Buscar

Psicopatologia: Definição e Normalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cáp. 2 ) Definição de psicopatologia e ordenação de seus fenômenos. 
Campbell, define a psicopatologia como ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental - suas causas, mudanças estruturais e funcionais associadas e elas e suas formas de manifestação . A psicopatologia em acepção mais ampla, pode ser definida como conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano.
O psicólogo não julga moralmente o seu objeto, busca apenas observar, identificar e compreender os diversos elementos da doença mental. Além disso, rejeita qualquer tipo de dogma, seja ele religioso, filosófico,  psicológico ou biológico.
O campo da psicopatologia, inclui um grande numero de fenômenos humanos especiais, associados ao que se denominou historicamente de doença mental. 
A psicopatologia é, pois, uma ciência autônoma, e não um prolongamento da neurologia ou da psicologia. Karl Jaspers,afirma que esta é uma ciência básica, que serve de auxílio à psiquiatria.
Em geral, quando se estudam os sintomas psicopatológicos, dois aspectos costumam ser evocados:  a forma dos sintomas, isso é, a estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes, e seu conteúdo, ou seja, aquilo que preenche a alteração estrutural. Esse ultimo é geralmente mais pessoal, dependendo da história de vida do paciente, de seu universo, e da personalidade prévia do adoecimento. 
Os conteúdos dos sintomas estão associados aos temas centrais da existência humana.
Cáp 3 ) O conceito de normalidade em psicopatologia. 
O conceito de saúde e de normalidade em psicopatologia é questão de grande controvérsia. Obviamente, quando se trata de casos extremos, cujas alterações comportamentais e mentais são de intensidade acentuada e de lomga duração,o delineamento das fronteiras entre o normal e o patológico mão ´tão problemático. Há muitos casos limítrofes, nos quais a delimitação entre comportamento e formas de sentir normais e patológicas é bastante difícil. 
1. Psiquiatria Legal ou Forense: A determinação de anormalidade psicopatológica pode ter importantes implicações legais, criminais e éticas, podendo definir o destino social, institucional e legal de uma pessoa. 
2. Epidemiologia Psiquiátrica : Tanto um problema como um objeto de pesquisa 
3. Psiquiatria Cultural e Etnopsiquiatrica:     É tema importante de pesquisas e debates. O conceito de normalidade em psicopatologia impõe a análise do contexto sociocultural; exige necessariamente o estudo das relações entre os fenômenos supostamente patológico e o contexto social no qual tal fenômeno emerge e recebe este ou  aquele significado cultural.
4. Planejamento em Saúde mental e Políticas de Saúde: Verificar as demandas assistenciais de terminado grupo populacional, as necessidades de serviços, quais e quantos serviços, quais e quantos serviços devem ser colocados à disposição desse grupo, etc.
5.Orientação e capacitação profissional: Capacidade  e adequação de um indivíduo para exercer certa profissão.
Existem vários critérios de normalidade e anormalidade. 
1. Normalidade como ausência de doença: O primeiro critério que geralemnte se utiliza é o de saúde como ausencia de sintomas de sinais ou doenças. Normal do ponto de vista psicopatológico, seria então, aquele indivíduo que simplesmente não é portador de um transtorno mental. 
2. Normalidade ideal: Tomada como utopia.
3. Normalidade Estatistica: A normalidade estátistica identifica norma e frequência. Trata-se de um conceito de normalidade que se aplica especialmente e fenõmenos quantitativos. O normal passa ser aquilo que se observa com mais frequência. 
4. Normalidade como bem-estar: saúde como completo bem estar físico, mental e social,e não simplesmente como ausência de doença.
5. Normalidade Funcional:tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos.  O patológico a partir do que é disfuncional , produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para o seu grupo social.
6. Normalidade como processo: mais que uma visão estática, consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial,
7. Normalidade subjetiva: Aqui é dada maior enfâse à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às vivências subjetivas.
