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Prof. MsC. ILVAN MEDEIROS LUSTOSA JUNIOR E-mail: ilvan.junior@ifb.edu.br Curso Técnico em Agropecuária Arborização Urbana Embelezamento do local; Qualidade de vida aos habitantes dos centros urbanos; As árvores atenuam as temperaturas; Diminuem e amortecem os ruídos provocados pela poluição sonora; Protegem ao reduzir a velocidade dos ventos; Purificam o ar, atuando como filtros de poeiras e gases; Conservam umidade do solo... Em função da importância da arborização urbana em todos os seus aspectos, é fundamental iniciar e desenvolver ações para minimizar os problemas, conflitos e interferências que a arborização causa quando não planejada ou orientada. Postes de iluminação pública, fiações, telefones públicos, placas de sinalização... Nenhum ambiente é mais alterado que o meio urbano, devido aos atuais modelos de edificações e loteamento do solo que restringem os espaços determinados às áreas verdes. Essas restrições limitam a utilização de árvores na Floresta Urbana, em relação ao seu porte e à quantidade de espécies, por isso a importância de um ramo do Paisagismo que se chama Arborização Urbana. O objetivo da Arborização Urbana: Cultivo e o manejo de árvores para a contribuição atual e potencial ao bem estar fisiológico, social e econômico da sociedade urbana. Dentre os aspectos estudados encontra-se a escolha da espécie ideal, partindo do conhecimento das características da própria espécie e do local, técnicas de plantio, manutenção e de podas. Ação da fotossíntese, que assimila o dióxido de carbono da atmosfera, com a liberação do oxigênio; Ação retentora de poeira e outros elementos em suspensão no ar, através das superfícies das folhas; Redução da velocidade dos ventos e da propagação de odores e correntes aéreas contaminadas; Retardamento do escoamento superficial e a absorção das águas de superfície pelo solo; Exalação do vapor d’água pela evapotranspiração e a consequente ação refrigerante para o solo e para as camadas da atmosfera sobrejacentes (efeito sobre a umidade do ar); Absorção do calor solar nas horas e estações de maior insolação (interceptação da luz solar); Atenuação dos ruídos das vias públicas, das atividades industriais e de outros focos de poluição sonora; Sombreamento e alimentação; Proporcionam bem estar psicológico ao homem; melhor efeito estético e sombra para os pedestres e veículos. O reino vegetal reúne mais de 350 mil espécies conhecidas, incluindo grande variedade de plantas microscópicas, ervas, arbustos e árvores. São, em geral, organismos autotróficos, ou seja, que produzem seu próprio alimento. A evolução dos seres vivos, ao longo de milhões de anos, levou à passagem dos primeiros vegetais do ambiente aquático para o terrestre e selecionou as variações mais adaptadas a este novo ambiente. No entanto, a presença do homem na Terra e seu desenvolvimento em sociedades organizadas levaram à competição pela ocupação territorial, reduzindo as florestas a fragmentos remanescentes da vegetação original. Infelizmente nem toda área urbana mantém fragmentos florestais... Aspectos biológicos e morfológicos importantes Uma árvore é um vegetal lenhoso (que produz madeira), com ciclo de vida prolongado, tronco e copa bem definidos, possuindo no mínimo cinco metros de altura, com diâmetro de tronco a partir de cinco centímetros à altura do peito (1,30 m acima do solo). Aspectos biológicos e morfológicos importantes Palmeiras e Arbustos???? Aspectos biológicos e morfológicos importantes Específica: quando cresce livremente, com boa disponibilidade de espaço, luz, umidade e sem a concorrência de outras plantas. A árvore, nestas condições, geralmente apresenta tronco cônico e galhos grossos e ramificados. Florestal: ocorre quando a árvore cresce sob concorrência. Em geral, cresce no sentido do alongamento, perde ramos laterais, os troncos são mais altos e cilíndricos e as copas mais reduzidas. Uma árvore pode ser caracterizada quanto à sua forma, em: 1. Copa é toda ramificação acima do tronco, formando a porção terminal da árvore em sua parte aérea, composta principalmente por galhos e ramos, que podem apresentar folhas, flores e frutos. O tamanho da copa, sua forma, a tonalidade da cor de suas folhas e flores são características que ajudam a identificar uma árvore. 