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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS COLEGIADO DE CIÊNCIAS NATURAIS ANTONIO JOSÉ DOS SANTOS EDILENE LEAL POJO LEVANTAMENTO ETNOBOTANICO E O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS - PARÁ CANAÃ DOS CARAJÁS 2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS COLEGIADO DE CIÊNCIAS NATURAIS ANTONIO JOSÉ DOS SANTOS EDILENE LEAL POJO LEVANTAMENTO ETNOBOTANICO E O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS - PARÁ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado do Curso de Ciências Naturais, do Campus Universitário de Marabá, da Universidade Federal do Pará, como requisito para a obtenção do grau de Licenciado Pleno em Ciências Naturais. Orientadora: Profa Drª Alessandra de Rezende Ramos. CANAÃ DOS CARAJÁS 2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS COLEGIADO DE CIÊNCIAS NATURAIS ANTONIO JOSÉ DOS SANTOS EDILENE LEAL POJO LEVANTAMENTO ETNOBOTANICO E O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS - PARÁ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado do Curso de Ciências Naturais, do Campus Universitário de Marabá, da Universidade Federal do Pará, como requisito para a obtenção do grau de Licenciado Pleno em Ciências Naturais. Orientador: Profa Drª Alessandra de Rezende Ramos Avaliador: ___________________________________ Avaliador: ___________________________________ Canaã dos Carajás 2011 AGRADECIMENTOS Ao Senhor Deus, pela bondade que nos alcança a cada dia permitindo-nos viver, por Sua misericórdia infinita que se renova a cada manhã e Seu imenso amor que nos salva e nos restaura para todo o sempre na pessoa de Jesus Cristo. Aos nossos pais, cônjuges, filhos e demais familiares pela dedicação e carinho que demonstraram para conosco ao longo de nossas vidas, cuidando em todos os momentos e nos ajudando a vencer mais uma etapa de nossas vidas. Aos professores que compartilharam conosco seu tempo, sua amizade, profissionalismo, não poupando esforços para que pudéssemos alcançar nossos objetivos. Aos amigos que batalharam juntamente conosco nesses quatro anos e que compartilhamos bons e maus momentos. Um agradecimento especial à nossa professora e orientadora Drª Alessandra Rezende Ramos por sua dedicação, esforço e cobranças sem as quais não teríamos conseguido finalizar a tempo o nosso trabalho. Muito obrigado a todos os entrevistado que contribuíram para a realização desta pesquisa. SUMÁRIO SUMÁRIO-----------------------------------------------------------------------------------------1 LISTA DE TABELAS E FIGURAS-----------------------------------------------------------2 LISTA DE ANEXOS-----------------------------------------------------------------------------5 LISTA DE SIGLAS-------------------------------------------------------------------------------6 RESUMO-------------------------------------------------------------------------------------------7 PALAVRAS CHAVE-----------------------------------------------------------------------------7 INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------------8 MATERIAIS E MÉTODOS--------------------------------------------------------------------13 ANÁLISA DE DADOS------------------------------------------------------------------------15 RESULTADOS E DISCUSSÃO-------------------------------------------------------------15 CONCLUSÃO------------------------------------------------------------------------------------39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS-------------------------------------------------------40 ANEXOS------------------------------------------------------------------------------------------43 LISTA DE TABELAS E FIGURAS Tabela 1 - Biomas Brasileiros Tabela 2 – Espécies no Brasil e no Mundo Figura 1 - Mapa do Estado do Pará com destaque para o município de Canaã dos Carajás Figura 1 - Mapa da região sudeste do Pará com destaque para o município de Canaã dos Carajás Figura 2 - Mapa da cidade com indicação dos Bairros citados na pesquisa Figura 3 - Tipo de Uso citados pelos moradores Figura 4 – Gráfico citando o Porte das plantas Figura 6 - Gráfico citando a Parte da Planta Utilizada em diversas atividades como chás e outras Figura 7 - Produção de mudas Figura 2 – Foto Romã Punica granatum tirada no quintal da Dona Maria B. Novo Brasil Figura 3 – Foto Crajirú