​Psicopatologia Descritiva versus Psicopatologia Dinâmica.
​Para a psiquiatria  descritiva  interessa fundamentalmente a forma das alterações psíquicas, a estrutura dos sintomas. 
Já para a psiquiatria dinâmica, interessa o conteúdo da vivência, os movimentos internos de afeto, desejos, temores do indíviduo, sua experiência particular, pessoal e não necessariamente classificável em sintomas​
Psicopatologia médica versus Psicopatologia existencial.
​A perspectiva médico realista trabalha com uma noção mde homem centrada no corpo, no ser biologico como espécie natural e universal. Assim, o adoencimento mental é visto como mau funcionamento do cérebro , desregulação .
Já a perspectiva existencial ,  ​o doente é visto como "existencia singular", como um ser lançado ao mundo que é apenas natual e biologico. O ser é construído por meio da experiência particular de cada sujeito, na sua relação com outros sujeitos. A doença mental, nesta perspectiva não é vista como disfunção biologica ou psicopatológica , mas como um modo particular de existência, uma forma tragica de ser no mundo.
Psicopatologia comportamental-cognitiva versus Psicopatologia psicanalítica.
Na psicologia comprtamental o homem é visto como um conjunto de comportamentos observáveis, que são regulados por estímulos específicos e gerais e por certas leis determinantes do aprendizado. 
Associado a essa visão, a perspectiva cognitivista centra a atenção sobre as representações cognitivas conscientes de cda indivíduo. As representações conscientes seriam vistas como essenciais ao funcionamento mental, normal e patológico. Os sintomas resultam de comportamentos e representações cognitivas disfuncionais aprendidas e reforçadas pela experiência.
A visão psicanalítica , o homem é visto como um ser 'determinado', dominado por forças inconscientes , forças e desejos. A psicanálise dá uma grande importancia para os afetos , que segundo ela, dominam o psiquismo. Para a psicanálise, os sintomas e sindromes são formas de expressão de conflitos , e desejos que não podem ser realizados  
Psicopatologia Categorial versus Psicopatologia  Dimensional. 
- Dúvidas***
Psicopatologia Biológica versus Psicopatologia  Sociocultural:
A psicopatologia biologica enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquimicos ou neurofisiologicos das doenças e dos sintomas mentais. A base de todo transtorno mental são alterações de mecanismos neurais  e de determinadas áreas e circuitos cerebrais. 
Doenças mentais = doenças cerebrais.
Em contraposição a perspectiva sociocultural visa estudar os transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir de certos fatores socioculturais, como discriminações, pobreza, migração, estresse ocupacional, desmoralização sociofamiliar, etc. Segundo a perspectiva,os sintomas e transtornos devem ser estudados  no seu contexto eminente sociocultural, simbolico e histórico. É neste contexto de normas, valores e símbolos culturalmente construídos que os sintomas recebem seu significado, e portanto, poderiam ser precisamente estudados e tratados. 
A cultura é elemento fundamental na propria determinação do que é normal e patológico na constituição dos transtornos e nos repertórios terapeticos disponíveis em cada sociedade.
Psicopatologia operacional versus Psicopatologia  fundamental.
Na visão operacional pragmática as definições basicas de trasntornos mentais e sintomas são formuladas e tomadas de modo arbitrário em função de sua utilidade pragmática, cliníca ou orientada à pesquisa. NÃO são questinados a natureza da doença ou sintomas, tampouco os fundamentos filosóficos ou antropológicos de determinada definição. EX: DSM-IV, CID-10...
Cap 5)  Princípiosgerais do diagnóstico psicopatológico.
Valores e limites do psicodiagnóstico psiquiátrico e existem duas posições extremas:
 1) Afirma que o diagnóstico em psiquiatria não tem valor algum, pois cada pessoa é uma realidade única e inclassificáve. O diagnóstico serviria apenas para rotular as pessoas diferentes, excêntricas, permitindo e legitimando o poder médico, controle social sobre o indivíduo desadaptado ou questionador.
