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CADERNO DIDÁTICO - Introdução a Fisioterapia 2017

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017 
 
 
2 
 
 
FISIOTERAPIA 
Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho1 
Definições e Área de Atuação 
 É uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios 
cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, 
gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. 
Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados 
pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das 
patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia 
funcional, e da cinesia patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as 
disciplinas comportamentais e sociais. 
FISIOTERAPEUTA 
Profissional de Saúde, com formação acadêmica Superior, habilitado à construção 
do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais (Diagnóstico Cinesiológico 
Funcional), a prescrição das condutas fisioterapêuticas, a sua ordenação e 
indução no paciente bem como, o acompanhamento da evolução do quadro 
clínico funcional e as condições para alta do serviço. 
 Atividade de saúde, regulamentada pelo Decreto-Lei 938/69, Lei 
6.316/75, Resoluções do COFFITO, Decreto 9.640/84, Lei 8.856/94. 
ÁREAS DE ATUAÇÃO 
1. Fisioterapia Clínica 
A) Hospitais e clínicas 
B) Ambulatórios 
C) Consultórios 
D) Centros de Reabilitação 
2. Saúde Coletiva 
A) Programas institucionais 
B) Ações Básicas de Saúde 
 
1
 Fisioterapeuta, Mestre em Educação, docente da UNICRUZ, técnica científica do Centro de Atendimento ao 
Educando – CAE/Tupanciretã-RS, Delegada Regional do CREFITO 5. 
3 
 
 
C) Fisioterapia do Trabalho 
D) Vigilância Sanitária 
3. Educação 
A) Docência (níveis secundário e superior) 
B) Extensão 
C) Pesquisa 
D) Supervisão (técnica e administrativa) 
E) Direção e coordenação de cursos 
4. Outras 
A) Indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico 
B) Esporte 
5. Especialidades Reconhecidas 
A) Acupuntura (Resoluções Coffito nºs: 201, de 24/06/99 e 219, de 
14/12/00) 
B) Quiropraxia (Resolução Coffito nº 220, de 23/05/01) 
C) Osteopatia (Resolução Coffito nº 220, de 23/05/01) 
D) Fisioterapia Pneumo Funcional (Resolução Coffito nº 188, de 09/12/98) 
E) Fisioterapia Neuro Funcional (Resolução Coffito nº 189, de 09/12/98) 
6. Exigências Legais 
Pessoa Jurídica 
A) Responsabilidade Técnica pelo serviço da empresa perante o Crefito. 
B) Comprovação do registro do profissional no Crefito. 
C) Registro da empresa no Crefito. 
Pessoa Física 
A) Registro do Profissional no Crefito 
B) Cadastramento do seu consultório no Crefito. 
 
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS 
1. FISIOTERAPIA CLÍNICA 
1.1 - Atribuições Gerais 
1.1.1 - Prestar assistência fisioterapêutica (Hospitalar, Ambulatorial e em 
Consultórios) 
1.1.2 – Elaborar o Diagnóstico Cinesiológico Funcional, prescrever, 
planejar, ordenar, analisar, supervisionar e avaliar os projetos 
fisioterapêuticos, a sua eficácia, a sua resolutividade e as condições de alta 
do cliente submetido a estas práticas de saúde. 
 
1.2 - Atribuições Específicas 
4 
 
 
 
1.2.1 - Hospitais, Clínicas e Ambulatórios 
a) Avaliar o estado funcional do cliente, a partir da identidade da patologia 
clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da anamnese 
funcional e exame da cinesia, funcionalidade e sinergismo das estruturas 
anatômicas envolvidas. 
b) Elaborar o Diagnóstico Cinesiológico Funcional, planejar, organizar, 
supervisionar, prescrever e avaliar os projetos terapêuticos desenvolvidos 
nos clientes. 
c) Estabelecer rotinas para a assistência fisioterapêutica, fazendo sempre 
as adequações necessárias. 
d) Solicitar exames complementares para acompanhamento da evolução do 
quadro funcional do cliente, sempre que necessário e justificado. 
e) Recorrer a outros profissionais de saúde e/ou solicitar pareceres técnicos 
especializados, quando necessário. 
f) Reformular o programa terapêutico sempre que necessário. 
g) Registrar no prontuário do cliente, as prescrições fisioterapêuticas, sua 
evolução, as intercorrências e as condições de alta da assistência 
fisioterapêutica. 
h) Integrar a equipe multiprofissional de saúde, sempre que necessário, 
com participação plena na atenção prestada ao cliente. 
i) Desenvolver estudos e pesquisas relacionados a sua área de atuação. 
j) Colaborar na formação e no aprimoramento de outros profissionais de 
saúde, orientando estágios e participando de programas de treinamento em 
serviço. 
k) Efetuar controle periódico da qualidade e da resolutividade do seu 
trabalho. 
l) Elaborar pareceres técnicos especializados sempre que solicitados. 
 
1.2.2 - Em Consultórios 
a) Elaborar o Diagnóstico Cinesiológico Funcional, a partir da identidade da 
patologia clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da 
anamnese funcional e exame da cinesia, da funcionalidade e do sinergismo 
das estruturas anatômicas envolvidas. 
5 
 
 
b) Estabelecer o programa terapêutico do cliente, fazendo as adequações 
necessárias. 
c) Solicitar exames complementares e/ou requerer pareceres técnicos 
especializados de outros profissionais de saúde, quando necessários. 
d) Registrar em prontuário ou ficha de evolução do cliente, a prescrição 
fisioterapêutica, a sua evolução, as intercorrências e as condições de alta 
em Fisioterapia. 
e) Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária. 
f) Efetuar controle periódico da qualidade e funcionalidade dos seus 
equipamentos, das condições sanitárias e da resolutividade dos trabalhos 
desenvolvidos. 
 
1.2.3 - Centros de Recuperação Bio-Psico-Social (Reabilitação) 
a) Avaliar o estado funcional do cliente, através da elaboração do 
Diagnóstico Cinesiológico Funcional a partir da identidade da patologia 
clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da amnese 
funcional e do exame da cinesia, da funcionalidade e do sinergismo das 
estruturas anatômicas envolvidas. 
b) Desenvolver atividades, de forma harmônica na equipe multiprofissional 
de saúde. 
c) Zelar pela autonomia científica de cada um dos membros da equipe, não 
abdicando da independência científico-profissional e da isonomia nas suas 
relações profissionais. 
d) Participação plena na atenção de saúde prestada a cada cliente, na 
integração das ações multiprofissionalizadas, na sua resolutividade e na 
deliberação da alta do cliente. 
e) Participar das reuniões de estudos e discussões de casos, de forma ativa 
e contributiva aos objetivos pretendidos. 
f) Registrar no prontuário do cliente, todas as prescrições e ações nele 
desenvolvidas. 
 
2. SAÚDE COLETIVA 
22.1 - Atribuição Principal 
Educação, prevenção e assistência fisioterapêutica coletiva, na atenção 
primária em saúde. 
6 
 
 
 
2.2 - Atribuições Específicas 
 
2.2.1 - Programas Institucionais 
a) Participar de equipes multiprofissionais destinadas a planejar, 
implementar, controlar e executar políticas, programas, cursos, pesquisas 
ou eventos em Saúde Pública. 
b) Contribuir no planejamento, investigação e estudos epidemiológicos. 
c) Promover e participar de estudos e pesquisas relacionados a sua área de 
atuação. 
d) Integrar os órgãos colegiados de controle social. 
e) Participar de câmaras técnicas de padronização de procedimentos em 
saúde coletiva. 
f) Avaliar a qualidade, a eficácia e os riscos a saúde decorrentes de 
equipamentos eletro-eletrônicos de uso em Fisioterapia. 
 
2.2.2 - Ações Básicas de Saúde 
a) Participar de equipes multiprofissionais destinadas ao planejamento, a 
implementação,ao controle e a execução de projetos e programas de 
ações básicas de saúde. 
b) Promover e participar de estudos e pesquisas voltados a inserção de 
protocolos da sua área de atuação, nas ações básicas de saúde. 
c) Participar do planejamento e execução de treinamentos e reciclagens de 
recursos humanos em saúde. 
d) Participar de órgãos colegiados de controle social. 
 
2.2.3 - Fisioterapia do Trabalho 
a) Promover ações terapêuticas preventivas a instalações de processos 
que levam a incapacidade funcional laborativa. 
b) Analisar os fatores ambientais, contributivos ao conhecimento de 
distúrbios funcionais laborativos. 
7 
 
 
c) Desenvolver programas coletivos, contributivos à diminuição dos riscos 
de acidente de trabalho. 
 
2.2.4 - Vigilância Sanitária 
a) Integrar a equipe de Vigilância Sanitária. 
b) Cumprir e fazer cumprir a legislação de Vigilância Sanitária. 
c) Encaminhar às autoridades de fiscalização profissional, relatórios sobre 
condições e práticas inadequadas à saúde coletiva e/ou impeditivas da boa 
prática profissional. 
d) Integrar Comissões Técnicas de regulamentação e procedimentos 
relativos à qualidade, a eficiência e aos riscos sanitários dos equipamentos 
de uso em Fisioterapia. 
e) Verificar as condições técnico-sanitárias das empresas que ofereçam 
assistência fisioterapêutica à coletividade. 
 
3. EDUCAÇÃO 
3.1 - Atribuição Principal 
a) Dirigir, coordenar e supervisionar cursos de graduação em 
Fisioterapia/Saúde. 
b) Lecionar disciplinas básicas e profissionalizantes dos Cursos de 
Graduação em Fisioterapia e outros cursos na área da saúde. 
c) Elaborar planejamento de ensino, ministrar e administrar aulas, indicar 
bibliografia especializada e atualizada, equipamento e material auxiliar 
necessários para o melhor cumprimento do programa. 
d) Coordenar e/ou participar de trabalhos inter e transdisciplinares. 
e) Realizar e/ou participar de atividades complementares à formação 
profissional. 
f) Participar de estudos e pesquisas em Fisioterapia e Saúde. 
g) Supervisionar programas de treinamento e estágios. 
h) Executar atividades administrativas inerentes à docência. 
i) Planejar, implementar e controlar as atividades técnicas e administrativas 
do ano letivo, quando do exercício de Direção e/ou Coordenação de cursos 
de graduação e pós-graduação. 
8 
 
 
j) Orientar o corpo docente e discente quanto à formação do Fisioterapeuta, 
abordando visão crítica da realidade política, social e econômica do país. 
k) Promover a atualização didática pedagógica em relação à formação 
profissional do Fisioterapeuta. 
 
