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UNIDADE 1 – TEORIA SOCIAL DO ESTADO 1.3 - ORIGEM E EVOLUÇÃO DO ESTADO São várias as teorias que apresentam a origem e a evolução do Estado. Trata-se de assunto polêmico: discute a organização social, política e econômica de cada povo. Primeira Posição Para muitos teóricos, o Estado, assim como a própria sociedade, sempre existiram Desde que o homem vive sobre a terra acha-se integrado numa organização social 1.3 – ORIGEM DO ESTADO Sociedade é dotada de poder e com autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo B - Segunda Posição Uma segunda ordem de autores admite que a sociedade humana existiu sem o Estado durante um certo período. C - Terceira Posição Admite como Estado, a sociedade política dotada de certas características muito bem definidas. SAHID MALUF Teorias Justificadoras do Estado: - Teológico-Religiosas: compreendidas pela Teoria do Direito Divino Natural e Direito Divino Providencial; - Teorias Racionalistas - Teorias Idealistas - Teorias Socialistas - Teoria Social-Democrática; 1.3 – ORIGEM DO ESTADO Essas características são relativas ao exercício da soberania - primórdios desta ideia Fortalecimento da ideia de Soberania: ocorre no Século XVII, Cidades-estados, na Idade Antiga, exerceram uma espécie de soberania, no sentido de ser exercício de poder. TEORIAS E TEÓRICOS SAHID MALUF: Teoria da Origem Familiar; Teoria da Origem Patrimonial; Teoria da Força 1.3 – ORIGEM DO ESTADO SAHID MALUF Teorias Justificadoras do Estado, - Teológico-Religiosas: Teoria do Direito Divino Natural; Teoria do Direito Divino Providencial - Teorias Racionalistas - Teorias Idealistas - Teorias Socialistas - Teoria Social-Democrática DALMO DALLARI: Formação Originária do Estado: - Teoria Natural - Teoria Contratual Teoria Patrimonial - Teoria Patriarcal - Teoria da Força ADERSON DE MENEZES TEORIAS TEOLÓGICAS: O Estado é obra de Deus, portanto de origem divina TEORIAS DO CONTRATO E DA VIOLÊNCIA: o Estado é criação do homem, isto é, de origem humana, TEORIA FAMILIAR E TEORIA NATURAL Estado é produto social, ou seja sua origem é histórica ou evolutiva 1.3 – ORIGEM DO ESTADO DARCY AZAMBUJA - Teoria da Origem Familiar - Teoria Contratual - Teoria da Força ou da Violência 1.3 – ORIGEM DO ESTADO DALMO DE ABREU DALLARI: Formação Originária do Estado: - Teoria Natural - Teoria Contratual - Teoria Patrimonial Formação Derivada do Estado - Teoria do Fracionamento - Teoria da União 1.3 – ORIGEM DO ESTADO ADERSON DE MENEZES TEORIAS TEOLÓGICAS: O Estado é obra de deus, portanto, de origem divina TEORIAS DO CONTRATO E DA VIOLÊNCIA: O Estado é criação do homem, isto é, de origem humana TEORIA FAMILIAR E TEORIA NATURAL: O Estado é produto social, logo, é de origem histórica ou evolutiva 1.3.1 – TEORIAS TEOLÓGICAS Afirmam que o Estado foi fundado por Deus, inclusive o mundo foi criado ou fundado por Deus Se dividem em: Teoria do Direito Divino Sobrenatural e Teoria do Direito Divino Providencial 1.3.1.1 – TEORIA DO DIREITO DIVINO SOBRENATURAL - O Estado foi fundado por Deus - Deus designou a pessoa ou família que exerceria poder ou a autoridade estatal 1.3.1.1 - – TEORIA DO DIREITO DIVINO SOBRENATURAL - O rei é o representante do reino divino e terrestre ou civil - Nas monarquias orientais pode-se identificar o Estado teocrático, governado por um rei considerado o próprio Deus - Índia e Pérsia os soberanos eram considerados “delegados” de Deus, isto é, receberam diretamente de Deus o poder que exercem - Esse entendimento perdurou por toda a Antiguidade - Reaparece no final da Idade Média com o absolutismo Monárquico - Teoria defendida por Jacques-Bénigne Bossuet 1.3.1.2 – TEORIA DO DIREITO DIVINO PROVIDENCIAL - Estado é instituído pela graça e providência divinas ao direcionar os acontecimentos e a vontade dos homens - Deus conduz o Estado - Seu apogeu ocorreu na Idade Média - Deus guia o mundo ao guiar a vida das pessoas e determinando os acontecimentos - O poder emana de Deus por meio da manifestação do povo - Teoria defendida por e Joseph Marie De Maistre e Louis Gabriel-Ambroise de Bonald 1.3.2 – TEORIAS CONTRATUAIS/CONTRATUALISTAS - São também conhecidas como Convencionais ou Pactuais - O Estado tem sua origem num acordo entre os homens - O poder tendo por base o mútuo consentimento de seus integrantes - Foi com o uso da inteligência que o indivíduo pactuou, contratou ou convencionou a sociedade política em um espaço ou local e tempo sócio histórico determinado 1.3.2 – TEORIAS CONTRATUAIS/CONTRATUALISTAS ADERSON DE