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Unidade I LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO Profa. Carla Baralhas Direito e Justiça – Noções Gerais Quando iniciamos os estudos sobre legislação, importante é que o aluno tenha em mente a diferença entre Direito e Justiça. Para isso, são indispensáveis leituras de cunho filosófico, pois dessas leituras é que somos preparados intelectualmente – capazes de desenvolver críticas fundamentadas no que seja Direito e Justiça. As bases filosóficas favorecem a criação de novos conceitos e interpretações que, por vezes, podem ser aplicados no exercício de sua profissão. Direito e Justiça É importante discutir a ideia de “Direito”, já que o curso traz em seu corpo a disciplina de legislação, em princípio. O que significa o Direito? Ciência que trata do quê? Organizada por quem? Criada com quais fundamentos? Lei significa norma? Justiça significa Direito? A justiça está escrita na lei? O conceito de justiça tem como base a legislação? Significa norma? Direito e Justiça O Direito é a ciência do comportamento do homem perante a sociedade. Entende-se como uma ciência normativa. É considerado uma ciência do “dever ser”. Explica como deve ser o comportamento humano, e não como ele é. Considera-se imposição de normas que são colocadas à disposição dos cidadãos. O Direito deve ser estudado mediante fatores históricos e sociológicos, os quais decorrem da observação das atitudes do homem. Direito e Justiça Segundo Sebastião José Roque (1996): “A norma está expressa na própria lei, sendo pois automática e externa, organizada pelo Estado; nem sempre é justo, pois o direito é o que é; criação arbitrária do homem, por esses motivos considera-se o Direito como Positivo, diferente do Direito Natural que: a noção de sanção está na mente do homem; preexiste ao homem não sendo criado por ele”. A afirmativa acima diz que o Direito é diferente da norma e que ambos são diferentes de justiça. No entanto, às vezes tais conceitos se confundem. Direito e Justiça Segundo Miguel Reale (2008): “Aos olhos do homem comum, o Direito é lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros. Assim sendo, quem age de conformidade com essas regras comporta-se direito; quem não o faz, age torto”. Disponível em: <www. miguelreale.com.br> Direito e Justiça Quando se fala em Justiça, o princípio básico de seu entendimento é o respeito à igualdade de todos os cidadãos, concorrendo com o de um que tem o objetivo de manter a ordem social por meio da preservação dos direitos em sua forma legal. A Justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais e, por isso, não significa Direito propriamente dito. A Justiça tem como fundamento o Direito Natural, aquele que não está escrito e que pertence a cada ser. Direito e Justiça Aristóteles, filósofo grego, definia justiça como sendo uma igualdade proporcional: tratamento igual entre os iguais, e desigual entre os desiguais, na proporção de sua desigualdade. Ele reconheceu que o conceito de justiça é impreciso, sendo muitas vezes definido a contrariu sensu, de acordo com o que entendemos ser injusto – ou seja, reconhecemos com maior facilidade determinada situação como sendo injusta do que uma situação justa. (Ética a Nicômaco, 350 a.C.). Aristóteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estagira, e morreu em 322 a.C. Direito e Justiça Platão reconhece a justiça como sinônimo de harmonia social, relacionando também esse conceito à ideia de que o justo é aquele que se comporta de acordo com a lei. Em sua obra A república defende que o conceito de justiça abrange tanto a dimensão individual quanto a coletiva. A justiça é uma relação adequada e harmoniosa entre as partes beligerantes de uma mesma pessoa ou de uma comunidade. (428 a.C., Atenas, Grécia. 348 a.C. - Atenas, Grécia). Direito e Justiça Hans Kelsen apresenta a justiça como sendo uma ideia irracional; por mais indispensável que seja para a ação dos homens, não se trata de um conceito sujeito à cognição. Kelsen enxerga a justiça como sendo um julgamento subjetivo de valor, que não pode ser analisado cientificamente (Teoria geral das normas). Kelsen foi um jurista e filósofo austríaco, considerado um dos mais importantes e influentes estudiosos do Direito. Nasceu em Praga (República Tcheca) em 1881. Morreu em Berkeley (EUA) em 1973. Ética e Moral Existe uma confusão conceitual entre as palavras Moral e Ética. A própria etimologia desses termos gera confusão porque Ética vem do grego ethos, que significa modo de ser; e Moral tem sua origem no latim mores, e significa costumes. Ética significa o “modo de ser”; Moral