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UNP DEMP 03 EMPRESÁRIO (5)

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*
DIREITO EMPRESARIAL
EMPRESÁRIO
*
OBJETIVOS
 Entender o conceito de empresário e seus elementos caracterizadores
 Identificar os impedimentos relativos ao empresário e a relação do empresário com seu conjuge
 Conhecer as obrigações do empresário 
 Conceituar o Empresário Individual, MEI e sociedade empresária
*
EMPRESÁRIO
A empresa é uma atividade, uma abstração, que deve ser exercida por alguém, sob pena de não existir. Esse alguém é denominado empresário.
Empresário é quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços para o mercado (art. 966 CC). Ele será ou empresário individual ou sociedade empresária. 
Inscrição do Empresário  no Registro Público de Empresas Mercantis obedecendo os requisitos do art. 968 do CC. Pode abrir filial (art. 969 CC). 
Elementos que determinam o que é empresário:
• Profissionalidade
• Atividade econômica 
 Organização
• Produção ou circulação de bens e serviços
 Capacidade e ausência de impedimentos
*
EMPRESÁRIO
Traço essencial na caracterização do empresário é a profissionalidade, não basta exercer ocasionalmente a empresa, é necessário que tal exercício se apresente no mundo exterior objetivamente com um caráter estável, habitual, não pode ser eventual ou esporádico. Atividades de temporada também podem caracterizar uma empresa.
Organização é o conjunto harmonioso dos quatro fatores de produção:
a) Mão-de-obra;
b) Matéria-prima;
c) Capital;
d) Tecnologia.
Se faltar algum dos fatores acima, não há organização e, portanto, não há empresa e empresário.
*
EMPRESÁRIO
O empresário é o sujeito de direito, ele possui personalidade, pode ele tanto ser uma pessoa física na condição de empresário individual quanto uma pessoa jurídica na condição de sociedade empresária, de modo que as sociedades empresárias não são empresas, mas empresários. Ressalte-se que no caso de sociedades os sócios, mesmo os majoritários, jamais podem ser tidos como empresário, pois tal condição é da pessoa jurídica.
Para os atos da vida em geral, a pessoa deve ter capacidade, no sentido jurídico, ou seja, deve ser dotada de vontade e de discernimento para exercer os atos por si só (art. 972 CC). 
Para ser empresário individual é necessário ter plena capacidade civil (18 anos), mas o menor com 16 anos poderá exercer regularmente o comércio em nome próprio se emancipando, desde que em função do exercício dessa atividade tenha economia própria (art. 5º CC). 
*
EMPRESÁRIO
Os menores de 16 anos e o incapacitados (interditados) não podem ser empresários, mas podem prosseguir o exercício da atividade (Princípio da preservação da empresa), desde que devidamente representado, se já exercia a atividade anteriormente, ou se era exercida pelo autor da herança (art. 974 a 976 CC). Nesse caso, é necessária autorização judicial e não serão abrangidos pelos resultados da empresa, os bens que o incapaz possuía alheios a tal exercício (descritos em alvará judicial).
A emancipação, a autorização judicial e o alvará com a relação dos bens devem ser registrados na Junta Comercial (art. 976 CC).
*
EMPRESÁRIO
São proibidos/impedidos de comerciar, dentre outros:
- servidores públicos civis na ativa, servidores federais, militares da Força Armada e PM na ativa não podem ser empresários, nem sócios de sociedades empresárias, salvo na condição de comanditário, cotista ou acionista, não podendo ser administrador (art. 117, X da Lei 8.112/90 e art. 29 da Lei 6.880/80);
 magistrados, membros do Ministério Público e delegados, salvo na condição de comanditário, cotista ou acionista. Nunca podem ser empresário individual;
 o falido enquanto não reabilitado (art. 181, I da Lei 11.101/05);
 deputados, senadores e vereadores não podem ser proprietários, controladores ou diretores de empresas que possuem contratos com a Administração Pública (art. 54,II e 29,IX CF);
 leiloeiros, corretores, consules e despachantes aduaneiros; 
 pessoas condenadas a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação; 
*
EMPRESÁRIO
São proibidos/impedidos de comerciar (continuação):
 estrangeiros sem visto permanente (art. 98 e 99 da Lei nº 6.815/80 – Estatuto do Estrangeiro) e os naturais de países limítrofes, domiciliados em cidade contigua ao Brasil, estão impedidos de serem empresários individuais, e exercer função de administrador, porém não estão impedidos de participar de sociedade empresária no país; 
- estrangeiros com visto permanente e sociedades sem sede no Brasil para o exercício das seguintes atividades: pesquisa ou lavra de recursos minerais ou de aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica; atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, com recursos oriundos do exterior; atividade ligada, direta
ou indiretamente, à assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei; serem proprietários ou armadores de embarcação nacional, inclusive nos serviços de navegação fluvial e lacustre, exceto embarcação de pesca; serem proprietários ou exploradores de aeronave brasileira, ressalvado o disposto na legislação específica (art. 222 da Constituição Federal).
 devedores do INSS (art. 95, §2º, da Lei nº 8.212/91);
 médico no exercício simultaneo de farmácia e vice-versa.
