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1 
AULA 5 – Brasil: Estabilidade da 
Moeda e Planos Econômicos 
Profa. Dra. Andréia Adami 
UNIMEP 
 
 
2S/2014 
 
2 
 
3 
Inflacão no Brasil 
 
 
4 
Inflacão no Brasil 
Desde 1942, foram feitas muitas reformas das 
quais nasceram seis novas moedas, a saber: 
Cruzeiro Novo (1967), Cruzeiro (1970), 
Cruzado (1986), Cruzado Novo (1989), Cruzeiro 
(1990) e Cruzeiro Real (1993). A inflação 
acumulada de 1967 até 1994 foi de 
aproximadamente 1.142.332.741.811.850% 
(IGP-DI). 1,1 quatrilhão por cento 
 
5 
Plano Cruzado - 1986 
» 
• Medidas: troca da moeda 
 nacional, mil cruzeiros 
 passaram a valer um cruzado e 
congelamento de preços e dos salários. 
• O mínimo subiu 16%, mas todos os salários foram definidos com 
base no poder de compra médio dos últimos seis meses e 
acrescidos de um abono de 8% + manutenção das datas de reajuste 
das categorias profissionais + aumento dos prazos de 
financiamento dos crediários para a compra de bens de consumo e 
ao controle da taxa de câmbio = rápido aumento no poder de 
compra dos assalariados. 
 
6 
Plano Cruzado - 1986 
• Desdobramentos: 
• cobrança de ágio na comercialização de produtos; 
• falta de concorrência dos produtos importados; 
• contínua elevação nas cotações do dólar em relação à moeda 
nacional - que provocava a elevação de preços em todos os 
produtos importados, como petróleo, trigo e máquinas; 
• manutenção do déficit público, que alimentava novamente a 
ciranda financeira. 
 
7 
Plano Cruzado II - 1986 
• Logo após as eleições de outubro de 1986 foi lançado o 
Plano Cruzado II, com grandes reajustes nas tarifas públicas 
e forte aumento nos impostos indiretos, reduzindo o poder de 
compra da população. Em fevereiro de 1987 foi abolido o 
controle oficial de preços e a correção monetária voltou a ser 
mensal, para acompanhar o descontrole inflacionário, cuja 
consequência é a diminuição dos salários reais. Também foi 
decretada a moratória do pagamento da dívida externa, o que 
bloqueou imediatamente o ingresso de capital estrangeiro no 
país e criou grandes dificuldades de negociação no mercado 
internacional. 
 
 
8 
Inflação brasileira nos anos 1980 
 
• Nos anos seguintes, o governo José Sarney se caracterizou 
por perda de popularidade e o lançamento de dois outros 
planos econômicos (Plano Bresser e Plano Verão), todos 
com sérios problemas para serem postos em prática. Apesar 
das sucessivas tentativas de controle, uma das principais 
heranças do governo Sarney foi uma altíssima inflação: 53% 
em dezembro de 1989, atingindo 85,12% em março de 1990, 
quando o mandato se encerrou. 
 
9 
Plano Collor 
• Fernando Collor, eleito em 1990, foi o primeiro presidente a 
chegar ao poder via voto popular após o fim do regime 
militar. Um dia depois da posse, o novo governo lançou um 
plano de estabilização econômica que ficou conhecido como 
Plano Collor, baseado no confisco generalizado por 18 
meses dos depósitos bancários em dinheiro superiores a 50 
mil cruzeiros (cerca de R$ 6.700,00 em valores de janeiro de 
2012 usando o IPCA como indexador, ou R$ 3.700,00 caso 
utilizasse o dólar como referência). Com isso a equipe 
econômica esperava reduzir o consumo e, 
consequentemente, frear a inflação. A falta de dinheiro em 
circulação reduziu a inflação, de 85% em março para 14% 
em abril de 1990. 
 
10 
Plano Collor 
• A permissão para elevação de preços de alguns serviços 
privados e tarifas públicas levou ao retorno da espiral 
inflacionária já no início de 1991. 
• o Plano Collor apoiava-se também na diminuição da 
participação do Estado no setor produtivo por intermédio da 
privatização de empresas estatais e da concessão à iniciativa 
privada da exploração de rodovias. 
• Essas medidas tiveram continuidade durante os governos de 
Itamar Franco (que sucedeu Fernando Collor) e Fernando 
Henrique Cardoso. 
 
