Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 27 27 2 - Vetores 2.1 - Sistemas de coordenadas bi e tridimensionais Para a representação de um ponto no plano são necessários dois números reais, que associados a dois eixos coordenados (retas reais perpendiculares), constituem um par ordenado que indica a posição do ponto. Se os eixos são denominados x e y, conforme na figura 1, o ponto A é definido pelo par ordenado (a, b). O par ordenado (a, b) corresponde as coordenadas do ponto A no plano xy situado no espaço bidimensional )( 2R . Para representar pontos no espaço tridimensional precisamos de três números reais e de três eixos coordenados )( 3R . Geralmente chamamos estes eixos de x, y e z e são dispostos perpendicularmente entre si, x e y na horizontal e z na vertical, cruzando-se mutuamente na origem 0. Um ponto P no espaço é definido por uma tripla ordenada (a, b, c) de números reais, como na figura 2.2(a). Os três eixos coordenados determinam três planos coordenados xy, xz e yz que dividem o espaço em oito octantes. O primeiro octante é aquele definido pelos eixos positivos como mostrado na figura . Vejamos alguns exemplos: Exemplo 1 A representação dos pontos A (2, 1, 3) e C(-3, 2, 3) é a das figuras: Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 28 28 2.2 - Vetores No nosso dia a dia estamos acostumados a diversas situações que na maioria das vezes passam despercebidas quanto ao seu significado. Por exemplo, quando ligamos a televisão e assistimos os noticiários, o jornalista informa que a temperatura mínima na cidade para o dia seguinte será de 17º C e máxima de 32º C ou quando ouvimos sobre a pavimentação de uma rodovia de com 22 km de extensão, ou ainda, que o preço de 1 kg de frango está 30% mais barato. Nas três situações descritas abordamos as grandezas temperatura, comprimento e massa, que na física recebem o nome de grandezas escalares. Grandeza escalar é aquela que fica perfeitamente caracterizada por um número associado a uma unidade de medida. Vamos agora considerar outra situação: Se eu dissesse que viajei 200 km, provavelmente alguém perguntaria, “para onde?”, ou seja, para que a informação fosse adequada deveríamos acrescentar, por exemplo, que viajamos de Florianópolis a Joinville, teríamos uma direção norte-sul, um sentido de Florianópolis a Joinville, e uma intensidade do deslocamento de 200 km. Esta situação é definida como grandeza vetorial, pois só falando em 200 km a informação fica muito vaga. Grandeza vetorial é aquela que fica caracterizada quando conhecemos sua direção, seu sentido e sua intensidade. Uma grandeza, que precisa ser caracterizada por uma direção, um sentido e um número chamado módulo (ou intensidade) é chamada de vetor. Vetor é ente matemático caracterizado por uma direção, um sentido e um módulo (ou intensidade). Representamos vetor por um segmento orientado de reta → AB , ou também por uma letra minúscula, com uma flecha em cima ABBAv −== rr . Na figura 4 representamos estas características. Figura 2.4: Características de um vetor Agora vamos observar as situações representadas nas figuras. São segmentos orientados em diferentes posições. Situação 1 Situação 2 Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 29 29 Observe que nas duas situações, os três segmentos têm mesmo comprimento, mesma direção e mesmo sentido, por isso, podemos dizer que estes segmentos são eqüipolentes. Se estes segmentos representam vetores, são vetores iguais? São sim. Vetores iguais são representados por segmentos eqüipolentes. Assim os segmentos cba r rr , , representam vetores iguais, assim como fed rrr , , . Observe agora a situação 3, na figura ao lado, onde também representamos segmentos orientados. Os segmentos orientados têm o mesmo comprimento, mesma direção e sentidos contrários, e são denominados vetores opostos. Na situação 4, representada na figura ao lado, os segmentos orientados são somente paralelos, representando vetores paralelos: cba r rr //// Observação: Quando a origem de um vetor coincide com a extremidade, é denominado vetor nulo e representado por 0 ou AA , isto é, não possui direção, sentido ou intensidade. Um vetor bastante utilizado é o chamado vetor unitário ou versor, cujo módulo é 1. Em geral, se 0≠ar , então o vetor que tem a mesma direção e sentido de a r e módulo 1 é o vetor unitário de a r . Exemplo 1: Na figura, representamos um vetor unitário vr de um vetor ur de módulo 4. Observação: Num vetor v r , unitário, temos 1=vr . Na figura, 4=ur e 1=vr . Os vetores podem ser representados e utilizados no espaço bidimensional e tridimensional. Se a origem e a extremidade de diversos vetores estão situadas num mesmo plano ou não, estes são denominados coplanares ou não coplanares, como nas figuras seguintes. Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 30 30 Vetores coplanares Vetores não coplanares Um pouco de História Os Vetores surgiram no início do século XIX com trabalhos de Caspar Wessel (1745--1818), Jean Robert Argand (1768--1822) e Carl Friedrich Gauss (1777--1855) que no estudo dos números complexos como pontos no plano bidimensional os representaram como segmentos de reta orientados com representação bidimensional. Diversos matemáticos e cientistas trabalharam na mesma época com este tipo de representação, sem a denominação de vetores, mas como pares ordenados de números reais. Avanço significativo houve em 1827 com August Ferdinand Möbius quando publicou um pequeno livro, The Barycentric Calculus, no qual introduziu diretamente segmentos de reta denotados por letras do alfabeto, vetores na essência, mas ainda não no nome. No seu estudo de centros de gravidade e geometria projetiva, Möbius desenvolveu uma aritmética destes segmentos de reta; adicionou-os e mostrou como multiplicá-los por um número real. Seus interesses estavam em outro lugar, e ninguém se importou em notar a importância destes cálculos (Eves, 2002, p.491). 