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Preparação Física Geral
UNIDERP - ANHANGUERA
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Debby Feer Silva
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organização e armazenamento de informações, assim como também no nível de complexidade da atividade, o que quer dizer que dependendo do quanto o aluno ou atleta tem de habilidade para absorver as informações (ci- nestésicas, visuais, auditivas, táteis, estático-dinâmicas) poderá obter maiores ou menores sucessos na coordenação e subse- quentemente no movimento. "Neste processo psicomotor de reconhecimento e transformação da experiência de movimen- tos, ou o repertório de movimentos disponíveis desempenha um importante papel" (GOMES DA COSTA, 1998, p. 135). Platonov (2008) acrescenta que a capacidade de coordena- ção se relaciona a manifestações que o autor classifica como an- tecipações espaço temporais, onde as condições para um bom desenvolvimento da capacidade de coordenação também está ligada a precipitar-se a acontecimentos e ações que surgem de maneira evential, assim como antever relações espaciais entre parceiros e adversários, para no momento certo iniciar, execu- tar e finalizar a ação, cujo desempenho dependerá das seguintes habilidades: • Diferenciar os componentes relacionados ao espaço e tempo para aplica-los no momento da competição. 114 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs • Analisar o momento mais propício para a execução dos movimentos e escolher quando iniciá-los, tendo como objetivo reagir em a ação do adversário e interagir da melhor forma com meu(s) parceiro(s) de equipe. • Dosar de maneira adequada a orientação a amplitude, a velocidade o ritmo a profundidade das ações próprias e dos adversários, assim como dos componentes da equipe. Tubino (2008) elenca ainda três componentes importantes que devem ser combinados para o sucesso a aprendizagem da capacidade de coordenação motora que são essenciais: O domínio cognitivo que é relativo a aquisição dos conhe- cimentos, ou seja, a aprendizagem propriamente dita. O domínio psicomotor, que está relacionado às mudanças comportamen- tais e a capacidade de adaptação a estas mudanças e por fim, o domínio afetivo, que também se refere as mudanças comporta- mentais estando sujeito, portanto, a capacidade de assimilação dos treinamentos e sua transposição em competições, ou seja, conseguir replicar os aperfeiçoamentos cognitivos e psicomoto- res dos treinos durante as competições, sem abalar-se com as pressões deste momento por exemplo. Para Platonov (2008, 2008, p. 473) é possível destacar al- guns tipos de capacidade de coordenação relativamente inde- pendentes como: • capacidade de avaliar e regular os parâmetros dinâmicos espaciais e temporais dos movimentos; • capacidade de manter o equilíbrio; • capacidade de percepção do ritmo; • capacidade de orientar-se no espaço; 115© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs • capacidade de relaxar voluntariamente os músculos; • capacidade de coordenar os movimentos. Tubino (2008) ainda complementa estas elucidações sobre a aprendizagem do movimento ensinando que a aprendizagem deve seguir um processo de progressão lógica obedecendo as aquisições pedagógicas seguindo do que é mais simples para o que se apresenta de mais complexo, no entanto, não há um consenso em uma vertente importante, seria mais produtivo um desenvolvimento da capacidade de coordenação de maneira in- tegral ou segmentada, ou seja a aprendizagem desde o princípio pela totalidade do movimento, ou pela decomposição dos movi- mentos em uma aprendizagem fracionada em etapas a serem as- similadas e somadas para a sequência integral dos movimentos. Independente das escolhas e estratégias traçadas por cada treinador, o educador físico deve ter em mente que todas as capacidades podem ser desenvolvidas dentro de processos de treinamento e aperfeiçoamento, em especial as ações coorde- nativas ou a qualidade física referente a coordenação, além dos exercícios poderem ter variantes em suas velocidades, ao ritmo, a amplitude das ações e parâmetros em relação com adversá- rios e parceiros, sendo assim, de maneira bastante irregular a preparação da coordenação, inclusive no alto nível, assim, em cada modalidade, em cada momento do treinamento, para cada atleta existem pontos eficientes (fortes) e deficitários (fracos). Segundo Platonov (2008), os pontos positivos podem su- prir os negativos, esclarecendo sua explicação demonstrando típicas variantes de compensação. Nas falhas que são geradas pelo raciocínio tático poderão existir compensações relaciona- das a rapidez das reações motoras como no equilíbrio por exem- plo, podendo ainda esta falha ser suprida durante um movimen- 116 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs to pela distribuição da atenção, percepção do tempo, noções de distância entre outras. Já as falhas na distribuição da atenção, ou seja, falhas na prévia análise detalhada podem ser compensadas pela rapidez na percepção e nas operações racionais, assim direcionando uma precisão maior nas ações musculares e motoras. Falhas geradas pela transferência da atenção, ou seja, ob- ter uma informação visual por exemplo e não conseguir transpô- -la durante o movimento podem ser compensadas pela rapidez das reações motoras, desta forma obtendo maior capacidade e objetividade em realizar prognósticos exatos sobre modificações nas alterações de situações, assim como na percepção do tempo de reação para realizar dqa maneira mais coordenada possível um movimento. As deficiências que levam a falhas na rapidez das reações motoras podem ser assim compensadas pela capacidade de an- tever situações durante o movimento que lhe proporcionarão a capacidade de determinar distâncias e tempo, equidade no equi- líbrio, distribuição da atenção entre os diversos componentes do movimento, análises táticas, capacidade de raciocínio, entre outros. A rapidez em diferenciar as ações motoras e as percepções espaço temporais suprem as falhas na precisão motora, ou seja, a prévia capacidade de programar ações dentro de um ambiente em um determinado tempo pode suprir a falha de determinar o quanto de intensidade pode ser empregado em cada segmento durante ação. Por fim, conforme já dissemos anteriormente, devido a ex- tensão dos assuntos relacionados a esta unidade, nossa inten- 117© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs ção foi em todas as discussões relacionadas ao desenvolvimen- to das capacidades físicas aguçar o conhecimento de cada uma das qualidades físicas, estimulando a pesquisa aprofundada de cada uma conforme o interesse e a área escolhida para atuação profissional. Com as leituras propostas no Tópico 3, você poderá co- nhecer melhor os efeitos do envelhecimento e, consequente- mente, realizar intervenções mais seguras e eficientes para a população. Antes de prosseguir para o próximo assunto, rea- lize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado. 3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmen- te os conteúdos apresentados nesta unidade. 3.1. caPacidades físicas Para consolidarmos o entendimento desta unidade su- geriremos uma série de publicações que vêm de encontro ao estudo das capacidades físicas, em especial começamos indican- do o artigo Análise das capacidades físicas em crianças dos sete aos dez anos de idade, de autoria de Borba, et al. (2012), o qual participaram do estudo 232 crianças de ambos os sexos entre as idades de sete e 10 anos, desta forma com grande relevância de informações e posteriormente verificaremos alguns vídeos que falam sobre o assunto. 118 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs • BORBA, D. A. et. al. Análise das capacidades físicas em crianças dos sete aos dez anos de idade. R. Bras. Ci. e Mov., v.