11 
A ABERTURA COMERCIAL, A PRIVATIZAÇÃO E AS 
CONCESSÕES DE SERVIÇOS 
 A entrada de máquinas e equipamentos industriais de última 
geração promoveu a modernização do parque industrial e o 
aumento da produtividade e, portanto, da capacidade de 
competição no mercado internacional; entretanto a 
modernização da produção causou grande elevação nos índices 
de desemprego estrutural. 
 No setor de bens de consumo, a entrada de produtos 
importados de países que aplicavam elevados subsídios às 
exportações e pagavam baixíssimos salários (com destaque para 
a China, nos setores de calçados, têxteis e brinquedos) 
provocou a falência de muitas indústrias nacionais, 
contribuindo para elevar mais ainda o desemprego. A 
concorrência com mercadorias importadas, no entanto, fez com 
que a qualidade de muitos produtos nacionais melhorasse e 
provocou significativa redução dos preços, beneficiando os 
consumidores. 
 
12 
Governo Itamar 
 Com a renúncia de Fernando 
 Collor, seu vice-presidente Itamar
 Franco, assumiu o comando do 
governo brasileiro. Em maio de 1993, o presidente transferiu 
seu ministro das Relações Exteriores, Fernando Henrique 
Cardoso, para o Ministério da Fazenda. 
O governo tentaria iniciar o processo de estabilização 
econômica por intermédio de uma negociação política, 
conduzida diretamente pelo ministro da Fazenda. A primeira 
medida adotada foi a de cortar três zeros da moeda corrente e 
passar a chamá-la de cruzeiro real - ato ineficiente, e de fundo 
meramente psicológico, que não reduziu a inflação. 
13 
Plano Real 
• O que foi 
 
• O Plano Real foi um plano econômico, desenvolvido e 
aplicado no Brasil durante o governo de Itamar Franco. Teve 
inicio em 30 de junho de 1994, tinha como principal objetivo 
à redução e o controle da inflação. 
Elaborado pelo Ministro da Fazenda Fernando Henrique 
Cardoso, o plano de estabilização da economia contou com a 
participação dos seguintes economistas: Gustavo Franco, Pérsio 
Arida, Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Rezende, entre 
outros. 
 
 
 
14 
Plano Real 
 Ações e fases do Plano Real: 
 
• 1ª - Redução de gastos públicos e aumento dos impostos 
como forma de controlar as contas do governo. 
15 
Plano Real 
• Ações e fases do Plano Real: 
2ª - Criação da Unidade Real de Valor (URV) como forma 
de desindexar a economia, até então indexada pelos índices 
de inflação. 
• 3ª - Criação de uma nova moeda forte: o Real (R$). 
 
Na prática, a inflação em cruzeiro real era a inflação brasileira, 
mas a população não deveria aceitar aumento de preços em 
URVs, porque isso significaria inflação em dólar, que nos 
Estados Unidos era inferior a 5% ao ano. Depois de três meses, 
quando considerou aceitáveis os índices de inflação em URV, o 
governo substituiu o cruzeiro real pelo real e garantiu a 
conversão inicial da nova moeda pela cotação R$ 1,00 = US$ 
1,00. 
 
16 
VALORES DIÁRIOS DA URV POR SEMANA (CRUZEIROS REAIS) 
1ª 
semana 
Seg Ter Qua Qui Sex 
2ª 
semana 
Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
28/02 
– 
01/03 
647,50 
02/03 
657,50 
03/03 
667,65 
04/03 
677,98 
Data 
Valor 
07/03 
688,47 
08/03 
699,13 
09/03 
709,96 
10/03 
720,97 
11/03 
732,18 
3ª Seg Ter Qua Qui Sex 4ª Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
14/03 
743,7615/03 
755,52 
16/03 
767,47 
17/03 
779,61 
18/03 
792,15 
Data 
Valor 
21/03 
805,53 
22/03 
819,80 
23/03 
834,32 
24/03 
849,10 
25/03 
864,14 
5ª Seg Ter Qua Qui Sex 6ª Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
28/03 
879,45 
29/03 
895,03 
30/03 
913,50 
31/03 
931,05 
01/04 
931,05 
Data 
Valor 
04/04 
931,05 
05/04 
948,93 
06/04 
967,16 
07/04 
985,74 
08/04 
1.004,6
8 
 