 2) Em defesa do diagnóstico psiquiatric, sustenta que o valor e lugar do diagnóstico em psiquiatria são absolutamente semelhantes ao valor e ao lugar do diagnostico nas outras especialidades médicas. A posição do autor é que sem o psicodiagnóstico, não é possivel compreender adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo adequado de estratégica terapêutica.  
Existe assim no processo de diagnóstico uma relação dialética permanente entre o particular individual (aquele paciente específico, aquela pessoa em especial), e o geral, universal  (categoria diagnóstica à qual essa pessoa pertence). 
O diagóstico são idéias , fundamentais para o trabalho cientifico , conhecimento do mundo, mas não objetos reais e concretos.
Tanto na natureza como na esfera humana, podem-se distinguir 3 grupos de fenômenos com possibilidade de classificação:
1. Aspectos e fenomenos encontrados em todos os seres humanos : ​Fazem parte de uma categoria ampla demais para classificação, sendo pouco útil o seu estudo taxonômico. 
2. Aspectos e fenõmenos encontrados em alguma pessoas, mas não em todas: São fenômenos de maior interesse para a classificação diagnóstica em psicopatologia. Aqui  situam-se a maioria dos transtornos mentais.
3.Aspectos e fenômenos encontrados em apenas um ser humano em particular: Embora os fenômenos sejam de interesse para a compreensão do ser humano,são restritos demais ,e de difícil classificação e agrupamento.
De modo geral, pode-se afirmar que o diagnóstico só é útil e valido se for visto como algo mais que simplesmente rotular o paciente. Esse tipo de utilização do diagnóstico psiquiatrico seria uma forma precária e questionável e não propriamente científica. 
Do ponto de vista clínico e específico da psicopatologia, embora o processo diagnóstico em psiquiatria siga os principios gerais da medicina , há certamente alguns aspéctos particulares que devem ser apresentados: 
a) O diagnóstico de um transtorno psiquiatrico é quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos. Dosagens laboratoriais,exames de neuroimagem estruturale funcional , testes psicologicos, ou neuropsicologicos auxiliam de de forma muito importante, principalmente para o diagóstico diferencial entre um transtorno psiquiatrico primario, e uma doença neurologica ou sistemica. 
b) Diagnóstico Psicopatológico, com exceção dos quadros clínicos psico-organicos , não é, de modo geral, baseaado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador. 
Deve-se ,portanto, manter duas linhas paralelas de reciocínio clinico: 
 - Uma linha dignóstica, baseada fundamentalmente na cuidadosa  descrição evolutiva e atual dos sintomas que de fato o paciente apresenta
 - Uma linha Etiológica , que busca na totalidade de dados biológicos, psicológicos e sociais , uma formulação hipotética plausível sobre os possiveis fatores etíologicos envolvidos no caso .
c) De modo geral, não existem sintomas psicopatológicos tatalmente específicos de determinado transtorno mental.
d) O diagnóstico psicopatológico é em inumeros casos,apenas possível com a observação do curso da doença. Dessa forma , o padrão evolutivo de determinado quadro clínico obriga o psicopatólogo a repensar e refazer continuamente seu diagnóstico. 
e) O diagnótico psiquiatríco deve ser sempre pluridumensional .
Cáp 10 ) A consciência e suas alterações
Definições Básicas: 
1. A definição neuropsicológica: O termo consciência no estado vígil , iguala a consciência ao grau de clareza do sensório . Estado de estar desperto, acordado, vígil, lúcido. Trata-se do nível de consciência.
2. A definição psicológica: contextualiza como a soma total da experiencias conscientes de um indivíduo em um determinado momento. É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. 
3. Definição Ético-filosófica:  é utilizada mais frequentemente no campo da ética, da filosofia, do direito ou da teologia. O termo consciência refere-se a capacidade de tomar a ciência dos deveres éticos e assumir as responsabilidades, os direitos e os deveres concernentes.