4. OUTRAS 
4.1 - Equipamentos e produtos para Fisioterapia (industrialização e 
comercialização) 
a) Desenvolver/Projetar protótipos de produtos de interesse do 
Fisioterapeuta e/ou da Fisioterapia. 
b) Desenvolver e avaliar a utilização destes produtos no meio social. 
c) Elaborar manual de especificações. 
d) Promover a qualidade e o desempenho dos produtos. 
e) Coordenar e supervisionar as demonstrações técnicas do produto junto 
aos profissionais Fisioterapeutas. 
f) Assessorar tecnicamente a produção. 
g) Supervisionar e coordenar a apresentação do produto em feiras e 
eventos. 
h) Desenvolver material de apoio para treinamento. 
i) Participar de equipes multiprofissionais responsáveis pelo 
desenvolvimento dos produtos, pelo seu controle de qualidade e 
análise de seu desenvolvimento e risco sanitário. 
 
4.2 - Esporte 
a) Planejar, implantar, coordenar e supervisionar programas destinados à 
recuperação funcional de atletas. 
b) Realizar avaliações e acompanhamento da recuperação funcional do 
cliente. 
c) Elaborar programas de assistência fisioterapêutica ao atleta de 
competição. 
d) Integrar a equipe multiprofissional de saúde do esporte com participação 
plena na atenção prestada ao atleta. 
9 
 
 
 
5. EXIGÊNCIAS LEGAIS 
5.1 - Responsabilidade Técnica de empresas 
a) Toda empresa ligada a produção de equipamentos de utilização em 
Fisioterapia e as que prestam assistência fisioterapêutica, são obrigadas ao 
registro nos Órgãos de controle e fiscalização do exercício da atividade 
profissional da Fisioterapia (Lei n.º 6.316/75). 
b) No momento da solicitação de seu registro, deverão apresentar 
profissional Fisioterapeuta, para assumir a responsabilidade técnica da 
Empresa perante o órgão de fiscalização, a quem serão imputadas as 
responsabilidades pelas quebras da ética social que não sanear ou 
denunciar. 
5.2 - Registro Profissional 
a) Para o exercício da atividade profissional de Fisioterapeuta no país, é 
exigível além da formação em curso universitário superior, o registro do seu 
título no Conselho Profissional da categoria. 
b) A atividade profissional só é permitida após o trâmite processual e a 
concessão de Carteira de Identidade Profissional de Fisioterapeuta (Lei nº 
6.316/75). 
 
 
 
 
* Fonte das referências: COFFITO – Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho
2
 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO 
 
 
CBO - Classificação Brasileira de Ocupações - 2236 – FISIOTERAPEUTAS 
 
Títulos 
2236 - 05 Fisioterapeuta geral 
2236 - 25 Fisioterapeuta respiratória 
2236 - 30 Fisioterapeuta neurofuncional 
2236 - 35 Fisioterapeuta traumato-ortopédica funcional 
2236 - 40 Fisioterapeuta osteopata 
2236 - 45 Fisioterapeuta quiropraxista 
2236 - 50 Fisioterapeuta acupunturista 
2236 - 55 Fisioterapeuta esportivo 
2236 - 60 Fisioterapeuta do trabalho 
 
Descrição sumária 
- Aplicam técnicas fisioterapêuticas para prevenção, readaptação e recuperação 
de pacientes e clientes. 
 
2
 Fisioterapeuta, Mestre em Educação, docente da UNICRUZ, técnica científica do Centro de Atendimento ao 
Educando – CAE/Tupanciretã-RS, Delegada Regional do CREFITO 5. 
 
11 
 
 
- Atendem e avaliam as condições funcionais de pacientes e clientes utilizando 
protocolos e procedimentos específicos da fisioterapia e suas especialidades. 
 
- Atuam na área de educação em saúde através de palestras, distribuição de 
materiais educativos e orientações para melhor qualidade de vida. 
 
- Desenvolvem e implementam programas de prevenção em saúde geral e do 
trabalho. 
 
- Gerenciam serviços de saúde orientando e supervisionando recursos humanos. 
 
- Exercem atividades técnico-científicas através da realização de pesquisas, 
trabalhos específicos, organização e participação em eventos científicos. 
 
Formação e experiência 
Para o exercício dessas ocupações é exigido curso superior na área de 
fisioterapia, com registro no conselho profissional pertinente. 
 
Condições gerais de exercício 
 Trabalham nas áreas de saúde, de educação e de serviços sociais, em caráter 
liberal e/ou com vínculo empregatício ou ainda na prestação de serviços 
terceirizados, de forma individual ou em equipes multiprofissionais. Atuam em 
consultórios, hospitais, ambulatórios clínicas, escolas, domicílios, clubes, 
comunidades, escolas e indústrias, em ambientes fechados ou abertos, em 
horários diurnos e noturnos. 
 Podem permanecer em posições desconfortáveis por longos períodos ou ser 
expostos a elementos biopatogênicos. 
 
 
Competências pessoais 
1 Estimular adesão e continuidade do tratamento 
12 
 
 
2 Demonstrar perseverança 
3 Demonstrar equilíbrio emocional 
4 Trabalhar em equipe 
5 Transmitir segurança 
6 Demonstrar criatividade 
7 Lidarcom público 
8 Demonstrar habilidade de comunicação 
9 Contornar situações adversas 
10 Demonstrar dinamismo 
11 Demonstrar habilidade manual 
12 Demonstrar capacidade motora fina 
13 Demonstrar capacidade de observação 
14 Demonstrar capacidade de percepção 
15 Demonstrar habilidade para lidar com cavalo 
16 Demonstrar iniciativa 
 
Código internacional CIUO 88: 
2229 - Médicos y profesionales afines (excepto el personal de enfermería y 
partería), no clasificados bajo otros epígrafes 
 
Notas: 
Norma regulamentadora: 
- Decreto-lei nº 938, de 13 de outubro de 1969 – prevê sobre as profissões de 
fisioterapeuta e terapeuta ocupacional e dá outras providências. 
 
- Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975 – cria o conselho federal e os 
conselhos regionais de fisioterapia e terapia ocupacional e dá outras providências. 
 
*Alteração: lei nº 9.098/95. 
- Lei nº 6.965, de 09 de dezembro de 1981 – dispõe sobre a regulamentação da 
profissão de fonaudiólogo e determina outras providências. 
13 
 
 
 
A - APLICAR AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA FISIOTERAPÊUTICA 
Montar equipamentos 
Testar equipamentos 
Operar equipamentos, materiais e dispositivos 
Aplicar técnicas fisioterapêuticas para distúrbios vasculares 
Aplicar técnicas fisioterapêuticas para distúrbios músculo-esqueléticos 
Aplicar técnicas fisioterapêuticas para distúrbios respiratórios 
Aplicar técnicas fisioterapêuticas para distúrbios neurofuncionais 
Aplicar técnicas quiropráxicas 
Aplicar técnicas da medicina tradicional chinesa e acupuntura 
Aplicar técnicas osteopáticas 
Aplicar técnicas fisioterapêuticas para neonatologia 
Aplicar técnicas fisioterapêuticas uro-obstetra-ginecológicas 
Aplicar técnicas fisioterapêuticas dermato-funcionais 
Aplicar técnicas fisioterapêuticas para distúrbios cardíacos 
Realizar recondicionamento cardiorrespiratório 
Aplicar ventilação não invasiva 
Realizar desmame ventilatório e extubação 
Recondicionar atleta de alto rendimento 
Determinar condições de performance esportiva 
 
B - ATENDER CLIENTES E PACIENTES 
Identificar potencialidades dos clientes e pacientes 
Desenvolver habilidades dos clientes e pacientes 
Selecionar equipamentos e materiais 
Criar instrumentos de facilitação 
Adaptar instrumentos de facilitação 
Prescrever órteses, próteses e adaptações 
Capacitar clientes e pacientes a usar órteses, próteses e adaptações 
14 
 
 
Readaptar clientes e pacientes nas AVD (atividades de vida diária) nas AVDE 
(atividades de vida diária/esportiva) 
Acompanhar evolução clínica 
Reorientar conduta terapêutica 
Ensinar técnicas para independência funcional 
Restaurar funções neuro-sensório-cognitivo-motoras 
Restaurar função articular e visceral 
Gerenciar ventilação mecânica 
Reeducar função respiratória 
Reeducar postura 
Reeducar marcha 
Dar alta a clientes e pacientes 
Prestar consultoria 
 
C - AVALIAR CLIENTES E PACIENTES 
Aplicar critérios de elegibilidade 
Avaliar qualidade de vida 
Avaliar funções músculo-esqueléticas 
Avaliar funções tegumentares 
Avaliar funções sensório-perceptivas e de dor 
Avaliar funções cinética-funcionais 
Avaliar funções neuro-sensório-cognitivo-motoras 
Avaliar funções respiratórias 
Avaliar funções cardíacas 
Avaliar funções articulares e viscerais 
Avaliar funções neuro-vegetativas 
Avaliar órteses, próteses e adaptações 
Avaliar constituição física e tipológica 
Realizar avaliação acupuntural 
Avaliar condições ergonômicas 
Avaliar complexos de sub-luxações 
15 
 
 
Avaliar disfunções de micro movimentos e instabilidades 
Identificar alterações energéticas funcionais 
Avaliar qualidade de vida no trabalho 
Avaliar testes funcionais do paciente sobre o cavalo 
Detectar bebês em risco de desenvolvimento neuro-psico-motor em cti neonatal 
 