Arrabidaea chica Foto tirada no quintal de D. Do Carmo B. N. Horizonte. Figura 4 – Foto Sete Dor Plectranthus barbatus Foto tirada no quintal de D. Do Carmo B. N. Horizonte Figura 5 – Foto Sabugueiro Sambucus nigra Foto tirada no quintal de D. Geonice B. N. Brasil Figura 12 – Foto Picão Beldens pilosus Foto tirada no quintal de D. Divina P. dos Ipês Figura 13 - Foto Perpétua Gomphrena globosa Foto tirada no quintal de D. Eva N. Jerusalém Figura 14 – Foto Orelha de Jumento Coryanthes macrantha Foto tirada no quintal de D. Luzenira N. Jerusalém Figura 15 - Foto Nône Morinda citrifolia Foto tirada no quintal de D. Sônia B. Centro Figura 16 - Foto Murici Byrsonima spicata Foto tirada no quintal de D. Geonice B. N. Brasil Figura 17 - Foto Jambú Spilanthes acmella Foto tirada no quintal de D. Rivanda, Paraíso das Águas Figura 18 - Foto Ingá Inga edulis Foto tirada no quintal de D. Nilza, Nova Jerusalém Figura 19 - Foto Goiabeira Psidium guajava Foto tirada no quintal de D. Dalva B. N. Brasil Figura 20 - Foto Gervão Stachytarphetta cayennensis Foto tirada no quintal de D. Vanessa, N.Horizonte Figura 21 - Foto Gengibre Zingiber officinale Foto tirada no quintal do Sr. Chico Baixinho, P. dos Ipês Figura 22 - Foto Fedegoso Cassia ocidentalis Foto tirada no quintal de D. Geonice B. N. Brasil Figura 23 – Foto Mastruz ou Mentruz Chenopodium ambrosioides Foto tirada no quintal de D. Geonice B. N. Brasil Figura 24 - Foto Maracujá Passiflora alata Foto tirada no quintal de D. Nilza, Nova Jerusalém Figura 25 – Foto Malva do Reino Malva sp ? Foto tirada no quintal de D. Do Carmo B. N. Horizonte Figura 26 - Foto Limãozinho Sem Referência Foto tirada no quintal de D. Dalva B. N. Brasil Figura 27 – Foto Jasmim Limão Jasminum officinale? Foto tirada no quintal de D. Maria de Lurdes, P. dos Ipês Figura 28 – Foto Capim Santo Cymbopogom densiflorus Foto tirada no quintal de D. Zenaide, Nova Jerusalém Figura 29 – Foto Cana da Índia sem referência Foto tirada no quintal de D. Zenaide, Nova Jerusalém Figura 30 - Foto Camomila Matricaria chamomila? Foto tirada no quintal de D. Eva N. Jerusalém Figura 31 - Foto Cajueiro Anacardium occidentale Foto tirada no quintal do Sr. Antonio N. Horizontte Figura 32 - Foto Boldo Plectranthus neochilus Foto tirada no quintal de D. Ericina, Paraíso das Águas Figura 33 - Foto Babosa Aloe vera foto tirada no quintal da Dona Maria B. Novo Brasil Figura 34 - Foto Arruda Ruta graveolens foto tirada no quintal da Dona Divina, P. Shalom Figura 35 - Foto Marupazinho Eleutherine plicata Foto tirada no quintal de D. Zenaide, Nova Jerusalém Figura 36 - Foto Confrei Symphytum oficinale Foto tirada no quintal de D. Ericina, Paraíso das Águas Figura 37 – Foto Cola Noda sem referência Foto tirada no quintal de D Rivanda, Paraíso das Águas Figura 38 – Foto Cidreirinha da Amazônia sem referência Foto tiradano quintal de D. Rivanda, Paraíso das Águas Figura 39 - Foto Chicória Chichorium endívia Foto tirada no quintal de D. Do Carmo B. N. Horizonte Figura 40 - Foto Alecrim Rosmarinus officinali Foto tirada no quintal de D. Divina, P. Shalom Figura 41 – Meracilina Graptophyllum pictum Foto tirada no quintal de D. Zenaide, Nova Jerusalém Figura 42 - Foto Pega Pinto Boerthavia paniculata Foto tirada no quintal de D. Ericina, Paraíso das Águas Figura 43– Foto Carirú de horta ou João Gomes Talinum paniculatum Foto tirada no quintal de D. Ericina, Paraíso das Águas LISTA DE ANEXOS Anexo 1 – Questionário com as perguntas realizadas aos Moradores. Anexo 2 – Fotos tiradas nos domicílios no ato da pesquisa. LISTA DE SIGLAS ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CEDERE II – Centro de Desenvolvimento Regional II (local escolhido para funcionar como vila do Assentamento) CEDERE II – Centro de Desenvolvimento Regional II (local escolhido para funcionar como vila do Assentamento) GETAT – Grupo Executivo das Terras do Araguaia-Tocantins IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária NEPAM – Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais PIB – Produto Interno Bruto UNICAMP – Universidade de Campinas RESUMO A cidade de Canaã dos Carajás, localizada na região Sudeste do Estado do Pará, originou-se com um projeto de assentamento agrícola, na década de oitenta, com famílias oriundas principalmente dos Estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. Este município