MENEZES entende que são três as teorias contratualistas: - Estado de Natureza: defendido por Thomas Hobbes; - Teoria da Sociedade Política: defendida por John Locke; - Teoria do Pacto Social: apresentada por Jean Jacques Rousseau 1.3.2.1 – TOMAS HOBBES e o ESTADO DE NATUREZA - Primeiro filósofo moderno a sistematizar o Contratualismo como causa justificadora do Estado - O homem no estado de natureza não é sociável, e vive em constante inimizade com o outro - Cada homem trás em si mesmo uma sede de poder, que o leva a querer sempre dominar o outro, e isso pode resultar em morte, predominando então a força e a astúcia 1.3.2.1 – TOMAS HOBBES e o ESTADO DE NATUREZA - Todos os indivíduos cedem seus direitos a um homem ou a uma assembléia de homens, que representa a coletividade e assume a obrigação de conter o estado de guerra mútua em que todos Vivem - Ao se associarem os homens reconhecem a conveniência e a necessidade da existência de um poder suficientemente forte que consiga conter a fúria que lhe é natural de forma a que ninguém lhe resista 1.3.2.2 – JOHN LOCKE E A TEORIA DA SOCIEDADE POLÍTICA - Sua teoria se baseia no liberalismo, em contrária ao absolutismo de Hobbes - O homem delegou ao Estado os poderes de regulamentar as relações externas da vida social - Resguardou para si direitos inalienáveis, como direito à vida e todos os direitos inerentes à personalidade humana, os quais considera anteriores e superiores ao Estado – Direito Natural 1.3.2.2 – JOHN LOCKE E A TEORIA DA SOCIEDADE POLÍTICA - O governo protege, dirige e promove a justiça - Os súditos obedecem e o contrato é utilitário e a moral é o bem comum; - A propriedade não é criação do Estado, pois tem sua base no Direito Natural, o Estado apenas a protege e a reconhece; - A única forma que qualquer pessoa pode dispor de sua liberdade natural e assumir obrigações na sociedade civil é se houver entendimento entre todos 1.3.2.2 – JOHN LOCKE E A TEORIA DA SOCIEDADE POLÍTICA - Se houver entendimento entre todos os homens formarão uma comunidade destinada a proporcionar a todos um bem-estar comum, com segurança, paz, na qual todos usufruem de seus bens e contam com a proteção contra todos aqueles que não aderiram à comunidade - A delegação de poder resulta da convenção para formar uma sociedade política, sendo este o contrato necessário para se erigir uma comunidade (Estado) que origina um governo legítimo 1.3.2.3 –ROUSSEAU E O PACTO SOCIAL - Inicialmente o homem só foi feliz no estado de natureza, época em que vivia sem problemas, em meio a pequenos grupos, numa vida pastoril e fácil, ocupado com negócios materiais e junto ao afeto de suas famílias - À medida que começa a refletir, inventa a Propriedade, isso acarretou a miséria de uns e a riqueza excessiva de outros - Inventa também o luxo, que por sua vez criou os vícios 1.3.2.3 –ROUSSEAU E O PACTO SOCIAL - Inventou a instrução, que culminou na ambição e nas inquietações do espírito - Resulta que as forças criadas significavam perigo para sua própria sobrevivência no estado de natureza, o que acarretou a necessidade de mudar essa forma de ser e conviver - Buscam a união e dirigem a força existentepara formar uma nova agregação, uma soma de forças capaz de vencer as resistências e que obrigue a todos agirem em harmonia 1.3.2.3 –ROUSSEAU E O PACTO SOCIAL - A força só pode existir a partir do consenso de vários - A solução seria o CONTRATO SOCIAL, em que existe uma forma de associação que defende e protege, com a força comum, a pessoa e os bens de cada Associado - O contrato produz um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembléia 1.3.2.3 –ROUSSEAU E O PACTO SOCIAL - O corpo coletivo recebe deste mesmo ato, o contrato, sua unidade formando uma pessoa pública - Essa pessoa pública é formada pela união de todas as outras, que em alguns momentos foi denominada de CIDADE, em outros, REPÚBLICA e agora ‘corpo político’, sendo chamado por seus membros de ESTADO 1.3.3 – TEORIA DA VIOLÊNCIA OU TEORIA DA FORÇA - Estado é um simples instrumento e sua origem se verifica por meio da supremacia dos indivíduos mais fortes sobre os mais fracos LUDWIG GUMPLOWICZ - Estado é um fenômeno social, decorrente de ações naturais em que um grupo subjuga o outro e se organiza de forma a prevalecer o domínio do vencido - O Estado é uma organização da supremacia de uma minoria sobre a maioria – vencedores sobre vencidos 1.3.3 – TEORIA DA VIOLÊNCIA OU TEORIA DA FORÇA - Os grupos mais fracos renunciam a uma resistência inútil e aceitam uma situação pacífica e duradoura - Os elementos da ordem pacífica e durável acabam por produzir o hábito, o costume e o direito, que ele denomina Teoria do Fato Consumado FRANZ OPPENHEIMER - O grupo vencedor tem como objetivo a exploração econômica do vencido - O instinto econômico é a principal força da evolução social do homem 1.3.3 – TEORIA DA VIOLÊNCIA OU TEORIA DA FORÇA - Os métodos de satisfação de suas necessidades são o trabalho pessoal e a apropriação do trabalho de alguém pela violência - LESTER WARD acrescenta a esta concepção que o grupo vencedor não pretende a destruição do grupo vencido, mas a sua escravização 1.3.4 – TEORIA FAMILIAR - Estado tem sua origem na família, que se amplia e desenvolve de forma a possibilitar o aparecimento da sociedade política - É considerada por muitos como a mais antiga e se baseia na origem da ser humano como descendente de um casal original - Se divide em Teoria Patriarcal e Teoria Matriarcal 25 1.3.4.1 – TEORIA PATRIARCAL - Estado deriva da família, um núcleo em que a autoridade é centrada na figura do varão mais velho, denominado patriarca - ROBERT FILMER afirma que as famílias primitivas se organizaram, evoluíram e deram origem ao Estado - Outros defendem a teoria de que o Estado se forma a partir da reunião de várias famílias e citam os gregos que se reuniam em grupos de clãs formando assim os Estados 1.3.4.2 – TEORIA MATRIARCAL - BACHOFEN entendia que a organização familiar se centrava na figura materna, em sua autoridade, pois nela se poderia precisar a origem da família,vez era sempre certa - Qualquer que seja a orientação doutrinária, a posição majoritária é no sentido de que a família originou o elemento humano do Estado e o próprio Estado 1.3.4.1 – TEORIA PATRIARCAL - Da reunião de clãs se formavam as gens, que formavam as fratrias, que formavam as tribus que constituíam as pólis – Estado-cidade, que evoluiu para Estado nacional; - Na autoridade social do chefe da família se encontra a justificação do poder público da entidade estatal 1.3.5 – TEORIA NATURAL - A sociedade política se formou quando um grupo humano, comandado por uma autoridade definida e permanente, se fixou com ânimo de permanecer em área geográfica identificada, de forma a adquirir a sua nova existência com as características: social e jurídico-políticas - Há relatos da existência de tribos nômades que não constituíam Estados justamente porque faltava o elemento território 1.3.5 – TEORIA NATURAL - HAURIOU afirma que a vida urbana marca o início da História da Civilização, daí a raiz CIVITAS = cidade - De mesma forma o termo POLÍTICA, como a arte de governar os Estados, daí a sua raiz em POLIS - DARCY AZAMBUJA afirma que a sociedade só sobrevive se for organizada, o que supõe autoridade e liberdade como elementos essenciais 1.3.6 – TEORIA DA ORIGEM PATRIMONIAL - PLATÃO e CÍCERO afirmavam que o Estado se originou da união de profissões econômicas ou da regulamentação das relações de ordem patrimonial - HELLER explicava que a posse da terra foi o fato gerador do Estado - A posição de Heller foi acolhida pelo socialismo, que entendia que o grupo social se desenvolveu a partir da necessidade da divisão do trabalho ou da exploração da sociedade de classes CONCLUSÕES - HUGO GROTIUS: defensor do Direito Natural imutável, absoluto, decorrente da natureza humana entendia o Estado como uma sociedade perfeita de homens livres com a finalidade de regulamentar o direito e alcançar o bem-estar coletivo - EMMANUEL KANT: quando o homem sai do estado de natureza para o de associação sofre limites externos acordados publicamente, de onde surge a autoridade civil, ou seja o Estado CONCLUSÕES - BIGNE DE VILLENEUVE afirma que a verdadeira origem do Estado é sociológica, devendo ser estudado sob vários pontos de vista: filosófico, histórico, étnico, geográfico, econômico, político e jurídico. - Só se constitui definitivamente a sociedade civil quando o interesse, a necessidade e a violência são depurados e regularizados pelo Direito 1.4 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO Não há como precisar cronologicamente o aparecimento do Estado na História; Há mudanças de tipos de Estado de lugar para lugar, período para período, de ambiente cultural para ambiente cultural O que se adota como didático/referência são os Períodos Históricos da Humanidade em sua cronologia 1.4.1 - “ESTADO” NA IDADE ANTIGA – periodização é caracterizada entre 3.000 a.C até o Séc. V d.C Termina com o início da Idade Média 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.1“Estado” Oriental - Caracterizado