D - ESTABELECER DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO 
Coletar dados dos clientes e pacientes (anamnese) 
Solicitar exames complementares 
Interpretar exames complementares 
Estabelecer prognóstico 
Prescrever terapêutica 
Estabelecer nexo de causa cinesiológica funcional ergonômica 
Estabelecer nexo de causa cinesiológica funcional energética 
Estabelecer nexo de causa cinesiológica funcional visceral 
Estabelecer nexo de causa cardiológico e vascular 
Estabelecer nexo de causa traumo-ortopédico 
Estabelecer nexo de causa respitratória 
Estabelecer nexo de causa neuro-funcional 
Estabelecer nexo de causa dermato-funcional 
Estabelecer nexo de causa quiropráxico 
Estabelecer nexo de causa osteopático 
Estabelecer nexo de causa acupuntural 
Encaminhar clientes e pacientes a outros profissionais 
 
E - PLANEJAR ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO 
Definir objetivos 
Definir estratégias 
Definir condutas e procedimentos 
Definir frequência e tempo da intervenção 
Definir indicadores epidemiológicos e índices de acidentes e incidentes 
16 
 
 
Selecionar pontos de acupuntura 
Ordenar pontos de acupuntura 
Selecionar micro-sistemas 
Preparar programas de atividades físicas funcionais 
Participar na elaboração de programas de qualidade de vida 
Orçar serviços, equipamentos e materiais 
 
F - IMPLEMENTAR AÇÕES DE INTERVENÇÃO 
Interpretar indicadores epidemiológicos e índices de acidentes e incidentes 
Implementar ações de conscientização, correção e concepção 
Analisar fluxo de trabalho 
Prestar assessoria 
Adequar condições de trabalho às habilidades do trabalhador 
Adequar fluxo de trabalho 
Adequar ambiente de trabalho 
Adequar posto de trabalho 
Programar pausas compensatórias 
Organizar rodízios de tarefas 
Promover melhora de performance morfo-funcional 
Reintegrar trabalhador ao trabalho 
Aplicar ginástica laboral 
Reavaliar estratégias de intervenção 
 
G - EDUCAR EM SAÚDE 
Propor mudanças de hábito de vida 
Orientar clientes, pacientes, familiares e cuidadores 
Desenvolver material educativo 
Organizar grupos de educação 
Ministrar palestras e cursos 
Ensinar modo operatório laboral 
Corrigir modo operatório laboral 
17 
 
 
Implementar cultura ergonômica 
Ensinar procedimentos para mobilidade independente e semi dependente 
Participar da elaboração de políticas públicas de saúde 
Participar da implementação das políticas públicas em saúde 
Desenvolver programas preventivos e de promoção em saúde 
 
H - GERENCIAR SERVIÇOS DE SAÚDE 
Adaptar ambiente ao tratamento 
Adaptar estruturas aos pacientes e clientes 
Estipular equipamentos e materiais de uso padrão 
Coordenar equipes 
Supervisionar equipes 
Identificar indicadores de desempenho 
Emitir pareceres técnico-administrativos 
Especificar capacidade de atendimento 
Elaborar critérios de elegibilidade 
Estabelecer parâmetros de alta 
Elaborar projetos 
Elaborar processos seletivos 
Avaliar processos seletivos 
Supervisionar estágios 
Analisar custos 
Mediar reuniões clínicas 
 
I - EXERCER ATIVIDADES TECNICO-CIENTÍFICAS 
Participar de discussão técnica interdisciplinar 
Coordenar grupos de estudos 
Realizar pesquisa prática 
Participar de eventos técnico-científicos 
Apresentar trabalhos técnico-científicos 
Organizar eventos técnico-científicos 
18 
 
 
Elaborar protocolo de avaliação e tratamento 
 
J - TRABALHAR COM SEGURANÇA 
Usar EPI 
Identificar situações de risco 
Minimizar riscos 
Avaliar conformidade dos materiais 
Descartar materiais contaminados 
Realizar desinfecção de instrumental 
Descartar material perfuro-cortante 
Selecionar cavalo para terapia 
 
Y - COMUNICAR-SE 
Registrar procedimentos e evolução de clientes e pacientes 
Orientar profissionais da equipede trabalho 
Emitir relatórios 
Emitir pareceres técnicos 
Emitir atestados 
Emitir laudos de nexo de causa laboral 
Emitir laudo técnico-funcional 
Solicitar manutenção de equipamentos 
Solicitar reposição de materiais 
 
Z - DEMONSTRAR COMPETÊNCIAS PESSOAIS 
Estimular adesão e continuidade do tratamento 
Demonstrar perseverança 
Demonstrar equilíbrio emocional 
Trabalhar em equipe 
Transmitir segurança 
Demonstrar criatividade 
Lidar com público 
19 
 
 
Demonstrar habilidade de comunicação 
Contornar situações adversas 
Demonstrar dinamismo 
Demonstrar habilidade manual 
Demonstrar capacidade motora fina 
Demonstrar capacidade de observação 
Demonstrar capacidade de percepção 
Demonstrar habilidade para lidar com cavalo 
Demonstrar iniciativa 
 
Recursos de Trabalho: 
Agulhas; 
Aparelhos de cinesiomecanoterapia; 
Aparelhos de ventilação mecânica; 
Aparelhos eletrofototermoterapia ultrasônicos; 
Dispositivos respiratórios; 
EPI; 
 Equip de registro de imagens; 
Equipamentos de avaliação; 
Esteira; 
Tatame 
 
Especialistas Participantes da Descrição 
Adriana Luciana Moreno Camargo 
Alceu Eduardo Indalencio Furtado 
Alexandre Almeida de Andrade Freire 
Alison Alfred Klein 
Andréa Regina Ferreira de Oliveira 
Anna Christina Boari Rosa 
Atílio Mauro Suarti 
Carla Elaine Laurienzo 
20 
 
 
Carlos Eduardo Panfílio 
Deise Ulanin 
Eduardo Henrique Castrioto de Cunto 
Eloísa Aparecida Nelli 
Gracimar Alvares Bueno 
Gracinda Rodrigues Tsukimoto 
Heloísa Moreira Monroy 
Henrique Hortêncio Neto 
Inês Yoshie Nakashima 
Irene Queiroz Marchesan 
Isabel Nigohosian 
Jean Luis de Souza 
João Álvaro de Moraes Felippe 
Lucy Mara Silva Baú 
Marcelo Sidney Gonçalves 
Marcos Lisboa Neves 
Maria Amélia Rodrigues 
Maria Cristina Blanco Struffaldi 
Maria Cristina Zimmermann 
Maria de Jesus Gonçalves 
Maria Inês Nacarato 
Maristela Trevisan Cunha 
Mariza Loos Pfeiffer 
Marlene Gomes Esteves 
Mary da Silva Profeta 
Mônica Rossalia Silva Porto 
Nelza Maria Gonçalves 
Oseas Florêncio de Moura Filho 
Rebeca de Barros Santos 
Regina Célia Turola Passos Juliani 
Ricardo Sasaki 
21 
 
 
Rossana Midori Kagohara Kuroiwa 
Sonia Aparecida Manacero 
Thaís Bertassi 
Thelma Costa 
Viviam Kazue Ando Vianna Secin 
 
Instituições 
ABRAFIQ Associação Brasileira de Fisioterapeutas Quiropraxistas 
Associação Brasileira Beneficiente de Reabilitação ABBR 
Centro Oftalmológico Barra Square 
Centro Universitário São Camilo 
Clínica Interdisciplinar de Equoterapia 
Clube Hípico de Santo Amaro 
Conselho Federal de Fisioterapia E Terapia Ocupacional (COFFITO) 
Conselho Federal de Fonoaudiologia 
Conselho Regional de Fisioterapia 
Conselho Regional de Fonoaudiologia E DERDIC 
Departamento de Educação Especial Da Universidade Estadual Paulista (DEE-
UNESP-marília) 
Divisão de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de 
Medicina da Universidad 
DUX ACUPUNCTURE Produtos Para Acupuntura Ltda 
FISIOPRAXIS Fisioterapia Ltda 
Fisioterapia Adriana Moreno S/c Ltda. 
FISIOTRAB Ergonomia Saúde E Segurança No Trabalho Ltda 
Hospital A. C. Camargo 
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São 
Paulo (HRAC) 
Instituto Benjamim Constant 
Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação 
Instituto da Criança do Hospital das Clínicas FMUSP 
22 
 
 
Instituto Mineiro de Estudos Sistêmicos - UNISAÚDE 
LARAMARA - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual 
Ministério da Previdência e Assistência Social 
Nucleo de Desenv. Terapêutico Integrado/UNIBAN 
Olhos Barra Clínica Ltda. 
Prefeitura Municipal de São Paulo 
Prefeitura Municipal de São Paulo - Unidade Básica de Saúde do Parque Araribá 
São Paulo Futebol Clube 
Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina 
SEFIT Serviços Especializados de Fisioterapia do Trabalho Ltda 
SINFÍSIO Serviço Integrado de Fisioterapia Ltda 
UNICID - Universidade Cidade de São Paulo 
Unidade de Fisioterapia de Paulínea 
 
Instituição conveniada responsável 
FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - Fipe - USP 
 
Glossário – 2236 - FISIOTERAPIA 
 
Sensório-motor: movimento e sensação 
Percepto-cognitivo: percepção e inteligência 
Tecnologia assistiva: equipamentos tecnológicos que facilitam o acesso a outros 
equipamentos (adaptações) 
Táctil-cinestésica: tato e movimento 
Prótese: substitução de membro ou função 
Órtese: auxilia a função 
Adaptação: dispositivo que facilita o desempenho de uma função 
Devolutiva: explicação ou retorno dos resultados de uma avaliação dada ao 
cliente 
Dermato-funcional: lesões dermatológicas que alteram a função de órgãos ou 
sistemas (exemplo: queimaduras) 
23 
 
 
Assistência ventilatória: recursos para suporte respiratório 
Guia vidente: pessoa que auxilia o deficiente 
Plano terapêutico: projeto de trabalho traçado 
Eletroneuromiografia: exame para avaliar o potencial elétrico muscular 
Recursos terapêuticos termoterápicos (calor e frio), hidroterápicos (água), 
cinesioterápicos (movimentos), eletroterápicos (impulsos elétricos), 
sonidoterápicos (som), fototerápicos (luz), aeroterápicos (oxigênio). 
Referências: 
 
Links Sobre Classificações Ocupacionais e Emprego 
 
Nacionais 
 MTE :: Site do Ministério do Trabalho e Emprego - Brasil 
 CONCLA :: Site da Comissão Nacional das Classificações (IBGE) 
 
Internacionais 
 OIT :: Organização Internacional do Trabalho 
 CIUO88 :: Clasificación internacional uniforme de ocupaciones 
 O*Net Online :: Site sobre informações ocupacionais - EUA 
 BLS Outlook :: Site de informações sobre carreiras/trabalho - EUA 
 NOC :: Site sobre classificação ocupacional - Canadá 
 Rome :: Site sobre classificação ocupacional - França 
 Work Futures :: Site de informações sobre carreiras, formação profissional e mercado de trabalho - Canadá 
 HRDC :: Orgão sobre informações de emprego, trabalho e formação profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho 3 
 
 Atenção fisioterapêutica lança mão dos mais diversos recursos 
metodologicamente embasados no aspecto técnico-científico para o devido 
suprimento das necessidades clínicas possibilitando o mais breve retorno às 
atividades laborativas e o convívio social qualitativamente satisfatório. 
 