7ª Seg Ter Qua Qui Sex 8ª Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
11/04 
1.023,
98 
12/04 
1.043,6
5 
13/04 
1.063,7
0 
14/04 
1.084,1
3 
15/04 
1.104,9
6 
Data 
Valor 
18/04 
1.126,
18 
19/04 
1.147,8
1 
20/04 
1.169,8
0 
21/04 
1.191,9
3 
22/04 
1.191,9
3 
 
9ª Seg Ter Qua Qui Sex 10ª Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
25/04 
1.313,
97 
26/04 
1.235,9
9 
27/04 
1.258,1
2 
28/04 
1.280,1
9 
29/04 
1.302,6
5 
Data 
Valor 
02/05 
1.323,
92 
03/05 
1.345,5
4 
04/05 
1.367,5
6 
05/05 
1.389,9
4 
06/05 
1.412,7
4 
 
11ª Seg Ter Qua Qui Sex 12ª Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
09/05 
1.435,
92 
10/05 
1.459,7
6 
11/05 
1.484,2
7 
12/05 
1.509,2
0 
13/05 
1.534,6
6 
Data 
Valor 
16/05 
1.560,
55 
17/05 
1.586,8
7 
18/05 
1.613,6
4 
19/05 
1.640,8
6 
20/05 
1.668,5
4 
 
13ª Seg Ter Qua Qui Sex 14ª Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
23/05 
1.696,
69 
24/05 
1.725,3
1 
25/05 
1.754,4
1 
26/05 
1.784,0
0 
27/05 
1.814,0
9 
Data 
Valor 
30/05 
1.844,
69 
31/05 
1.875,8
2 
01/06 
1.908,6
8 
02/06 
1.942,1
1 
03/06 
1.942,1
1 
 
15ª Seg Ter Qua Qui Sex 16ª Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
06/06 
1.976,
13 
07/06 
2.010,7
4 
08/06 
2.046,3
8 
09/06 
2.082,6
5 
10/06 
2.119,8
0 
Data 
Valor 
13/06 
2.157,
78 
14/06 
2.196,5
5 
15/06 
2.236,0
2 
16/06 
2.276,9
1 
17/06 
2.318,5
5 
 
17ª Seg Ter Qua Qui Sex 18ª Seg Ter Qua Qui Sex 
 
Data 
Valor 
20/06 
2.361,
49 
21/06 
2.406,0
5 
22/06 
2.452,1
7 
23/06 
2.499,1
8 
24/06 
2.547,0
9 
Data 
Valor 
27/06 
2.596,
58 
28/06 
2.647,0
3 
29/06 
2.698,4
6 
30/06 
2.750,0
0 
01/07 
R$ 1,00 
 
 
17 
Plano Real 
• Ações e fases do Plano Real: 
4ª - Aumento das taxas de juros e aumentos dos compulsórios 
(dinheiro que os bancos devem recolher junto ao Banco 
Central). Estas medidas tinham como objetivo reduzir o 
consumo e provocar a queda da inflação. 
• 5ª - Redução dos impostos de importação para aumentar a 
concorrência com os produtos nacionais, provocando a 
redução dos preços. 
• 6ª - Controle cambial, mantendo o Real valorizado diante do 
Dólar. Esta medida visava estimular a importação e aumentar 
a concorrência interna, controlando o aumento dos preços dos 
produtos nacionais. 
 
 
18 
Plano Real 
• Resultados e desdobramentos 
 
 
19 
Plano Real 
• De 1994 e 1999 foi possível controlar a inflação com 
câmbio valorizado, o que gerou grande déficit na 
balança comercial. Para financiar esse déficit, o país 
passou a depender da entrada de capitais 
especulativos, atraídos pela política de juros internos 
elevados. 
• Consequências: aumento do déficit público, aumento 
da dívida interna e baixos índices de crescimento 
industrial (de 1995 a 1999, a produção industrial 
brasileira cresceu em média apenas 1,2% ao ano e o 
PIB 2,2% na média do período). 
 
20

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