tornou-se emancipado em 1994, e atualmente apresenta o maior PIB do Estado do Pará, decorrente da exploração das suas reservas minerais, tais como ferro e cobre. Esta estória migratória, que nos dias atuais ainda é mais intensa devido a mineração, promove uma complexa diversidade cultural na cidade. Assim, neste cenário dinâmico, um registro etnobotanico pode fornecer informações sobre métodos tradicionais de utilização de plantas pela população mais antiga; a forma de como este conhecimento tradicional está sendo transmitido; e se já ocorre uma mistura desse conhecimento com os moradores mais recentes. Assim, o presente trabalho apresenta um perfil etnobotânico baseado em entrevistas com 50 moradores pertencentes a dez bairros distintos da cidade de Canaã. Os resultados demonstraram que há moradores que estão lá desde o período do assentamento, a maioria pertencendo a outra localidade, e muitos já estavam em transito antes de chegarem a cidade. A diversidade de utilização das plantas está relacionada com a idade do entrevistado. Cento e cinquenta e três tipos diferentes de plantas foram listadas como sendo utilizadas pelos moradores com aplicações terapêuticas, para doenças e estados de desconforto, contudo não são reconhecidas pela biomedicina. As indicações terapêuticas mais citadas foram referentes a nutrição, laxante, anti inflamatório, gripe, calmante, digestivo, vermífugo, problemas cardíacos e febre. Um fato curioso foi o uso constante de uma planta que não pertence a região norte, o noni, que é utilizada para diversos fins. De um modo geral, as mesmas plantas são utilizadas nos diferentes bairros, contudo seu nome popular pode variar. Buscou-se também traçar o perfil socioeconômico dos moradores, através de informações sobre a renda familiar, para tentar relacionar o nível econômico dos entrevistados e o uso da medicina popular. Os estudos relacionados à medicina popular têm merecido mais atenção a cada dia que passa, pois fornecem informações à ciência contemporânea, e posteriormente, podem ser utilizadas na descoberta de novos fármacos para os atuais males que acometem a população mundial. PALAVRAS-CHAVE: Etnobotânica, plantas medicinais, conhecimento tradicional, Canaã dos Carajás. INTRODUÇÃO O homem primitivo dependia totalmente da natureza para sua sobrevivência, e ao longo do tempo foi adquirindo grandes conhecimentos sobre o meio em que vivia. Segundo (AMOROZO, 2007) a relação homem- natureza é muito complexa e ao longo dos tempos foi se alternando entre dominar e proteger a natureza. Além disso, há visões diferenciadas sobre tal relação, de acordo com as diferentes culturas. À medida que a humanidade evoluía, observava e construía conhecimento, mesmo que empiricamente, e tirava proveito de toda essa interação. Por se tratar de conhecimento empírico sem sistematização nem embasamento científico, dependia exclusivamente da transmissão direta de geração a geração para sua permanência. O conhecimento sobre as plantas sempre tem acompanhado a evolução do homem através dos tempos. As primitivas civilizações (assírios, babilônicos, sumérios, egípcios, chineses e hindus, entre outros) observaram a existência, ao lado das plantas comestíveis, de outras dotadas de maior ou menor toxicidade que, ao serem experimentadas no combate à doença, revelaram, embora empiricamente, o seu potencial curativo. Toda essa informação foi sendo, de início, transmitida oralmente às gerações posteriores, para depois, com o aparecimento da escrita, passar a ser compilada e guardada como um tesouro precioso. Naquela época era o que eles tinham, além disso, nada mais havia para curar suas dores. Assim esse conhecimento chegou até os dias de hoje. Com o advento da modernidade as novas gerações estão perdendo o interesse pelas culturas sobre as plantas medicinais uma forma de resgatar esse conhecimento são os estudos etnobotanicos (DIEGUES, 1996). A etnobotânica auxilia no resgate dos conhecimentos populares identificando como práticas adequadas os manejos e utilizações das vegetações (ALBUQUERQUE,1997). Esta ciência estuda a interação de comunidades com o meio em que vivem e a forma com que usam os recursos da natureza. O termo etnobotanica surgiu pela primeira vez com o pesquisador John W. Harshberger (BALICK E COX, 1996), que relatou seus estudos sobre os aborígenes. A partir