por grandes impérios: Baixa Mesopotâmia; Índia; China; Egito, Israel - Eram formados e mantidos pela força das armas - Viviam em constantes guerras - Vencedores anexavam os territórios e escravizavam as populações vencidas - Governo era monarquia absoluta, exercido em nome dos deuses 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.1 – ‘ESTADO’ ORIENTAL Em decorrência das guerras o território era instável – diminuía ou aumentava – dependia de vencer ou perder a guerra Não eram Estados Nacionais pois apresentava povos de raças diferentes – formavam agrupamentos humanos heterogêneos Diferenciação de classes: nobres, militares e sacerdotes tinham regalias; escravos e párias viviam à margem das leis 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.1 – ‘ESTADO’ ORIENTAL Poder concentrado: função militar, judicial, sacerdotal, coletor de impostos em uma só pessoa Monarquia Teocrática cujo monarca era representante da divindade na terra ou descendente dos deuses - Teoria da Origem Divina Sobrenatural Religião geralmente politeísta - Legaram contribuições significativas para a Humanidade: Matemática; Astronomia; Leis Morais como aponta o Código de Hamurabi; Livros dos Mortos, Cristianismo, Budismo; Islamismo 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.1 – ‘ESTADO’ ORIENTAL - ESTADO DE ISRAEL - Exceção em relação aos demais ‘Estados”: Democrático: proteção legal Povo não participava dos negócios do Estado, Estado protegia a todos: cidadãos, escravos, nacionais ou estrangeiros A Lei era a de Jeová – Tábuas do Sinai Rei era escolhido por Deus numa manifestação divina providencial – Teoria do Direito Divino Providencial 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.1 – ‘ESTADO’ ORIENTAL ESTADO DE ISRAEL Rei era chefe civil e militar Extingue-se com a expulsão de Jerusalém e ressurge em 1948 coma divisão da Palestina – mas subsiste enquanto nação, pois mantém sua unidade étnica, religiosa e histórica 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.2 – ESTADO GREGO Formado por diversos Estados helênicos – formados por coletividades fixadas em diversas cidades Economia, direito, política e moral se confundem Cada cidade tinha um rei, um Conselho de Anciãos e uma Assembléia dos Cidadãos e os dirigentes se apoiavam na aristocracia, que era a classe dominante Sob o império de Péricles a maioria da população era formada por escravos, sem direitos políticos Não difere sociedade política da sociedade religiosa Culto religioso e direito são funções do Estado 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.2 – ESTADO GREGO República ou monarquia era Estado-cidade ou PÓLIS PÓLIS evolui a partir do Séc. VIII de monarquia patriarcal para república democrática de fundamento aristocrático O Conselho de Anciãos e Assembléia dos Cidadãos controlavam o poder do rei Final do Século IV a. C surge a Constituição clássica da Cidade helênica 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.2 – ESTADO GREGO Pólis era associação política e comunidade religiosa simultaneamente , pois se confundia Estado e Religião O poder era limitado pela intervenção do povo – demos – nos negócios estatais e distribuição da Justiça Estados-cidades formaram Confederações de Estados, representados pela Assembléia Geral 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.3 – ESTADO ROMANO Civitas – Estado-cidade: formada por colônias Helênicas em 754 a.C Inicialmente monárquico, patriarcal Originado na família, constituída pelo Pater, seus parentes, os escravos e outros que se associassem à Família Pater familia exercia poder absoluto: era pontífice; censor dos costumes; juiz e detentor do poder de vida e morte sobre todo o grupo 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.3 – ESTADO ROMANO A família se divide em: família propriamente dita, sob o domínio do pater e gens, sob a égide do poder Público – núcleo inicial do Estado Pater origina os patrícios, que formava a nobreza com vários privilégios e liberdades e os clientes, servidores das famílias Só aos patrícios era permitido cumprir cerimônias religiosas Gens : obrigatório se ligarem às famílias 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.3 – ESTADO ROMANO Gens Curias Tribus Civitas Senado composto pelos pater familias Sociedade se divide em classes: PLEBEUS: sem família e fora da comunidade romana; eram párias, pois viviam à margem da vida social; sem família, sem Deus e sem religião; GENS: compostos pelos Patrícios, sendo nobres, livres desde o nascimento, descendentes de um pater e pelos