2.3 – Operações com Vetores Nesta seção estaremos tratando das operações com vetores, especificamente, a adição e a subtração, produto de vetores por números reais e a representação de vetores no plano e no espaço. Quando operamos grandezas escalares, usamos apenas regras aritméticas e a unidade de medida da grandeza. Exemplo 1: Grandezas como massa de um corpo, distância entre dois pontos e volume de um líquido, são grandezas escalares e podem ser somadas aritmeticamente, mantendo a unidade de medida: kgkgkg 7 5 2 =+ kmkmkm 500030002000 =+ mlmlml 725 =+ Quando lidamos com grandezas vetoriais, o cálculo aritmético vem acompanhado com a interpretação e representação gráfica, pois além do módulo, trabalhamos também com a direção e o sentido do vetor que representaa grandeza. Exemplo 2: Vamos considerar um carro que sai da cidade A e percorre 40 km em linha reta para o Sul, atingindo a cidade B; em seguida, percorre mais 30 km, a partir da cidade B, para o Oeste, até chegar a cidade C.. Qual é a distância que separa a cidade A da cidade C? Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 31 31 Para resolver a questão temos que considerar as referências dadas para os deslocamentos. Na figura, representamos estes deslocamentos. Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo ABC, temos que: ( ) ( ) 50250090016003040 22222222 =⇒=⇒+=⇒+=⇒+= ddddBCABd , logo a distância da cidade A até a cidade C, é de km50 , na direção e sentido previstos. Observação: As grandezas vetoriais exigem a utilização de representações gráficas. Para resolvermos problemas que envolvam adição de vetores vamos recorrer a duas regras conhecidas: a regra do polígono e a regra do paralelogramo. Vamos ver como funcionam. 2.3.1 - Adição de Vetores Regra do polígono A soma de dois vetores u r e v r , representados na figura se dá transportando o vetor u r , mantendo sua direção, sentido e comprimento, e, a partir da extremidade desse vetor, transportamos o segundo vetor v r mantendo também suas características. Ligamos a origem do primeiro vetor u r com a extremidade do segundo vetor v r e obtemos o vetor s r , que é a adição de u r e v r . Observação: Para determinar a adição de mais vetores procede-se da mesma maneira, ligando cada um deles a extremidade do anterior, mantendo o módulo, a direção e o sentido, até desenhar todos. O vetor resultante da adição se obtém ligando a origem do primeiro com a extremidade do último vetor representado. Regra do paralelogramo Esta regra utiliza a representação de um paralelogramo construído sobre cada dois vetores a serem somados. Na soma de dois vetores u r e v r transportamos os dois vetores, fazendo que suas origens coincidam e, pela extremidade de cada um dos vetores, traça-se uma reta paralela ao outro, construindo um paralelogramo a partir de suas extremidades. A soma s r de u r e v r é o vetor que corresponde a diagonal desse paralelogramo. Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 32 32 Observação: A diferença de vetores é definida através da operação soma, do primeiro vetor com o oposto do segundo vetor. Se d r é o vetor diferença entre a r e b r temos a operação )( badbad rrrrrr −+=⇒−= , conforme representamos na figura. Logo, para subtrairmos um vetor de outro, vamos somar o oposto desse vetor ao outro. 2.3.2 - Propriedades da Adição de Vetores A adição de vetores apresenta algumas propriedades peculiares à adição de escalares. Sejam dados cba r rr e , , vetores quaisquer, então: a) abba r rrr +=+ (comutativa) b) )()( cbacba r rrrrr ++=++ (associativa) c) aa r rr =+ 0 (elemento neutro) d) 0)( rrr =−+ uu (elemento simétrico) 2.3.3 - Produto de um número real por um vetor É possível multiplicar um vetor por um número real. O produto de um número real ou escalar diferente de zero por um vetor mantém a mesma direção do vetor original, enquanto que a direção e o módulo dependem do número real. O novo vetor diminui, aumenta de tamanho e até pode mudar o sentido se o número tiver sinal negativo, preservando a mesma direção. Exemplo 1 Seja ar o vetor dado, podemos multiplicar este por números reais conforme representado na figura. Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 33 33 A multiplicação de vetores também tem suas propriedades. Seja ar e b r vetores quaisquer e c e d números reais temos: a) bcacbac rrrr +=+ )( (distributiva) b) adacadc rrr +=+ )( (distributiva) c) )()( adcacd rr = (associativa) d) aa rr =⋅1 (elemento neutro) 2.4 - Vetores como combinação linear dos vetores da base ortogonal i, j e k; Até agora tratamos os vetores exclusivamente do ponto de vista geométrico, como segmento de reta orientado. Os vetores também podem ser associados com os sistemas de coordenadas do plano )( 2R e do espaço )( 3R . a) Vetores no plano )( 2R Para representar vetores no plano, podemos utilizar como base os vetores cujas origens são a origem do plano cartesiano xy e extremidades os pontos )0,1( e )1,0( , conhecidos respectivamente como vetores ir e jr , as vezes simplesmente representados por i e j, conforme a figura. Observação: A base formada pelos vetores i r e jr é chamada de base canônica que é particularmente importante por estar associada à representação cartesiana usual da geometria plana. Os vetores e os pares ordenados compartilham os mesmos pontos do plano cartesiano. Conhecidos os vetores i r e jr , de módulo 1, qualquer vetor vr do plano cartesiano pode ser decomposto segundo as direções de i r e jr , ou seja, temos que determinar dois vetores cujas direções sejam ir e jr , e cuja soma seja vr . Considerando a multiplicação de um vetor por um escalar (número real), podemos indicar o vetor vr como a soma dos vetores i r e jr multiplicados pelos escalares a e b convenientes. Temos então, o vetor jbiav rrr += , que pode ser representado no plano usando as projeções ortogonais das extremidades de vr sobre os eixos coordenados x e y, determinando ali os componentes escalares a e b, da representação vetorial. A figura ao lado ilustra essa decomposição. Assim, qualquer vetor no plano xy pode ser expresso em função da base padrão i r e jr . Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 34 34 Um vetor bidimensional jbiav rrr += pode ser representado genericamente por um par ordenado: jbiav rrr += pode ser representado por ),( bav =r ou bav ,=r Exemplo 2 Vejamos a representação genérica de vetores com base ortogonal ir e jr para os vetores: a) )0,1(0,1 ==ir b) )1,0(1,0 ==jr c) )3,2(3,232 ==+= jiv rrv d) −=−=+−= 5 3 ,1 5 3 ,1 5 3 jiu rrr Exemplo 3 O vetor jiw rrr 2 2 3 += tem a representação gráfica conforme a figura Considerando esta modalidade de representação, a adição de dois vetores ),( 11 bau = r e ),( 22 bav = r define-se como: ),( 2121 bbaavu ++=+ rr A multiplicação de um vetor ),( bau =r por um escalar c define-se como: ),( cbcauc =⋅ r Exemplo 4 Se jiu rrr 32 += e jiv rrr −= 4 , determine vu rr + , vu rr − , ur2 , vu rr 32 + . a) vu rr + )2,6()1,4()3,2( =−+=+ vu rr , ou seja, jivu rrrr 26 +=+ b) vu rr − )4,2()1,4()3,2( −=−−=− vu rr , ou seja, jivu rrrr 42 +−=− c) ur2 )6,4()3,2(22 =⋅=ur , ou seja, jiu rrr 642 += d) )3,16()3,12()6,4()1,4(3)3,2(232 =−+=−⋅+⋅=+ vu rr , ou seja, jivu rrrr 31632 +=+ Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 35 35 Matemática e informática Alguns softwares matemáticos permitemfazer cálculos com vetores e representá-los graficamente. Entre eles estão o Derive, já comentado, e o GeoGebra, um software gratuito que relaciona a geometria plana com a álgebra e o cálculo. O GeoGebra pode ser obtido fazendo download do site www.geogebra.at e é constituído de duas janelas paralelas, uma gráfica e outra algébrica, e uma barra de entrada de dados na parte inferior da interface. É um software de geometria dinâmica cuja principal característica é a possibilidade de “arrastar” os objetos construídos (com o ponteiro) preservando suas propriedades e atualizando suas características. Com vetores é possível, entre outras, representar, adicionar, subtrair e multiplicar vetores, calcular vetor unitário e vetores perpendiculares. Para representar os vetores é conveniente exibir os eixos coordenados e a malha, para melhor visualização. Faça o download do programa, instale-o, faça a exploração básica de suas funções e utilize-o. b) Vetores no espaço tridimensional )( 3R Quando estivermos tratando com vetores no espaço tridimensional, vamos utilizar como base os vetores cujas origens são a origem do plano cartesiano xyz e extremidades os pontos )0,0,1( , )0,1,0( e )1,0,0( , constituindo os vetores i r , jr e k r , denominada base canônica, representados na figura ao lado. Alguns autores utilizam simplesmente i, j e k. Assim como no plano, qualquer vetor v r do espaço tridimensional pode ser decomposto segundo as direções de i r e jr e k r , ou seja, podemos determinar três vetores cujas direções sejam ir , jr e k r , e cuja soma seja vr . Considerando a multiplicação de um vetor por um escalar (número real), podemos indicar o vetor vr como a soma dos vetores i r , jr e k r multiplicados pelos escalares a, b e c convenientes. Similar aos vetores no plano, temos o vetor kcjbiav rrrr ++= , que pode ser representado no sistema cartesiano xyz usando as projeções ortogonais das extremidades de vr sobre os eixos coordenados x, y e z, determinando ali os componentes escalares a, b e c, da representação vetorial. A figura ao lado ilustra essa decomposição. Assim, qualquer vetor no espaço xyz pode ser expresso em função da base padrão i r , jr e k r . Um vetor tridimensional kcjbiav rrrr ++= pode ser representado genericamente por uma tripla ordenada: kcjbiav rrrr ++= pode ser representado por ),,( cbav =r ou cbav ,,=r As operações com vetores no )( 3R são realizadas tal como no plano. Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 36 36 Exemplo 5 Dados os vetores kjis rrrr 62 +−= e kjiw rrrr −−= 2 , determine ws rr + , ws rr − , wr 3 1 − . a) ws rr + )5,3,3()1,2,1()6,1,2( −=−−+−=+ ws rr , ou seja, kjiws rrrrr 533 +−=+ b) ws rr − )7,1,1()1,2,1()6,1,2( =−−−−=− ws rr , ou seja, kjiws rrrrr 7++=− c) wr 3 1 − ) 3 1 , 3 2 , 3 1()1,2,1( 3 1 3 1 −=−−⋅−=− w r , ou seja, kjiw rrrr 3 1 3 2 3 1 3 1 ++−=− Observação: Um vetor jbiau rrr += do plano pode ser representado como um vetor kcjbiaw rrrr ++= do espaço tridimensional considerando a componente c igual a zero. Afinal, o plano xy está contido no espaço xyz. Exemplo 6 Determine wu rr + , wu rr 3− , sendo jiu rrr 53 += e kjiw rrrr 42 ++−= a) wu rr + )4,6,1()4,1,2()0,5,3( =−+=+ wu rr , ou seja, kjiwu rrrrr 46 ++=+ b) wu rr 3− )12,2,9()12,3,6()0,5,3()4,1,2(3)0,5,3(3 −=−−=−⋅−=− wu rr , ou seja, kjiwu rrrrr 12293 −+=− No início desta seção, descrevíamos que um vetor v r de origem A e extremidade B pode ser expresso como uma diferença: ABABv −==r . Vamos analisar um exemplo. Exemplo 7 Se v r é um vetor com origem no ponto A(1, 4) e extremidade no ponto B(5, 6), determine o vetor vr como a diferença ABABv −==r ABABv −==r )2,4()4,1()6,5( =−=vr , ou seja, jiv rrr 24 += Graficamente, podemos observar na figura ao lado que o vetor AB é o mesmo que o vetor ABABv −==r , ou seja, corresponde a um vetor de origem zero. O vetor v r é representante do vetor AB . O que podemos então concluir? Ë fácil: o vetor vr é o representante na origem do sistema, de qualquer vetor que possui mesma direção, mesmo sentido e mesmo comprimento de v r . Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 37 37 Se considerarmos um outro vetor → CD com origem no ponto )3,5(C e extremidade no ponto )5,9(D , temos )2,4()3,5()5,9( =−=−= → CDCD , portanto igual a vr , que é representante também do vetor → CD . 2.5 - Módulo ou norma de um vetor O módulo, ou magnitude, ou norma, ou comprimento de um vetor v r , representado por v r é o comprimento de qualquer um dos seus representantes e é calculado pela fórmula da distância entre dois pontos no plano, ou seja, a distância entre a origem 0 e a extremidade do vetor. Se ),( bajbiav =+= rrr é um vetor bidimensional como na figura 2.25, e aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo OAB formado, tem-se que: 222 bav +=r , logo 22 bav +=r Se ),,( cbakcjbiav =++= rrrr é um vetor tridimensional, como na figura abaixo, tem-se dois triângulos retângulos: OAB e OBC. Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo OAB, obtém-se que 222 baOB += e no triângulo OBC tem-se que 222 cOBv +=r . Substituindo ter-se-á: 2222 cbav ++=r E assim, 222 cbav ++=r Exemplo 8 Se )4,1(=wr e )1,2,2( −=mr , calcule wr e mr . 1741 22 =+=wr 391)2(2 222 ==+−+=mr 2.6 - Vetor unitário ou versor de um vetor Se tomarmos qualquer vetor diferente do vetor nulo, e dividirmos pelo seu módulo, teremos um novo vetor de mesma direção e sentido, seu módulo será igual a 1. Este vetor representa a unidade do vetor considerado para o problema. Assim para o vetor v r , diferente do vetor nulo, o seu versor ou vetor unitário será v v r r . Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 38 38 Exemplo 9: Dado o vetor )2,2,1(−=vr , o seu versor v v u r r r = pode ser obtido calculando primeiro o módulo do vetor v r : 3944122)1( 222 ==++=++−=vr Logo: −= − == 3 2 , 3 2 , 3 1 3 )2,2,1( v v u r r r Podemos verificar se o módulo do vetor obtido é realmente 1, calculando v r : 11 9 9 9 4 9 4 9 1 3 2 3 2 3 1 222 ===++= + + −=u r Observação: Os vetores i r , jr e k r são exemplos de versores ou vetores unitários. Exemplo 10 Determine o versor u r do vetor )4,1(=wr a) O módulo do vetor 1741 22 =+=wr Sendo w w u r r r = , temos que === 17 4 , 17 1 17 )4,1( w w u r r r . Se houver necessidade de conferir o módulo do vetor u r obtido, fazemos: 11 17 17 17 16 17 1 17 4 17 1 22 ===+= + =u r 2.7 – Produto de Vetores Nesta seção trataremos dos produtos de vetores, denominados produto escalar, produto vetorial e produtomisto, bem como a interpretação geométrica destes produtos. Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 39 39 2.7.1 - Produto escalar Qual é o significado físico do produto escalar? Segundo (Halliday, 2002) uma força fr constante que atua sobre um corpo e este corpo sofre um deslocamento d r , o produto interno entre a força fr e o deslocamento d r , e se representa por w , é o trabalho w realizado para mover o corpo. O autor exemplifica com uma situação em que um corpo de massa m se move sob ação de uma força fr , que forma um ângulo α com a direção do movimento. O corpo parte da posição A para a posição B, conforme a figura abaixo. Usando conceitos da Física estabelece que o trabalho )(w da força fr é dado por αcosdfw rr ⋅= , que é caracterizado por um produto de dois vetores, denominado produto escalar. Trabalho de uma força Matematicamente o produto escalar ou interno de dois vetores u r e v r representa um número que é expresso por: αcos⋅⋅=• vuvu rrrr onde α é a medida do ângulo formado entre os vetores u r e v r , e 00 1800 ≤≤ α . Graficamente pode ser representado como na figura. Podemos observar que αcosv r é exatamente o comprimento da projeção do vetor vr sobre ur . Propriedades do produto escalar Quaisquer que sejam os vetores ur , vr , wr e Rm ∈ , temos: I) uvvu rrrr •=• II) wuvuwvu rrrrrrr •+•=+• )( III) )()()( vmuvumvum rrrrrr •=•=• Para realizar o produto escalar de dois vetores consideramos suas componentes cartesianas e as propriedades já relacionadas, conforme apresentamos a seguir: Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 40 40 Expressão cartesiana do produto escalar Sejam os vetores kcjbiau rrrr 111 ++= e kcjbiav rrrr 222 ++= , temos que: )()( 222111 kcjbiakcjbiavu rrrrrrrr ++•++=• Aplicando a propriedade II, obtemos a expressão: )( )()( 212121 212121212121 kckcjbkciakc kcjbjbjbiajbkciajbiaiaiavu rrrrrr rrrrrrrrrrrrrr •+•+•+ +•+•+•+•+•+•=• Considerando a propriedade III podemos organizar o produto agrupando escalar com escalar e vetor com vetor: =•+•+• +•+•+•+•+•+•=• kkccjkbcikac kjcbjjbbijabkicajibaiiaavu rrrrrr rrrrrrrrrrrrrv 212121 212121212121 Resolvendo os produtos escalares com kji rrr e , sendo vetores unitários, obtemos: 11110cos 11110cos 11110cos 0 0 0 =⋅⋅==• =⋅⋅==• =⋅⋅==• kkkk jjjj iiii rrrr rrrr rrrr e ainda 001190cos 0 =⋅⋅==• jiji rrrr , consequentemente pela propriedade I, 0=• ij rr 001190cos 0 =⋅⋅==• kjkj rrrr , consequentemente pela propriedade I, 0=• jk v r 001190cos 0 =⋅⋅==• kiki rrrr , consequentemente pela propriedade I, 0=• ki rr Concluímos que a expressão cartesiana do produto escalar é: 212121 ccbbaavu ++=• rr Exemplo 1: Dados os vetores )1,1,2( −=ar e )4,2,3( −=b r , calcule ba rr • . Para resolver basta utilizar a expressão cartesiana do produto escalar: 1242641)2()1(32 =++=⋅+−⋅−+⋅=• ba rr Exemplo 2: Dados os vetores )3,2(=ur e )1,6(=vr , calcule o produto escalar vu rr • . Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 41 41 Distância entre dois pontos A distância entre os pontos ),,( 1,11 cbaA e ),,( 222 cbaB do espaço pode ser definida como sendo o comprimento do vetor → AB conforme figura: O comprimento do vetor → AB se obtém calculando o módulo da diferença entre os dois pontos: ),,( 121212 ccbbaad ABABd −−−= −== → 2 12 2 12 2 12 )()()( ccbbaad −+−+−= Exemplo 2: Calcule a distância entre os pontos )1,2,1( −−A e )2,4,2( −B 14)1(23 ))1(2()24())1(2( 222 222 =−++= −−−+−+−−= d d Ângulo entre dois vetores Da definição de produto escalar temos que αcosvuvu rrrr =• . Se u r e v r são diferentes do vetor nulo podemos isolar a expressão αcos e assim, vu vu rr rr • =αcos que nos permite determinar o ângulo existente entre os dois vetores. Exemplo 3: Calcular o ângulo entre os vetores: a) jim rrr 23 −= e jin rrr 24 += b) kjiu rrrr 352 −+= e kjiv rrrr −−= 2 . Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 42 42 Resolvendo: a) Como nm nm rr rr • =αcos , precisamos calcular o produto escalar nm rr • , como no exemplo 1, e o módulo de cada um dos vetores jim rrr 23 −= e jin rrr 24 += : 2024 13)2(3 84122)2(43 22 22 =+= =−+= =−=⋅−+⋅=• n m nm r r rr Se nm nm rr rr • =αcos , então 4961,0cos 2013 8 cos ≅ ⋅ = α α Utilizando uma calculadora e calculando o inverso da função cosseno, temos: 025,60 )4961,0( ≅ ≅ α α arctg b) Como vu vu rr rr • =αcos , calculamos inicialmente o produto escalar vu rr • e o módulo de cada um dos vetores kjiu rrrr 352 −+= e kjiv rrrr −−= 2 . 6)1()2(1 38)3(52 53102)1()3()2(512 222 222 =−+−+= =−++= −=+−=−⋅−+−⋅+⋅=• v u vu r r rr Se vu vu rr rr • =αcos , então 3311,0cos 638 5 cos −≅ ⋅ − = α α Utilizando uma calculadora e calculando o inverso da função cosseno, temos: 033,109 )3311,0( ≅ −≅ α α arctg Observação: Se dois vetores u e v forem ortogonais, seu produto escalar será igual a zero, pois 090cos =o . 