Alterações Normais da Consciência: 
SONO NORMAL: 
O sono é um estado especial da consciência, que ocorre de forma recorrente e cíclica nos organismos. É também, ao mesmo rempo, um estado comportamental e uma fase fisiológica normal e necessária do organismo. 
O sono sincronizado não-REM caracterizá-se por atividade elétrica cerebral síncrona. Há, nesse tipo de sono, diminuição da atividade do SNAS (sistema nervoso autônomo simpático) e aumento relativo do tônus do parassimpático, permanecendo vários parâmetros fisiológicos estáveis em um nível de funcionamento mínimo. Durante o sono não-REM, ocorrem 4 estágios:
Estágio 1. mais leve e superficial.
Estágio 2. Um pouco menos superficial 
Estágio 3. Sono mais profundo
Estágio 4. Estágio do sono mais profundo.
O sono REM, por sua vez, não se encaixa em nenhuma dessas 4 fases. Sua duração total em uma noite perfaz de 20 a 25% do tempo total de sono. O sono REM não é, entretanto, um sono leve, tampouco  profundo, mas um tipo de sono qualitativamente diferente.
É durante o sono REM que ocorre maior parte dos sonhos, e em 60 a 90% das vezes, se o indivíduo for despertado durante a fase REM, relatará o que estava sonhando.
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA CONSCIÊNCIA:
A consciência pode se alterar tanto por processos fisiológicos, normais, como por processos patológicos. A seguir, são apresentados os quadros patológicos de alteração da consciência.
Alterações patológicas qualitativas: Os diversos graus de rebaixamento da consciência são:
1. OBNUBILAÇÃO OU TURVAÇÃO DA CONSCIÊNCIA: trata-se do rebaixamento da consciência em grau leve a moderado. O paciente pode já estar sonolento ou parecer desperto, o que dificulta o diagnostico.
2. SOPOR: é um estado de marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode ser despertado apenas por estímulos energético, sobretudo de natureza dolorosa. Aqui, o paciente sempre se mostra evidentemente sonolento. Ele é incapaz de qualquer ação espontânea. A psicomotricidade encontra-se mais inibida do que nos estados de obnubilação.
3. COMA:  É o grau mais profunfo de rebaixamento do nível de consciencia. Não é possível qualquer atividade voluntária consciente. Além da ausência de qualquer indício de consciência. **movimento oculares errantes com desvios lentos e aleatórios. 
SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS ASSOCIADAS AO REBAIXAMENTO DO NÍVEL DA CONSCIÊNCIA
Delirium é o termo mais adequado para designar a maior parte das síndromes confusionais agudas. Diz respeito portanto, aos vários quadros com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência, acompanhado de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em graus variáveis, agitação ou lentidão psicomotora, discurso ilógico e/ ou alucinações,quase sempre visuais.
Não se deve confundir DELIRIUM (quadro sindrômico causado por alterações do nível de consciência, em pacientes com distúrbios cerebrais agudos) com o termo DELÍRIO (idéoa delirante, alteração do juízo de realidade encontrada principalmente em psicóticos esquizofrênicos).
Alterações qualitativas da consciência 
Além dos diversos estados de redução global do nível de consciência, a observação psicopatológica registra uma série de estados alterados pela consciência, nos quais se tem mudanças parciais ou focal no campo da consciência. 
1. Estados Crepusculares: é um estado patológico transitório no qual uma obnubilaçãoda consciência é acompanhada de relativa conservação da atividade motora coordenada.
2.Estado segundo: Estado patológico transitório semelhante ao estado crepuscular, caracterizado por uma atividade psicomotora coordenada , a qual, entretanto permanece estranha à personalidade do sujeito acometido e não se integra a ela
3. Dissociação da consciência: fragmentação ou divisão do campo da consciência, ocorrendo perda da unidade psíquica comum do ser humano.
