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1 Histórico e Desenvolvimento das RIs

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Anotações do professor Ricardo Burrattino Félix
1
 
 
Desenvolvimento Histórico das Relações Internacionais (ênfase no direito) 
 
História: 
Ser humano – natureza gregária – conquistas advindas do conjunto e não do isolamento 
Primeiro “tratado” que se tem conhecimento: 2100 a.C. Lagash e Umma 
(Mesopotâmia). Acordo entre as regiões escrito em um bloco de pedra (pedras 
sumérias). Temiam a ira dos deuses Sumérios. 
 
330-1453 d.C. (império bizantino - queda de Constantinopla) 
 inicio da égide Papal) igreja ganha força e poder político. 
 
FINAL DO SÉCULO XV E INICIO DO SEC. XVI – era das “descobertas” Evolução 
da navegação. Colonização. 
Francisco de Vitoria (1486 – 1546) frei dominicano – teoria de guerra justa 
Francisco de Suarez (1548 – 1616) jesuíta 
Hugo Grotius (direito das gentes como ciência – holandês, participa da formulação dos 
tratados de Westfália) 
 
1648 - PAZ DE WESTPHALIA. Término da guerra dos Trinta Anos. Autoridade civil 
x autoridade religiosa (Estado x Igreja). Tratados de Muster (católicos) e Osnabruck 
(protestantes) 
Surge o princípio de igualdade formal entre os Estados. 
Sistema pluralista de uma sociedade de Estados independentes. 
 
1776 – INDEPENDÊNCIA DOS EUA. Inicia o processo de descolonização. Direitos 
civis e políticos (liberdade) 
DECLARAÇÃO DE DIREITOS DO BOM POVO DE VIRGÍNIA, 1776 (direito à 
vida, à liberdade e à propriedade) 
 
1
 Anotações que serviram de referências na aula expositiva sobre Histórico e Desenvolvimento das 
Relações Internacionais com ênfase no direito. Este material não é apostila, tampouco texto acadêmico. 
Não substitui consulta à doutrina e jurisprudência. 
DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS, 1776 
(limitação do poder estatal e democracia) federação. 
 
1789 – REVOLUÇÃO FRANCESA - Direitos civis e políticos (liberdade). Luta 
contra o absolutismo. Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão 
1789 (17 artigos). Retirou privilégios da nobreza. 
 
1815 – CONGRESSO DE VIENA – fim das guerras napoleônicas. 
Sistema multilateral de cooperação política e econômica na Europa. 
Proibição do tráfico de escravos, liberdade de navegação (rios Reno e Danúbio), regras 
de protocolo diplomático. 
 
1864 – SURGE O CICV (COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHO 
E CRESCENTE VERMELHO). Direito Humanitário. Batalha se Solferino. Henry 
Dunant. Atendimento aos feridos de guerra. 
 
1917 – REVOLUÇÃO RUSSA. Social. Luta popular contra o Czarismo. 
Desapropriação da propriedade privada. Direitos sociais. 
 
1914 – 1918 – I GUERRA MUNDIAL. Fim da guerra, Armistício 1918, tratado de pás 
Versalhes 1919. 
 
1919 - CRIAÇÃO DA LIGA DAS NAÇÕES. Fracassa em manter a paz. O Japão que 
invadiu a China em 1931, retirando-se na Liga, a Itália que invadiu a Etiópia, a 
Alemanha que promoveu uma série de agressões internas sem que fosse impedida, a 
União Soviética, expulsa da Liga em 1939 depois de invadir a Finlândia. 
Década de 30 governos autoritários na Europa: Alemanha e Itália. Crise econômica = 
incentivo a industrialização (bélica) alemã. Japão procura expandir seu território. 
 
1939 – 1945 II GUERRA MUNDIAL 
1939 Alemanha invade a Polônia. Eixo x aliados : durante os anos de 39 a 41 vitória 
dos aliados. Alemanha: norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e norte 
da África. Japão: Manchúria. Itália: Albânia e territórios do Líbano 
1941 ataque japonês à Pearl Harbor no Havaí. EUA entram na guerra 
41-45 derrotas do eixo, inverno russo. 
1945 rendição Alemanha e Itália. Bombas atômicas (Hiroshima e Nagasaki) 
 
1945 CRIAÇÃO DA ONU. Manutenção da paz entre as nações. Carta da ONU. 
Originários – 51países. Total – 193 Estados-membros. 
Definição e propósito: A Carta define a ONU como uma associação de Estados 
reunidos com propósitos declarados de: “manter a paz e a segurança internacionais, (...) 
desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de 
igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos” (...) 
 
1948 – INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS. 
 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 10 DE DEZEMBRO 
DE 1948. Documentos de maior relevância aos Direitos Humanos 
Consolidação, afirmação, internacionalização 
Art. 1º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. 
Espírito da fraternidade 
Liberdade, igualdade e fraternidade 
Pessoa humana em lugar de homem 
Carta de princípios, sem força vinculante, não submetida a ratificação do Estados 
Etapa preliminar. Distinção entre Direitos Humanos e Direitos Fundamentais 
30 artigos, reconhece direitos civis e políticos, sociais, econômicos e culturais 
 
1966 PACTO INTERNACIONAL DE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS – direitos 
de primeira dimensão (vincula os Estados que ratificam o pacto) 
 
1966 PACTO INTERNACIONAL DE DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E 
CULTURAIS direitos de segunda dimensão (vincula os Estados que ratificam o pacto) 
Os pactos são complementares, não há direitos civis e políticos sem direitos 
econômicos, sociais e culturais, vice-versa. 
 