desse estudo o termo etnobotânica tem ganhado grande repercussão em todo o mundo. A utilização das plantas se dá das mais variadas maneiras, tais como: alimentação, vestimenta e abrigo. Estas, por sua vez, representam uma das bases da cultura material da humanidade (BALICK; COX, 1997; MEDEIROS et al 2004), uma vez que a vegetação é a identidade de uma população, já que por meio dela as pessoas refletem o que pensam e o que são estabelecendo um vínculo com o meio à sua volta. Além disso, a valorização e a vivência das sociedades humanas locais ditas tradicionais, pode embasar estudos sobre o uso adequado da biodiversidade, incentivando, não apenas o levantamento das espécies, como contribuindo para sua conservação (FONSECA-KRUEL; PEIXOTO, 2004). No Brasil, registros da utilização da flora têm início com a sua descoberta. Este evento ocorreu por uma falha na missão de encontrar um novo caminho para as Índias, e uma nova terra foi descoberta contendo uma enorme diversidade de plantas e animais. Durante esta viagem, o objetivo principal era a busca por especiarias, encontradas naquela época, somente na Índia. Apesar do aparente fracasso da viagem, a descoberta de uma terra com nativos e diversidade de plantas e animais totalmente exóticos, se comparados aos conhecidos pelos europeus, provocou um interesse e cobiça que perdura até os dias de hoje (ALBUQUERQUE; ANDRADE,2002). Talvez o primeiro registro etnobotânico do Brasil tenha sido feito por Pero Vaz de Caminha, por meio de sua carta endereçada a corte real portuguesa, dia 01 de maio de 1500, para relatar as descoberta do Brasil, na qual mencionava o inhame, frutos, sementes e outras especiarias (ALBUQUERQUE;ANDRADE,2002).: “Eles não lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao viver do homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos (CASTRO, 1985).” Segundo a carta os nativos brasileiros usavam para seu sustento somente o que a terra dava, não plantavam, nem criavam animais para seu sustento, a carta mostra a empolgação diante da fartura da nova terra o que demonstra a riqueza na diversidade do país. A área territorial brasileira é de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, nele podemos encontrar uma grande diversidade de solos e diferentes climas, o que favorece a caracterização dos diversos biomas (Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Caatinga) (Tab. 1) com uma variedade imensa de espécies vegetais dentre as quais muitas ainda não foram estudadas (DIAS, 1995). Tabela 3 - Biomas Brasileiros Biomas Continentais Brasileiros Área Aproximada (km²) Área / Total Brasil Bioma AMAZÔNIA 4.196.943 49,29% Bioma CERRADO 2.036.448 23,92% Bioma MATA ATLÂNTICA 1.110.182 13,04% Bioma CAATINGA 844.453 9,92% Bioma PAMPA 176.496 2,07% Bioma PANTANAL 150.355 1,76% Área Total Brasil 8.514.877 Fonte: http://www.ibge.com.br/home/presidencia O interesse mundial por produtos derivados da natureza existe devido à grande diversidade brasileira. Cerca de 1/5 da biodiversidade mundial está no Brasil somente 12% do total de espécies dos táxons brasileiros são conhecidas (Lewinson, 2002) Tabela 4 – Espécies no Brasil e no Mundo Numero de espécies conhecidas registradas no Brasil e no mundo conforme estimado por especialistas (PRADO E LEWINSOHN, 2002) Grupo Espécies no Brasil Espécies no mundo Vírus 310 – 410 3.600 Bactérias 800 – 900 4.300 Fungos 13.090 - 14.510 70.600 - 72.000 Protozoários 7.650 - 10.320 76.100 - 81.300 Plantas 43.020 - 49.520 263.800 - 279.400 Animais total 103.780 - 136.990 1.279.300 - 1.359.400 *Invertebrados 96.660 - 129.840 1.218.500 - 1.298.600 *Anfíbios 687 5.504 *Répteis 633 8.163 *Aves 1.969 9.900 *Mamíferos 541 5.023 TOTAL GERAL 168.640 - 212.650 1.697.600 - 1.798.500 Fonte: Lewinsohn,T.M. & Prado P.I 2000. Segundo (LEWINSOHN, 2000) o Brasil possui 13% da biota mundial e o conhecimento profundo da biodiversidades do pais poderá ser o alicerce para a o desenvolvimento de políticas voltadas para a preservação desse patrimônio. Da quantidade de plantas existentes (Tab. 2), aproximadamente 50 mil tem potencialidade medicinal, esta diversidade estimula o desenvolvimento de pesquisas, em busca de novas substancia com princípios ativos para confecção de remédios por diversas instituições de pesquisa. Os medicamentos preparados exclusivamente com plantas ou parte delas (cascas, folhas, raízes, flores, frutos ou sementes) com propriedades que podem tratar ou prevenir os sintomas de doenças são segundo a ANVISA, os fitoterápicos. O conhecimento popular é essencial para o avanço das pesquisas com plantas medicinais e com isso um ganho nos achados etnobotânicos, pois a importância do resgate de informações contribui com o processo de pesquisas de novas substancias bioativas (ANDRADE, 1998). A importância de ervas medicinais no Brasil trouxe interesse de pesquisadores de vários países do mundo e com isso algumas apropriações indevidas, configurando os famosos casos de biopirataria, o que inclui também a apropriação indevida dos conhecimentos populares tradicionais, e ainda deixando excluídos os possíveis benefícios destas pesquisas para estas comunidades (GROSS et al., 2005). Devido às explorações desordenadas, muitas dessas espécies podem estar desaparecendo sem nunca terem sido estudadas, e o conhecimento sobre elas está restrito a algumas comunidades isoladas, assim como seu modo de utilização, que também corre o risco de desaparecer com o tempo, pela falta de interesse das novas gerações. Os estudos relacionados à medicina popular têm merecido mais atenção cada dia que passa, pois fornece um grande número de informações, que promove grandes descobertas à ciência contemporânea têm. Trabalhos como os de AMOROZO E GÉLY, 1988 sobre o uso de plantas medicinais por caboclos do Baixo Amazonas, em Barcarena (PA); de Schardong & Cervi (2000), por meio do levantamento de plantas medicinais e místicas na comunidade de São Benedito, em Campo Grande (MS); e os de Parente & Rosa (2001), com o levantamento de plantas comercializadas como medicinais no município de Barra de Piraí (RJ) entre outros, serviram de inspiração para a realização deste levantamento etnobotânico. Histórico da Cidade Pesquisada Canaã dos Carajás, conforme consta nos históricos da cidade encontrado na Escola Municipal Tancredo Neves, foi criada em 1982 a partir de um assentamento do INCRA. Este assentamento foi dado o nome CEDERE II, e sua criação teve o objetivo inicial de amenizar os conflitos de terra existe na região. Um total de 1555 famílias provenientes do Maranhão, Goiás e Tocantins receberam terras ao longo de três anos. Destas 816 dessas famílias receberam os títulos definitivo destas terras. O assentamento do CEDERE II pertencia ao município de Parauapebas, e com a Lei Estadual 5.860, em 1994 o assentamento foi emancipado politicamente e foi constituído o município de Canaã dos Carajás, que significa “Terra Prometida”, nome escolhido em função da grande quantidade de evangélicos na cidade na época. Atualmente a população do município está estimada em 26.727 habitantes (IBGE, 2010). Estudos geológicos comprovaram a existência de minério na Cidade de Canaã dos Carajás. Esta descoberta trouxe uma grande mineradora para a região, que provocou o desenvolvimento da cidade e, principalmente, um movimento migratório de pessoas de outras regiões atrás de trabalho. Este fluxo constante promove uma grande diversidade cultural, que pode fornecer informações sobre métodos tradicionais de utilização de plantas pela população mais antiga; a forma de como este conhecimento tradicional está sendo transmitido; e se já ocorre uma mistura desse conhecimento com os moradores mais recentes. Assim o presente trabalho visa fazer um levantamento etnobotanico do Município de Canaã dos Carajás, uma cidade relativamente nova, que passa por um momento de intenso transito de pessoas, onde os aspectos culturais estão em formação. Objetivos da pesquisa Geral Fazer um levantamento etnobotânico sobre o uso e o conhecimento tradicional popular de plantas medicinais, no Município de Canaã dos Carajás. Especificos • Estimar a diversidade de plantas medicinais conhecidas em Canaã dos Carajás; • Conhecer informações específicas sobre as plantas pesquisadas, tais como: partes da planta utilizadas, formas de preparo, modos de administração, armazenamento e modos de obtenção da planta; • Verificar como são passados os conhecimentos sobre plantas medicinais; • Levantar o perfil socioeconômico das famílias entrevistadas e tentar relacioná-los a utilização de plantas medicinais. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado no Município de Canaã dos Carajás (Fig.1), que está situada no sudeste do estado do Pará, há 760 km da Capital Belém. Localizado na latitude (06°29’49”) sul e longitude (49°52’42”) oeste, estando a uma altitude de 210 metros em relação ao mar. Figura 6 Mapa da região sudeste do Pará com destaque para o município de Canaã dos Carajás. Fonte: Mapa pesquisado na Prefeitura de Canaã dos Carajás. A coleta de dados foi feita na zona urbana do município de Canaã,em dez bairros: Centro, Maranhenses, Novo Brasil, Paraíso das Águas, Vale Verde, Vale Dourado, Parque dos Ipês, Novo Horizonte, Parque Shallon e Nova Jerusalém conforme mapa da cidade com indicações dos bairros (Fig.3). Figura 7 Mapa da cidade com indicação dos Bairros citados na pesquisa Novo Brasil Para í so das Águas Vale Dourado Vale Verde Parque Shalom Parque dos Ipês Novo Horizonte Centro Maranhenses Nova Jerusal ém Novo Brasil Para í so das Águas Vale Dourado Vale Verde Parque Shalom Parque dos Ipês Novo Horizonte Centro Maranhenses Nova Jerusalem Os dados foram coletados sistematicamente, entre os dias 06 e 14 de abril, de 2011. Para isso foi formulado um questionário com perguntas sobre as plantas usadas para fins medicinais e suas indicações terapêuticas, baseadas em protocolos semi estruturados e observações diretas (Albuquerque et al. 2008), além de dados socioeconômicos. Foram entrevistadas cinquenta famílias, selecionadas aleatoriamente. Algumas plantas indicadas pelos moradores foram fotografadas para inclusão no trabalho. Os entrevistados foram convidados a responder o questionário que continham perguntas sobre plantas medicinais, sua indicação e utilização, o modo de obtenção, a época de colheita, se há produção de mudas e onde essas plantas podem ser cultivadas, conforme questionario anexo no trabalho. Analise de dados: Utilizamos ferramentas etnobotânicas seguindo técnicas e recomendações padrões para facilitar a pesquisa (HANAZAKI , 1996 E ;BEGOSSI et al. 2002b). Os dados foram tabulados em planilhas do tipo Excel, com as informações obtidas na pesquisa, além de maquinas fotográficas. Para futuras identificações, distribuições estatística, tabelas, figuras RESULTADOS E DISCUSSÃO O município de Canaã dos Carajás, localizado no sudeste do Estado do Pará (Fig. 1 e 2 mapa do Para e de Canaã), possui segundo o IBGE (2010) 26.727 mil habitantes. Um perfil etnobotânico foi traçado a partir de questionários aplicados a 50 famílias, sendo 5 questionários para cada bairro, num total de 10 bairros analisados neste município (Fig. 3). Figura 8 - Mapa do Estado do Pará com destaque para o município de Canaã dos Carajás Fonte:site:www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia.php? title=Cana%C3%A3_dos_Caraj%C3%A1s Os dados disponíveis e as visitas de campo revelaram que até o momento trabalhos relacionados a estudos etnobotânicos, aplicados a catalogar as espécies existentes na localidade eram inexistentes. Na pesquisa foram catalogadas 153 plantas utilizadas pelos moradores com aplicações terapêutica consideradas neste trabalho incluindo aquelas espécies usadas para doenças e estados de desconforto que são identificados pela população local, mas não reconhecidos pela biomedicina, (Bruneli 1987) Neste levantamento foi observado que todos os moradores possuem algum tipo de indicação sobre plantas medicinais. Dos entrevistados 78% são mulheres e 22% homens, com idades variando entre 17 e 79 anos. O grau de escolaridade é bastante variado, 12% são analfabetos, 50% com ensino fundamental incompleto, 12% com ensino fundamental completo 22% com ensino médio completo e 4% com nível superior e pós- graduação. O questionário também continha perguntas destinadas a traçar um perfil socioeconômico dos moradores. Informações sobre a renda familiar dos moradores indicam que 56% recebem menos de 1,5 salários mínimos/mês, 34% recebem até dois salários mínimo/mês, 8% recebem salário mínimo/mês e 2% recebem salários superiores a oito salários mínimos/mês. Em relação ao tipo de moradia, 79% possuem casa própria, 19% moram em casas alugadas e 2% moram em casas emprestadas. Destas 58% das casas são construídas em alvenaria e 33% em madeira, 6% em taipa e os 3%em outros tipos exemplo palha. Na pesquisa constatou-se que 54% das pessoas quando adoecem utilizam os hospitais públicos para serem atendidos, 9% fazem o seu primeiro atendimento nas Unidades Básicas de Saúdes, também conhecidos como PSF (Posto de