*
EMPRESÁRIO
A proibição é pessoal não se estendendo ao cônjuge ou parentes. As referidas pessoas podem livremente ser cotistas, comanditárias ou acionistas de sociedade anônima, desde que não ocupem a gerência ou administração das mesmas.
O ato praticado por quem é proibido de comerciar não é nulo, é um ato válido sujeitando a pessoa a falência, e às penalidades administrativas e penais pelo ato praticado. 
O produtor rural, independentemente da complexidade e da organização de sua atividade, caracteriza-se como empresário.
Empresário Casado: Os conjuges podem contratar sociedade entre si, desde que não sejam casados no regime da comunhão universal ou separação obrigatória/legal de bens. O empresário casado pode alienar os imóveis que fizerem parte da empresa ou gravá-los de ônus real, sem a autorização do cônjuge. (Art. 977 a 980 do CC).
*
AUXILIARES DOS EMPRESÁRIOS
Os agentes colaboradores não são empresários, eles não possuem o risco do negócio. São chamados de prepostos, pois prestam suas atividades por conta alheia e não podem fazer concorrencia direta ou indireta, salvo se expressamente autorizado. Previsto nos art. 1169 a 1171 do CC.
Responsabilidade Civil do empresário por ato do preposto:
Por fato de outrem
Culpa in eligendo e in vigilando
Atos alcançados e excluídos
Podem ser classificados em:
Agentes internos  os que possuem um vínculo de dependência, como o gerente, contador e etc;
Agentes externos  não possuem subordinação jurídica ao empresário, são os representantes comerciais, leiloeiros, tradutores e etc. 
*
OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
Os empresários, sejam pessoas físicas ou jurídicas, estão sujeitos a um regime próprio de obrigações, quais sejam, o registro do empresário e da atividade (empresa), a escrituração mercantil, e a elaboração de demonstrações periódicas. (art. 967 CC)
REGISTRO (art. 1.150 a 1154 CC):
Uma das obrigações impostas é o registro no órgão competente dos atos determinados pela lei, como por exemplo, o ato constitutivo e todas as suas alterações, em relação às sociedades empresárias.
a) Empresário Individual + sociedade empresária  RPEM  SINREM = DNRC + JC
b) Sociedade Simples + coopetativa  RCPJ
A mais nova disciplina do registro é dada pela Lei nº 8.934/94, que fala no registro de empresas mercantis e atividades afins. A inscrição realizada com mais de 30 dias da assinaturado ato tem efeitos ex nunc (a partir do registro), já com menos de 30 dias tem efeitos ex tunc (retroagem à assinatura).
*
OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
O SINREM - Sistema Nacional de Registro das Empresas Mercantis é dividido entre o Departamento Nacional do Registro do Comércio – DNRC e as juntas comercias.
O DNRC é um órgão federal cuja competência é normativa, e de supervisão e controle do registro. 
A execução do mesmo é feita pelas JC - Juntas Comerciais, entidades de âmbito estadual, que podem ser simples órgãos dos estados ou pessoas jurídicas, não havendo um critério.
O sistema do registro das empresas envolve três tipos de atos:
a) Matrícula – para determinados profissionais (leiloeiros, tradutores públicos etc).
*
OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
b) Arquivamento – devem ser arquivados nas juntas comerciais os atos constitutivos das sociedades empresárias e suas alterações, bem como outros documentos impostos por lei.
c) Autenticação – os instrumentos de escrituração da atividade empresarial (livros, demonstrações financeiras) devem ser autenticados pelas juntas comerciais, a fim de se lhes assegurar uma garantia de autenticidade.
As juntas comerciais também fazem:
Assentamento dos usos e práticas mercantis  reunir os usos e práticas mercantis, assentá-los e divulgá-los como fonte do direito mercantil.
Publicação dos atos de registro mercantil.
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OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
Nas questões relativas à matéria comercial em si, o foro competente é a justiça federal, uma vez que as Juntas Comerciais efetuam o registro do comércio por delegação federal.
No que tange as questões do funcionamento interno da junta e a sua administração a competência da justiça comum estadual.