4. Transe: Estado de dissociação da consciência, que se assemelha a sonhar acordado.
5. Estado hipnótico: é um estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada, que pode ser induzido por outra pessoa.
6. Experiência de quase morte: Um estado especial de consciência é verificado em situações de ameaça grave à vida, como parada cardíaca, hipóxia grave, isquemias, acidente automobilístico grave.
Cáp.11) A Atenção e suas alterações.
Definição Básica: A atenção pode ser entendida como direção da consciência. A atenção se refere ao conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar , filtrar, e organizar as informações em unidades controláveis e significativas.
ANORMALIDADES DA ATENÇÃO:
A alteração mais comum e menos especifica da atenção é a diminuição global desta, chamada de HIPOPROSEXIA. 
Hipoprosexia: Aqui se verifica uma perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada, o que dificulta a percepção dos estímulos ambientais e a compreensão; as lembranças tornam-se mais difíceis e imprecisas, há dificuldade crescente em todas as atividades psíquicas complexas, como o pensar. 
Aprosexia: total abolição da capacidade de atenção, por mais forte e variados que sejam os estímulos utilizados.
Hiperprosexia: Consiste em um estado da atenão exacerbada.
Distração: é um sinal, não de déficit propriamente, mas de superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos ou objetos, sobre determinados conteúdos ou objetos, com a inibição de tudo o mais 
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Cáp. 14) A sensopercepção e suas alterações
Definições Básicas:
Todas as informações do ambiente, necessárias à sobrevivência do individuo, chegam até o organismo por meio das sensações. Os diferentes estímulos físicos (luz, som, calor, pressão) ou químicos (sabor, odor, pele)agem sobre os órgãos do sentido, estimulando os diversos receptores e assim produzindo as sensações. O ambiente fornece constantemente informações sensoriais ao organismo que, por intermédio delas, se auto-regula e organiza suas ações voltadas à sobrevivência ou à interação social.
Define-se sensação como o fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo , que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. Os estímulos sensoriais fornecem a aimentação sensorial aos sistemas de informação do organismo.
Por percepção, entende-se a tomada de consciência pelo individuo, do estímulo sensorial. Já a percepção diz respeito à dimensão psicológica do processo,à transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos conscientes. 
A sensação é considerada, portanto, um fenômeno passivo; estímuls físicos (luz, som, pressão)ou químicos atam sobre sistemas de percepção do organismo.
A diferença entre apercepção e percepção é polemica. 
Apercepção = plena entrada de uma percepção na consciência e sua articulação com os demais elementos psíquicos.
ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO.
Quantitativas:
Hiperestesia: condição na qual as percepções encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade ou duração. A hiperestesia ocorre nas intoxicações por alucinógenos , como o LSD. Em algumas formas de epilepsia, enxaquecas hipertiroidismo, na esquizofrenia, e em certos quadros maníacos.
Já a Hipoestesia, no sentido psicopatológico, é observada em alguns pacientes depressivos, nos quais o mund circundante é percebido como mais escuro; as cores tornam-se mais pálidas e sem brilho; os alimentos não têm mais sabor. A hipoestesia táteis, com sentido neurológico, são alterações localizadas em território cutâneo. Implicam a perda da sensação tátil em determinada área da pele.
Analgesias (perda das sensações dolorosas)
Parestesias e as disestesias: referem-se a alteração da sensopercepção, sobretudo do sentido tátil e doloroso , associadas mais frenquentemente a doenças neurológicas. (formigamentos, picadas, adormecimento , queimação)
Parestesia de Berger: sensação de dormência após ficar um longo tempo em uma determinada situação.
Qualitativas: 
Ilusão: se caracteriza pela percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente. Na ilusão, há sempre um objeto externo real, gerador do processo de sensopercepção é deformada,a dulterada, por fatores patológicos diversos.
Ilusão é a percepção deformada de um objeto real e presente.