Clientes, servidores de grupos familiares 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.3 – ESTADO ROMANO Plebeus, sendo mais numerosos, com o tempo exercem certo poder ao defenderem a cidade de Invasores Estado romano distinguia: direito da moral e se limitava a garantir a segurança e a ordem pública; a Propriedade privada era direito quiritário ou do romano puro, do patrício; havia liberdade para se fazer ou deixar de fazer algo em virtude da lei; a vontade nacional era fonte legítima do direito 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.3 – ESTADO ROMANO Estado se distingue dos indivíduos, cada um tendo direito e deveres diferentes, mas a autoridade política procede do povo Compreende três fases de governo: Realeza, República e Império Na Realeza ou Monarquia o poder é exercido pelo Rei, pelo Conselho de Anciãos ou Senado e pela Assembléia Curiata, à qual também cabia escolher o monarca 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.3 – ESTADO ROMANO Na República o poder é exercido por dois Magistrados/Cônsules, que eram eleitos para um mandato de um ano e ao povo, que o exercia noscomícios A hierarquia no poder compreendia: pretores; censores, edis, questores, tribunos da plebe, que objetivam limitar o poder dos cônsules Instituições Políticas compostas por: Magistraturas, o Senado, as Assembléias Curiata, Centuriata e Tribunícia No Império realiza-se a integração jurídica dos povos conquistados 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.3 – ESTADO ROMANO Mesmo com a integração os plebeus ainda tem mais direitos que os povos conquistados – isso dura até 212 com o Imperador Caracala, que concede naturalização a todos os povos do Império Em 313 Constantino assegura a liberdade religiosa no Império, o que acarreta o fim do espírito de superioridade romana, que era a base do Estado Romano 1.4.1 – ESTADO NA IDADE ANTIGA 1.4.1.3 – ESTADO ROMANO 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA Com a queda do Império Romano, em 476 d.C, praticamente desaparece a figura do Estado na Europa Ocidental e instaura-se a Idade Média Mudanças oriundas do Cristianismo, da Invasão dos Bárbaros e do Feudalismo caracterizaram o Estado Medieval Apesar da divisão do poder, busca-se a unidade nos moldes de Roma, mas com valorização do indivíduo 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA Na concepção medieval de Estado existe o direito positivo cujo Estado é criador e um direito natural de origem divina, ao qual o Estado se subordina O Estado tende a realizar o bem comum e os preceitos gerais do direito devem ser obedecidos por todos, inclusive pelo Estado Os governantes são responsáveis perante e Deus e relativamente responsáveis perante os homens 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA O CRISTIANISMO provoca profundas mudanças no conceito de Estado na Antiguidade - Cristo ao afirmar “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus promove a separação entre os poderes espiritual e temporal - Pregava a igualdade e a fraternidade entre todos os homens, não havendo mais distinção entre patrícios e estrangeiros, todos tem os mesmos direitos A doutrina cristã altera toda a noção de Estado totalitário que prevaleceu na Antiguidade 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA - A Igreja adquire poder e propriedades e se converte gradativamente em entidade semipolítica, com direitos e dignidades idênticas aos do Estado, afirma Aderson de Menezes Esta nova maneira de encarar o Estado acarreta disputas acirradas entre reis, imperadores e papas, numa tentativa de novamente o Estado ser senhor absoluto sobre as pessoas e suas almas Imperadores e reis não aceitam total submissão à autoridade da Igreja 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA - Alguns monarcas obtiveram sucesso como Henrique VIII, que criou uma religião nacional na Inglaterra e os Czares russos que se tornaram Pontífices ortodoxos A INVASÃO DOS BÁRBAROS, teve início no Século III e prossegue até o Século VI; bárbaros foi a designação romana para todos os estrangeiros, ou que não eram romanos Bárbaros eram os povos de origem germânica, que habitavam as regiões dos rios Reno,Danúbio, Vístula e os 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA mares do Norte e Báltico, numa região denominada Germânia Os bárbaros compreendiam os Godos, que se dividiram e formaram os Visigodos, os Ostrogodos, os Alanos e Vândalos; os Hunos, que eram tribos nômades da Ásia Central; Suevos, que eram germânicos da região entre os rios Elba e