significa “os costumes”. Ética e Moral Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e essas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano (“ciência dos costumes”). Já a palavra Ética define-se como um “conjunto de valores que orienta o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma como o homem deve se comportar no seu meio social. Ética e Moral A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgiu, na verdade, nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois exige maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais e leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Nasceu em 469 a.C. e morreu em 399 a.C. Foi um filósofo ateniense período clássico da Grécia Antiga. Interatividade Considerando que os conceitos de Moral e Ética, ainda que diferentes, são constantemente utilizados como sinônimos, quais são as reais diferenças? a) Conjunto de normas escritas e conjunto de valores sociais. b) Conjunto de costumes e normas escritas. c) Conjunto de costumes e tradição e cultura e conjunto de valores sociais. d) Conjuntos de normas sociais e individuais. e) Forma indireta de regulamentação e normas individuais. Código de Conduta Ética O Código de Ética formaliza um padrão de conduta considerado adequado para uma organização. Quando uma empresa decide adotar uma postura ética em seus relacionamentos, é muito importante que essa resolução conste de um documento interno, que será chamado de Código de Ética ou Código de Conduta. Como o Código de Ética expressa a vontade e a cultura de uma empresa, cada qual precisa saber o que deseja fazer e o que espera de cada um dos seus colaboradores. Código de Conduta Ética Serve para orientar e dar diretrizes as ações de seus colaboradores, da mais alta administração da empresa até o empregado mais subalterno, em suas interações com diferentes públicos com os quais interage. Algumas formas para que a organização cumpra, ou melhor, obedeça ao Código de Ética estabelecido, são: a) treinamento dos conceitos constantes do Código; b) sistema de revisão e verificação do efetivo cumprimento das normas do Código de Ética; c) criação de um canal de comunicação destinado a receber e a processar relatos sobre eventuais violações às normas traçadas no Código de Ética. Código de Conduta Ética O Código de Ética, como já ressaltado, formaliza-se numa espécie de documento da empresa, com seus padrões éticos e morais,criando assim regras de conduta. A ética dentro de uma empresa significa gerir o alinhamento do comportamento dos seus colaboradores com um conjunto de normas que consideramos indispensáveis e que formam a base da cultura desejada para a corporação. O respeito aos Códigos de Ética depende da determinação de cada um dos envolvidos na organização empresarial de conhecer, seguir e disseminar os princípios éticos, assim como de exigir a sua observância por parte de todos. Ética Empresarial A ética empresarial é o ramo da ética diretamente ligado às empresas e se refere à sua conduta ética, ou seja, à forma moralmente correta com que as empresas interagem com o seu meio envolvente. A ética empresarial fortalece uma empresa, melhorando a sua reputação e tendo também um impacto positivo nos seus resultados. A ética empresarial é a razão de ser de uma empresa, e as empresas que não funcionam de forma ética, por exemplo, tentando ganhar dinheiro fácil e enganando os clientes, estão condenadas ao fracasso. Ética Empresarial Um dos grandes benefícios da ética empresarial é que ela é reconhecida e valorizada pelo cliente, sendo estabelecida uma relação de confiança. Essa relação, baseada na satisfação do cliente, vai originar lucro para a empresa, ajudando a que ela cumpra os seus objetivos. No entanto, adquirir confiança para o cliente é algo que demanda certo tempo e pode ser perdida com algum erro cometido em nível empresarial. Ética Empresarial e Responsabilidade Social As empresas de sucesso e em crescimento têm uma forte noção de responsabilidade social, criando muitas vezes programas para essa área. A responsabilidade social é fruto do comportamento ético e demonstra que a empresa se importa, que é solidária e que não tem medo de se comprometer com causas sociais. Assim, ética e responsabilidade social muitas vezes andam de mãos dadas e são uma estratégia de expansão de negócios. Responsabilidade Social Empresarial (RSE) Responsabilidade social empresarial (RSE) é a forma de gestão empresarial que se define pela relação ética / moral e transparente da empresa com todos os seus públicos (clientes, fornecedores, empregados etc.) e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações presentes e futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. Ramos do Direito: Público e Privado Uma primeira classificação das normas do direito divide-as em dois grandes grupos: as de Direito Público e as de Direito Privado. São de Direito Público aquelas normas e atuações nas quais o Estado ou entidades públicas se acham presentes como tais, ou seja, exercendo seu poder. As normas de Direito Público podem regular ações dentro de um mesmo país, ou as relações do país com indivíduos. O que caracteriza essas normas é a especial presença do poder estatal. Ramos do Direito: Público e Privado O Direito Privado se constitui das normas que regulam as relações entre pessoas físicas e jurídicas. Da mesma forma, são de Direito Privado as ações em que o Estado entra como particular, sem usar sua condição de poder. PÚBLICO PRIVADO INTERNO Direito Constitucional Direito Administrativo Direito Penal Direito Tributário Direito Processual EXTERNO Direito Internacional Público Direito Civil Direito Comercial Direito do Trabalho Direito Internacional Privado Fontes do Direito A palavra fonte tem o significado de “lugar de onde a água surge, nasce ou jorra”. Nesse sentido, vamos entender de onde o Direito surge, ou seja, as formas pelas quais ele se manifesta. Lei. Costume. Princípios Gerais de Direito. Jurisprudência. Doutrina Jurídica. Princípios Gerais de Direito São os alicerces do ordenamento jurídico, independentemente de estarem positivados. Exemplos: falar e não provar é o mesmo que não falar; ninguém pode causar dano, e quem causar terá de indenizar; ninguém pode se beneficiar da própria torpeza; Princípios Gerais de Direito ninguém deve ser punido por seus pensamentos; ninguém é obrigado a citar os dispositivos legais nos quais ampara sua pretensão, pois se presume que o juiz os conheça; não há crime sem lei anterior que o descreva; ninguém pode alienar mais direitos do que possui. As cinco fontes do Direito estão presentes em todas as decisões judiciais na aplicação do Direito. Direito Público e Direito Privado Há uma divisão temática do Direito para facilitar os ensinamentos, favorecendo a sua aplicação com mais eficiência. Direito Público: a figura do Estado entra como parte no processo, não na posição de particular. Aqui o Estado usa a sua condição de Poder. Alguns ramos do Direito Público: Direito Administrativo; Constitucional; Penal; Tributário; Processual Penal e Civil. Direito Público e Direito Privado Direito Constitucional: normas internas estruturais de cada Estado; organização de Poderes; Embasam as leis infraconstitucionais; normas que montam toda a estrutura da sociedade, além de garantir direitos fundamentais ao indivíduo. Direito Administrativo: normas que regulam a atividade estatal; serviços públicos colocados à disposição da sociedade, visando um bem comum. Direito Penal: normas que regulam as condutas humanas que colocam em risco os princípios relacionados à vida, propriedade, intimidade, liberdade e demais princípios que devem ser respeitados. Direito Público e Direito Privado Direito Tributário: são leis reguladoras da arrecadação dos tributos (taxas, impostos e contribuição de melhoria), bem como de sua fiscalização. Regula as relações jurídicas estabelecidas entre o Estado e contribuinte. Direito Processual Penal e Civil: são normas que visam disciplinar como se busca o seu direito perante o poder judiciário, impondo regras que devem ser obedecidas para demonstrar o seu direito. Para entender melhor, equiparando com a profissão de médicos, são os instrumentos que ele deve utilizar num procedimento cirúrgico. Direito Público e Direito Privado No Direito Privado, as normas tratadas são as que regulam as relações entre pessoas físicas e jurídicas. Alguns ramos do Direito Privado: Direito Civil; Direito Empresarial; Direito do Trabalho; Direito do Consumidor. Direito Civil: é o que atua por toda a vida do indivíduo, dividindo-se em parte geral, que traz todas as normas abrangentes desse; e a parte especial, que nos traz as normas de assuntos específicos; direito das coisas, sucessões, obrigações; direito de família; contratos etc. Direito Público e Direito Privado Direito Empresarial: previsto dentro do Código Civil, regulamenta as questões das atividades empresariais de pessoas jurídicas de direito privado. Empresa Individual (EIRELI e Empresário individual). Direito do Consumidor: legislação que trata das relações entre consumidores e fornecedores, que lida com conflitos de consumo e com os direitos dos consumidores. Direito do Trabalho: normas regulamentadoras entre empregado e empregador, são direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores. Interatividade A responsabilidade Social da Empresa (RSE) é a forma de gestão empresarial que se define: a) pela relação ética / moral e transparente da empresa com todos os seus públicos. b) pelo estabelecimento de metas empresariais, sem levar em consideração o desenvolvimento sustentável da sociedade. c) pela preservação dos recursos ambientais utilizados pela empresa. d) somente pelos recursosculturais para as gerações presentes e futuras. e) somente por ações inovadoras para o alcance do sucesso profissional. Direito Constitucional Matéria obrigatória em diversos cursos, norteando os interesses do Estado e das pessoas que formam seu povo. O Direito Constitucional é a voz da cidadania, pois trata da garantia e dos direitos fundamentais às pessoas. Nossa atual Constituição é classificada da seguinte maneira: formal; escrita; dogmática; promulgada; rígida; analítica. Direito Constitucional Espécies de poder constituinte Poder constituinte originário: cria a Constituição e elabora as posteriores. Poder constituinte derivado: é o poder que provem da própria Constituição. a) Constituinte derivado reformador: responsável pela alteração do texto constitucional (Congresso Nacional); b) Constituinte derivado decorrente: autonomia para, por meio de suas próprias constituições, se organizarem (Estados). A Organização do Estado Brasileiro Elementos do Estado Território: espaço físico delimitado pro fronteiras. Povo: número determinado ou não de indivíduos que habitam no território. Soberania: poder de um país de dizer e aplicar o Direito dentro de seu território. A Organização do Estado Brasileiro Entidades Federativas União: age em nome de toda a federação; entidade federativa autônoma. Estados-membros: auto-organizam-se pelo exercício do poder constituinte derivado decorrente, por meio de constituições estaduais, desde que respeitados os princípios constitucionais. Municípios. Distrito Federal. Princípios Gerais Constitucionais Estão previstos no Constituição Brasileira de 1988 e podemos citar alguns: Princípio da Legalidade: diz respeito às Leis. Princípio da Igualdade: tratar todos os iguais de forma igual e os desiguais desigualmente; não deve fazer qualquer discriminação. Dignidade da Pessoa Humana: direito de acesso às condições mínimas de uma vida digna. Moralidade: a Administração Pública fica obrigada a demonstrar transparência e probidade em seus atos. Direitos e Garantias Fundamentais dos Cidadãos Os direitos e garantias fundamentais se constituem num amplo rol em que estão inseridos os direitos de defesa do individuo perante o Estado, os direitos políticos, os relativos à nacionalidade e os direitos sociais, dentre outros. Os direitos fundamentais têm por finalidade proteger a dignidade da pessoa humana em todas as dimensões. Direitos Fundamentais Características dos direitos fundamentais: historicidade; universalidade; limitabilidade; concorrência; irrenunciabilidade. Direitos Fundamentais – Gerações A doutrina reconhece quatro níveis de direitos fundamentais: Primeira Geração: são os direitos de defesa do indivíduo perante o Estado (direito à vida; à intimidade etc.). Segunda Geração: são aqueles que tratam de satisfazer as necessidades mínimas para que haja dignidade e respeito a vida humana. Direitos Fundamentais – Gerações Terceira Geração: são aqueles relativos à existência do ser humano, ao destino da humanidade, à solidariedade (à paz, à preservação do meio ambiente). Quarta Geração: são temas relacionados ao Biodireito, tais como células-troncos, organismos modificados geneticamente, reprodução assistida e identificação sexual. Separação de Poderes Poder Legislativo. Poder Executivo. Poder Judiciário. União: Congresso Nacional Quanto ao poder Legislativo: Câmaras dos Deputados Senado Federal Estados membros Deputados Estaduais Municipal Vereadores Separação de Poderes Poder Executivo A função típica desse poder é o exercício da chefia de Estado, da chefia de governo e da administração geral do Estado. Dentre os poderes inerentes ao Executivo, as chamadas funções atípicas, estão o ato de legislar e o de julgar contencioso administrativo. Separação de Poderes Poder Judiciário Para completar a tripartição dos poderes, ao Poder Judiciário cabe a função jurisdicional, que consiste na aplicação da lei a um caso concreto, que lhe é apresentado como resultado de um conflito de interesses. Por outro lado, o Poder Judiciário também possui atribuições atípicas de natureza administrativa e legislativa. Interatividade Os Direitos Fundamentais são limitações impostas pela soberania popular aos poderes constituintes para