A atual legislação determina o cancelamento automático do registro de sociedade que passe 10 anos sem arquivar qualquer ato, e não comunique a intenção de permanecer em funcionamento (art. 60 da Lei 8.934/94). Uma vez operado o cancelamento, são comunicadas as autoridades tributárias de tal fato.
Conseqüências da ausência de registro:
• Se for uma sociedade, a responsabilidade dos sócios será ilimitada;
• Não pode pedir falência de terceiro;
• Não pode pedir recuperação judicial;
• Não participa de licitação.
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OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
ESCRITURAÇÃO (art. 1.179 a 1.195 CC):
A lei impõe como obrigação comum a todos os empresários a manutenção de uma escrituração contábil dos negócios de que participam. Em moeda e idioma nacional.
Tal escrituração tem por funções: 
-organizar os negócios do comerciante, 
-servir de prova da atividade para terceiros, e especificamente para o fisco.
Esta escrituração é feita normalmente em livros, admitindo-se hoje já o sistema de fichas, folhas soltas, ou microfichas geradas por computador. Em qualquer caso, devem ser obedecidas determinadas regras estabelecidas em lei.
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OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
No Brasil, adota-se o sistema francês, pelo qual existem livros obrigatórios e livros auxiliares, facultativos, e ainda livros especiais, obrigatórios para determinados comerciantes.
A) Livros obrigatórios
A.1) Diário – é o livro que retrata as atividades do comerciante e nele devem ser lançados diariamente, todas as operações realizadas, títulos de crédito que emitir, aceitar ou endossar, fianças dadas e o mais que representar elemento patrimonial nas suas atividades. Deve ser lançado também um resumo do balanço anual. 
	Pode ser dispensado nas microempresas e nas empresas de pequeno porte, desde que mantenham livro caixa organizado (art. 7º, § 1º da Lei 9.317/96).
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OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
O art. 1.185 CC dispõe que o empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços.
A.2) Livro de registro das duplicatas – obrigatório só para 	quem emite tais títulos.
B) Livros facultativos
B.1) Razão – índice do diário se registram os vários atos relativos à operação, indicando onde encontrá-los no diário. É facultativo, mas praticamente todos os usam. 
B.2) Caixa – também facultativo, registra qualquer entrada e saída de dinheiro.
B.3) Borrador, costaneira ou memorial - a espécie de rascunho do livro diário.
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OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
A escrituração obedece o princípio da sigilosidade (art. 1190 CC).
Sendo exceções a esse princípio:
1) Súmula 260 STF – exibição parcial nas ações judiciais limitada as transações realizadas entre os litigantes;
2) Art. 1.191 CC – exibição integral:
	2.1) sucessão;
	2.2) sociedade;
	2.3) falência;
	2.4) administração de terceiro.
3) Art. 1.193 CC e súmula 439 do STF – agentes fiscais tributários e previdenciários.
Se deixar de escriturar os livros e tiver a sua falência decretada, será apenado nos termos do art. 178 da Lei 11.101/05.
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OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS
DEMONSTRAÇÕES:
É obrigação dos empresários o levantamento periódico de suas atividades, mediante a elaboração de um balanço patrimonial e o de resultado econômico (art. 1.179 do CC), normalmente a cada ano. 
Tal demonstração contábil a princípio não possui maiores peculiaridades, salvo em relação às sociedades anônimas, nas quais há toda uma disciplina específica, além da obrigação de outras demonstrações. 
É obrigação do empresário manter em boa guarda toda a escrituração, papéis, etc. (art. 1.194 CC).
*
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E MEI
O EI e MEI se distinguem com relação à restrição de atividades, ao faturamento anual, à possibilidade de contratação de funcionários e à quantidade de obrigações acessórias. 
A semelhança entre os dois é que são formados por profissionais que trabalham por conta própria, sem sócios, e querem ter um nível de formalização do seu negócio.
O Empreendedor Individual (EI) é a pessoa natural que exerce atividade. Terá como nome da empresa o nome do titular, podendo ou não ser optante do Simples Nacional. Não tem restrições de atividades nem limites de colaboradores. Pode optar por ser PJ do tipo ME ou EPP.
OBS: O estrangeiro pode exercer individualmente o comercio no Brasil, sendo necessário apenas que sua situação de permanência no país esteja regular
*
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E MEI
Já o Microempreendendor individual (MEI) é o profissional autônomo cuja atividade foi legalizada pela LC nº 128/2008, sendo necessário faturar no ano de 2018 o valor máximo de R$ 81.000,00 e ser optante pelo Simples Nacional. Não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular e pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. Não possui sócios. Pode ter 01 empregado ganhando até um salário mínimo ou o piso salarial da profissão. 