0=• vu rr Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 43 43 Exemplo 4 Verifique se os vetores )3,2,1(−=ar e )0,1,2(=b r , são ortogonais? Resposta: Devemos verificar se 0=• ba rv 00220.31.22.1 =++−=++−=• ba rr , logo os vetores são ortogonais. Ângulos diretores Um vetor forma ângulos com os eixos x, y, e z, chamados ângulos diretores, conforme a figura. Utilizando a formula do ângulo entre dois vetores, vu vu rr rr • =αcos podemos deduzir que o ângulo formado pelo vetor ),,( cbav =r com o eixo x, é o mesmo que o ângulo formado entre o vetor v r o vetor unitário i r . v a v cba iv iv rrrr rr = ⋅ • = • = 1 )0,0,1(),,( cosα O ângulo formado pelo vetor v r com o eixo y, é o mesmo que o ângulo formado entre o vetor v r o vetor unitário jr , conforme figura 2.31. v b v cba jv jv rrrr rr = ⋅ • = • = 1 )0,1,0(),,( cos β O ângulo formado pelo vetor v r com o eixo z, é o mesmo ângulo formado entre o vetor v r o vetor unitário k r , conforme figura 2.31. v c v cba kv kv rrrr rr = ⋅ • = • = 1 )1,0,0(),,( cosδ Exemplo 5. Calcular o ângulo que o vetor kjim rrrr 432 +−= forma com os eixos coordenados x, y e z. Resolução: Devemos achar primeiramente o módulo do vetor m r ,para depois calcular os cossenos dos ângulos δβα e , e finalmente, os ângulos. 294)3(2 222 =+−+=mr o m x 2,68371,0arccos371,0cos 29 2 cos ≅⇒=⇒=⇒== αααα r o m y 8,123)557,0arccos(557,0cos 29 3 cos ≅⇒−=⇒−=⇒ − == ββββ r o m z 0,42743,0arccos743,0cos 29 4 cos ≅⇒=⇒=⇒== δδδδ r Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 44 44 2.7.2 - Produto vetorial O que significa produto vetorial? Na física o produto vetorial representa o torque τ , para os engenheiros significa momento. Torque é uma palavra que vem do latim e significa torcer, pode ser identificada como a ação de girar ou de torcer de uma força. Vamos partir da seguinte situação: Na hora que usamos o saca-rolha para abrir uma garrafa de vinho estamos aplicando uma força fr sobre ele, fazendo-o girar para penetrar na rolha conforme figura a) abaixo. Na figura, o braço do saca-rolha, que vai do centro até a extremidade, é chamado de alavanca e corresponde a um vetor rr . Definimos o módulo do vetor torque τ r como sendo o produto do vetor comprimento rr e a intensidade da força fr pelo seno do ânguloα formado entre fr e r r , sendo que fr e rr estão no mesmo plano. Assim sendo ατ senfr rrr = . O vetor torque τ r é perpendicular a fr e rr . É expresso pela equação fr rrr ×=τ , a qual define como produto vetorial. Na situação inversa, de retirar o saca-rolha, a ação dos vetores se dá conforme a figura b), ou seja, fr rrr ×−=τ . a) Forças num saca-rolha1 b) Forças num saca-rolha 2 A partir desta idéia, podemos definir produto vetorial ou externo. Dados dois vetores u r e v r , não paralelos entre si, o produto vetorial ou externo, é um terceiro vetor que apresenta as seguintes características: 1- A direção do vetor vu rr × é perpendicular aos vetores u r e v r ; 2- Os sentidos dos vetores vu rr, e vu rr × nesta ordem formam um triedro positivo; ou seja, se observado a partir de vu rr × , u r está situado a direta e v r a esquerda, conforme a figura. 3- Seu módulo é ,αsenvuvu rrrr =× onde α é a medida do ângulo entre u r e v r . Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 45 45 Produto vetorial nulo O produto vetorial é nulo, ,0 rrr =× vu quando um dos vetores for nulo ou quando os dois vetores forem paralelos, isto é 0=αsen , ou seja, 00=α ou 0180 . Vetores paralelos Podemos tratar da condição de paralelismo de dois vetores Sejam 0 rr ≠u e 0 rr ≠v . Os vetores ),,( 111 cbau = r e ),,( 222 cbav = r são paralelos, se acontecer a condição vmu rr = , isto é, ),,(),,( 222111 cbamcba = , ou ),,(),,( 222111 mcmbmacba = . Donde vem que: 21 maa = , 21 mbb = e 21 mcc = , consequentemente, 2 1 a a m = ; 2 1 b b m = e 2 1 c c m = , logo 2 1 2 1 2 1 c c b b a a == é uma condição de paralelismo. Observação: Se uma das componentes do vetor for zero então para que os vetores sejam paralelos a componente correspondente também terá que ser igual a zero. Exemplo 1 Verificar se os vetores )4,1,2( −=ur e )12,3,6( −−=vr são paralelos? Aplicando a condição 2 1 2 1 2 1 c c b b a a == , obtemos 12 4 3 1 6 2 − = − = − . Simplificando, resulta em 3 1 3 1 3 1 == . Verificada a igualdade, concluímos que os vetores são paralelos. Exemplo 2 Qual dever ser o valor de x para que os vetores )0,2,( −= xar e )0,3,4( −=b r sejam paralelos? Aplicando a condição 2 1 2 1 2 1 c c b b a a == , obtemos 3 2 4 − − = x . Não consideramos a terceira componente dos dois vetores pelo fato de ambas serem iguais a zero. Da igualdade obtida, podemos escrever: 3 8 3 2 4 =⇒ − − = x x Propriedades do Produto Vetorial I) )( uvvu rrrr ×−=× (figura 2.35) II) )()()( vmuvumvum rrrrrr ×=×=× III) wuvuwvu rrrrrrr ×+×=+× )( Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 46 46 Produto vetorial dos versores i r , jr e k r Em particular os versores i r , jr e k r , nesta ordem, formam um triedro positivo, representado na figura abaixo. E como você pode identificar um triedro positivo? Digamos que fosse possível ficar em pé na posição do versor k r , a sua direita estaria o versor i r e a sua esquerda o versor jr . Triedro positivo Circunferência do produto vetorial Na prática, podemos utilizar a circunferência ou a regra da mão direita para efetuar o produto externo de dois desses versores. Na circunferência, o resultado é o versor faltante, de sinal positivo se no sentido anti-horário, negativo se no sentido horário. Exemplo 3: a) kji rrr =× b) jki r rr −=× c) ijk rr r −=× d) jik rr r =× Exemplo 4: Casos particulares Por serem paralelos 0 rrr =× ii , 0 rr =× jj e 0 rrr =× kk . Regra da mão direita Podemos também aplicar a regra da mão direita para determinar o sentido do produto vetorial de dois vetores não nulos: colocamos a mão sobre o primeiro vetor u r fechamos para cima do vetor v r , o polegar indica o sentido do vetor resultante do produto de vu rr × . Conforme a figura 2.38: Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 47 47 Expressão cartesiana do produto vetorial Sejam os vetores kcjbiau rrrr 111 ++= e kcjbiav rrrr 222 ++= , então: )()( 222111 kcjbiakcjbiavu rrrrrrrr ++×++=× Pela propriedade III, do produto vetorial, temos: kckcjbkciakc kcjbjbjbiajbkciajbiaiaiavu rrrrrr rrrrrrrrrrrrrr 212121 212121212121 ×+×+×+ +×+×+×+×+×+×=× Usando a propriedade II agrupamos escalar com escalar e vetor com vetor: =×+×+×+ +×+×+×++×+×+×=× kkccjkbcikac kjcbjjbbijabkicajibaiiaavu rrrrrr rrrrrrrrrrrrrr 212121 212121212121 Resolvendo os produtos escalares conforme os exemplos 3 e 4 desta seção: =−++−−=× ibcjacicbkabjcakbavu rrr rrrrr 212121212121 Fatorando obtemos: kbabajcaacibccbvu rrrrr )()()( 122121212121 −+−+−=× A expressão obtida corresponde ao determinante de uma matriz formada pelos vetores u r e v r . 