salvaguardar interesses essenciais à pessoa humana. Entende-se como Primeira Geração dos Direitos Fundamentais: a) o direito à vida. b) o direito à alimentação. c) o direito à paz. d) o direito à preservação do meio ambiente. e) o direito à reprodução assistida e à identidade sexual. Direitos Sociais – Constituição Federal São direitos garantidos a todos os cidadãos. São direitos sociais porque atingem toda a sociedade em todos os âmbitos: a educação; a saúde; a alimentação; o trabalho; a moradia; o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância; a assistência aos desamparados. Direitos Sociais – Constituição Federal Os direitos sociais “se realizam pela execução de políticas públicas, destinadas a garantir amparo e proteção social aos mais fracos e mais pobres; ou seja, àqueles que não dispõem de recursos próprios para viver dignamente.” COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 7ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 77. Direitos Sociais em Espécies Educação O direito à educação tem previsão legal nos artigos 6º e 205 da Constituição Federal. O Estado tem o dever de promover políticas públicas de acesso à educação de acordo com os princípios elencados na própria CF (art. 206), e, por expressa disposição, obriga-se a fornecer o ensino fundamental gratuito (art. 208, § 1º). Direitos Sociais em Espécies Saúde É um direito fundamental que comporta duas vertentes: uma, de natureza negativa, que consiste no direito a exigir do Estado (ou de terceiros) que se abstenha de qualquer ato que prejudique a saúde; outra, de natureza positiva, que significa o direito às medidas e prestações estaduais visando à prevenção das doenças e ao tratamento delas. Direitos Sociais em Espécies Moradia O direito à moradia não é necessariamente direito a uma casa própria, mas sim a um teto, um abrigo em condições adequadas para preservar a intimidade pessoal dos membros da família. Quer significar uma habitação digna e adequada. Não há dúvidas de que a casa própria seria o meio mais efetivo de se concretizar o direito à moradia, todavia, esta não é a realidade social vigente. Direitos Sociais em Espécies Trabalho O direito ao trabalho é o meio mais expressivo de se obter uma existência digna. Deve ser respeitado um dos princípios mais significativos da constituição federal: o da dignidade humana. Está previsto na Constituição Federal de 1988 como um direito social, e não mais como uma obrigação social. Direitos Sociais em Espécies Lazer Está relacionado com o direito ao descanso dos trabalhadores, ao resgate de energias para a retomada das atividades. Alimentação É um direito recentemente incluído na Constituição brasileira. Passou a figurar como direito social no artigo 6º da Constituição Federal, após a Emenda Constitucional nº 064/2010, que incluiu o direito à alimentação entre os direitos sociais individuais e coletivos. Direitos Sociais em Espécies Segurança A segurança pública consiste numa situação de preservação ou restabelecimento dessa convivência social que permite quetodos gozem de seus direitos a defesa de seus legítimos interesses. Comentário contextual à Constituição. 8ª ed. atual. até a Emenda Constitucional 70, de 22.12.2011. São Paulo: Malheiros Editores, 2012, p. 649. Direitos Sociais em Espécies Previdência Social Prestações previdenciárias podem ser de dois tipos. Os benefícios são prestações pecuniárias para: a) aposentadoria por invalidez, por velhice e por tempo de contribuição; b) nos auxílios por doença, maternidade, reclusão e funeral; c) no salário-desemprego; d) na pensão por morte do segurado. Os serviços são prestações assistenciais: médica, farmacêutica, odontológica, hospitalar, social e de reeducação ou readaptação profissional. Direitos Sociais em Espécies Proteção à Maternidade e à Infância Está inserido como um direito previdenciário e como direito assistencial, pois está prevista a licença à gestante. Assistência aos Desamparados A Constituição Federal estabelece que a assistência social será prestada aos necessitados, independentemente de contribuírem ou não com a previdência social. Interatividade Os direitos sociais “se realizam pela execução de políticas públicas, destinadas a garantir amparo e proteção social aos mais fracos e mais pobres; ou seja, àqueles que não dispõem de recursos próprios para viver dignamente. Qual das alternativas abaixo é considerada direito social? a) Direito à vida. b) Direito à alimentação. c) Direito à paz. d) Direito à preservação do meio ambiente. e) Direito à reprodução assistida e à identidade sexual. ATÉ A PRÓXIMA!
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