Oder, que mais tarde fundam a Suábia, atual Alemanha - Os bárbaros viviam da agricultura e da pecuária 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA - Procuravam terra mais férteis e mais quentes, daí a invasão do Império Romano, uma vez que usavam a guerra como forma de aquisição de bens As diferentes culturas dos bárbaros compõem o cenário da Idade Média, principalmente a Religião Em face da diversidade de povos, culturas, línguas, surgem vários ‘Estados’ É neste quadro de diversidades que se criam as condições para o surgimento do Estado Moderno 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA O FEUDALISMO é caracterizado pela divisão do poder e pela aquisição da propriedade e da posse da terra À medida que os reis bárbaros se fixavam em novas terras distribuíam privilégios, cargos, funções, concessões de terras e de títulos entre seus conselheiros, parentes, auxiliaresdiretos, chefes guerreiros Esses pedaços de terras foram denominados deFeudos Como havia guerras internas torna-se difícil comércio, o que torna a terra o melhor meio de sobrevivência 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA - Como a organização social se torna dependente da terra desenvolve-se um sistema administrativo e militar vinculados à situação patrimonial Assim tem-se a Vassalagem, composta por proprietários menos poderosos, que se colocavam à disposição do senhor feudal, e em troca de sua proteção lhes pagavam tributos e os apoiavam nas guerras Havia também outra forma de servidão denominada Benefício 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA O benefício era um contrato entre o senhor feudal e o chefe de família sem terra, o qual receberia uma faixa de terra para cultivar para seu próprio sustento e pagando uma parcela da produção ao senhor feudal Uma vez estabelecido o benefício o senhor feudal era dono absoluto da terra, do servo e de sua família, com direito de vida e morte sobre todos Sobre as terras dadas em benefício havia IMUNIDADE, que consistia na isenção de tributos sobre essas terras 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA - Os senhores feudais tinham total poder sobre seus domínios, inclusive sobre as pessoas que viviam em seus feudos Em face da existência do poder repartido entre vários feudos, foi difícil estabelecer avanços e progressos políticos - Assim havia o poder do Imperador, poderes inferiores, ordem jurídica e eclesiástica, monarquia inferior e direito comunal, ou das corporações de ofícios 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA No final da Idade Média a Europa se depara com uma nova ordem econômica, política e cultural, o que acarreta mudanças no modo de viver, pensar e sentir de muitas pessoas, especialmente nos mais ricos que viviam em grandes cidades; Havia clima de inquietude intelectual, existencial, identificados nas artes, filosofia e ciência; surge o individualismo, racionalismo e antropocentrismo, depois denominado Renascimento - que rompe com os padrões vigentes na época 1.4.2 – ESTADO NA IDADE MÉDIA Ao final da Idade Média a Igreja sofre ataques significativos por parte do liberalismo religioso e da filosofia racionalista, o que desencadeou lutas severas, entre os monarcas e o papado -Livres do poder da Igreja e com o fim do feudalismo as monarquias medievais buscaram a centralização absoluta do poder O início do absolutismo se verifica no Século XV com Luiz XI, rei da França, que subjugou a nobreza e uniu os feudos à coroa 1.4.3 – ESTADO NA IDADE MODERNA Todo o quadro de divergências na Idade Média, da instabilidade política, econômica, religiosa e social, acarreta a necessidade de se estabelecer ordem e autoridade, pontos de partida para o Estado Moderno Maquiavel escreve O Príncipe, obra que foi publicada postumamente, em 1531 Nesta obra Maquiavel prega o oportunismo e cinismo como arte de governar e despreza valores morais, as tradições e os princípios éticos 1.4.3 – ESTADO NA IDADE MODERNA - Ensina também que o príncipe deve mentir, ser cruel e dissimular sua conduta de forma a aparentar ser Virtuoso e que o fim justifica os meios Toda essa teoria defende a concentração de todos os poderes de forma absoluta nas mãos do monarca Na esfera religiosa ocorre a Reforma, corrente reacionária sob a liderança de Martinho Lutero Na esfera política a concentração do poder é a forma mais viável se estabelecer a unidade territorial 1.4.3 – ESTADO NA IDADE MODERNA -O absolutismo de estado assim como as revoluções inglesa, norte-americana e francesa contribuíram significativamente para