 
 
 
 Profissional da saúde é responsável pelas ações fisioterapêuticas, com intensa 
e significativa atuação junto à sociedade. Atende a globalidade funcional biopsico-
social do ser. Promove a melhor solução da problemática cinético-funcional em 
questão usando todo o seu potencial terapêutico somado a novos conhecimentos 
adquiridos através da educação continuada, na forma do saber comum. 
 
 Deve ter: responsabilidade, senso crítico, liderança, 
criatividade, idoneidade moral, consciência política e social, 
consciência de cidadania, comunicação clara e precisa, 
espírito inovador, desempenho qualitativo e quantitativo, 
controle metodológico e técnico-científico, discutir ciência e 
tecnologia como instrumentos de avanço. 
 
 
 
3
 Fisioterapeuta, Mestre em Educação, docente da UNICRUZ, técnica científica do Centro de Atendimento ao 
Educando – CAE/Tupanciretã-RS, Delegada Regional do CREFITO 5. 
 
25 
 
 
Dentre outras deve deter habilidades para: 
- colher, observar e interpretar dados para a construção de um diagnóstico dos 
distúrbios da cinesia funcional;- identificar os distúrbios cinético-funcionais prevalentes; 
- estabelecer níveis de disfunções e prognósticos fisioterapêuticos; 
- eleger e aplicar os recursos e técnicas mais adequadas, com base no 
conhecimento das reações colaterais adversas previsíveis, inerentes a plena 
intervenção fisioterapêutica; 
- acompanhar e incorporar inovações tecnológicas 
 
 Conclui-se que, a própria formação profissional é mais complexa a partir 
do momento em que é estudado o conjunto das ciências biológicas, 
sociológicas, antropológicas e comportamentais que aborda o indivíduo em toda 
a amplitude de sua existência. 
 
 
 Mais do que recuperar e curar pessoas, é preciso criar condições 
necessárias para que a saúde se desenvolva. E quem poderia ser mais indicado 
do que o profissional que se dedica ao estudo e a investigação do movimento 
humano, das funções corporais, do desenvolvimento das potencialidades, 
atividades laborativas e da vida diária, entre outros, e tudo isso privilegiando a 
utilização de recursos da natureza e do próprio corpo humano. 
 O fisioterapeuta encontra-se, atualmente, reorientando sua formação com 
ética, competência técnica e maturidade social para o atendimento às demandas 
prioritárias em saúde da nossa população (Barros, 2002). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nossas armas são nossas próprias 
mãos, a inteligência, a emoção e a 
natureza, que se completam e se 
apoiam em estratégias técnico-
científicas de educação, 
participação popular, ação 
preventiva, social e ética 
(Barros,2002). 
 
26 
 
 
Breve Histórico da Fisioterapia 
- Antiguidade (400 aC a 395 dC): preocupação em eliminar as diferenças 
incômodas. 
- 2698 aC: ginástica curativa, exercícios respiratórios. 
- Gregos: Mens Sanna in Corpore Sanno. Mente sã – Corpo são. 
- Galeno (130 a 199 dC): exercícios para escoliose. 
- Idade Média: alma/corpo/atividade física (exercícios). 
- Renascimento: beleza física, culto do corpo. 
- Industrialização: produção em escala, máquinas. Cresce a tecnologia e a 
engenharia. Com a jornada de trabalho aumentam as lesões: DORT, LER, cólera, 
dengue, alimentação inadequada. 
- Século XIX: fisioterapeuta visava o tratamento das pessoas lesadas, atenuar ou 
diminuir o sofrimento, reabilitar o organismo lesado e quando possível recuperar 
as condições de saúde. 
 Atuação do Fisioterapeuta - Leis: 
- 10/12/1963: “... auxiliares médicos... caráter terapêutico sob a orientação 
médica...”. 
-13/10/1969: “É atividade privada de o fisioterapeuta executar métodos e técnicas 
fisioterapêuticas com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a 
capacidade física do paciente". 
- 17/12/1975: criação dos conselhos federais e regionais de fisioterapia, para 
emissão de carteira profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
TRAJETÓRIA HISTÓRICA E EVOLUÇÃO DA FISIOTERAPIA NO BRASIL 
 
Armèle Dornelas de Andrade 
Doutora, docente da Universidade Federal de Pernambuco. 
Jadir Camargo Lemos 
Doutor, docente da Universidade Federal de Santa Maria. 
Pedro Dall’Ago 
Doutor, docente da FFFCMPA/UNILASALLE. 
 
 Ao longo de mais de 80 anos (desde 1919) de atuação da profissão no Brasil, a 
Fisioterapia apresentou diferentes etapas, cada qual com sua peculiaridade e 
importância para o contexto atual. Nos diversos períodos da história passou por 
diferentes situações, porém manteve o vínculo com o modelo biomédico, com forte 
tendência em reabilitar, atendendo prioritariamente ao indivíduo em suas 
limitações físicas. De certa forma, essas características sofreram infl uências de 
três fatores: um fator histórico ligado a sua gênese; um fator legal, que 
obedecendo à gênese limitou áreas e campos de atuação e a formação 
acadêmica determinada pelos preceitos das ciências biomédicas, notadamente da 
medicina. 
 O título recebido pelo profissional graduado em Fisioterapia, historicamente 
segue a tradição mundial. Na história nacional da Fisioterapia sua denominação 
evoluiu de técnico em Fisioterapia para fisioterapista, originário do termo 
physiotherapi utilizado pelas escolas anglo-saxônicas. A partir de 1959 em 
Assembléia Geral da Associação Brasileira de fisioterapeutas, decidiu-se, por 
maioria de votos e por coerência, adotar a denominação de fisioterapeuta, mais 
usual nos países de origem latina (Revista Brasileira de Fisioterapia, 1973). 
 Na Fisioterapia do Brasil do século XIX, os recursos fisioterapêuticos faziam 
parte da terapêutica médica, e assim há registros da criação, no período 
compreendido entre 1879 e 1883, do serviço de eletricidade médica e também 
do serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro, existente até os dias de hoje. O 
médico Arthur Silva, em 1884, participou intensamente da criação do primeiro 
serviço deFisioterapia da América do Sul, organizado no Hospital de Misericórdia 
do Rio de Janeiro. Posteriormente, em 1919, na cidade de São Paulo, o médico 
RaphaelPenteado de Barros fundou o Departamento de Eletricidade Médica, no 
que hoje pode ser considerada a Universidade de São Paulo. Na segunda década 
28 
 
 
do século XX começam a surgir os serviços de Fisioterapia no centro do País sob 
a direção de profissionais médicos denominados médicos de reabilitação. Em 
1929, o médico Waldo Rollim de Moraes colocou em funcionamento o serviço de 
Fisioterapia do Instituto do Radium Arnaldo Vieira de Carvalho. Por mais de 40 
anos, de 1929 até 1969, a profissão de fisioterapeuta foi exercida sem 
regulamentação. Nesta etapa os recursos fisioterapêuticos eram aplicados 
somente sob a prescrição médica (Sanchez, 1984). 
 Após a Segunda Guerra Mundial, observa-se um significativo aumento no 
número de indivíduos com seqüelas físicas, evidenciando a necessidade de 
modernização dos serviços de Fisioterapia do Rio de Janeiro e São Paulo, e a 
criação de novos serviços em outros Estados. As atividades especializadas 
desenvolvidas durante o período da industrialização, em virtude das mudanças 
impostas pelo novo sistema econômico, produziram novas abordagens na 
medicina. A atenção voltou-se para o corpo como força de produção e as novas 
formas de tratamento passaram a utilizar maquinaria e equipamentos específicos 
de observação e de identificação de doenças. Essas novas tecnologias e a 
manutenção dos doentes em locais específicos foram fatores determinantes para 
que os novos profissionais da saúde fossem formados distantes da realidade 
social, com predomínio da assistência “curativa”, “recuperadora” e 
“reabilitadora” (Rebelatto, 1999). 
 Além do aparecimento de novas doenças relativas ao desgaste das estruturas 
corporais, pelas excessivas exigências do período industrial, as guerras 
contribuíram para a consolidação do exercício fisioterapêutico, pois “produziram 
um grande contingente de pessoas que precisavam de tratamento para se 
recuperar ou reabilitar e readquirir um mínimo de condições para voltar a uma 
atividade social integrada e produtiva”. 
 O que ocorreu com a profissão de fisioterapeuta não difere muito do que 
historicamente aconteceu com todas as profissões da área da saúde. 
Primeiramente sua prática foi instituída para posteriormente obter-se o 
reconhecimento dos cursos de formação e o reconhecimento profissional. A 
modernização das escolas médicas e o caráter científico e especializado das 
29 
 
