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Decisões e objetivos de tratamento Com base nos princípios de oclusão Harmonia Oclusal para Promoção de Saúde Todas as condutas terapêuticas em Odontologia devem se sustentar no respeito a natureza humana, e objetivar a remoção dos fatores etiológicos e o resgate da biologia dos tecidos e fisiologia dos sistemas. Desta forma não se pode pensar em promoção de saúde em odontologia, sem conhecimento do Sistema Estomatognático. A.C.Rios Sistema Estomatognático A.C.Rios Entidade Fisiológica, funcional, perfeitamente definida e integrada por um conjunto heterogêneo de órgãos e tecidos, cuja biologia e fisiopatologia são absolutamente interdependentes, envolvidos nos atos funcionais como: mastigação, deglutição, fonação, expressão e estética facial, postura da mandíbula, da língua e do osso hióide, e nos atos parafuncionais. Promoção de saúde Aplicação dos Princípios de Oclusão A.C.Rios Indivíduo (unidade biológica básica) Oclusão Dentária Periodonto Sistema Neuromuscular ATMs Qualquer contato entre as superfícies incisais, e/ou, entre as superfícies oclusais mastigatórias dos dentes mandibulares contra os maxilares. Relação dinâmica, morfológica e funcional entre todos os componentes do sistema mastigatório, incluindo os dentes, tecidos moles de suporte, sistema neuromuscular, articulações temporomandibulares e o esqueleto craniofacial. Uso dos Princípios de oclusão no Exame Clínico Avaliação das Relações Intermaxilares e Movimentos; Avaliação dos Determinantes Fixos de Oclusão; Avaliação dos Determinantes Variáveis de Oclusão. Relação Cêntrica (RC) Máxima I.Habitual (MIH) Posição de Repouso Lateralidade Direita (LD) Lateralidade Esquerda (LE) Topo a topo Posições Cêntricas Posições Excêntricas Avaliação das Relações Intermaxilares Relação Cêntrica (RC) Posição crânio-mandibular que independe de contatos dentários, é reproduzível e remodelável. É uma posição miocêntrica: área individual e específica para cada paciente. O disco articular está numa posição confortável e ortopedicamente estável (músculo-esqueletalmente). Os côndilos devem assentar-se na fossa mandibular contra a parede inclinada póstero-superior da eminência articular. Os côndilos posicionam-se numa região ântero-superior com relação a fossa articular, com o disco adequadamente interposto. Roth (1981) Na Clínica: O Complexo Côndilo-Disco está posicionado, sem nenhuma tensão, numa posição de conforto neuro-muscular. Aplicação: Diagnóstico das Desordens Oclusais; Nas Reabilitações Dentárias Extensas: Grande Número de Unidades Dentais Perdidas; Edentulismo; Grandes Alterações nas Superfícies Oclusais; Mobilidade Dental que leve a mudanças nas posições mandibulares. No tratamento das Desordens Temporomandibulares RELAÇÃO CÊNTRICA 1- Inicialmente, os discos devem estar corretamente alinhados ou relacionados com os respectivos condilos. Nesta circunstância, no momento da maxima intercuspidação, a porção central mais fina e avascular do disco se interpõe entre condilo e parede posterior da eminencia articular A preservação do correto relacionamento entre condilo e disco depende da integridade dos ligamentos colaterais que unem aquelas duas estruturas, alem de ser favorecida pela forma biconvexa do disco. 2- Em segundo lugar, o conjunto condilo-disco deve assentar-se o mais superiormente possível, contra a inclinação posterior da eminencia articular A partir daquela posição, qualquer movimento do côndilo, em direção anterior, posterior ou medial. implicaria necessariamente, em deslocamento inferior simultaneo do mesmo, em decorrencia das linhas anatomicas da fossa articular. 3- Em terceiro lugar, o polo medial de cada conjunto condilo-disco deve apoiar-se em osso Tal apoio se estabelece com o contato daquele conjunto com a parede medial da fossa articular. O referido suporte osseo contribui de forma especial para a estabilidade mandibular no mvel da articulação, no momento da maxima intercuspidação. Este ítem guarda relação direta com o quarto e ultimo requisito. 