A contabilidade formal como livro diário e razão está dispensada. Não é preciso também ter Livro Caixa, contudo, o empreendedor deve zelar pela sua atividade e manter um mínimo de controle em relação ao que compra, ao que vende e quanto está ganhando.
SITE PARA PESQUISA: 	sebrae.com.br
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E MEI
Com a edição da Resolução 16/2009 do CGSIM a inscrição do MEI (microempresário individual) passou a ser totalmente informatizada através do Portal do Empreendedor, sendo totalmente dispensado o uso de formulários em papel e a aposição de assinaturas autógrafas. 
Ver art. 968 do CC/2002
OBS: a inscrição do empresário no RPEM é obrigatório para que ele seja considerado empresário regular e goze de todos os direitos e prerrogativas legais, mas a ausência desse registro não desnatura a atividade empresária, que continua sujeita a institutos do Direito Empresarial como a falência. 
*
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
“Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados” (art. 981 do Código Civil). 
Os elementos que caracterizam uma sociedade são:
- Duas ou mais pessoas – como regra geral, as sociedades empresáriasprecisam de pelo menos dois sócios, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Todavia, há as seguintes exceções:
as subsidiárias integrais, sociedades que possuem um único sócio que é uma sociedade brasileira;
as sociedades anônimas;
as sociedades limitadas podem ficar com apenas um sócio por um certo período;
a Empresa Individual Ltda = EIRELI.
*
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Os elementos que caracterizam uma sociedade são:
 Contribuição para o capital social (art. 1004 do CC) – todos os sócios devem contribuir de alguma forma para a sociedade, seja em dinheiro, bens ou trabalho. Tal é imprescindível por ser o capital social (a soma das contribuições dos sócios) o fundo inicial, o patrimônio originário da nova pessoa jurídica.
- Participação nos lucros e nas perdas (art. 1.008 do CC) – todos os sócios devem participar dos lucros ainda que de forma não igualitária e das perdas da sociedade, ainda que percam tão somente o valor investido;
- “Affectio Societatis” - Intenção de ingressar na sociedade e atingir um escopo comum, vontade de cooperação ativa dos sócios. Sem tal intenção não haverá sociedade, sem esse nexo subjetivo entre os sócios, nada poderá ser feito em comum.
*
EXERCÍCIO
ASTROGILDO FILOMENO BARTOLOMEU, tem 45 anos, há 10 está tocando uma Empresa devidamente formal como Empresário Individual. Lá ele emprega 01 funcionário e circula capital tendo inclusive preocupação com questões ambientais e sociais. Gildo, como é chamado carinhosamente pelos seus familiares, ao mesmo tempo que desempenha suas atividades de Empresário, também estuda para concurso. O melhor então lhe acontece, ele passa num concurso para ser servidor Estadual da Justiça. Qual será a atitude de Gildo frente a sua empresa já que ele agora é um servidor público? Assinale a opção correta:
a) Fica totalmente vedada essa possibilidade, a circunstância é incompatível haja vista que a situação se refere ao Empresário Individual. 
b) Ele continuará explorando sem que haja qualquer interferência, principalmente porque os horários de seu Trabalho não coincidem com o de Administrar sua Empresa;
c) Ele continuará explorando sem qualquer problema, desde que não mantenha, enquanto Empresa, nenhuma relação com o poder público;
d) Não problema algum quanto o fato, principalmente porque a condição de empresário é anterior ao de Agente Público.
*
EXERCÍCIO
PATO DONALD’S , casado com MARGARIDA DONALD’S, se torna Empresário Individual e para a ter uma empresa de Entertenimento Infantil. A empresa de Pato Donald’s tem vários equipamentos de som e de iluminação, assim como 3 imóveis sendo explorados. PATETA DA SILVA, amigo de Pato Donald’s, questiona se o amigo não deseja se desfazer dos equipamentos mais obsoletos para então modernizar sua empresa. Ambos negociam e Pato Donald’s vende todos os equipamentos obsoletos assim como um dos imóveis para PATETA. Tal negociação acontece sem qualquer outorga da Consorte de PATO DONALD’S. Diante da situação acima marque a alternativa correta:
a) O empresário Casado não precisa da outorga conjugal para alienar ou gravar de ônus real os imóveis que integram o patrimônio da empresa. 
b) Tal situação caracteriza-se como sendo ato nulo, ou seja aquele que é sem validade jurídica desde seu consentimento;
c) Tal situação caracteriza ato anulável, uma vez que o ato envolve um terceiro de boa fé.
d) O caso é bem simples, MARGARIDA poderá reivindicar sua autoridade enquanto Cônjuge. Tal poderá ser feita via notificação extrajudicial ou mesmo através de uma ação reivindicatória.

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