 
práticas de saúde talvez tenham constituído os primeiros passos para o 
reconhecimento legal da profissão no Brasil, já que a utilização de recursos físicos 
na assistência à saúde já era praticada desde 1879. Tal fato implicou no 
desenvolvimento da formação de recursos humanos,surgindo em 1951 o primeiro 
curso de formação de técnicos em Fisioterapia na Universidade de São Paulo, 
acessível a alunos com segundo grau completo. Estes profissionais eram 
denominados fisioterapistas, conforme anteriormente comentado. Em 1954 é 
criada a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação – ABBR que, logo 
a seguir, abre o curso de técnico em reabilitação. 
 O surgimento da Associação de Assistência à Criança Defeituosa – AACD, 
do Lar Escola São Francisco e das Casas da Esperança, absorveu esse novo 
conceito de assistência diferenciada incorporando, em seu meio, os profissionais 
técnicos formados pelos novos cursos. As primeiras turmas de técnicos de 
reabilitação formaram profissionais que se inseriram nos consultórios e clínicas 
auxiliando os médicos, que prescreviam os exercícios, as massagens, o uso do 
calor, da luz, dos banhos e dos rudimentares recursos eletroterápicos disponíveis 
para a recuperação do paciente. Diferentemente dos países da Europa (como na 
França, que em 1927 já possuía curso de graduação em Fisioterapia), no Brasil o 
ensino de Fisioterapia restringia-se a aprender ligar e desligar aparelhos, 
reproduzir mecanicamente determinadas técnicas de massagem e exercícios, tudo 
sob prescrição médica. 
 Os primeiros profissionais eram auxiliares do médico, seus ajudantes de ordem; 
não possuíam os conhecimentos necessários para a avaliação funcional, para 
compreensão do funcionamento normal ou anormal do corpo humano, tampouco 
conheciam os mecanismos de lesão das diferentes estruturas envolvidas com o 
movimento humano e, portanto, não estavam adequadamente preparados para 
estabelecer as condutas fisioterapêuticas adequadas às diferentes situações. 
 A crescente preocupação com a qualidade do atendimento oferecido à 
população, fez com que os cursos se ampliassem para um período de dois anos, 
possibilitando maior acesso às informações necessárias para a formação 
30 
 
 
profissional, embora o curso permanecesse sendo considerado como nível 
técnico. 
 Em 1959, com a criação do Instituto Nacional de Reabilitação – INAR, o 
primeiro curso a ser ampliado para dois anos foi o curso da Universidade de São 
Paulo. Em 1964, quando o INAR transformou em Instituto de Reabilitação – IR 
foram criados os primeiros cursos superiores de Fisioterapia. Porém, Parecer 
388/63 do Conselho Federal de Educação atribui ao fisioterapeuta o caráter de 
auxiliar médico, definindo que lhe compete apenas a realização de tarefas de 
caráter terapêutico, sob a orientação e responsabilidade do médico. É necessário 
traçar breve comentário sobre essas considerações, pois o teor das mesmas 
evidencia que a denominação de “técnicos” sugere uma intencionalidade em 
limitar a ação e a autonomia desses profissionais, já que os mesmos deveriam 
ater-se, apenas, a executar o que fosse determinado pelos médicos. Essa gênese, 
não se restringiu apenas aos conteúdos e organização curriculares, mas alcançou 
a legislação que, mesmo tendo avançado posteriormente em termos de expressar 
autonomia, manteve, e ainda mantém, a dependência daqueles que desejam se 
manter no controle das ações em saúde. 
 Esse mesmo parecer deixava claro que para a reabilitação era necessário um 
trabalho em equipe. Porém, arbitrariamente, designava o médico como 
responsável pelos demais profissionais, limitando as ações dos mesmos, 
implicitamente inferindo que não teriam competências para tal. Também é possível 
observar a forte influência dessa legislação sobre a determinação e manutenção 
da concepção do que seja o objeto de trabalho do fisioterapeuta. Como 
instrumento legal, esses documentos orientam modelos, práticas de atuação e 
estabelecem definições, influindo na própria concepção do trabalho profi ssional e, 
até mesmo, nas áreas de conhecimento a ele relacionadas (Sanchez, 1984). 
 A prática dos fisioterapeutas tem consistido em assistência à doença, ocorrendo 
de forma fragmentada por áreas específicas de conhecimento e, de maneira geral, 
afastada dos reais problemas de saúde da população. 
 
Evolução da regulamentação profissional 
31 
 
 
 Na história da regulamentação da profissão de fisioterapeuta, a Organização 
Mundial de Saúde e a World Confederation of Physical Therapy – WCPT em 1969, 
promovem no México, o primeiro curso de mestrado em Fisioterapia, do qual são 
egressos dois fisioterapeutas brasileiros (Danilo Vicente Defi ni e Eugênio Lopez 
Sanchez). O reconhecimento legal da autonomia profi ssional ocorreu por meio do 
Decreto-Lei n° 938/69, que em 13 de outubro de 1969 criou as profi ssões de 
fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, ampliando sua competência por meio da 
redação dos artigos abaixo citados: 
 
Art. 1o. É assegurado o exercício das profissões de fisioterapeuta e terapeuta 
ocupacional, observado o disposto no presente. Art. 2o. O fisioterapeuta e o 
terapeuta ocupacional, diplomado por escolas e cursos reconhecidos, são 
profissionais de nível superior. 
Art. 3o. É atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas 
fisioterápicos com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade 
física do paciente. 
 
 Essa legislação, além de prover sobre as profissões de fisioterapeuta e 
terapeuta ocupacional, reconhecendo-os como profissionais de nível superior, 
também especificou atividades de direção de serviços, assessoria técnica, 
exercício do magistério, supervisão de profissionais e alunos e, dentre outras 
questões, incluiu as categorias como profissões liberais no quadro de atividades e 
profissões anexo à Consolidação das Leis do Trabalho. Dessa forma, a própria 
legislação promoveu uma ampliação da área de atuação, reconhecendo a 
autonomia desses profissionais que,de auxiliares médicos, passaram a ser 
responsáveis pela instituição das ações que envolvem métodos e técnicas 
específicos da Fisioterapia. Em 17 de dezembro de 1975, a Lei n° 6.316 cria o 
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO e os 
Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – CREFITOs, 
órgãos de fiscalização do exercício profissional, que resulta na organização e 
fortalecimento da categoria profissional na luta pelo crescimento e reconhecimento 
32 
 
 
da profissão, ampliando o campo de ação profissional. Nesse documento, o art. 
13º, ao indicar a forma de identificação profissional, mediante carteira, também 
estabelece que seu exercício pode ocorrer na administração pública, direta e 
indireta, em hospitais, clínicas, ambulatórios, creches, asilos ou exercício de 
cargo, função ou emprego de assessoria, chefia ou direção. Existe portanto, de 
forma indireta, uma determinação do tipo de atenção a ser prestada, com ações 
que se caracterizavam por serem remediadoras, curativas, recuperadoras ou 
reabilitadoras. 
 As mesmas desenvolviam-se de acordo com a política de assistência à saúde 
da época, não no sentido da promoção de saúde, mas centradas nas doenças que 
acometiam os indivíduos nesses locais. A seguir, está reproduzido o primeiro 
artigo desta Lei: 
 
Art. 1o. São criados o Conselho Federal – COFITO e os Conselhos Regionais de 
Fisioterapia e de Terapia Ocupacional – CREFITO, com a incumbência de 
fiscalizar o exercício das respectivas profissões, definidas no Decreto-Lei n° 938, 
de 13 de outubro de 1969. 
 
 O COFFITO foi oficialmente instalado em agosto de 1977. Em seguida são 
criados inicialmente no ano de 1978 o CREFITO 1, CREFITO 2 e o CREFITO 3; 
no ano de 1985 o CREFITO 4 e o CREFITO 5; no ano de 1988 o CREFITO 6 e o 
CREFITO 7; no ano de 1991 o CREFITO 8; no ano de 1994 o CREFITO 9; no ano 
de 2003 o CREFITO 10; e,no ano de 2004 o CREFITO 11 e o CREFITO 12. 
 Com a publicação da Resolução no 8/78 do COFFITO foram explicitados os 
atos privativos dos fisioterapeutas, ou seja, algumas de suas competências. 
Pautado no que prevê a Lei 938/69, essa resolução, além de considerar o 
planejamento, a programação e a execução de métodos e técnicas fisioterápicos 
visando à saúde nos níveis de prevenção primária, secundária e terciária, em seu 
art. 3°. 
 Observa-se, nesse documento, uma preocupação centrada nos aspectos 
técnicos do exercício profissional, o que na época era justificado pela urgência em 
33 
 
 
se delimitar as funções dos mesmos. Indicando ações voltadas para o corpo 
humano, o texto permite captar um caráter fragmentador quando se refere à 
necessidade de estabelecer o segmento e/ou a região do corpo a ser tratada, não 
fazendo alusão às repercussões que qualquer alteração ou intervenção possam 
trazer ao indivíduo. 
 Essa resolução antecedeu o Código de Ética da profissão, que foi aprovado por 
meio da Resolução n° 10 do COFFITO, tornado público em setembro desse 
mesmo ano. O Código de Ética Profissional deixa mais evidente o avanço 
ocorrido na legislação com relação à atuação profissional, principalmente quando 
ratifica a atenção fisioterápica nos diferentes níveis de atenção à saúde e 
estabelece como responsabilidade do profissional uma atenção ao cliente, 
referindo-se “ao respeito à vida humana”, preservando a integridade física ou 
psíquica “do ser humano”. 
 Como documento legal e de amplo alcance sobre o profissional, pois estabelece 
as normas éticas a serem observadas no exercício da profissão, o Código de 
Ética é, talvez, o único dentre os demais documentos legais que não foi 
concebido sob a ótica da “saúde-doença”, constituindo-se no primeiro 
documento que não utiliza a terminologia “paciente” para referir-se ao usuário dos 
serviços fisioterapêuticos, utilizando o termo “cliente”, ou seja, exclui a patologia 
como condição para o recebimento de atenção do profissional. 
 Esses documentos evidenciam as influências políticas do período em que foram 
estabelecidos. Essa observação nos conduz a considerar dois aspectos 
interessantes na trajetória da profissão. O primeiro refere-se às modificações 
legais ocorridas ao longo da história da Fisioterapia, que interferiram diretamente 
no exercício e no processo formador desses profissionais, pois estabelecida a 
legislação, esta passou a servir de referência para os documentos advindos do 
Ministério de Educação e Cultura, que disciplinava os cursos de graduação. Essa 
orientação pautou-se nos já referidos aspectos legais e também nas limitações 
impostas pela gênese que atrelava a profissão às escolas ou serviços de 
medicina. 
34 
 