a formação das nacionalidades européias – Monarquias Nacionais A autoridade dos reis era de origem divina, e sua pessoa era considerada sagrada, portanto não se submetia a nenhum poder terreno Tem em Luiz XIV o exemplo mais emblemático de monarca absolutista 1.4.3 – ESTADO NA IDADE MODERNA Azambuja identifica as seguintes características do Estado moderno: APARATO ADMINISTRATIVO: com função de promover a prestação de serviços públicos, implicando a organização das finanças e a divisão racional do trabalho, mediante a instituição da burocracia MONOPÓLIO LEGÍTIMO DA FORÇA: a continuidade do Estado exige um sistema coercitivo bem regulamentado de forma legítima por meio da lei 1.4.3 – ESTADO NA IDADE MODERNA -O sistema feudal, baseado em pequenas propriedades individuais e com produção de subsistência aumenta a quantidade de proprietários - Os senhores feudais não aceitavam mais o excesso de tributos impostos pelos monarcas e entravam em guerra, o que acarretava mais prejuízo social e econômico - Toda essa conjuntura desperta o interesse por um Estado unificado, com um poder soberano em território limitado e com poderes limitados - Tem-se os elementos para um Estado não itervencionista 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA A s ideias racionalistas permitem a formação de uma nova mentalidade, em que se verifica a limitação da autoridade real pela soberania popular - O absolutismo, através da política mercantilista, transformou o Estado na mais forte entidade econômica capitalista, fez dos meios de dominação política um monopólio do Estado e arrebatou às corporações os seus privilégios públicos de autoridade 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA No Estado absolutista ainda havia a preservação do capital agrário aumentou o poder da burguesia, configurado no capital móvel financeiro, comercial e industrial O mercantilismo propunha a supressão de barreiras ao comércio interno objetivando a unificação de produção de mercadorias, Economia do Livre Mercado: ideia central do liberalismo econômico, ao qual se une o Liberalismo Político - 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA O liberalismo deve ser entendido como um movimento econômico-político, que teve como base social a classe burguesa, ao lutar na esfera econômica, pelo abstencionismo estatal, e na esfera política, pelo sufrágio, câmaras representativas, respeito à oposição e separação dos poderes O liberalismo enseja o constitucionalismo Europeu e Americano, e inspirou algumas revoluções dentre elas as Revoluções Inglesa e Francesa e a Independência Americana 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA O Estado Liberal tem seu berço na Inglaterra, e seus primórdios quando em 1215 foi elaborada a Magna Carta -A despeito das lutas para retorno do poder absoluto do monarca, as Declarações de Direitos de 1679, 1689 e 1701 consolidam o Estado Constitucional e demarcam a vitória do Parlamento inglês em detrimento do absolutismo monárquico -Torna-se mais forte com a revolução de 1648, em que Cronwell ordena a decapitação de Carlos I e instaura a República 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA A partir do século XVIII é que se consolida o princípio da monarquia de direito legal, evidenciada na organização de três poderes, de sistema representativo, da prevalência da opinião nacional e da intangibilidade dos direitos fundamentais do homem Estes princípios são considerados essenciais e devem ser assegurados por uma Constituição, que é o documento formal e principal de todos os estados liberais ou Estados Constitucionais 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA Em 1688 a Bill of Rights – A declaração de direitos reforça o Estado de Direito/Estado Liberal - Em 1776 a Declaração de Direitos de Virgínia fortalece as ideias liberais e o Estado de Direito - Em 1789 tem-se uma terceira Declaração de Direitos, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão adotada pelos franceses 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA Ainda que tenham sido significativas as declarações de direito inglesa e norte-americana, foi a Declaração Francesa, bem como sua constituição que serviram de parâmetro para outros Estados, os quais adotaram constituições inspiradas nas doutrinas revolucionárias A doutrina reformista prega que a essênciada nação é o povo e deve governar-se ao sabor da maioria, sendo que a vontade do povo é superior a qualquer outra vontade 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA -A vontade geral é representada