222 111 cba cba kji vu rrr rr =× Exemplo 5: Sendo dados os vetores kjiu rrrr −+= 23 e kjiv rrrr 242 −−= , calcule vu rr× . Inicialmente calculamos o determinante de vu rr × . )16,4,8(16484641224 242 123 −−=−+−=−+−−−−= −− −=× kjiijkkji kji vu rrrrrrrrr rrr rr Exemplo 6: Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores a r2 e ba rr − , sendo dados os vetores )3,2,1(−=ar e )1,0,2( −=b r . Iniciamos a resolução calculando os vetores a r2 e ba rr − : )6,4,2()3,2,1(22 −=−=ar)4,2,3()1,0,2()3,2,1( −=−−−=− ba rr Como o produto vetorial é um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores que compõe o produto, conforme a definição, podemos escrever: Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 48 48 423 642)()2( − −=−× kji baa rrr rrr . Resolvendo o determinante )8,10,4(8104)()2( 8121241816)()2( −=+−=−× +−+−−=−× kjibaa jikkjibaa rrrrrr rrrrrrrrr Assim, o vetor simultaneamente ortogonal aos vetores a r2 e ba rr − é kji rrr 8104 +− . 2.7.3 - Produto misto Dados os vetores w e , rrr vu , tomados nesta ordem, chama-se produto misto dos vetores w e , rrr vu ao número real )( wvu rrr ו ou ),,( wvu rrr . Podemos escrever que : αcos)( ⋅×=ו wvuwvu rrrrrr onde o1800 ≤≤ α . Note que, se o ângulo entre u r e wv rr × for de 090 , já que wv rr× é perpendicular a v r e w r , os três vetores u r , v r e w r serão coplanares (vetores no mesmo plano). Podemos então deduzir que para três vetores serem coplanares o produto misto 0)( =ו wvu rrr . Expressão cartesiana do produto misto Sejam os vetores kcjbiau rrrr 111 ++= , kcjbiav rrrr 222 ++= e kzjyixw rrrr 333 ++= , então: Para determinar )( wvu rrr ו , determinamos por etapas o produto. 1ª etapa: Calculamos o produto vetorial kabbajcaacibccbwv jcaibckabkbajacicb cba cba kji wv rrrrr rrrrrr rrr rr )()()( 323232323232 323232323232 333 222 −+−+−=× =−−−++==× 2ª etapa: Calculamos o produto escalar [ ] 321321321321321321 323213232132321 323232323232111 )( )()()()( )()()()()( abcbaccabacbbcacbawvu abbaccaacbbccbawvu kabbajcaacibccbkcjbiawvu −+−+−=ו −+−+−=ו −+−+−•++=ו rrr rrr rrrrrrrrr Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 49 49 Que é equivalente ao determinante da matriz composta pelos componentes dos três vetores ur , vr e wr envolvidos: 333 222 111 )( cba cba cba wvu =ו rrr Exemplos 1) Dados os vetores kjia rrrr 232 −+= , kjib rrrr −+= 2 e kic rrr 3−= , calcule: a) )( cba r rr ו b) )()( cbba r rrr ו+ Resolvendo: a) Devemos calcular o determinante conforme a definição )( cba r rr ו . Assim sendo, 301 121 232 )( − − − =ו cba r rr Calculando o determinante: 215139040312)( 3.1).3(2).1.(0)2.(2.10.1).2(1).1.(3)3.(2.2)( −=−=+−++−−=ו =−−−−−−−+−+−=ו cba cba rrr rrr b) )()( cbba r rrr ו+ Primeiramente calculamos )3,5,3()1,2,1()2,3,2( −=−+−=+ ba rr Calculamos o produto misto )()( cbba r rrr ו+ usando o determinante da expressão cartesiana do produto misto. 301 121 353 )()( − − − =ו+ cbba r rrr Calculando: 2)()( 15060518)()( 5.1).3(3).1.(0)3.(2.10.1).3(1).1.(5)3(23)()( −=ו+ ++++−−=ו+ =−−−−−−−+−+−⋅⋅=ו+ cbba cbba cbba rrrr rrrr rrrr 2) Verificar se os vetores )1,1,2( −−=ur , )0,1,1(−=vr e )2,3,2( −=wr são coplanares. Devemos mostrar que o produto misto 0)( =ו wvu rrr = − − −− =ו 232 011 112 )( wvu rrr 156202304 )1).(1).(2()2.(0.31.1.23).1.(12.0).1()2.(1.2 =−=+−−−+= =−−−−−−−−+−+−−= Logo, como 01)( ≠=ו wvu rrr , os vetores não são coplanares. Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 50 50 3) Determine o valor do componente x do vetor ar para que vetores ar , b r e c r sejam coplanares, sendo dados kxjia rrrr −+−= 32 , kjib rrrr 32 −+−= e kjic rrrr −+= 2 . Se os três vetores são coplanares o produto misto 0)( =ו cba r rr . Podemos escrever: 0 112 321 32 )( = − −− −− =ו x cba r rr 5 23 0364184 03)1()1()2()3(1)(221)1()(2)3(3)1(22 0 112 321 32 = =−−++− =⋅−⋅−−−⋅−⋅−−⋅⋅−⋅−⋅−+⋅−⋅+−⋅⋅− = − −− −− x xx xx x Interpretação Geométrica do módulo do produto vetorial A interpretação geométrica do módulo do produto vetorial pode ser entendida a partir de um paralelogramo construído sobre dois vetores, conforme a figura. O paralelogramo da figura tem a área definida como o produto da medida da base b pela sua altura h, o seja hbAp ×= . A base b do paralelogramo corresponde ao módulo do vetor u r , ou seja, ub r= , assim, a área pode ser: huÁreaABCD r = , onde αα senvh v h sen r r =⇒= Substituindo, temos: αsenvuÁreaABCD rr = A expressão obtida corresponde ao produto vetorial de dois vetores u r e v r , definido anteriormente, αsenvuvu rrrr =× . Concluímos que o módulo do produto vetorial de dois vetores corresponde área do paralelogramo obtido pelas projeções paralelas aos vetores a partir dos seus vértices conforme a figura 2.40. Logo: vuÁreaABCD rr ×= Exemplo 1: Calcule a área do paralelogramo cujos lados são construídos com os vetores ar3 e ba rr + , onde )3,2,1( −−=ar e )4,1,0( −−=b r . Como o módulo do produto vetorial de dois vetores corresponde a área do paralelogramo construído sobre estes vetores, podemos considerar que: Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 51 51 ( ) ( )baaAP rrr +×= 3 Inicialmente determinamos os vetores a r3 e ba rr + . )7,1,1()4,1,0()3,2,1( )9,6,3()3,2,1(33 −−=−−+−−=+ −−=−−⋅= ba a rr r )3,30,33(33033 21963942 711 963)()3( −=++−= =+++−++−= −− −−=+× kji jikkji kji baa rrr rrrrrr rrr rrr Como ( ) ( )baaAP rrr +×= 3 , precisamos ainda calcular o módulo do vetor obtido: ( ) ( ) 22231998330)33()3,30,33(3 222 ==++−=−=+×= baaAP rrr Logo, 2223=PA unidades quadradas Exemplo 2: Calcule a área do triangulo de vértices ),0,2,1(−A )1,4,1( −B e )3,2,0( −−C . O triângulo está situado no espaço tridimensional e pode ser representado de modo simplificado pela figura: Da geometria elementar sabemos que a área de um triangulo é igual a medida da área de um paralelogramo dividido por dois. Assim podemos propor que a área do triângulo ABC corresponde à metade do módulo do produto vetorial dos dois vetores AB e AC que determinam o paralelogramo. Logo, 2 ACAB AABC × = Como não temos os vetores, temos que