Saúde da Família), os 37% restantes utilizam hospitais particulares. Os entrevistados são moradores de Canaã dos Carajás, porém observou-se que 88% deles são provenientes de outros estados. Destes, 34% dos são provenientes do Maranhão, 16% do Tocantins e 12% de Goiás, o que reafirma a divisão do assentamento no histórico da cidade, os outros 26% são de outras cidades brasileiras. Dentre as famílias entrevistadas, 62% residem na cidade há mais de 10 anos, e 34% a menos de 10 anos e 4% não informaram. Dentre as espécies encontradas as dez mais citadas na pesquisa foram: mastruz, nône, erva cidreira, capim santo, hortelã, boldo, babosa, mamoeiro, malva do reino, alfavaca, alecrim, romã, folha santa, arruda, gengibre, acerola. Os entrevistados também responderam como utilizavam estas plantas, sendo 50,8% são utilizadas somente como medicinais pela comunidade e 49,2% são utilizados como alimentos, medicinais, cosméticos, ornamentais, e outros conforme figura 4. Figura 9Tipo de Uso citados pelos moradores Na figura 5 temos as um grafico mostrando o porte das plantas indicadas neste trabalho, 52% são herbáceas, 29% arbóreos as demais espécies juntas somam 19%. Figura 10 - Porte da planta 50.8% MEDICINAL MEDICINAL E ALIMENTICIO ALIMENTICIO MEDICINAL E COSMETICOS ORNAMENTAL OUTROS MEDICINAL E OUTROS COSMETICO Tipos de Usos 52% 29% 5% 4% 4% 6% HERBACEA ARBOREO PALMEIRA SUBARBUSTIVA TREPADEIRA OUTROS Porte das Plantas 49,2% As partes mais utilizadas das plantas são as folha 56%, o fruto 22%, e os outros 22%, sendo que este termo refere-se a raiz, flor, látex, casca, respectivamente como descrito por moradores locais (Fig 6). Figura 11 - Parte da Planta Utilizada em diversas atividades como chás e outras Com a pesquisa observou-se que cerca de 97% das plantas podem ser colhidas no perido de estiagem e chuvoso.e as outros 3% em qualquer epoca. A forma de utilização está dividida assim: 50% usam como chá, 41% utilizam de outras formas que não foram citadas e 9% em infusões, somente 15% afirmam que fazem coletas nativas na vegetação local, os outros 85% cultivam as plantas nos quintais, hortas ou compram em raizeiros. A maioria dos entrevistados tinham seu proprio canteiro de plantas medicinais no quintal, já na produção das mudas 54% utilizam as estacas ou brotação das raizes e 46% utilizam as sementes para o plantio (Fig. 7) Figura 12 - Produção de mudas 56% 22% 13% 6% 3% Parte da Planta Utilizada FOLHA FRUTO FOLHA E FRUTO RAIZ E FRUTO FOLHA E MADEIRA As indicações terapêuticas mais citadas foram referentes a nutrição, laxante, anti inflamatório, gripe, calmante, digestivo, vermífugo, problemas cardíacos e febre. As receitas fornecidas estão relacionadas com os sintomas de cada doença e o conhecimento de quem faz uso ou a prescrição das mesmas. No presente estudo buscou-se fazer algumas comparações dessa pesquisa com uma pesquisa feita em Florianópolis em 2009 por Mariana Giralde, onde observou-se que a maioria dos entrevistados são do sexo feminino somando a quantidade de entrevistados e calculando o percentual obtendo 74%, comparamos também a idade dos entrevistados 9,5% estão nas faixas de 18 a 30 anos 25% estão na faixa entre 31 e 40 anos 24% estão entre as faixas 41 a 50 anos, 13% estão nas faixas entre 51 a 60 e 28,5% estão acima de 60 anos. Na pesquisa realizada em Canaã constatou-se que 88% dos entrevistados são naturais de outras cidades e 12% são nativos da regiãona a outra pesquisa mostrou o contrario 69% dos entrevistados são nativos da região e outros 31% não são da região. Na pesquisa de Canaã observou-se que 56% das pessoas que responderam a pesquisa sobrevive com até dois salário mínimos já em Florianópolis para essa mesma faixa de salário 23% conforme (Tab. 3) 46% 39% 15% 0% SEMENTE ESTACAS, BROTAÇÃO DAS RAIZES BROTAÇÃO DA RAIZ Tabela 3 – Comparação entre as Pesquisa realizada em Canaã dos Carajás e Florianópolis Fonte: Resultado da comparação entre as duas pesquisas Na pesquisa feita em Canaã dos Carajás foram identificadas 153 espécies já em Florianópolis foram identificados 114, a obtenção das plantas medicinais pelos respondentes de Canaã ocorrem na sua grande maioria 85% em quintais das residências (plantação própria), já na pesquisa feita em Florianópolis 51% das pessoas cultivam as plantas no quintal. Figura 13 – Romã Punica granatum foto tirada no quintal