2. Ramos são subdivisões do caule ou tronco das árvores. Apresentam cores, pelos e aromas bastante típicos. Deles brotam folhas, flores e frutos. Limbo ou lâmina (a); Pecíolo (b); Nervuras (c). Classificadas quanto à sua disposição no ramo em: Alternadas (d); Fasciculadas (e); Opostas (f). Quanto à sua duração: Caducas ou persistentes Quanto à subdivisão do seu limbo: simples ou compostas (g). Classificação da vegetação arbórea urbana 1) Arborização de parques e jardins: Os parques (grandes áreas arborizadas), os jardins e as praças são espaços destinados ao convívio social. Nestes locais pode-se utilizar árvores de todos os portes. Classificação da vegetação arbórea urbana 2) Arborização de áreas privadas: corresponde à arborização dos jardins particulares como quintais, jardins de hospitais, clubes, industrias, entre outros. Classificação da vegetação arbórea urbana 3) Arborização nativa residual: são espaços da natureza que se protegeram da ocupação e que por suas características florísticas, faunísticas, hídricas, influenciaram no microclima e são essenciais ao complexo urbano. Raros... O mais comum são os parques. Classificação da vegetação arbórea urbana 4) Arborização de ruas e avenidas: componente muito importante da arborização urbana. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o índice mínimo de 12 m² de área verde por habitante na área urbana. O recomendado é de pelo menos três árvores ou 36 m² de área verde por cada habitante. Planejamento da arborização A arborização envolve estratégias, legislação, educação ambiental, conscientização comunitária, aspectos político- administrativos e planejamento (projeto). Compreendem técnicas agronômicas e florestais para introdução, consolidação, desenvolvimento e manutenção da arborização no meio urbano. Planejamento da arborização Os vários benefícios da arborização das ruas e avenidas estão condicionados à qualidade de seu planejamento. A arborização bem planejada é muito importante independentemente do porte da cidade, pois, é muito mais fácil implantar quando se tem um planejamento, caso contrário, passa a ter um caráter de remediação, à medida que tenta se encaixar dentro das condições já existentes e solucionar problemas de toda ordem. Planejamento da arborização Aspectos culturais e históricos da população local; Necessidades e anseios aliados a uma análise das atividades desenvolvidas (indústria, comércio, habitação); Infraestrutura (rede elétrica, de água, esgoto, etc.); Espaço físico disponível e vegetação local. Planejamento da arborização Todas as informações obtidas a partir desse levantamento serão analisadas e resultarão no plano geral que irá determinar os locais a serem arborizados, os espaçamentos a serem obedecidos e os tipos de árvores a serem plantados. Planejamento da arborização Condições do ambiente: Qualquer planta só adquire pleno desenvolvimento em clima apropriado, caso contrário poderá ter alterações no porte, floração e frutificação. Deve-se evitar, portanto, o plantio de espécies cuja aclimatação não seja comprovada. Planejamento da arborização Condições da espécie: Deve-se conhecer, muito bem, as características particulares de cada espécie, bem como, seu comportamento nas condições edafoclimáticas e físicas a que serão impostas.Na arborização urbana são várias as condições exigidas de uma árvore, a fim de que possa ser utilizada sem acarretar inconvenientes, sendo que, entre as características desejáveis, destacam-se: Planejamento da arborização Condições da espécie: a. resistência a pragas e doenças, evitando o uso de produtos fitossanitários muitas vezes desaconselhados em vias públicas; b. velocidade de desenvolvimento média para rápida para que a árvore possa fugir o mais rapidamente possível da sanha dos predadores e também para se recuperar de um acidente em que a poda drástica tenha sido a única opção técnica exigida; Planejamento da arborização Condições da espécie: c. a árvore não deve ser do tipo que produz frutos grandes e quanto ao fato destes frutos serem ou não apreciados pelo homem, é um assunto bastante polêmico, sendo que, algumas pessoas são contra pois acreditam que estimularia a depredação, entretanto outras contestam argumentando que deve-se lutar por uma arborização mais racional, conscientizando a população. Entretanto, quanto ao fato destes frutos servirem de alimentos para os pássaros, há um consenso, pois, é uma forma de preservar o equilíbrio biológico; Planejamento da arborização Condições da espécie: d. os troncos e ramos das árvores devem ter lenho resistente, para evitar a queda na via pública, bem como, serem livres de espinhos; e. as árvores não podem conter princípios tóxicos ou de reações alérgicas; f. a árvore deve apresentar bom efeito estético; g. as flores devem ser de preferência de tamanho