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INTRODUÇÃO E CONCLUSÃO

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1. INTRODUÇÃO. 
A finalidade deste artigo é apresentar a alienação parental e suas 
consequências jurídicas, principalmente se aplica responsabilidade civil e se é 
o suficiente para o afastamento de seus efeitos acarretados a vítima. 
O procedimento metodológico do presente estudo foi realizado através 
de levantamento bibliográfico, doutrinário em bibliotecas e em endereços 
eletrônicos, tais como teses, dissertações no âmbito do direito civil e 
constitucional, através de entendimentos jurisprudenciais, bem como a 
formulação de questionário com perguntas para funcionários juízes, assistentes 
sociais e psicólogos do Tribunal de Justiça. 
O objetivo inicial é explicar como e porque ocorre a alienação parental, a 
diferença existente entre alienação parental e síndrome da alienação parental, 
no qual são dois institutos que ocorrem por causa de um ser consequência do 
outro, pois a primeira é quando a conduta praticada por um dos genitores ou 
guardião do menor, desabona, difama a imagem do outro guardião, criando 
falsas memórias e dificultando assim a convivência da criança com o outro. No 
entanto, a síndrome é uma doença psicológica que se desencadeia no menor 
por causa da ocorrência da alienação parental, da violência psicológica sofrida, 
fazendo com que o menor tenha sua saúde mental bagunçada, destruída, 
desenvolvendo com isto problemas psíquicos que abalam suas vidas. 
No assunto também será abordado os princípios da Constituição 
Federal, estes violados pela prática desta conduta, ferindo assim o direito 
fundamental do menor de conviver em um lar saudável, bem como prejudica na 
sua formação de personalidade. Ademais, esta conduta é vista como abuso 
moral e como descumprimento dos deveres tomados pela autoridade parental. 
Antes de adentrar especificamente na responsabilidade civil acarretada 
pela prática desta conduta, a alienação parental por ser causadora de um 
enorme impacto nas relações familiares e para os Tribunais terem melhor 
discernimento e saberem como aplicar qualquer tipo de sanção sobre este 
assunto, foi promulgada e regulamentada no Brasil a Lei Nº 12.318 de 
26/08/2010. Assim, a Lei trouxe o conceito de Alienação Parental, alertando 
para comportamentos típicos do alienador, para os meios de provas utilizados, 
para a importância de uma perícia criteriosa e, principalmente, dispôs sobre 
medidas coercitivas aplicáveis aos casos concretos. Seu objetivo maior é 
proteger crianças e adolescentes expostos à Alienação Parental para que cada 
vez menos as separações gerem esse tipo de problema. 
Por fim, será abordado sobre a responsabilidade civil e o dever de 
reparar decorrente de um ato ilícito, com a existência de dano e nexo causal, 
onde o genitor alienador deve responder civilmente pelos danos ocasionados a 
outro. O próprio art. 6º da Lei da Alienação parental, trás em seu bojo, 
mecanismos para proteger as vítimas desta conduta e lhes garantindo o 
ressarcimento por causa do dano moral sofrido, por meio de indenização. Mas, 
a alienação parental por ser uma forma de abuso psicológico, o menor que 
ainda não consegue se proteger, vive por anos de sua vida uma contradição de 
amor e ódio, tendo que optar com relação aos próprios pais, devido o 
rompimento de filiação causada pela alienação parental, prejudica a saúde 
mental do menor e consequentemente a sua formação de personalidade e 
caráter. 
Cabe ressaltar, que a alienação parental por ser uma prática silenciosa e 
depender de um olhar atento, ela geralmente é descoberta já na fase aguda, e 
para de fato tentar combatê-la é ajuizando uma demanda judicial declaratória 
de alienação parental e de indenização por dano moral para aquele que foi 
vítima desta conduta. No entanto, a demanda e nem o recebimento de pecúnia, 
não devolverá ao menor a vivência com o genitor alienado, o risco contido, a 
intimidade, o amor que se perdeu. Não será resgatado o amor, o tempo, nem 
muito menos a dor da ausência de uma pessoa muito importante para uma 
fase essencial da vida que é a infância. No entanto, para superar essa tão 
sofrida vivência, restabelecer sua personalidade, para não cometer os mesmos 
erros que os pais com os filhos, impedirem que suas futuras relações afetivas 
não sejam prejudicadas, construir vínculos afetivos sadios é o grande desafio 
de vítimas da alienação parental e para que isso ocorra, o conhecimento do 
problema e a busca por tratamentos psicológicos, terapêuticos, podem 
minimizar ao máximo todos os efeitos. 
 