As ilusões ocorrem basicamente três condições:
1. Estados de rebaixamento do nível de consciência: percepção trona-se imprecisa, fazendo com que os estímulos sejam percebidos de forma deformada.
2.Fadiga Grave ou Inatenção Marcante :Podem ocorrer ilusões transitórias e sem muita importância clinica.
3. Estados Afetivos: ilusões catatímicas.
Tipos de ilusão: São mais comuns as visuais e auditivas.
Alucinações = percepção de um objeto, sem que este esteja presente.É a percepção clara e definitiva d um objeto, sem a presença do estimulante real.
Alucinações auditivas: mais frequente em transtornos mentais. 
Alucinações auditivas simples: são aquelas que ouvem apenas ruídos primários. São menos frequentes.
Alucinações auditivas complexas: alucinação áudio-verbal: paciente escuta vozes sem qualquer estímulo verbal. Vozes que geralmente insultam ou ameaçam ou que ordenam o que deve ser feito.
Sonorização do pensamento: é experimentada como a vivencia sensorial de ouvir o pensamento, no momento em que se está pensando.
 sonorização do próprio pensamento.
Sonorização de pensamentos como vivencia alucinatório delirante: Pensamentos que foram emitidos e introduzidos por um estranho.
Valor diagnostico: ocorrem com maior frequência na esquizofrenia, transtorno de humor , depressão grave. Pacientes que sofrem de alcoolismo crônico, transtorno de personalidade, transtorno dissociativos.
Alucinações musicais: audição de tons musicais, ritmos, harmonias, e melodias sem o correspondente estímulo.
Valor diagnóstico; encontradas em mulheres idosas com perda progressiva da audição, doenças ou lesões otológicas, distúrbios e neuropsicológicos e neurológicas.
Alucinações visuais: São visões nítidas que os pacientes experimenta ,sem a presença de estímulos visuais.
Alucinações simples ou fotopsias: o indivíduo vê cores, bolas e pontos. Ocorrem com mais frequência em pacientes com doenças oculares ou déficit ou privação visual, mas também podem aparecer na esquizofrenia, acidentes vasculares , abuso de álcool , enxaqueca e epilepsia .
Alucinações visuais: podem incluir cenas complexas e são denominadas alucinações cenográficas.
Valor diágnóstico: podem ocorrer em estados normais e fisiológicos, nas fases do despertar do sono, em estados de fadiga e de emoção intensa . As alucinações visuais simples podem ocorrer em casos de enxaqueca, doença oftalmológicas.
Alucinações Táteis: 
Os pacientes sentem espetadas, choques ou pequenos animais correndo sobre seu corpo. As alucinações táteis com pequenos anumaus ou insetos ocorrem associadas ao delírio de infestação. Também são relativamente frequentes as alucinações táteis sentidas nos genitais, sobretudo em pacientes esquizofrênicos.
Valor diagnóstico: frequentes na esquizofrenia, quadros estéricos, delirium tremens e nas psicoses tóxicas, principalmente naquelas produzidas pela cocaína.
Alucinações olfativas e gustativas:
 Em geral, manifestam-se como o “sentir” o odor de coisas podres, de cadáver, fezes, pano queimado. São lembranças ou sensações olfativas normalmente vem acompanhada de forte impacto emocional. 
Valor diagnóstico:olfativas são mais comuns em quadros histéricos, esquizofrênicos e em psico-organicos. Já as gustativas ocorrem com mais frequência na esquizofrenia e, em seguida, nos quadros histéricos. 
Alucinações cenestésicas e cinestésicas:
Alguns pacientes apresentam sensações incomuns e claramente anormais em diferentes partes do corpo, como sentir o cérebro escorrendo ou o fígado despedaçando. 
Alucinações cenestésicas: e o fenômeno geral de experimentar sensações alterdas nas vísceras do corpo é denominado como cenestopatia.
Alucinações cinestésicas: são vivenciadas pelo paciente como sensações alterdas de movimento no corpo.