 
 O segundo aspecto, de ordem geral, refere-se ao período histórico pelo qual o 
País passava, já que de 1964 a 1984 o Brasil esteve sob o controle militar, o que 
privou o povo brasileiro do livre exercício de sua cidadania, atingindo, sem dúvida, 
a capacidade crítica e mobilizadora dos profissionais no sentido de maior 
participação nas definições de suas leis. Registra-se que o primeiro ato 
normatizador da profissão, a Lei Nº 938/69, foi decretada sob os auspícios do Ato 
Institucional nº 5 (AI-5), que dava aos ministros das forças armadas brasileiras 
poderes de executivo. 
 À medida que essa legislação foi implementada, houve mudanças na formação 
profissional e no corpo de conhecimentos nela implicados. Apesar destes 
avanços, os fisioterapeutas permaneceram até 1984 como técnicos de reabilitação 
no plano de classificação de cargos no serviço público federal, quando o Decreto 
n° 90.640/84 passa a reconhecê-los como profissionais distintos do referido 
quadro, com plenos poderes. Nas alterações posteriores, a categoria funcional de 
fisioterapeuta passou a ser designada pelos códigos NS-943 ou LT-NS-943. 
 
Parágrafo único – A categoria funcional de que trata este artigo compreende 
atividades de nível superior, envolvendo supervisão, coordenação, programação e 
execução especializada referente a trabalhos relativos à utilização de métodos e 
técnicas fisioterápicas, avaliação e reavaliação de todo processo terapêutico 
utilizado em prol da reabilitação física e mental do paciente. 
 
Evolução do número de fisioterapeutas entre 1995 e 2005 
 
 Na análise do número total de fisioterapeutas registrados pelo COFFITO, no 
ano de 1995 tínhamos 16.068 fisioterapeutas. No ano de 2005, temos oficialmente 
registrados 79.382 profissionais, o que representa um crescimento absoluto de 
63.314 (394%) fisioterapeutas de 1995 até 2005. 
 Dos 79.382 fisioterapeutas registrados pelo conselho, o maior percentual está 
registrado no CREFITO 3 e o maior índice fisioterapeuta/1.000 habitantes está 
registrado no CREFITO 2, ambos da Região Sudeste do País. Em contrapartida, o 
35 
 
 
menor percentual de profissionais registrados e o menor índice 
fisioterapeuta/1.000 habitantes, está no CREFITO 12, que comporta cinco 
Estados. Estes dados refletem os problemas de distribuição dos profissionais nas 
diversas regiões do País. 
 
FONTE: A trajetória dos cursos de graduação na área da saúde: 1991-2004 / 
Organizadores: Ana Estela Haddad ... [et al.]. – Brasília: Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.15 v.: il. tab. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
O FISIOTERAPEUTA NO SUS 
 
 O Crefito-5 quer um trabalho de qualidade na SAUDE, por isso defende o SUS. 
Temos um compromisso social, que é nosso ponto de honra! Saúde é direito de 
todos e dever do Estado, e os trabalhadores da Saúde querem participar 
concretamente na construção desse sistema, ocupando os espaços de trabalho de 
forma positiva, nos orientando pela integralidade, pela equidade e pela 
37 
 
 
universalidade e lutando pelo trabalho multiprofissional, interdisciplinar e 
intersetorial. 
 Nesta caminhada, sempre nos pautamos pela necessidade da participação do 
Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional nas deliberações acerca dos rumos da 
Saúde. Participamos do Conselho Estadual de Saúde e buscamos aproximar 
nosso trabalho das instâncias municipais de discussão, abrindo janelas para 
avançarmos neste diálogo que propomos. 
 
QUEM É O FISIOTERAPEUTA? 
 
 O Fisioterapeuta é um profissional de saúde, de nível superior, que tem seu 
exercício profissional amparado por Lei desde 1969, através do Decreto-Lei 938. E 
competência do Fisioterapeuta, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico 
compreendido como avaliação físico-funcional, sendo esta, um processo pelo 
qual, através de metodologias e técnicas fisioterapêuticas, são analisados e 
estudados os desvios físico- funcionais intercorrentes, na sua estrutura e no seu 
funcionamento, com a finalidade de detectar e parametrar as alterações 
apresentadas, considerados os desvios dos graus de normalidade para os de 
anormalidade; prescrever, baseado no constatado na avaliação físico-funcional as 
técnicas próprias da Fisioterapia, qualificando-as e quantificando-as; dar 
ordenação ao processo terapêutico baseando-se nas técnicas fisioterapêuticas 
indicadas; induzir o processo terapêutico no paciente; dar alta nos serviços de 
Fisioterapia, utilizando o critério de reavaliações sucessivas que demonstrem não 
haver alterações que indiquem a necessidade de continuidade destas práticas 
terapêuticas. (Resolução n°. 80 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional). 
 
Atuação no Programa de Saúde da Família 
 
 Nesta área a Fisioterapia busca ampliara sua prática. Historicamente, nosso 
foco de trabalho tem sido a doença, a patologia, a deficiência. No entanto, somos 
profissionais deSAUDE, portanto, queremos participar com o nosso saber nas 
soluções de saúde coletiva. Por exemplo, no Programa de Saúde da Família 
(PSF) que além de oferecer o atendimento na Unidade Básica de Saúde de 
referência, prevê também que os profissionais envolvidos saiam deste ambiente e 
entrem na comunidade, na casa das pessoas e que com esta inversão da rotina 
se apropriem da realidade concreta que interfere na qualidade de vida. 
 O Fisioterapeuta deve estar inserido no PSF, visto que esta estratégia já 
detectou que a comunidade se recente do acesso aos serviços deste profissional. 
Idosos “abandonados”, doentes, acamados, crianças portadoras de necessidades 
especiais, entre várias outras situações, são rotina no PSF. No Brasil temos 
exemplos que demonstram que a inserção do Fisioterapeuta nas equipes de PSF 
agregou valor a esta estratégia de organização de assistência a Saúde da 
população. Os resultados práticos mostraram que mais pessoas desenvolveram 
melhores condições de vida, independência na sua rotina, menos internações 
hospitalares, controle dos problemas respiratórios, redução nas dores de coluna, 
entre outros avanços. 
38 
 
 
 
 
ONDE O FISIOTERAPEUTA PODE ATUAR NO SUS 
 
• Na Saúde da Mulher 
Todos os municípios têm políticas de saúde específicas para a mulher e que são 
desenvolvidas através de profissionais de saúde que atuam no município. O 
fisioterapeuta pode intervir sobre vários aspectos da função e do movimento 
humano que sofrem mudanças ou alterações durante as fases de vida da mulher. 
Atuação conjunta no pré-natal, no pós-parto, na amamentação, na readaptação 
para o trabalho, na menopausa, na terceira idade e suas repercussões, são 
exemplos de espaços onde este profissional pode atuar. 
 
• Na Saúde da Criança e Adolescente 
As políticas públicas de saúde dedicam boa parte de suas energias para garantir 
que a criança tenha condições de desenvolvimento dignas pois nesta fase da vida 
agregamos elementos que vão ser a diferença para todo nosso ciclo de vida, O 
Programa Primeira Infância Melhor (PIM) é um exemplo disto. 
Além disso, ações no PSF, nas imunizações, nas rotinas das Unidades Sanitárias 
demonstram a preocupação com a criança e adolescente. O Fisioterapeuta pode 
colaborar, tanto na promoção e prevenção de alterações posturais, de atrasos 
neuromotores, quanto no desenvolvimento do ciclo normal devida. 
 
• Na Saúde Mental 
Dados da OMS: uma em cada quatro pessoas apresentará, ao longo de sua vida, 
algum transtorno mental, sendo a depressão considerada na atualidade a 
segunda causa de incapacitação por doença no mundo. Isto remete a políticas 
públicas que abordem o problema com seriedade. Novos espaços terapêuticos 
estão sendo criados e a equipe profissional passou a adotar características de 
multiprofissionalidade, favorecendo a inclusão de profissionais com diversas 
formações, a fim de realmente poder atender as demandas destes usuários. 
De acordo com as diretrizes da política de saúde mental do SUS, a atenção à 
saúde mental deve ter base comunitária e territorial, evitando os modelos de 
internação hospitalar e sendo inclusive incluído na atenção básica. 
O fisioterapeuta, associado a outros profissionais da saúde, pode evitar que a 
inatividade ou diminuição dos movimentos gere perdas funcionais a médio e 
alongo prazos, retardando o surgimento de doenças crônicas e incapacitantes, 
permitindo uma independência motora e melhora da capacidade física que podem, 
seguramente, auxiliar na melhora da auto- estima, auto-imagem e do humor, na 
diminuição da ansiedade e conseqüentemente na manutenção da capacidade 
física e mental. 
 
• Na Saúde do Trabalhador 
A saúde do trabalhador requer uma abordagem multiprofissional, interdisciplinar e 
intersetorial. A saúde do trabalhador deve cobrir as ações de promoção, vigilância 
e assístência. Cabe lembrar ao leitor que acidentes e doenças relacionadas ao 
trabalho são agravos evitáveis e que, sendo o Fisioterapeuta o profissional que 
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estuda o movimento humano em todas as suas potencialidades, as ações 
educativas e preventivas, bem como as ações de vigilância, deveriam contar com 
a sua presença efetiva, visto que os ambientes e processos de trabalho 
apresentam situações de risco à saúde dos trabalhadores, principalmente sobre 
sua condição funcional. 
As lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios ósteo-musculares 
relacionados ao trabalho (DORT) são as formas mais expressivas de 
adoecimento, e implicam na necessidade imediata das habilidades do 
fisioterapeuta. Inclusive, o Ministério da Saúde apresenta o FISIOTERAPEUTA 
como profissional primordial nas equipes de atenção integral a saúde do 
trabalhador. A presença do fisioterapeuta é importante para a avaliação contínua 
na evolução dos casos de lesões músculo- esqueléticas e também para o 
desenvolvimento de grupos terapêuticos para pacientes crônicos que necessitem 
melhorar sua percepção corporal e capacidade de relaxamento. 
 
