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1 AULA 4 – Inflação Profa. Dra. Andréia Adami UNIMEP 2S/2014 2 BC: Projeção de inflação para 2014 é reduzida, mas segue acima de 4,5% Em ata divulgada após a ultima reunião, o Copom informa que reduziu sua projeção para a inflação em 2014 no cenário de referência, mas que vê a inflação acima do centro da meta e “em trajetória de convergência” nos trimestres iniciais de 2016. • O cenário de referência leva em conta a manutenção da taxa de câmbio em R$ 2,25 e Selic em 11% . • A autoridade monetária prevê uma alta de 5% para o conjunto de preços administrados em 2014. 3 • Essa projeção leva em consideração a variação negativa de 0,1% nos preços da gasolina, verificada até julho, e aumento de 0,6% do gás de bujão, a hipótese de redução de 6,3% nas tarifas de telefonia fixa e elevação de 16,8% nas tarifas de energia elétrica. • O BC estima avanço de 6% nos preços administrados em 2015, mesma previsão da ata anterior, e de 4,9% em 2016, ante 4,8% na ata anterior. 4 5 CONCEITO INFLAÇÃO É o aumento persistente e generalizado no índice de preços, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços, e não podem ser confundidos com altas esporádicas de preços, devidas a flutuações sazonais, por exemplo. 6 CONCEITO INFLAÇÃO É o aumento persistente e generalizado no índice de preços, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços, e não podem ser confundidos com altas esporádicas de preços, devidas a flutuações sazonais, por exemplo. 7 DISTORÇÕES PROVOCADAS a) Distribuição de renda: pessoas que mantêm moeda que não rende juros, sofrem corrosão monetária. É o Imposto inflacionário – uma receita para o Governo, devido ao monopólio que possui sobre as emissões de moeda (paga seus compromissos com a emissão de moeda a custo zero). b) Balanço de Pagamentos: se a taxa de inflação superar o aumento dos preços internacionais, o produto nacional fica mais caro e perde competitividade! Governo pode intervir, desvalorizando o câmbio e isto pode elevar os custos de importação de bens essenciais e da produção 8 DISTORÇÕES PROVOCADAS c) Investimentos: segmento empresarial é sensível à influência da inflação sobre expectativas pois afeta seus lucros; efeitos sobre seus investimentos 9 CAUSAS DA INFLAÇÃO 1) Inflação de demanda: provocada pelo excesso de demanda agregada em relação aos bens e serviços disponíveis 2) Inflação de custos: provocada pela elevação de custos. Inflação de oferta! 3) Inflação inercial: alimentada pelos mecanismos de indexação de preços: a) formal (salários, aluguéis, contratos financeiros); b) informal (preços em geral e impostos, preços e tarifas públicas) Há uma memória inflacionária. 10 ÍNDICES DE INFLAÇÃO NO BRASIL - www.ibge.gov.br - IBGE: - INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor; IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo; IPCA –E: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial; 11 ÍNDICES DE INFLAÇÃO NO BRASIL • IPCA/INPC: Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília e municípios de Goiânia e Campo Grande • IPCA-15: Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia 12 ÍNDICES DE INFLAÇÃO NO BRASIL - FGV • O IGP-M/FGV analisa as mesmas variações de preços consideradas no IGP-DI/FGV, ou seja, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que tem peso de 60% do índice, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% e o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), representando 10% do IGP-M. 13 ÍNDICES DE INFLAÇÃO NO BRASIL - • O que difere o IGP-M/FGV e o IGP-DI/FGV é que as variações de preços consideradas pelo IGP- M/FGV referem ao período do dia vinte e um do mês anterior ao dia vinte do mês de referência e o IGP-DI/FGV refere-se a período do dia um ao dia trinta do mês em referência. • Atualmente o IGP-M é o índice utilizado para balizar os aumentos da energia elétrica e dos contratos de alugueis. 14 O QUE E UM NUMERO ÍNDICE - • E um Instrumento de medida utilizado para comparar a evolução ao longo do tempo de variáveis relacionadas entre si. Em economia os principais são os Índices de preços. O IPCA, por exemplo, é o índice oficial que indica a variação de preços da economia brasileira ao longo do tempo - inflação. 15 COMO CALCULAR UM NUMERO ÍNDICE Índice Preços = Preçomêscorrente/Preçobase)*100 Ano Preço nominal Índice Preços – (Preçomêscorrente/Preçobase)*100 jan/10 2,4 100 fev/10 2,2 91,67 mar/10 2,5 104,17 abr/10 2,1 87,5 mai/10 2,3 95,83 jun/10 2,2 91,67 jul/10 2,4 100 ago/10 2,1 87,5 set/10 2 83,33 out/10 1,99 82,92 nov/10 2,1 87,5 dez/10 2,2 91,67 Tabela 1 – Construindo Índice de preços arroz - em quilo 16 INDICES - MUDANÇA DE BASE • Ex.: Calcular a variação do IGP-DI entre janeiro e dezembro/10 Ano IGP-DI Base jan/2010 = (IGPmêscorrente/IGPjan2010)*100 jan/10 402,43 100 fev/10 406,826 101,09 mar/10 409,40 101,73 abr/10 412,34 102,46 mai/10 418,81 104,07 jun/10 420,24 104,43 jul/10 421,15 104,65 ago/10 425,79 105,80 set/10 430,45 106,96 out/10 434,88 108,06 nov/10 441,75 109,77 dez/10 443,43 110,19 Tabela 2 – Mudança de base de um Índice 17 PREÇO REAL X PREÇO NOMINAL Série de preços nominais e preços reais do leite C recebidos pelos produtores em GO. Jan/1998-Mar/2004 (Base 100 = março/04) 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 Ja n-9 8 Ma y- 98 Se p- 98 Ja n-9 9 Ma y- 99 Se p- 99 Ja n-0 0 Ma y- 00 Se p- 00 Ja n-0 1 Ma y- 01 Se p- 01 Ja n-0 2 Ma y- 02 Se p- 02 Ja n-0 3 Ma y- 03 Se p- 03 Ja n-0 4 R$ /li tro Preços Nominais Preços reais 18 PREÇO REAL X PREÇO NOMINAL • Preço nominal - Preço em moeda corrente. • Preço real – Preço em moeda constante ou ajustado pela inflação. • Preço real = preçonominal*(IGPmêsbase)/IGPmêscorrente) 19 EXERCICIO Tabela 3 – Processo Deflacionamento de Preços Ano Preço nominal IGP-DI Deflator - (IGPmêsbase/IGPmêscorrente) Preço real = (Preçonominal*deflator) jan/10 2,40 402,43 fev/10 2,20 406,83 mar/10 2,50 409,40 abr/10 2,10 412,34 mai/10 2,30 418,81 jun/10 2,20 420,24 jul/10 2,40 421,15 ago/10 2,10 425,79 set/10 2,00 430,45 out/10 1,99 434,88 nov/10 2,10 441,75 dez/10 2,20 443,43 20 Bibliografia VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval. Economia: micro e macro. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011. Capítulo 13
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