pequeno, não devem exalar odores fortes e nem servirem para vasos ornamentais; Planejamento da arborização Condições da espécie: h. a planta deve ser nativa ou, se exótica, deve ser adaptada; i. a folhagem dever ser de renovação e tamanho favoráveis. A queda de folhas e ramos, especialmente as de folhas caducas, que perdem praticamente toda folhagem durante o inverno, podem causar entupimento de calhas e canalizações, quando não, danificar coberturas e telhados; Planejamento da arborização Condições da espécie: j. a copa das arvores devem ter forma e tamanho adequados. Árvores com copa muito grande interferem na passagem de veículos e pedestres e fiação aérea, além de sofrerem danos que prejudicam seu desenvolvimento natural ; k. o sistema radicular deve ser profundo, evitando-se, quando possível, o uso de árvores com sistema radicular superficial que pode prejudicar as calçadas e as fundações dos prédios e muros. É muito importante a heterogeneidade de espécies na implantação de uma arborização urbana, pois além de ser uma forma de proteger, difundir e valorizar a flora brasileira, favorece a sobrevivência de animais que constituem importantes elementos do equilíbrio ecológico. Evitar a monotonia e criar pontos de interesses diferentes dentro da malha urbana, bem como, evitar problemas de pragas e doenças. Escolha das espécies Recomenda-se que, na composição da arborização das ruas de uma cidade, as populações individuais por espécies não ultrapassem 10 ou 15% da população total. Entretanto, o que ocorre é a presença quase que total de uma única espécie. Escolha das espécies A diversificação das espécies, no entanto, não implica no plantio aleatório. Recomenda-se manter uma uniformidade dentro das quadras ou mesmo dentro das ruas e avenidas utilizando uma ou até mesmo duas espécies. Escolha das espécies As árvores em ambiente urbano estarão submetidas a condições distantes das que são oferecidas em ambiente natural, portanto é necessário utilizar espécies que ocorram naturalmente na região em que a árvore será plantada para que seu crescimento, adaptabilidade e desenvolvimento não sejam comprometidos. Escolha das espécies A escolha da espécie a ser plantada é um aspecto importante a ser considerado: Tolerância a poluentes e a baixas condições de aeração do solo; Presença de odores; Tempo de crescimento e de longevidade; Tamanho e cor das flores e frutos; Época e duração do florescimento e frutificação, entre outros. Escolha das espécies Ao se plantar árvores nas vias públicas ou parques e jardins deve-se evitar aquelas que produzam qualquer tipo de substância tóxica para o homem ou qualquer outro animal. A utilização de espécies com presença de espinhos no tronco também deve ser evitada. Aconselha-se usar árvores que não possuam frutos grandes que possam amassar carros ou mesmo ferir pessoas (ex: mangueiras e sapucaias) e com maior resistência nos galhos e ramos. Escolha das espécies Espécies resistentes a pragas e doenças são preferíveis, pois são mais adaptáveis ao ambiente urbano e não requerem a utilização de substâncias tóxicas como fungicidas e inseticidas que também podem inferir na saúde dos indivíduos. Escolha das espécies A dimensão da copa não deve extrapolar o limite físico do local, pois as árvores não podem obstruir a passagem de pedestres. A altura da muda a ser plantada não deve ser inferior a 2 m para não interromper a circulação de pedestres e veículos. Escolha das espécies Escolha das espécies Um fator a ser considerado é, também, o uso de espécies que reúnem características morfológicas adaptadas para combater a poluição nos grandes centros. As folhas destas árvores podem absorver gases poluentes e prender partículas sobre sua superfície, especialmente se estas forem pilosas ou cerosas. Escolha das espécies Durante a escolha, um fator levantado constantemente pelos moradores é quanto às árvores que sujam muito a calçada ou entopem calhas e condutor. Escolha das espécies Durante a escolha, um fator levantado constantemente pelos moradores é quanto às árvores que sujam muito a calçada ou entopem calhas e condutor. Impossível de ser resolvido por seleção de espécie. Qualquer espécie arbórea tem uma grande perda de folhas, seja ela sempre verde ou caducifólia, e folhas pequenas ou grandes causaram os mesmos problemas de “sujeira” ou entupimentos. Escolha das espécies A solução está na localização adequada das árvores e das casas. Se as árvores são plantadas suficientemente distantes de telhados de residências e de bueiros o efeito de entupimento será reduzido. Por outro lado, se as calçadas e pátios tivessem menos área de cimento e mais área com grama, a “sujeira” das árvores quase não existiria – ciclagem natural. Escolha das espécies Características do local Próxima aula Obrigado pela atenção... Em relação ao local deve-se primeiramente considerar o tipo de rua a ser arborizada, pois vias comerciais, residenciais, entre outras, terão um tratamento estético distinto. Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. Características do local Interferências causadas por uma espécie em local inadequado, necessitando de podas (extraído de GUIA, 1988). 1. Forma natural da árvore com copa muito grande a baixa 2. Copa interferindo a passagem de fiação aérea 3. Copa interferindo a passagem de veículos 4 e 5. Raízes danificando ruas, acostamentos e calçadas 6. Copa interferindo na passagem de pedestres Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - fiação aérea, subterrânea e iluminação pública Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - fiação aérea, subterrânea e iluminação pública A presença de fiação aérea ou subterrânea é um dos fatores mais importantes no planejamento da arborização das ruas. Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - fiação aérea, subterrânea e iluminação pública Características do local Avaliar o espaço disponívelpara selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - fiação aérea, subterrânea e iluminação pública Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - fiação aérea, subterrânea e iluminação pública A recomendação é que a rede de energia elétrica aérea seja implantada, preferencialmente, nas calçadas oeste e norte, e sob elas, árvores de pequeno porte e nas calçadas leste e sul, árvores de porte médio. Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - fiação aérea, subterrânea e iluminação pública Existem soluções de engenharia: redes isoladas, protegidas ou compactas, que permitem melhor convivência com a arborização. Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - fiação aérea, subterrânea e iluminação pública Nunca deve plantar palmeiras sob fiação, cuja altura da espécie adulta seja superior ao da fiação. Palmeira nunca se poda!! Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - rede de drenagem pluvial e esgoto Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - rede de drenagem pluvial e esgoto As árvores não devem ser plantadas em cima de encanamentos de água e esgoto evitando assim um possível entupimento destas redes pelas raízes. Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - rede de drenagem pluvial e esgoto Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - rede de drenagem pluvial e esgoto A arborização em locais onde há rede pluvial e esgoto é feita somente a uma distância mínima de 1 a 2m para evitar grandes problemas. As raízes podem obstruir canalizações!! Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - largura da calçada Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - largura da calçada Não se recomenda arborizar as ruas estreitas (menos de 7m de largura). Deve também ser considerado a existência ou não de recuo das casas. Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - largura da calçada Características do local Avaliar o espaço disponível para selecionar o porte ideal da espécie a ser utilizada. - afastamentos mínimos ... Características do local Afastamentos mínimos necessários entre as árvores e outros elementos do meio urbano. Afastamentos mínimos necessários entre as árvores e outros elementos do meio urbano. •Compactação do solo (pavimentação ou fundação de prédios); •Depósitos de resíduos de construção e entulhos no subsolo; Fatores negativos para o bom desenvolvimento das árvores no meio urbano •Poluição do ar (obstrução total ou parcialmente os estômatos); •Podas drásticas, muitas vezes obrigatórias; •Abertura de valas junto à arvore, mutilando o seu sistema radicular. Fatores negativos para o bom desenvolvimento das árvores no meio urbano Dependendo desse espaço, a escolha ficará vinculada ao conhecimento do porte da espécie a ser utilizada. Características do local Baixas (que atingem entre 4 e 5 metros de altura e raio da copa entre 2 e 3 metros). Médias (atingem cerca de 10 metros de altura quando adultas e raio de entre 4 e 5 metros). Altas (aquelas cuja altura na fase adulta está entre 10 e 20 metros de altura e o raio de copa é superior a 5 metros). Muito altas (aquelas cuja altura na fase adulta é superior a 20 metros de altura). Em canteiros centrais pode-se utilizar árvores de médio a grande