4- O quarto requisito implica no relaxamento e passividade da porção inferior do musculo pterigoideo lateral, que se torna possível quando o condilo alcança livremente a posição de RC tendo, para isto, cumprido os tres primeiros itens descritos por Dawson Dawson (1974) Máxima Intercuspidação Habitual (MIH) Posição de acomodamento da mandíbula, onde ocorre o maior número de contatos dentários. É muito variável, muda de acordo com a idade do paciente e dos eventos envolvendo o sistema estomatognático ao longo da vida. Não importando a relação articular Esta é a posição em que pode-se segurar um par de modelos de gesso de diagnóstico com as mãos em uma única posição de máxima intercuspidação. Outras nomenclaturas: Máxima Intercuspidação Cêntrica (MIC) Oclusão Habitual (OH) Máxima Intercuspidação Habitual (MIH) Variável ao longo da vida, sofre influencia de: Postura da cabeça Alterações articulares; Desordens musculares; Desordens Oclusais A mandíbula se relaciona com a maxila por meio dos contatos inter-maxilares das 32 unidades dentárias. Já imaginou a diversidade de fatores que podem interferir em MIH? MIH X RC MIH ≠ RC MIH = RC Oclusão de Relação Cêntrica MIH RC Posição de repouso Posição em que os tônus musculares dos músculos elevadores e abaixadores da mandíbula encontram-se em perfeito equilíbrio (simultaneamente em baixo nível de atividade) ao tempo que mantém a mandíbula suspensa sem apresentar contato interoclusal. Posição mandibular em que a mandíbula não está envolvida em nenhuma de suas funções dinâmicas e na qual o SNC, a partir de referentes proprioceptivo pode manter a mandíbula estável e com a menor atividade muscular possível. Posição de repouso A distância inter-oclusal quando um indivíduo está na posição de repouso denomina-se ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE. Na posição de repouso as fibras musculares estão em seu comprimento ótimo , de onde os músculos estarão aptos para começar a elevação ou depressão da mandíbula. O profissional durante reabilitação não deve interferir no espaço funcional livre. Espaço Funcional Livre (EFL) é estimado entre 1,5 a 2mm Posição de repouso Clinicamente, é a posição na qual a mandíbula se encontra suspensa no espaço pelos músculos craniomandibulares, em um indivíduo de pé, com a vista posta em um ponto distante situado na mesma altura dos olhos. Posição de repouso Encontra-se regulada pelo sistema neuromuscular, o qual sofre interferência de fatores: Extra-corporais Intra-corporais Visão Órgãos do equilíbrio Sistema proprioceptivo: Periodonto; Articulação; Ligamentos, Musculos. O sentido da visão e a posição da cabeça podem modificar momentaneamente o espaço funcional livre Posição de repouso Apesar de não ser uma posição estática, a posição de repouso se mantém relativamente constante ao longo da vida, servindo de um referencial importante nas reabilitações oclusais determina a dimensão vertical de repouso Efeitos ambientais e condições emocionais ( ansiedade, estresse) podem interferir momentaneamente no espaço funcional livre Dimensão Vertical Repouso Determinada pelo comprimento facial quando os músculos mastigatórios estão em seu comprimento ótimo com mínimo nível de ativação. É calculada através de pontos faciais externos situados na linhamedial do plano sagital (nasium, mento). Dimensão Vertical de Oclusão Determinada pelo comprimento facial quando os dentes estão em máxima intercuspidação habitual. Sofre influência da relação oclusal ao longo da vida. • Atividade fisiológica. • Atividade parafuncional; • Postura mandibular; • Perdas dentárias; • Edentulismo. A.C.Rios A.C.Rios DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO (DVO) DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO (DVR) DVR – EFL= DVO Relação Cêntrica (RC) Máxima I.Habitual (MIH) Posição de Repouso Lateralidade Direita (LD) Lateralidade Esquerda (LE) Topo a topo Posições Cêntricas Posições Excêntricas Avaliação das Relações Intermaxilares As posições excêntricas são determinadas pelos movimentos mandibulares . Abertura Fechamento Protrusão ORC OC AM AMR TT PM ET R H AT Movimentos Cêntricos Movimento de Abertura Movimento de Abertura B C Movimento de Abertura Movimento de Abertura A.C.Rios A.C.Rios A.C.Rios Lateralidade Direita (LD)(LE) Lateralidade Esquerda (AM) (MIH) A.C.Rios Movimento de lateralidade Lado de Trabalho A.C.Rios Movimento de lateralidade Lado de Não Trabalho A.C.Rios A.C.Rios A.C.Rios A.C.Rios MIH RC 01. 02. MIH RCMIH A.C.Rios Objetivos a serem alcançados Unidades Fisiológicas preservadas Como, quando e qual a importância de usar os Princípios de Oclusão no Exame Clínico? Como aplicar os princípios de oclusão na clínica odontológica? Por que avaliar os Movimentos Mandibulares? INDICADORES DE APRENDIZAGEM Referência bibliográfica Ciência e prática da Oclusão/Charles McNeill – Quintessence SANTOS JUNIOR, J. Oclusão Clínica – Atlas colorido. Ed Santos, 2ª. Ed., São Paulo, 2000. SANTOS JUNIOR, J. Oclusão – princípios e Conceitos. Ed Santos, 5ª. Ed., São Paulo, 1998.
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