determiná-los a partir dos pontos que determinam os vértices, ou seja, AB e AC . kjiACAC kjiABAB rrr rrr 34)3,4,1()0,2,1()3,2,0( 62)1,6,2()0,2,1()1,4,1( −−=−−=−−−−=−= +−=−=−−−=−= Como 2 ACAB AABC × = , calculamos inicialmente o produto vetorial ACAB× . )2,7,22(2722664818 2)3(1)4()6(1)4(211)6()3( 341 162 −=−+=+++−+= =⋅⋅−−⋅⋅−−−⋅−⋅−⋅+⋅⋅+⋅−⋅−= −− −=× kjikjikji jikkji kji ACAB rrrrrrrrr rrrrrr rrr Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 52 52 Calculando o módulo do produto vetorial: 537)2(722 222 =−++=× ACAB Finalizando temos que a área do triângulo é 2 537 2 = × = ACAB AABC u.a (unidades de área). Interpretação geométrica do módulo do produtomisto A interpretação geométrica do módulo de um produto misto é desenvolvida a partir do cálculo do volume de um paralelepípedo construído sobre os três vetores que o compõem, conforme a figura. Para calcular o volume do paralelepípedo )( PPV utilizamos, da geometria espacial, que hAbVPP ⋅= Vimos anteriormente que a área da base do paralelepípedo, que é um paralelogramo, é dado pelo módulo do produto vetorial dos vetores v r e w r , ou seja, wvAb rr ×= . Na figura observamos que αα cos cos ⋅=⇒= uh u h r r Como hAbVPP ⋅= , podemos escrever que αcos⋅⋅×= uwvVPP rrr ou αcoswvuVPP rrr ×= . A expressão obtida é igual ao produto misto de três vetores, αcos)( wvuwvu rrrrrr ×=ו , logo: )( wvuVPP rrr ו= , que corresponde ao volume do paralelepípedo. Exemplo 1: Calcular o volume do paralelepípedo construído sobre os vetores kjia rrrr 32 ++= , kjib rrrr 22 +−= e kjic rrrr +−= 24 . O volume do paralelepípedo é dado pelo módulo do produto misto dos vetores a r , b r e c r , ou seja, )( cbaVPP rrr ו= . Inicialmente calculamos o produto misto )( cba r rr ו . 291.1.12.2).2(3).2.(4)2.(1.34.2.11).2.(2 124 221 312 )( =−−−−−−++−= − −=ו cba r rr Como )( cbaVPP rrr ו= 2929 ==PPV u.v (unidades de volume) Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 53 53 Exercícios propostos A 1) Dados os vetores ur e vr da figura, mostrar graficamente um representante do vetor: a) ur + vr b) 2ur - vr c) 2 vr - ur 2) Represente analiticamente os vetores ur , vr , wv e z r representados na figura ao lado: 3) Determinar o vetor wv na igualdade 3 wv +2ur = ½ vr + wv , sendo dados ur = (3, -1) e vr = (-2, 4) 4) Encontrar os números a1 e a2 tais que wv = a1 ur + a2 vr , sendo ur = (1,2), vr = (4,-2) e wv = (-1,8) 5) O que tem em comum os vetores representados na figura ao lado? Como escrever sua representação analítica? 6) Dados os pontos A(-1, 2), B(3, -1) e C(-2, 4), determinar D(x,y) de modo que ABCD 2 1 = Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 54 54 Exercícios propostos B Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 55 55 Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 56 56 Exercícios Propostos C Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 57 57 Exercícios propostos D Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 58 58 Exercícios propostos E Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 59 59 Exercícios Resolvidos 1) Dados os vetores ar , b r e c r , representados na figura abaixo, apresentar um representante de cada um itens propostos: a) ba rr + b) cba r rr +− 2 2) Dados os pontos no 3R como )5,4,1(−A , )1,2,3(−B e )1,3,4( −C , determinar o vetor CBCA rr 23 − . 3) Dados os vetores )2,3,4(=ur , )1,2,1( −=vr e )4,1,0(=wr , calcule as operações wvu rrr 32 +− e )()(2 wvvu rrrr −−+ . 4)Sabendo que 22=ar , calcule o valor de m no vetor kjmia rrrr 23 ++= . 5) Qual deve ser o valor de x para que os vetores )3,2,(xu =r e )4,2,3( xv −=r sejam ortogonais? 6) Considere o triângulo ABC de vértices )4,1,3( −−A , )0,1,4(−B e )1,2,3( −C . Determine o ângulo interno ao vértice C desse triângulo. 7)Mostrar que 1coscoscos 222 =++ γβα , sendo α , β e γ os ângulos diretores de um vetor. 8) Os ângulos diretores de um vetor podem ser 045 , 030 e 030 ? 9)Uma força fr , cuja intensidade é igual a N4 , desloca um carrinho por m8 , num plano horizontal, sem atrito. A força fr faz um ângulo de 060 com o deslocamento. Qual o trabalho realizado pela força fr ? 10)Dados os vetores )1,0,1(−=ur , )1,1,2( −=vr e )3,1,1( −=wr , calcule os produtos vetorial e produto misto solicitados em cada item. a) )2()3( vu rr × b) )()( wvvu rrrr ו+ c) )()( uvvu rrrr −•+ 11)Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores kjiu rrrr 322 −+= e kjiv rrrr +−= 2 . 12) Calcule a área do triângulo ABC do exercício 6. 13)Verificar se os pontos )2,3,1(A , )0,1,1(−B , )0,3,0(C e )1,2,2( −−D estão no mesmo plano. Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 60 60 14)Dados os vetores )1,,2( −= mar , )1,2,1( −=b r e )2,1,1( −=cr . Calcular o valor de x para que o volume do paralelepípedo determinado por a r , b r e c r seja igual a 9 u.v. (unidades de volume). 15)Calcular a intensidade do torque (ou momento) sobre o segmento 20,0=AO m da figura a seguir quando giramos a ferramenta apertando o parafuso. RESPOSTAS - Vetores 1) a) ba rr + Vamos utilizar a regra do polígono. Para isso transportamos os vetores a r e b r com mesma direção, mesmo sentido e mesmo comprimento, fazendo com que a origem de b r coincida com a extremidade de a r . Ligando a origem de a r com a extremidade de b r , temos a soma de a r e b r conforme mostramos na figura: b) cba r rr +− 2 Usando a regra do polígono, representamos: Tal como no item a, transportamos os vetores de modo que a origem de cada um deles coincida com a extremidade do anterior. O resultado da operação corresponde ao vetor que inicia na origem do primeiro vetor e termina na extremidade do último. 2) Primeiramente vamos determinar os vetores CA r e CB r . )6,1,5()5,4,1()1,3,4( −−=−−−=−= ACCA r )2,1,7()1,2,3()1,3,4( −=−−−=−= BCCB r Calculando o valor da expressão CBCA rr 23 − , temos: )14,5,1()4,2,14()18,3,15()2,1,7(2)6,1,5(323 −−=−−+−−=−−−−=− CBCA rr ou kji rrr 145 −− 3) a) wvu rrr 32 +− Calculando: )12,10,2()12,3,0()2,4,2()2,3,4()4,1,0(3)1,2,1(2)2,3,4(32 =+−−+=+−−=+− wvu rrr b) )()(2 wvvu rrrr −−+ neste caso podemos calcular inicialmente algumas partes da expressão: )3,1,5()1,2,1()2,3,4( =−+=+ vu rr )3,3,1()4,1,0()1,2,1( −−=−−=− wv rr Calculando o valor de toda a expressão, temos: Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 61 61 )9,5,9()3,3,1()6,2,10()3,3,1()3,1,5(2)()(2 =−−−=−−−=−−+ wvvu rrrr 4) Sabemos que o módulo de um vetor vr é dado por 222 cbav ++=r . Adaptando temos: 222 23 ++= mar , como 22=ar 222 2322 ++= m , elevando os dois lados da igualdade ao quadrado ( ) ( )22222 2322 ++=m 4922 2 ++= m 13222 −=m 92 =m 9±=m 3±=m Logo o valor de m pode ser 3− e 3. 