porte, caso este possua grandes dimensões (mais de 4 metros de largura), ou então espécies colunares, como as palmeiras. Elas apresentam forma adequada para este fim, além de servirem como referência aos condutores de automóveis. Características do local Se o objetivo é arborizar locais de estacionamento de veículos, deve-se utilizar espécies que proporcionem sombra, mas que não tenham frutos grandes, que possam causar danos aos veículos, folhas caducas de grande tamanho e outras características que dificultem o trânsito dos veículos. Características do local As mudas devem obedecer alguns parâmetros específicos visando garantir seu pleno estabelecimento Devem ser livres de pragas, terem sanidade e vigor, tronco retilíneo, perpendicular ao nível do solo e sem ramificações laterais até uma altura mínima de 2 m e não deve apresentar raiz exposta. O diâmetro a altura do peito (a 1,3 m) deve ser de no mínimo 3 cm - embora na prática isso se torna difícil. Qualidade de mudas para arborização urbana As mudas devem obedecer alguns parâmetros específicos visando garantir seu pleno estabelecimento Recomenda-se que o sistema radicular seja embalado em sacos de 25 x 30cm, latas, tonéis ou recipientes com capacidade de, no mínimo, 18 litros (CARTILHA, 2002). Devem apresentar ramificações principais em número de 3 a 5, dispostas de forma equilibrada. Qualidade de mudas para arborização urbana As mudas devem obedecer alguns parâmetros específicos visando garantir seu pleno estabelecimento Injúrias mecânicas devem ser evitadas durante todo o processo de formação das mudas. Deve ser feita a remoção das plantas daninhas quando essas estiverem presentes nos recipientes das mudas. Qualidade de mudas para arborização urbana As mudas devem obedecer alguns parâmetros específicos visando garantir seu pleno estabelecimento Sementes selecionadas e de boa qualidade são indispensáveis, pois tem custo relativamente baixo no processo e interferência relevante no resultado final. Qualidade de mudas para arborização urbana O plantio deve ser feito, preferencialmente, na estação chuvosa (dia nublado e úmido) ou qualquer época do ano desde que se irrigue na época da seca. A posição ideal de plantio é aquela em que permite que a árvore proporcione a incidência de raios solares no inverno e sombra no verão. Plantio de mudas para arborização urbana Espaçamento O espaçamento varia em função do porte das árvores. Normalmente recomenda-se o diâmetro aproximado da copa da espécie mais 1m ou, quando se deseja uma sombra continua, o espaçamento recomendado é igual ao diâmetro da árvore no seu máximo desenvolvimento. Plantio de mudas para arborização urbana Espaçamento Algumas literaturas recomendam espaçamentos predeterminados em função apenas do porte: Plantio de mudas para arborização urbana Avaliação do solo Os solos de áreas urbanas podem apresentar um conjunto de possíveis modificações nas suas propriedades, que dificultam a implantação e a manutenção da arborização. Muitas vezes desestruturados ou misturados a entulhos, os solos das cidades podem, ainda, conter uma série de produtos contaminantes, muitas vezes tóxicos às árvores. Plantio de mudas para arborização urbana Coveamento Quanto pior a qualidade do solo, maior deve ser a cova. Normalmente variam de 0,50 x 0,50 x 0,50m a 1,0 x 1,0 x 1,0 m. No preparo, recomenda-se preencher com uma mistura de areia, esterco de curral curtido e terra de boa qualidade, na proporção 1:1:1, incorporando-se adubos químicos dependendo da necessidade da espécie. Plantio de mudas para arborização urbana Coveamento O entulho decorrente da quebra da calçada deve ser recolhido. Plantio de mudas para arborização urbanaCanteiros O canteiro ideal para um bom desenvolvimento das árvores situadas em vias públicas é de 1m². A medida que a árvore vai crescendo, o tronco vai naturalmente engrossando e quebrando a calçada por absoluta falta de espaço e não porque a espécie tem a característica de raízes superficiais. Plantio de mudas para arborização urbana Cinta A cinta é uma pequena mureta de concreto ou tijolo, ao redor de todo o canteiro, feita para evitar que água com detergente ou ácido de limpar pedra entre no canteiro quando se lava a calçada. O inconveniente é que esta cinta impede também a entrada de água de chuva que escorre pela calçada. Plantio de mudas para arborização urbana Revestimento interno da cova para direcionamento de raízes Revestir a metade superior da cova com uma parede de tijolos em espelho revestido de cimento, ou utilizar uma manilha de concreto para evitar o afloramento