1969 - CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE O DIREITO DOS TRATADOS, 
concluída em Viena, em 23 de maio de 1969 
Codificação de normas costumeiras de Direito Internacional. 
Reconhece a importância cada vez maior dos tratados como fonte do Direito 
Internacional e como meio de desenvolver a cooperação pacífica entre as nações, 
quaisquer que sejam seus sistemas constitucionais e sociais, 
Constata que os princípios do livre consentimento e da boa fé e a regra pacta sunt 
servanda são universalmente reconhecidos, 
 
CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE O DIREITO DOS TRATADOS ENTRE 
ESTADOS E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS OU ENTRE 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS, concluída em Viena em, 21 de março de 
1986 1986. 
Organizações Internacionais como sujeito de Direito Internacional. 
 
1969 – 4 CONVENÇÕES DE GENEBRA. DIREITO INTERNACIONAL 
HUMANITÁRIO 
PRINCÍPIOS DA CRUZ VERMELHA 
Humanidade; imparcialidade; neutralidade; independência; caráter voluntário; 
unidade; universalidade 
 
 I CONVENÇÃO DE GENEBRA PARA MELHORAR A SITUAÇÃO DOS 
FERIDOS E DOS ENFERMOS NAS FORÇAS ARMADAS EM CAMPANHA, 
DE 12 DE AGOSTO DE 1949 
 
II. CONVENÇÃO DE GENEBRA PARA MELHORAR A SITUAÇÃO DOS 
FERIDOS, DOS ENFERMOS E DOS NÁUFRAGOS DAS FORÇAS ARMADAS 
NO MAR, DE 12 DE AGOSTO DE 1949 
 
III. CONVENÇÃO DE GENEBRA RELATIVA AO TRATAMENTO DOS 
PRISIONEIROS DE GUERRA DE 12 DE AGOSTO DE 1949 
 
IV. CONVENÇÃO DE GENEBRA RELATIVA À PROTEÇÃO DAS PESSOAS 
CIVIS EM TEMPO DE GUERRA E PROTOCOLOS ADICIONAIS 
 
DIREITO PENAL INTERNACIONAL: 
Acordo celebrado em Londres em 08/08/1945 
1945 - TRIBUNAL PENAL MILITAR (UK, USA, USSR e FRA) – 19 Estados 
aderentes. Sede em Berlim. Julgamentos de Nuremberg – Tribunal de Nuremberg. 
Acusação de 24 personalidades nazistas e organizações (SS, Gestapo, Partido Nazista, 
Estado-Maior das Forças Armadas e SA). Único tribunal a julgar pessoas jurídicas. 
Conspirancy; crimes contra a paz; crimes contra as leis e os costumes de guerra; crimes 
contra a humanidade. Falta de tipificação dos crimes. 
 
1946 - SEGUNDO TRIBUNAL INTERNACIONAL 
Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente – Tóquio em 1946 – ato 
unilateral dos EUA 
Julgou civis e militares do governo japonês por crimes contra a paz, crimes de guerra e 
crimes contra a humanidade. Determinou sete penas de morte e diversas penas 
perpétuas. 
 
1993-94 TRIBUNAIS AD HOC 
Resolução 827 Conselho de Segurança de 1993 - TPI para julgar os crimes contra o 
Direito Humanitáriocometidos pela ex-Iugoslávia (1991) 
Resolução 955 Conselho de Segurança de 1994 - TPI para julgar as graves violações de 
DDHH, em especial o genocídio, ocorridos em Ruanda. 
 
1998 ESTATUTO DE ROMA: Conferência Intergovernamental em Roma – cria o 
Tribunal Penal Internacional 
120 votos a favor e 7 contra (EUA, CHI, IND, LIB, IEM, ISR e CAT), 21 abstenções. 
Tratado sem reservas. 
Mínimo de 60 ratificações, número atingindo em 2002. 
Ausências expressivas CHI, EUA, ISR, IRN, RUS. 
Brasil ratifica em 2002. 
13 capítulos – 128 artigos 
Vínculo entre o direito penal e os direitos humanos 
Personalidade jurídica internacional. Sede em Haia. 
Independente da ONU. Envia relatos anuais à Assembleia Geral da ONU; obediente ao 
Conselho de Segurança. 
Presidência; Divisão Judicial; Procuradoria (MP); Secretariado. 
Composto por 18 juízes. Mandato de nove anos (não podem ser reeleitos). Brasil: 
Ministro do STF. Sylvia Steiner. 
 
JURISDIÇÃO 
Crimes de jus cogens – que ofendam valores da comunidade internacional 
Crimes: 
Genocídio, Crimes contra a humanidade, Crimes de guerra, Crimes de agressão (2010 
na Conferência de Kampala, Uganda) 
Há possibilidade de emenda (ampliação do rol)

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