5) Para que ur e vr sejam ortogonais devemos ter o produto escalar destes vetores nulo, ou seja, 0=• vu rr . Assim, 0)4,2,3()3,2,( =−• xx , 04.3)2.(23 =+−+ xx 01243 =+− xx 12=− x multiplicando por ( 1− ), temos 12−=x 6) Fazendo um esboço do triângulo podemos representar os lados CB e CA como vetores. Para determinar o ângulo entre dois vetores u r e v r utilizamos a expressão vu vu rr rr • =αcos , onde α é o ângulo entre os lados no vértice C. Chamando de u r o vetor CB e de vr o vetor CA , temos a representação: Primeiramente determinamos os vetores u r e v r . )1,3,7()1,2,3()0,1,4( −−=−−−=−== CBBCu rr )3,1,6()1,2,3()4,1,3( −=−−−−=−== CAACv rr Em seguida, o produto escalar e o módulo desses vetores: 4233423).1(1.3)6).(7()3,1,6()1,3,7( =−+=−++−−=−•−−=• vu rr 591949)1(3)7( 222 =++=−++−=ur 46913631)6( 222 =++=++−=vr Calculando o ângulo com vu vu rr rr • =αcos , temos: o27,36 2714 42 arccos 2714 42 cos 46.59 42 cos ≅⇒=⇒=⇒= αααα Logo o ângulo C mede aproximadamente 36,27°. 7) Considerando um vetor ),,( cbav =r , os cossenos diretores de vr são as expressões: v a r=αcos , v b r=βcos e v c r=γcos Substituindo estas expressões na equação dada, temos: Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 62 62 1 1 1 1coscoscos 2 222 2 2 2 2 2 2 222 222 = ++ =++ = + + =++ v cba v c v b v a v c v b v a r rrr rrr γβα Como módulo do vetor ),,( cbav =r é 222 cbav ++=r , podemos escrever que 2222 cbav ++=r Logo, se 12 222 = ++ v cba r então 1222 222 = ++ ++ cba cba , ou seja, 11 = . Portanto, 1coscoscos 222 =++ γβα 8) Usando a relação demonstrada no exercício anterior, 1coscoscos 222 =++ γβα , e nomeando α , β e γ , respectivamente como 045 , 030 e 030 , temos: 12 1 4 3 4 3 4 2 1 2 3 2 3 2 2 130cos30cos45cos 222 020202 = =++ = + + =++ Como 12 ≠ , os ângulos descritos não satisfazem a condição e não são ângulos diretores de um vetor. 9) Desenhando podemos observar a situação Definimos o trabalho w realizado por uma força fr como αcosdfw rr = Assim, sendo 4=fr , 8=d r e 060=α , temos que o trabalho é: 16 2 32 2 1 .8.4 60cos.8.4 0 === = w w Logo Jw 16= 10) a) )2()3( vu rr × Inicialmente calculamos os vetores que compõem o produto vetorial: )3,0,3()1,0,1.(33 −=−=ur )2,2,4()1,1,2.(22 −=−=vr Para calcular o produto vetorial utilizamos o cálculo do determinante dos componentes dos vetores. Assim temos: kjijikkji kji vu rrrrrrrrr rrr rr 61866606120 224 303)2()3( ++=++−++= − −=× Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 63 63 b) )()( wvvu rrrr ו+ Neste caso, primeiro calculamos a adição e depois o valor do produto misto. )2,1,1()1,1,2()1,0,1( −=−+−=+ vu rr O produto misto é equivalente ao determinante da matriz composta pelos componentes dos três vetores envolvidos: 189612413 311 112 211 )()( =−=+++−−−= − − − =ו+ wvvu rrrr c) )()( uvvu rrrr −•+ Já calculamos vu rr + do item b, ou seja, )2,1,1()1,1,2()1,0,1( −=−+−=+ vu rr . Também )0,1,3()1,0,1()1,1,2( −=−−−=− uv rr Assim temos os vetores que compõem o produto escalar: 40130.2)1).(1(3.1)0,1,3()2,1,1()()( =++=+−−+=−•−=−•+ uvvu rrrr 11) O resultado do produto vetorial vu rr × é o vetor que é simultaneamente ortogonal aos vetores ur e vr . Calculando o produto vetorial, )6,8,1(68234262 112 322 −−−=−−−=−−−−−= − −=× kjijikkji kji vu rrrrrrrrr rrr rr Concluímos que kjivu rrrrr 68 −−−=× é simultaneamente ortogonal a ur e vr . Observação: Como não foi especificada a ordem dos vetores, o produto poderia ser na ordem )6,8,1(=× uv rr , que também é ortogonal a u r e v r . 12) A área de um triângulo é dado por 2 vu At rr × = , sendo u r e v r os vetores que determinam dois dos lados do triângulo. No exercício 6 os vetores obtidos foram )1,3,7( −−=ur e )1,3,6(−=vr , vamos calcular o determinante . kjijikkji kji vu rrrrrrrrr rrr rr 24271021184269 316 137 −+=+++−+= − −−=× Como 2 vu At rr × = , ou seja, corresponde a metade do módulo do produto vetorial, escrevemos: 2 1405 2 576729100 2 )24(2710 222 = ++ = −++ =tA u.a (unidades de área) 13) Se os pontos são coplanares então os vetores que podem ser construídos com estes pontos também são coplanares. Para que três vetores sejam coplanares o produto misto destes é nulo, ou seja, 0)( =ו wvu rrr . Como não temos os vetores u r , v r e w r , começamos pela sua determinação. Podemos escolher qualquer um dos pontos A , B , C e D como a origem dos vetores u r , v r e w r . Escolhemos o ponto A, como na figura seguinte. Assim temos: )2,2,2()2,3,1()0,1,1( −−−=−−=−== ABBAu rr Baseado em: Geometria Analítica – UnisulVirtual - autores: Mario Selhorst; Carlos Henrique Hobold Prof. Mário Selhorst e-mail: mario.selhorst@unisul.br 64 64 )2,0,1()2,3,1()0,3,0( −−=−=−== ACCAv rr )3,1,3()2,3,1()1,2,2( −−−=−−−=−== ADDAw rr Para que os três vetores sejam coplanares 0)( =ו wvu rrr Calculando 012126402120 313 201 222 )( =+−=++−−−= −−− −− −−− =ו wvu rrr Os vetores são coplanares, consequentemente os pontos estão no mesmo plano. 14) O volume de um paralelepípedo determinado por três vetores ar , b r e c r é dado pela expressão )( cbaVPP rrr ו= , ou seja, pelo módulo do produto misto. Assim temos: 722218 211 121 12 )( −−=−+−++−= − − − =ו mmm m cba r rr Como 9=PPV e )( cbaVPP rrr ו= , podemos escrever: 97 =−− m e resolvendo a equação modular temos que: 97 =−− m ou 97 −=−− m Resolvendo: 16167997 −=⇒=−⇒+=−⇒=−− mmmm 227997 =⇒−=−⇒+−=−⇒−=−− mmmm Logo o valor de m pode ser 16− ou 2 15) Podemos observar que a força de intensidade NF 4= está na direção do eixo z e forma um ângulo de 090 com o segmento AO . O vetor jAO r r 20,0= , por estar na direção do eixo y e o vetor força kf rr 4−= . O vetor torque é dado pelo produto vetorial fAO rrr ×=τ . Assim, mNi mNii kji rr rr rrr r 80,0 80,020,0.4 400 020,00 −= −=−= − = τ τ Calculando a intensidade (ou módulo) do torque teremos: ( ) 80,080,0 2 =−=τr mN . Também podemos calcular utilizando a expressão mNsen senfr 80,01.80,0904.20,0 0 === = τ ατ r rrr
Compartilhar