• Na Atenção Ambulatorial 
E o trabalho mais conhecido do Fisioterapeuta, no atendimento clínico de diversas 
patologias, de origem traumatoortopédica, reumatológica, neurológica, entre 
outras. No entanto, buscamos nesta atividade também a interdisciplinaridade e a 
integralidade. Não queremos nos limitar a ser um reabilitador desconectado da 
equipe de saúde. Por isso, pleiteamos um trabalho integral onde possamos 
realmente fazer parte da equipe. Cremos que assim podemos aumentar a 
participação na busca de soluções para os problemas crônicos que a saúde 
enfrenta. 
 
• Na Saúde do Idoso 
Para o idoso, que representa mais de 1O% da população gaúcha, a área da saúde 
sabe quais as patologias típicas deste período da vida: doenças 
cárdiocirculatórias, respiratórias, crônico-degenerativas, entre outros. Portanto, é 
importante que possamos aprofundar as ações para o controle destas doenças, 
agindo com integralidade. Como podemos prevenir doenças desta fase de vida? 
Promovendo saúde, reduzindo o sedentarismo, adequando a alimentação, 
melhorando a postura são medidas importantíssimas e todas elas acabam por dar 
uma resposta positiva para o idoso. O Fisioterapeuta é um profissional que pode 
contribuir muito nas medidas de prevenção nesta faixa etária. Além disso, pela 
característica técnica de nosso trabalho, também atuamos na assistência e na 
reabilitação, buscando restabelecer condições de vida satisfatórias. Não queremos 
somente tratar das “dores” dos idosos. Queremos proporcionar à esta pessoa 
elementos que melhorem a sua vida, que tragam soluções para as limitações 
naturais que a idade gera. Podemos, efetivamente, trabalhar pelas pessoas 
idosas, com benefícios sociais e econômicos plenamente justificáveis. 
 
• Na Atenção Hospitalar 
Trabalhamos para evitar a imobilidade no leito, que causa piora no quadro de 
qualquer pessoa acamada. Em muitas doenças, fazemos a higiene brônquica e 
exercícios respiratórios. Através de exercícios físicos específicos, trabalhamos 
músculos e articulações, posicionamentos no leito, saídas do leito e podemos 
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também atuar contra a dor causada por algumas doenças, além de prevenir as 
feridas causadas pela imobilidade prolongada, chamadas de escaras. Neste 
sentido, são alvo deste trabalho os acidentados de trânsito, doentes que 
necessitam de cuidados prolongados, pacientes neurológicos, entre outros. 
Trabalhamos com orientação e educação, readaptação para a vida diária, entre 
outras atividades. 
 
 Muito se fala em promoção de saúde e, hoje, o profissional de saúde 
fisioterapeuta está inserido nesse contexto. Quando se fala em promover saúde 
parece apenas ser em evitar que o indivíduo adoeça, mas na prática hospitalar 
diária do fisioterapeuta, ele está promovendo saúde o tempo todo, seja em nível 
preventivo, primário, secundário ou terciário. 
 
 Ao atender o pacientehospitalizado pela primeira vez e traçar um programa de 
condutas fisioterapêuticas, o fisioterapeuta inicia um trabalho não só voltado para 
tratar das lesões que o paciente apresenta, mas para evitar que este paciente 
venha a ter outras lesões ou complicações; sejam essas sistêmicas, respiratórias 
ou locomotoras. A fisioterapia respiratória, com suas diversas técnicas, atua de 
maneira a prevenir pneumonias, atelectasias, acúmulo de secreções pulmonares 
em vias aéreas superiores. A fisioterapia motora atua preventivamente nas 
tromboses venosa profunda, na diminuição do retorno venoso e de força muscular, 
na rigidez muscular, sem contar com a melhora da auto-estima desse paciente 
com sua recuperação funcional gradativa, tratando e evitando que esse paciente 
apresente distúrbios e doenças em seus órgãos e sistemas em função de sua 
doença atual e do tempo de sua hospitalização 
 
 Quando o fisioterapeuta aborda um familiar, a visita ou o acompanhante que 
esteja em contato direto com o paciente sem antes lavar as mãos e orienta-os a 
fazê-lo, o fisioterapeuta está promovendo saúde. Não é incomum encontrar 
coletores de diurese dentro de baldes de lixo propiciando que o paciente adquira 
uma infecção urinária ascendente. 
 
 O fisioterapeuta pode orientar o paciente e seus familiares sobre como proceder 
diante dessas situações e outras, atuando no ambiente hospitalar, de maneira 
preventiva, dentro de uma equipe multiprofissional. 
 
. Em clínicas particulares 
 Ocupa-se de atividades referentes a prevenção, tratamento e reabilitação 
das funções orgânicas, articulares, musculares, tendinosas, neurológicas e 
outras, visando a melhora na funcionabilidade e qualidade de vida dos 
pacientes para que desfrutem de plena saúde e assim se integrem ao contexto 
social a que pertencem. 
 Na clínica produzimos espaços de trocas de falas e escutas, de 
cumplicidades e responsabilizações, de vínculos e aceitações - local de 
acolhimento, responsabilização e vínculo com nosso paciente. 
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 A responsabilidade técnica deve ser exercida, com exclusividade e plena 
autonomia, por pessoa física do FISIOTERAPEUTA, inscrito no CREFITO com 
jurisdição na região em que esteja localizada a clínica. 
 
 
 
 
 
 O profissional responsável técnico responde perante ao CREFITO pelo ato da 
administração da clínica. Ele deve zelar para que durante os horários de 
atendimento, estejam em atividades profissionais fisioterapeutas em nímero 
condizente com a quantidade de pacientes e a natureza do atendimento a ser 
ministrado. 
 Segundo a lei o profissional Fisioterapeuta é obrigado a registras junto ao 
CREFITO com jurisdição sobre a região, a sua clínica para atender a sua própria 
clientela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIVISÃO DA FISIOTERAPIA 
Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho4 
 
1- FOTOTERAPIA – Tratamento pela luz 
 
a) Radiação térmica: → Raio infravermelho 
 →Laserterapia 
 
b) Radiação actínicas: (química) - Raios ultravioletas 
 
2 – TERMOTERAPIA – Terapia pelo calor ou pelo frio 
 
a) Hipertermoterapia: com um calor efetivo 
 
Termoterapia por adição: → termóforo ou forno de bier 
 → banho de parafina 
 → bolsa de H20 quente 
 → diatermia 
 
b) Hipotermoterapia: → aplicação do gelo 
 
Termoterapia por subtração → Crioterapia- criostimulação – criorelaxamento: 
- massagem com gelo, bolsa com gelo, 
- imersão ou banho 
- bolsa de gelo 
- massagem com gelo 
- imersão em água gelada 
- aerossóis refrescantes 
 
 
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 Fisioterapeuta, Mestre em Educação, docente da UNICRUZ, técnica científica do Centro de Atendimento ao 
Educando – CAE/Tupanciretã-RS, Delegada Regional do CREFITO 5/RS. 
 
 
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3 – HIDROTERAPIA - Terapia através da água 
A Hidroterapia pode ser dividida em: 
 
I) Medidas hidrotérmicas: são aqueles que doam ou recebem calor: 
piscinas aquecidas, banhos de imersão, compressas, hidromassagem. 
 
 II) Medidas hidrocinéticas: A aquelas associadas ao atrito ou aos 
movimentos contra o segmento corpóreo: tanque de turbilhão, duchas, tanque de 
Hubbard, hidroginástica e hidromassagem. 
 
Podem ser divididas também em: 
 
a) Balneoterapia – todos os tipos de banho 
 
 I – ginástica sub - aquática 
 → individual 
 → em grupos 
 → em circuitos de marcha 
 
 II – banhos com efeitos preferencialmente térmicos 
 → quente 
 → frio 
 → contraste – quente e frio 
 → assento 
 → tépico 
 
 III – banhos medicinais 
 → sal ou água do mar 
 → de enxofre 
 → de CO2 
 
 
 
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 → de oxigênio 
 → de bolhas 
 → de iodo 
 → de espuma 
 → de lama ou lodo, etc. 
 
b) Agentes Hidrocinéticos: usados a água e provocando movimento 
 → tanque de Hubberd 
 → turbilhão (hidromassagem) – MsS, Msls e corpo todo
 
 → piscinas térmicas ou não 
 
c) Agentes hidrotérmicos → compressas 
 → rolo quente 
 → duchas 
 
4 – ELETROTERAPIA – Terapia pela eletricidade (corrente elétrica) 
 → corrente galvânica 
 → iontoforese 
 → corrente farádica 
 → corrente sinusoidal 
 → corrente exponencial 
 → ondas curtas (calor profundo) 
 → microondas 
 → ultra – som 
 → TENS 
 → eletroacupuntura 
 → FES 
 → aparelhos elétricos p/ estética 
 
 
 
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5 – CINESIOTERAPIA – Utiliza o movimento como uma forma terapêutica 
a) exercícios terapêuticos: movimentos empregados → ativo 
 → voluntário 
→ involuntário reflexo 
→ ativo assistido 
 → passivo 
 → relaxado 
 → forçado 
 → forçado 
 → manipulado 
 → ativo contra resistência 
 
Tipos de exercicicos: → amplitude de movimento (ADM) 
 → reeducação muscular 
 → coordenação 
 → relaxamento 
 → postural 
 → condicionamento 
 → estiramento 
 → respiratória 
 
b) Cinesioterapia com aparelhos: Mecanoterapia 
 → tração lombar e cervical 
→ aparelho da Bonnet 
→ bicicleta estacionaria 
→ sistema de polias 
→ exercitador de punho e mão 
→ exercitador de tornozelo 
 
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→ roda náutica ou de ombro 
→ barras paralelas 
→ mesa Kanavel 
→ prancha ortostática 
→ barra ling 
→ andadores 
→ escada de canto 
→ tablado e/ou tatame 
→ halteres 
→ espelho de postura, etc. 
 
