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INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA O medicamento difere do remédio por ser um composto químico que interage com o organismo vivo ou sistema biológico a fim de causar um efeito benéfico. Todos os medicamentos podem causar efeitos indesejáveis (tóxicos). Também pode haver reações alérgicas. CONCEITOS: O fármaco é uma substância de estrutura química definida que quando em um sistema biológico, modifica uma ou mais funções fisiológicas. A forma definida é importante, pois cada fármaco é especifico para sua ação. A droga é a matéria prima de origem mineral, vegetal ou animal que contém um ou mais fármacos. A farmacologia é dividida em farmacodinâmica e farmacocinética. A farmacocinética refere-se ao movimento do fármaco no organismo. Introduzindo as etapas de absorção (características adequadas que permitem que a substância passe pela membrana das células), distribuição (corrente sanguínea), metabolismo e excreção desses medicamentos. A farmacodinâmica estuda o mecanismo de ação dos fármacos (p. ex. AL – bloqueia os canais de sódio, impedindo sua passagem). AÇÃO DO ANESTÉSICO LOCAL: Bloqueia os canais de sódio impedindo transmissão de impulsos elétricos referentes à dor (impede despolarização). Esse anestésico local deve ter características especificas para atingir esse neurônio a fim de concluir sua ação (atravessar membrana). Essa característica é o fato de o anestésico ser uma molécula apolar. Em grandes processos infecciosos, o pH do meio é baixo devido alta quantidade de íons hidrogênio que acabam sendo transferidos ao anestésico, impedindo que este atravesse a membrana do neurônio por se tornar uma molécula grande e polarizada. O medicamento de referência é proveniente de indústrias pioneiras que introduzem a droga no mercado. Para ter o devido reconhecimento, a ANVISA concede à empresa o direito de explorá-lo comercialmente com exclusividade por 20 anos (patente). Após isso, outras indústrias farmacêuticas são liberadas para produzirem tal medicamento. O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (principio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma segurança. São feitos testes de bioequivalência. O medicamento similar não passa pelos testes de bioequivalência. A forma farmacêutica consiste em comprimidos, injetáveis, xaropes. A fórmula farmacêutica é a descrição/apresentação do produto, geralmente presente na bula. Dose é a quantidade de medicamento que deve ser administrada. A dose terapêutica refere-se à quantidade mínima da dose capaz de produzir o efeito desejado. A posologia refere-se à dose de medicamento por dia ou período para obtenção de efeito terapêutico desejado (é importante por conta do metabolismo). Dose mínima é a menor quantidade de medicamento capaz de alcançar o efeito terapêutico. Dose máxima é a maior quantidade de medicamento capaz de produzir o efeito terapêutico sem apresentar efeitos indesejáveis. É importante que se tenha a janela terapêutica, ou seja, a dose terapêutica esteja bem distante da máxima para evitar o aparecimento de efeitos tóxicos. (O paracetamol tem janela pequena e o Diazepam tem janela grande). Dose de manutenção é a dose necessária para manter o fármaco na corrente sanguínea e nos tecidos durante tratamento (por isso existe a posologia). Dose letal é a quantidade de medicamento capaz de levar à morte do individuo. EFEITOS DE FÁRMACOS: O efeito não deletério (efeito colateral) não mata o paciente, apenas incomoda. Nesse caso, trabalha- se a fim de amenizar esses efeitos colaterais, como no caso da xerostomia que o profissional pode indicar medicamentos que aumentam a produção de saliva ou saliva artificial. O efeito deletério (efeito tóxico) pode matar o paciente. Pode ser farmacológico, quando o uso descontrolado de anestésico geral leva ao coma (deprimem o SNC). Patológico, como exemplo a toxidade hepática ocasionada pelo paracetamol. E genotóxico (altera genes) por quimioterápicos utilizados no câncer. A reação alérgica não está relacionada à dose e sim com a sensibilidade alérgica de cada individuo. Pode ser desde uma reação local simples, como vermelhidão, coceira e edema até um choque anafilático. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via enteral: a substância é absorvida localmente ou em algum local do TGI. (p. ex. via oral). Via parenteral: a substância é absorvida sem passar pelo TGI. (p ex. vias injetável, intramuscular, pulmonar). Via tópica: aplicação de substâncias ativas diretamente na pele, ou em áreas de superfícies de feridas, com efeito local. Via enteral VIA SUBLINGUAL: Além da vasta vascularização da região, medicamentos absorvidos por essa via não passam pelo sistema porta, ou seja, não tem efeito de primeira passagem (metabolização com alteração de efeito). VIA ORAL: VANTAGENS: 1. Conveniência: automedicação, fácil de ser tomado, não invasivo e mais seguro, não requer treinamento e não produz dor. 2. Custos: mais barato se comparada com outras vias. DESVANTAGENS: Absorção errática e incompleta, em geral apresenta maior latência, não apropriada para emergências, altamente dependente da aquiescência do paciente, sabor desagradável, interação com outras drogas ou nutrientes, pode ser metabolizada pelos sucos digestivos, efeito de primeira passagem, náuseas e vômitos. É contraindicada para pacientes com vômitos, que não colaboram ou que não possam deglutir. Há também: via retal (supositórios) e bucal (Oncilon Orabase para afta). Via parenteral VIA SUBCUTÂNEA: A agulha é inserida em um ângulo de 45º. Utilizada em aplicações de insulina em diabéticos. VIA INFILTRATIVA: Bastante utilizado na odontologia para administração do anestésico local. VIA INTRACANAL: Tem atividade antibacteriana, inibição da resposta inflamatória, ação física de preenchimento e ação higroscópica. VIA INTRAMUSCULAR: A agulha é maior e é injetada em 90º. As substâncias injetadas por essa via geralmente tem aspecto oleoso para serem absorvidas lentamente, se caírem na corrente sanguínea podem causar a embolia do vaso. VIA ENDOVENOSA: É rápida e irreversível. A via parenteral geralmente é utilizada para drogas que são pobremente absorvidas no TGI, sofrem intenso efeito de primeira passagem pelo fígado, quando se necessita uma ação rápida e melhor controle da posologia e para pacientes inconscientes. Suas desvantagens são: mais dispendiosa, existe pessoal treinado, em geral evita ou dificuldade a automedicação, uma vez administrado o medicamento, não podemos impedir sua distribuição, maiores concentrações iniciais aumentam os riscos de toxicidade, por ser uma via invasiva aumenta os riscos de infecção, podem causar reações alérgicas, dolorosa e é rejeitada por muitas pessoas. Também há: vias pulmonar, intraperitoneal e nasal.
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