das raízes das árvores. Plantio de mudas para arborização urbana Espelho de tijolo visando evitar o afloramento de raízes (extraído de GUIA, 1988). Tutoramento Utilizando-se estacas de madeira ou bambu, com o mínimo de 2,50m de comprimento, que são enterradas a uma profundidade de 0,50cm e 0,15cm de distância do tronco da muda. Plantio de mudas para arborização urbana Amarrar com barbante, sisal ou tiras de borracha Grade de proteção da muda Para minimizar o problema de vandalismo, recomenda-se proteger as mudas com grades. O material é bem variável, pode-se utilizar madeira, ferro, bambu ou tela de arame. Plantio de mudas para arborização urbana Grade de proteção da muda (Extraído de GUIA, 1988) Manutenção da umidade do solo A irrigação é uma técnica que tem por objetivo o fornecimento de água para as árvores em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando sua sobrevivência. A irrigação complementa a ação natural das chuvas e, em certos casos, enriquece o solo com elementos fertilizantes que podem ser adicionados à água. Plantio de mudas para arborização urbana Manutenção da umidade do solo A escolha do sistema de irrigação depende da topografia do local, tipo de solo, clima e espécies plantadas, e recursos “$”. Diversas técnicas permitem a aplicação e manutenção da água disponibilizada à planta já no local de plantio definitivo: Plantio de mudas para arborização urbana Manutenção da umidade do solo GOTEJAMENTO: A água é aplicada ao solo diretamente sobre a zona da raiz da planta em alta frequência e baixa intensidade. Possui alta eficiência, porém maior custo de implantação. Manutenção da umidade do solo HIDROGEL: Polímero condicionador de solo que tem a capacidade de absorver e armazenar água e fertilizante, liberando-os lentamente para a planta. Manutenção da umidade do solo ANTITRANSPIRANTE: Produto químico pulverizado em plantas para reduzir a perda de água por transpiração. Seu uso tende a ser mais benéfico em curtos períodos de tempo, uma vez que o uso prolongado pode gerar desequilíbrios na fisiologia da planta. Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: 1. Abertura da cova: As raízes da muda devem crescer no solo circundante a fim de se estabelecerem. Resumo 2. Identificar o colo da muda: o colo é o local de partida da propagação de raízes na muda. Este ponto deve ser parcialmente visível depois que a muda foi plantada e nunca enterrado; caso ocorra, a muda poderá morrer. Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: 3. Remover o recipiente: cuidadosamente, cortar as laterais do recipiente e inspecionar o torrão para identificar e cortar possíveis raízes enoveladas. Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: 4. Colocar a muda na altura apropriada: a maioria das raízes da muda recém-plantada deverá se desenvolver nos centímetros superiores do solo. Se a muda for plantada muito profundamente, as raízes novas terão dificuldade para se desenvolver, devido à falta de oxigênio. Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: 5. Endireitar a muda na cova: antes de começar a colocar terra na cova, observar a muda de várias direções para confirmar que a mesma esteja ereta. Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: 6. Encher a cova suavemente, mas com firmeza: encher a cova até cerca de um terço de sua altura e, delicada mas firmemente, compactar (ou apertar) o solo ao redor da base do torrão. Preencher o restante da cova, tendo o cuidado de eliminar bolsões de ar que podem secar as raízes. Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: 7. Estaquear a muda: o estaqueamento é necessário em locais onde o vandalismo ou as condições de vento são preocupações. Duas estacas são usadas em conjunto e amarradas com material flexível, o que a manterá em pé, minimizando a flexibilidade e possibilidade de lesão do caule. Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: 8. Colocar cobertura morta na base da muda: ela atua como um cobertor para manter a umidade, modera os extremos de temperatura do solo e reduz a concorrência de grama e ervas daninhas. A altura entre 5 e 10 cm é ideal e não deve ser superada. Certificar-se de que a base do caule não esteja coberta. Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio: 9. Manutenção: manter o solo úmido, mas não encharcado, regando pelo menos uma vez por semana quando não chover, e mais frequentemente durante o tempo seco. Resumo Nove etapas devem ser seguidas para reduzir o estresse sobre a planta no momento do plantio:
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