da Dona Maria B. Novo Brasil Figura 14- Crajirú Arrabidaea chica Foto tirada no quintal de D. Do Carmo B. N. Horizonte. Figura 15 - Sete Dor Plectranthus barbatus Foto tirada no quintal de D. Do Carmo B. N. Horizonte Figura 16 – Sabugueiro Sambucus nigra Foto tirada no quintal de D. Geonice B. N. Brasil Figura 17 - Picão Beldens pilosus Foto tirada no quintal de D. Divina P. dos Ipês Figura 18 - Perpétua Gomphrena globosa Foto tirada no quintal de D. Eva N. Jerusalém Figura 19 - Orelha de Jumento Coryanthes macrantha Foto tirada no quintal de D. Luzenira N. Jerusalém Figura 20 – Nône Morinda citrifolia Foto tirada no quintal de D. Sônia B. Centro Figura 21 – Murici Byrsonima spicata Foto tirada no quintal de D. Geonice B. N. Brasil Figura 22 – Jambú Spilanthes acmella Foto tirada no quintal de D. Rivanda, Paraíso das Águas Figura 23 – Ingá Inga edulis Foto tirada no quintal de D. Nilza, Nova Jerusalém Figura 24 – Goiabeira Psidium guajava Foto tirada no quintal de D. Dalva B. N. Brasil Figura 25 – Gervão Stachytarphetta cayennensis Foto tirada no quintal de D. Vanessa, N.Horizonte Figura 26– Gengibre Zingiber officinale Foto tirada no quintal do Sr. Chico Baixinho, P. dos Ipês Figura 27 – Fedegoso Cassia ocidentalis Foto tirada no quintal de D. Geonice B. N. Brasil Figura 28 – Mastruz ou Mentruz Chenopodium ambrosioides Foto tirada no quintal de D. Geonice B. N. Brasil Figura 29 – Maracujá Passiflora alata Foto tirada no quintal de D. Nilza, Nova Jerusalém Figura 30 – Malva do Reino Malva sp ? Foto tirada no quintal de D. Do Carmo B. N. Horizonte Figura 31 – Limãozinho - Sem Referência Foto tirada no quintal de D. Dalva B. N. Brasil Figura 32– Jasmim Limão - Jasminum officinale? Foto tirada no quintal de D. Maria de Lurdes, P. dos Ipês Figura 33– Capim Santo Cymbopogom densiflorus Foto tirada no quintal de D. Zenaide, Nova Jerusalém Figura 34 - Cana da índia sem referência Foto tirada no quintal de D. Zenaide, Nova Jerusalém Figura 35 – Camomila - Matricaria chamomila? Foto tirada no quintal de D. Eva N. Jerusalém Figura 36 - Cajueiro – Anacardium occidentale Foto tirada no quintal do Sr. Antonio N. Horizontte Figura 37 - Boldo - Plectranthus neochilus Foto tirada no quintal de D. Ericina, Paraíso das Águas Figura 38 – Babosa - Aloe vera foto tirada no quintal da Dona Maria B. Novo Brasil Figura 39 – Arruda - Ruta graveolens foto tirada no quintal da Dona Divina, P. Shalom Figura 40 - Marupazinho - Eleutherine plicata Foto tirada no quintal de D. Zenaide, Nova Jerusalém Figura 41 – Confrei - Symphytum oficinale Foto tirada no quintal de D. Ericina, Paraíso das Águas Figura 42- (Cola Noda) sem referência Foto tirada no quintal de D Rivanda, Paraíso das Águas Figura 43 – Ccidreirinha da Amazônia - sem referência Foto tirada no quintal de D Rivanda, Paraíso das Águas Figura 44 – Chicória ou Coentro do Pará - Chichorium endívia Foto tirada no quintal de D. Do Carmo B. N. Horizonte Figura 45 – Alecrim - Rosmarinus officinali Foto tirada no quintal de D. Divina, P.Shalom Figura 46 – Meracilina - Graptophyllum pictum Foto tirada no quintal de D. Zenaide, Nova Jerusalém Figura 47 – Pega Pinto - Boerthavia paniculata Foto tirada no quintal de D. Ericina, Paraíso das Águas Figura 48 – Carirú de Horta ou João Gomes - Talinum paniculatum Foto tirada no quintal de D. Ericina, Paraíso das Águas CONCLUSÃO A comunidade de Canaã dos Carajás utiliza uma grande diversidade de plantas medicinais para cura e prevenção de doenças foram citadas 153 espécies de plantas medicinais, das 153 espécies indicadas e identificadas, as espécies, que obtiveram as maiores frequências de citação foram o mastruz com 27 citações, o nône com 23 citações, erva cidreira com 20 citações, Capim santo com 17 citações, babosa com 16 citações, o boldo com 16 citações, o hortelã com 14 citações, mamão com 14 citações, alecrim com 13 citações e a malva do Reino com 13 citações, as informações sobre partes da planta utilizada, produção de mudas entre outras que podem fornecer subsídios para futuros estudos ou pesquisas no Município. Referencia Bibliográfica ALBUQUERQUE, U.P.; ANDRADE, L.H.C. Conhecimento botânico tradicional e conservação em uma área de caatinga no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.16, n.3, p.273-85, 2002ª. ALBUQUERQUE, U. P. de. 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