Valor diagnóstico: esquizofrenia . depressão grave.
Alucinações funcionais:
Denominam-se alucinações funcionais as verdadeiras alucinações desencadeadas por estímulos sensoriais. A alucinação funcional difere da ilusão , pois enquanto esta deformação de uma percepção de um objeto real presente, aquela é uma alucinação apenas desencadeada por um estímulo real.
Valor diagnóstico: esquizofrenia.
Alucinações Combinadas: 
Experiências alucinatórias nas quais ocorrem alucinações de várias modalidades sensoriais( auditivas, visuais, táteis). O indivíduo vê uma pessoa que fala com ele, toca em seu corpo e assim por diante.
Valor diagnóstico: alucinações combinadas ocorrem com maior frequência em síndromes com alteração do nívelde consciência, mas também podem aparecer na esquizofrenia, formas graves de histeria e em psicoses em geral.
Alucinações extracampinas:
Alucinações experimentadas fora do campo sensoperceptivo usual, como quando o indivíduo vê uma imagem às suas costas ou atrás de uma parede. É um fenômeno raro.
Alucinações autoscópica: 
Em geral é uma alucinação visual, na qual o indivíduo enxerga a si mesmo, vê o seu corpo, como se estivesse fora dele, contemplando-o. É um fenômeno relativamente raro, associado a epilepsia , lesões do lobo pariental.
Valor diagnóstico: a sensação de uma presença ocorre em síndromes psico-organicas, epilepsia, esquizofrenia,enxaqueca.
Alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas: 
As primeiras alucinações auditivas, visuais ou táteis, relacionadas à transição sono-vigilia. Assim, não são incomuns alucinações visuais que surgem na fase de transição entre vigília e sono.
Alucinações hipnopômpicas: ocorrem na fase em que o individuo está despertando.
Alucinações Hipnagógicas: se manifestam no momento em que o indíviduo está adormecendo.
 Estranheza do mundo percebido:
O mundo como um todo, é percebido como bizarro, difícil de definir pel paciente. O mundo parece que se transformou, ou parece morto,sem vida, vazio.
Alucinose:
Fenômeno pelo qual o paciente percebe tal alucinação como estranha à sua pessoa. Ocorre com maior frequência em quadros psico-organicos.
A alucinose em sua modalidade VISUAL, ocorre com maior frequência em pacientes com intoxicações por substancias 
Alucinose Pendular:
Experiência alucinatória, em geral visual, tipicamente vivida e brilhante, incluindo cenas, pessoas, animais e figuras geométricas.
Alucinose Auditiva: 
Ou alucinose alcoolica, vozes na 3 pessoa.
Cáp 15.
Definições básicas: A memória é a capacidade de registrar e evocar as experiências e os fatos já ocorridos.
Alterações Patológicas da Memória:
Quantitativas:
Hipermnésia: As representações afluem rapidamente, em tropel, ganhando em números e perdendo em clareza e precisão.
Amnésia: Denomina-se anamnésia,de forma genética , a perda da memória, seja a da capacidade de fixar ou a da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.
Amnésia Psicogênica: Há perda de elementos mnêmicos focais, os quais tem valor psicológico especifico. 
Amnésia Orgânica : trata-se amnesia menos seletiva que a psicogênica . perde a capacidade de fixação.
Amnésia anterógrada: o individuo não consegue fixar elementos mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral.
Amnésia Retrógrada: o individuo perde a memória para fatos ocorridos antes do inicio do trauma ou da doença.
Qualitativas: 
1. Ilusões mnêmicas: há o acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memoria. Por isso, a lembrança adquire caráter fictício. Muitos pacientes informam sobre o seu passada indicando claramente deformação de lembranças reais. Ocorre na esquizofrenia, na paranoia , na histeria grave , nos transtornos de personalidade.
2. Alucinações Mnêmicas: São verdadeiras criações imaginativas com a aparência de lembranças ou reminiscências que não correspondem a qualquer elemento mnêmicos.