AGENTES FÍSICOS UTILIZADOS PELO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA 
 
1 - CALOR 
Facilita relacionamento mm e capilares 
↑ proporcionalmente o metabolismo dos tecidos 
↓ resistência periférica ou dilata esfíncteres pré – capilares 
↑ necessidade de O2 
Vaso dilatação das arteríolaS 
↑ Fluxo sanguineo 
 
1) ↑ Consumo de O2 
 
2) ↑ Metabolismo 
Deficiência de O2 
Acúmulo de lactato 
Acidez 
Relaxamento dos esfíncteres pré capilares 
↑ fluxo sanguíneo local 
3) ↑ da permeabilidade capilar 
4) ↑ pressão arterial (PA) 
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5) ↑ freqüência cardíaca (FR) 
6) ↑ viscosidade sanguínea 
7) ↑ volume circulatório geral 
8) ↑ temperatura corporal 
9) Hiperemia local 
 
FORMAS DE TRANSMISÃO DO CALOR TERAPÊUTICO 
 
1 - CONDUÇÃO; 2 – CONVERSÃO; 3 – CONVECÇÃO 
 
 
 
SEGUNDO A PENETRAÇÃO 
 
1 – CALORSUPERFICIAL; 2 – CALOR PROFUNDOCONTRA INDICAÇÕES 
→ Áreas de anestesias 
→ áreas nas quais existem uma perda de percepção do calor e do frio 
→ hipertermia 
→ presença de tumor maligno 
→ implante metálico numa área subjacente (só quando superficial) 
→ locais com tendência a hemorragia 
→ gravidez (não é aplicado na pelve ou abdômen) 
→ fiebite e trombose venosa (o aumento do fluxo sangüíneo em locais onde haja 
vasos lesionados causa um desprendimento do coagulo) 
→ enfermidades arteriais (não devem ser aplicados em locais onde a circulação é 
deficiente, pois poderá determinar o aparecimento de gangrena) 
→ determinados pacientes: crianças, doentes mentais, epiléticos ou inconscientes. 
 
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2- FRIO 
 
EFEITO TERAPÊUTICO → Vasoconstrição 
 
CICLO DE SENSAÇÕAES: 
→ dor 
→ aquecimento (queimação) 
→ dor intermitente, ou latejante ou agulhadas 
→ adormecimento (analgesia ou anestesia da pele) 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS: 
→ efeitos circulatórios (diminui ou aumenta) 
→ afeitos analgésicos 
→ diminuição do espasmo muscular 
→ diminuição do metabolismo 
→ efeitos inflamatórios (aumenta ou diminui) 
→ aumenta a rigidez de contrações dos tecidos 
 
DESVANTAGENS 
→ certo grau de desconforto e não pode ser muitas vezes tolerado por pacientes 
geriátricos 
 
MAIORES DIFICULDADES 
→ medo do paciente, medo do terapeuta, pouca bibliografia. 
 
TÉCNICAS CRIOTERAPICAS 
→ pacotes de gelo moído ou cubos, massoterapia com gelo, pacotes químicos, 
spray vapor, imersão (balneoterapia), hidromassagem e compressa (panqueca) 
 
INDICAÇÕES 
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→ diminuição do espasmo muscular e espasticidade, redução de temperaturas 
altas, analgesia, diminuição de lesão nos tecidos logo após a queimadura, 
estimulação geral, facilitação pra a realização de exercícios terapêuticos. 
 
3- ÁGUA 
 
Os exercícios aquáticos dão ao paciente a oportunidade de executar num 
meio que não só proporciona a flutuação do corpo, mas permite também que 
esses movimentos sejam executados com muito menos esforço, de tal maneira 
que os segmentos do corpo, gravemente enfraquecidos podem ser movidos e 
exercitados de modo que não seria possível sem apoio. Pode a água ser utilizada 
quente, morna, fria ou gelada. 
 
4 - ELETRICIDADE 
 
Nas suas múltiplas variedades e formas de aplicação atua 
fundamentalmente: 
a) promovendo o aquecimento dos tecidos e melhorando o metabolismo 
celular pela vasodilatação e ativação circulatória obtida 
b) estimulando as fibras musculares desnervadas ou atrofiadas por 
imobilização prolongada 
c) diminuindo a excitabilidade da fibra nervosa, essencial no tratamento de 
certos processos álgicos 
d) permitindo a introdução percutânea de produtos terapêuticos 
 
5- MOVIMENTO 
 
CINESIOTERAPIA é a melhor maneira de tratar pelo movimento 
INDICAÇOES → deformações do esqueleto e principalmente da, CV: 
 → lesões ou anomalias musculares 
 → certas deficiências orgânicas e suas seqüelas 
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 → doenças dos sistemas cardiovasculares, respiratórios e 
geniturinário 
 → deficiências de ordem neuro e psicomotora. 
 
TESTES PARA A SENSIBILIDADE AO FRIO E CALOR 
 
1° TESTE DE BAROUCHE: raspa-se a unha na superfície supraesternal e a 
resposta do paciente é o empalhecimento da pele logo após cessado o estimulo 
aparece a hiperemia - normal 
 
2° TESTE DO ANTEBRAÇO coloca uma compressa fria (mais ou menos 15°C) 
por um tempo de 3 minutos sobre a face inteira do antebraço. 
 Retira – se a compressa e fricciona – se a região durante 20 segundos. A 
resposta normal é aquela que quando tiramos a compressa a pele esta pálida e 
após a fricção apresenta Hiperemia intensa. 
Testa – se a reação ao frio 
 
3° TESTE DO DIAPASÃO: tocar com diapasão a área a ser tratada. O paciente 
relata a sensação que esta sentindo: frio ou calor 
 
4º TESTE DE TUBO DE ENSAIO pega-se um tubo de ensaio com H2O a 
temperatura de 8°C e outro com 45°C. Toca – se no paciente, na área que quer 
testar a sensibilidade. Pode ser feito com os olhos fechados. Paciente relata a 
sensação ao fisioterapeuta. 
 
 
 
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SER FISIOTERAPEUTA NA ATUALIDADE: UM COMPROMISSO ÉTICO. 
Laura Patrício de Arruda 
 
 
 O Fisioterapeuta possui uma formação generalista, humanista, crítica e 
reflexiva, capacitado a atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no 
rigor científico e intelectual. Detém visão ampla e global, respeitando os princípios 
éticos/bioéticos, e culturais do indivíduo e da coletividade (Cartilha de 
Apresentação da Atuação do Fisioterapeuta no Sistema Único de Saúde, 2005, 
p.9). 
 São com estas palavras que a Cartilha de Apresentação da Atuação do 
Fisioterapeuta no SUS conceitua o fisioterapeuta na atualidade. Mas, afinal, 
estaríamos nós, fisioterapeutas, buscando otimizar nossa prática de forma a 
atender esta proposta teórica? 
 
 Vivemos um tempo de contradições, entre o desenvolvimento notável da técnica 
e uma profunda crise ética. Esta crise é facilmente demonstrável pela competição 
(não cooperação) e pela quantidade (não qualidade) que têm sido a regra nos 
meios de produção intelectual [FERRARA, 2003]. Para muitos, ter valor científico é 
considerar essencialmente a precisão, o teste e a comprovação. Sem dúvida, essa 
visão fragmentável e controlável deu certo em muitos campos da ciência; porém, 
explicar fatos humanos é totalmente ineficaz, uma vez que estes contam com uma 
forte interação de variáveis (BLOIS, 2001), tais como as emoções, as percepções 
singulares, estilo de vida, etc. 
 
 Um discurso técnico, somado a presunção de que a cura depende somente do 
poder da ciência, acabam por desvincular o sujeito da doença, fazendo com que o 
paciente não passe de um mero objeto de diagnóstico. É função do profissional 
ajudar o paciente a se reunir com seu corpo, impedindo que este se torne objeto 
de um tratamento generalizante. O conhecimento científico inclui instrumentos 
para avaliar a evolução da doença, mas sobre a solidão e o sofrimento ele pouco 
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sabe (SCHILLER, 2000, p.105). O profissional precisa construir estratégias 
capazes de oferecer conforto, segurança e tranqüilidade, pois quem sofre não 
busca quem lhe dê razão, busca presenças cuja escuta será testemunha de uma 
fala (SCHILLER, 2000, p.105). 
 
 Perturbada por esta crise epistemológica implícita no contexto do século XXI, a 
ética não pode ser mais considerada como um tema filosófico entre outros, mas 
como o problema por excelência da atualidade (SOUZA, 2004, p. 62). Parto do 
pressuposto de a ética é o próprio fundamento para pensar o humano (SOUZA, 
2004 p.19), constituindo assim um plano de fundo essencial para a compreensão 
de qualquer questão humana relevante. É de extrema importância buscar 
conhecer os limites do próprio pensamento, compreendendo a abertura da relação 
com a Alteridade, o diferente, que desborda todo o discurso auto-suficiente 
(SOUZA, 2000). Desta forma, a ética é a nova origem de compreensão da própria 
questão do sentido, podendo ser compreendida como o pensar das relações 
humanas reais que dá lugar ao agir humano real. 
 
 Ser fisioterapeuta, portanto, num contexto de complexidade crescente, não é 
somente dominar técnicas para melhorar patologias, é, sobretudo, contribuir com 
soluções para os problemas sociais, de uma forma que configure sua identidade 
na sociedade. O fisioterapeuta deve lembrar que seu paciente não possui somente 
um determinado distúrbio, mas sim um fenômeno complexo, com múltiplos níveis, 
inclusive não patológicos, e, como fenômeno, o evento deve ser tratado

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