 
 
 CONCLUSÃO 
Conforme foi elucidado no presente trabalho, o instituto da alienação 
parental é uma prática danosa presente nas relações familiares, no entanto, 
viola diretamente direito e garantias fundamentais principalmente do menor. 
A Alienação Parental é a campanha difamadora feita por um genitor ou 
guardião do menor em relação ao outro, com o intuito de afastar este último da 
prole. Já a Síndrome da Alienação Parental, por sua vez, é a consequência 
psicológica, pois permanece no psicológico e talha a personalidade e causa as 
mudanças comportamentais das vítimas que sofrem com os atos do alienador. 
Corrobora a violação de vários princípios constitucionais, principalmente 
o princípio da dignidade da pessoa humana e do melhor interesse do menor, 
porque a conduta de alienação atinge o psicológico, a personalidade e o 
emocional de um ser humano, o qual ainda está em formação. 
Comprovando o tamanho do mal que a Alienação Parental pode causar 
às suas vítimas, a Lei estabeleceu medidas coercitivas aos alienadores, desde 
a advertência até a alteração da guarda e a suspensão do poder familiar, 
cabendo ao julgador decidir quais serão aplicadas aos casos concretos. 
A partir do momento em que o ato de alienar, sua conduta passa a ser 
ilícita e foge da finalidade social no qual ele se destina a praticar, que é o dever 
de cuidar, amar, sustentar, educar os filhos, tem que ser provada em juízo para 
que possa o judiciário com demais profissionais especializados tentar inibir, 
cessar e reparar o resultado danoso causado ao alienado. As consequências 
da prática alienatória, são devastadoras para pais e filhos alienados. 
Acarretando dano moral, pois o alienado vivencia um constrangimento por 
causa da agressão de seu direito personalíssimo e demonstrada ao juízo os 
elementos que coadunam com a responsabilidade civil subjetiva tais como a 
conduta ilícita, culpa, dano e o vínculo entre a conduta do alienador e o dano 
gerado ao menor e o alienado, não tem como não se falar em reparação de 
danos causados. 
Conclui-se que com a prática da alienação parental aplica-se a 
responsabilidade civil, cabendo sim o dever de indenizar, porém não passar a 
ser eficaz para dirimir as consequências, sendo arbitrado um valor 
correspondente ao dano causado à vítima, este será meramente uma sanção 
punitiva, pois o valor pago, não apagará as consequências, os danos 
psicológicos sofridos pelo alienado, ou seja, não reconstituirá o amor, o tempo 
perdido, a dor suportada pelas vítimas. Pois os efeitos adquiridos pelo alienado 
são nefastos para sua vida, não apagam as falsas memórias implantadas. No 
entanto, para que o menor tenha uma vida futura reestruturada, tem que fazer 
um tratamento, acompanhamento psicológico, psiquiátrico, não só o alienado 
como o alienador, pois essa prática é decorrente em pessoas que possuem 
distúrbios psicológicos, e por isso merecem tratamento médico urgente. 
Ademais, a criança vítima da Síndrome de Alienação Parental também 
necessita de tratamento, pois como se viu no decorrer desta pesquisa, quando 
se relacionar afetivamente poderá dar continuidade a esse trauma.

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