimento de água potável aos aparelhos sanitários deve ser efectuado sem pôr em risco a sua potabilidade, impedindo a contaminação, quer por contacto, quer por aspiração de água residual em caso de depressão. Atendendo que os projectos modernos têm em conta a segurança de seus utentes, é obrigatória a existência de sistemas de combate a incêndios nos edifícios a construir, remodelar ou ampliar de acordo com o disposto nos regulamentos de segurança contra incêndios aplicáveis (cf. Art.15). CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA43 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE 22. Necessidades e Objetivos do Projecto A materialização deste projecto de suinicultura,vem catalisar a economia e o desenvolvimento económico local , regional e nacional. Os objectivos deste investimento são de aproveitar e impulsionar o crescente mercado, sendo uma mais valia para o investidor, porém, sendo o capital maioritariamente local, o crescimento da empresa, dinamizar o crescimento da cidade criando um novo polo de desenvolvimento e obviamente contribuir com a economia da Província. Estes objectivos citados são enquadrados sob o ponto de vista dos princípios de sustentabilidade ambiental, promovendo também o desenvolvimento social de Marracuene, respeitando a salvaguarda dos princípios valores ambientais identificados no território. Para além da carne suína, outro produto importante e valioso a ser distribuído popr este investimento, são os adubos orgãnicos vindos dos dejectos que são anetriormente tratados. 23. Processo, e Metodologia da AIA O objectivo do Processo de AIA é prever a significância dos impactos do projecto sobre o ambiente físico, biológico e socioeconómico existente e identificar medidas para minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos. Esta informação será usada para apoiar a tomada de decisões por parte do Governo de Moçambique e o EIA incluiu os seguintes passos: • Realização do estudo ambiental, socioeconómico e de engenharia integrado que permitiram determinar o local mais apropriado para a construção e operação da instalação da Unidadade de Produção; • Os impactos potenciais do Projecto foram inicialmente identificados durante a fase de EPDA; • As condições da situação de referência existentes e as sensibilidades ambientais ou socioeconómicas foram determinadas através da informação disponível; • As preocupações das partes interessadas levantadas durante a fase de EPDA e Fase de Avaliação do Impacto foram consideradas; • A significância dos impactos foi avaliada antes da aplicação das das medidas de mitigação; • A experiência e competência de especialistas foram CAPÍTULO III: DESCRIÇÃO DO PROJECTO E SITUAÇÃO AMBIENTAL Título II: Relatório do Estudo do Impacto Ambiental - REIA44 AIA - Produção de Suínos AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL CRIAÇÃO DE 5000 SUÍNOS EM MARRACUENE usados na avaliação de impactos; • As medidas de mitigação foram desenvolvidas e aperfeiçoadas durante as reuniões com engenheiros de projectos e empreiteiros; • Foram convocados reuniões para garantir que as medidas de mitigação propostas fossem práticas e viáveis; • O layout do projecto em terra foi revisto e reduzido com base nas sensibilidades identificadas na situação de referência, os resultados da avaliação de impacto e de inputs de especialistas ambientais e sociais; • A significância dos impactos residuais foi avaliada após a implementação das medidas de mitigação. No final de todos estudos, foi desenvolvido um Plano de Gestão Ambiental e foi preparado um processo para formar e educar os trabalhadores sobre estes planos para a devida apliação. 24. Descrição do Projecto O projecto de carácter Agro-industrial, é composto por: • Granja, o edifício principal; • Armazenamento • Área de Armazenamento dos dejectos (Esterqueira); • Áreas de Conservação e Processamento da Carne e seus derivados; • Talho; • Estacionamento; • Escritórios da Administração; • Áreas de Apoio; • Oficinas; Granja: desempenha a função de: Pré-combição: nessas instalações ficarão alojadas em baias coletivas, as fêmeas de reposição até o primeiro parto e as porcas a partir de 28 dias de gestação. Em boxes individuais, ficarão as fêmeas desmamadas até 28 dias de gestação. Os machos ficarão em baias individuais. Creche: é a edificação destinada aos leitões desmamados. Deve-se prever a instalação de cortinas nas laterais para permitir o manejo adequado da ventilação. Terminação: Essa edificação destina-se
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