pela Assembléia dos Representantes da Nação A base da organização é o individualismo, não havendo limites para a riqueza nem diferença de nascimento, nem intervenção do governo no campo do trabalho -Desaparecem classes, corporações, privilégios e fica apenas o cidadão A sociedade se organiza em nobreza, clero e povo, que forma a Assembléia Nacional Constituinte 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA Com a proclamação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – Declaração dos Direitos Fundamentais do Homem, todos os direitos nela identificados são assegurados e garantidos em um documento sócio-jurídico-político, escrito: A Constituição O Estado liberal ficou preso em suas contradições coma destruição de seus pilares pela burguesia, a qual, na busca incessante do lucro, desrespeitou as regras do mercado e eliminou a livre concorrência e livre iniciativa, pois concentrou as riquezas e acentuou os desníveis sociais 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA Tudo isso acarreta o surgimento de uma nova classe social: os proletários, os quais são vítimas da miséria e da exclusão social O povo passa a exigir do Estado a solução para todos os seus males e dificuldades, assim, a cada necessidade o Estado criava um novo serviço público, para cada problema uma lei ou um código novo À medida que as necessidades se multiplicam, assim também se multiplicam as leis, as regulamentações, e consequentemente as despesas públicas 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA Surge assim a figura da Burocracia, do governo dos funcionários, necessária para por em funcionamento a imensa máquina administrativa Como essa máquina não consegue desempenhar bem o papel que lhe compete a sociedade entra em crise, pois os valores verdadeiros dela são colocados em cheque O Estado se torna incompetente no atendimento de todas as necessidades ou solução dos problemas sociais, o que Permite o surgimento de novas formas de pensar o Estado: são as doutrinas totalitárias 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA As novas doutrinas totalitárias propunham como solução para as lutas de classes a supressão das classes sociais, havendo apenas uma: o proletariado, como propôs o bolchevismo na Rússia Para os problemas ou divergências entre os sindicatos, as corporações, associações e o Estado, a solução é o Estado absorver tudo: nada fora do Estado, nada acima do Estado, nada contra o Estado, tudo no Estado e tudo pelo Estado, como ocorreu no fascismo italiano 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA Se existe oposição entre raças, conceitos morais, jurídicos e políticos, que haja então uma só raça, uma só moral, um só direito, uma só política: a raça alemã; a moral, o direito e a política da raça alemã, como propõe a doutrina nazista Nas doutrinas totalitárias o direito, a moral, a arte, a ciência e a religião são feitas e ditadas pelo Estado, que é o instrumento da classe ou da raça. 1.4.4– ESTADO NA IDADE CONTEMPORÂNEA No Brasil o totalitarismo, imposto como Estado Novo, por Getúlio Vargas, que era o Presidente da República A CF/1937 foi outorgada por ele e propunha o fortalecimento do Executivo; limitação dos direitos Individuais em nome do bem público; proteção efetiva ao Trabalho; eliminação de partidos políticos; função legislativa exercida pelo chefe de governo de forma exclusiva; os governos estaduais eram exercidos por interventores nomeados pelo Executivo; rigorosa censura da imprensa; tribunal de exceção (Tribunal de Segurança Nacional ) para julgar crimes políticos x 3 - Estado e Poder: A questão do poder é considerada o tema central do Estado: “O Estado é poder, por isso seus atos obrigam; mas ele é poder abstrato, e por isso não é afetado não é modificado pelas modificações que atingem seus agentes.” (Dallari). No Estado, o poder se reveste de características que não são encontradas em outro lugar, (…) seu exercício, enfim, obedece a regras que limitam seu perigo. (Burdeau). 3 - Estado e Poder: “O Estado é convencional, resulta da vontade geral, que é uma soma da vontade manifestada pela maioria dos indivíduos. A nação (povo organizado) é superior ao rei.” (Rousseau) 3 – Estado e Poder 3.1 – A separação dos Poderes Ganha força com a teoria de Montesquieu – séc. XVIII; ( Do Espírito das Leis); Objetivo – proteger a liberdade dos indivíduos; Desenvolvimento – eficiência do Estado com a divisão de suas funções; Poderes/Funções: Executivo; Legislativo; Judiciário.
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