Fabulações: elementos da imaginação do doente ou mesmo lembranças isoladas completam artificialmente as lacunas de memória, produzidas, em geral, por déficit da memoria de fixação. Além do déficit de fixação, o doente não é capaz de reconhecer como falsas as imagens produzidas pela fantasia. As fabulações são invenções, produtos da imaginação do paciente, que preenchem um vazio na memória. O paciente não tem intenção de mentir ou enganar o entrevistador.
Criptomnésias: trata-se de um falseamento da memória em que as lembranças aparecem como fatos desconhecidos/ novos. 
Ecmnésia: trata-se da recapitulação e da revivência intensa, abreviada e panorâmica, da existência , uma recordação condensada de muitos eventos passados, que ocorre em breve período.
Lembrança Obsessiva: manifesta-se como o surgimento espontâneo de imagens mnêmicas ou cinteúdos ideativos do passado, que uma vez instalados na consciência, não podem ser repelidos voluntariamente pelo indivíduo.
Alterações de reconhecimento : As alterações de reconhecimento dividem e, dois grandes frupos: as diferentes formas de agnosias, de origem essencialmente cerebral, e as alterações de reconhecimento mais frequentemente associadas aos transtornos mentais, sem base orgânica.
As Agnosias são definidas como déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais, objetos e fenômenos.
Agnosias táteis: são dividas em dois subtipos:
Astereognosia: paciente é incapaz de reconhecer as formas dos objetos colocados em suas mãos.
Agnosia tátil propriamente dita: apesar do paciente identificar as formas elementares do objeto, há incapacidade de reconhecimento global de tal objeto 
Agnosias visuais: são aquelas nas quais o paciente não consegue mais reconhecer pela visão determinados objetos.
Prosoagnosias: são incapacidades de reconhecer membros específicos de determinado grupo genérico de coisas, como certo tipo de carro, casas,
Agnosias auditivas: incapacidades de reconhecer sons.
Anosognosia: incapacidades de reconhecer um déficit ou uma doença que o acomete.
Grafestesias: reconhecimento da escrita pelo tato
Alterações de reconhecimento associadas a transtornos psiquiátricos: 
Essas alterações incluem os falsos desconhecimentos produzidos por processos delirantes, síndromes delirantes muito peculiares do reconhecimento e de falsas identificações.
No falso desconhecimento, o paciente não reconhece pessoas muito familiares ou outra pessoa próxima. 
Na Síndrome de Capgras, o paciente afirma que uma pessoa próxima a família que o visitou dizendo ser seu pai ou sua irmã, é na verdade um sócia.
Na chamada Síndrome de Capgras inversa, o sujeito acredita que houve transformação radical em si mesmo, que ele é próprio é um impostor. E esse impostor passsoi a habitar seu corpo , não reconhecendo o corpo como sendo o seu próprio e verdadeito. (sósia) 
Na Síndrome do duplo subjetivo é um tanto semelhante à capgras inversa. Nesse caso, o paciente acredita que outra pessoa transformou-se fisicamente a ponto de transformar-se idêntica a ele, vindo a ser seu próprio Eu. (irmão gêmeo)
A Síndrome de Frégoli, é um falso reconhecimento delirante, em que o individuo identifica falsamente uma pessoa estranha como se fosse alguém de seu currículo pessoal.
A Síndrome de Frégoli inversa, há a crença delirante que houve uma mudança radical da prorpia aparência física , sem alteração do self psicológico.
A Síndrome de intermetamorfose: O paciente relata que certa pessoa de seu circulo familiaré um perseguidor , tem características físicas e psicológicas em comum.
Cap. 16
Definição Básica:
 Afetividade termo genérico que compreende várias modalidades de vivências afetivas como o humor, as emoções e os sentimentos. 
Humor ou estado de ânimo, é definido como o tonus afetivo do individuo, o estado emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento.

Outros materiais