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Apostila Direito Tributário (curso) (1)

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1 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
SERGIO XAVIER 
 
 
 
 
 
 
 
“O que a literatura faz é o mesmo que 
acender um fósforo no campo no meio da 
noite. Um fósforo não ilumina quase nada, 
mas nos permite ver quanta escuridão 
existe ao redor.” 
 
William Faulkner 
 
 
 
 
 
2 
 DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
“Sabe, não consigo meter na cabeça como alguém 
pode dizer: “Sou fraco” e continuar assim. Afinal, 
se reconhece a fraqueza por que não luta contra 
ela, por que não treina o caráter?” 
 Anne Frank 
 
 
 
 
 Direito tributário é o ramo, didaticamente autônomo, do Direito 
que estuda as relações jurídicas entre o Estado e o Contribuinte, referentes à 
instituição, fiscalização e arrecadação de tributos. 
 
 
1. Receitas do Estado 
 
 O Estado necessita de recursos para cumprimento de seus 
objetivos, de sua missão, e por que não dizer, de seu dever. Todo ingresso de recursos 
nos cofres públicos é conceituado como receita pública. Esta deve resultar num efetivo 
acréscimo, de modo permanente, do patrimônio estatal, não sujeito à devolução ou 
correspondente baixa patrimonial. 
 É comum dividir as receitas públicas em originárias e derivadas. 
 
 1.1. Receitas originárias: O Estado, abstraindo-se das 
prerrogativas do regime jurídico de direito público 1 , do seu poder de império, se 
assemelha ao particular para, explorando seu próprio patrimônio, obter receitas 
patrimoniais ou empresariais (ex: aluguel, doação, dividendo). 
 
 1.2. Receitas derivadas: O Estado, usando do seu poder de 
império, edita norma legal obrigando o particular a entregar valores aos cofres públicos. 
São receitas oriundas do patrimônio do particular (ex: tributo, multa, reparação de 
guerra). 
 
 
 
2. Tributo: 
 2.1. Art. 3º CTN - definição 
 
1O regime jurídico de direito público funda-se na soberania estatal, no princípio da legalidade e na 
supremacia do interesse público. 
3 
 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
 2.2. Art. 4º CTN – Natureza jurídica específica do tributo 
 A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo 
fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a 
denominação e demais características formais adotadas pela lei, assim como a 
destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
 2.3. Tributos vinculados/não vinculados 
• Vinculados - São aqueles em que o Estado precisa 
realizar uma atividade específica relativamente ao 
contribuinte. Ex: Taxa, Contribuição de Melhoria, 
etc. 
 
• Não vinculados - São aqueles em que não é 
necessário que o Estado desempenhe qualquer 
atividade específica voltada para o contribuinte para 
legitimar a cobrança 
 2.4. Tributos em espécies 
 2.4.1. Teorias 
 
DUALISTA, 
BIPARTIDA, 
BIPARTITE 
TRIPARTIDA, 
TRICOTÔMICA, 
TRIPARTITE 
 
QUADRIPARTIDA 
TETRAPARTIDA, 
TRETAPARTITE 
PENTAPARTIDA, 
QUINQUIPARTIDA 
PENTAPARTIÇÃO 
Impostos Impostos Impostos Impostos 
Taxas Taxas Taxas Taxas 
 Contribuição 
de Melhoria 
Contribuições Contribuição 
de Melhoria 
 Empréstimos 
Compulsórios 
Empréstimos 
Compulsórios 
 Contribuições 
Especiais 
 Obs. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem adotado a teoria da 
pentapartição. 
 2.4.2. Imposto (art. 145, I, CF) 
4 
 
 Tributo cujo fato gerador é uma situação que independe de 
contraprestação estatal, relativamente ao contribuinte (art. 16 CTN). 
 
 2.4.2.1. Competência 
 
IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO 
Fundamento Nome sigla 
art. 153, I CF Imposto sobre Importação de produtos estrangeiros II 
art. 153, II CF Imposto sobre exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados 
 
IE 
art. 153, III CF Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza IR 
art. 153, IV CF Imposto sobre Produtos Industrializados IPI 
art. 153, V CF Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro 
ou relativas a títulos ou valores mobiliários 
 
IOF 
art. 153, VI CF Imposto sobre propriedade territorial rural ITR 
art. 153, VII CF Imposto sobre grandes fortunas IGF 
art. 154, I CF Imposto residual IRes 
art. 154, II CF Imposto extraordinário de guerra IGE 
 
 
IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL 
Fundamento Nome sigla 
art. 155, I CF Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de 
quaisquer bens ou direitos 
ITCMD 
art. 155, II CF Imposto sobre as operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações 
se iniciem no exterior 
 
ICMS 
art. 155, III CF Imposto sobre a propriedade de veículos automotores IPVA 
 
 
IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS 
Fundamento Nome sigla 
art. 156, I CF Imposto sobre a propriedade predial e territorial IPTU 
5 
urbana 
 
 
art. 156, II CF 
Imposto sobre a transmissão "inter vivos", a qualquer 
título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza 
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a 
sua aquisição 
 
ITBI 
art. 156, III CF Imposto sobre serviços de qualquer natureza ISS 
 
 
 2.4.2.2. Classificação dos impostos 
 
 1. Impostos diretos e indiretos 
 
 Imposto direto é aquele em que a carga econômica é 
suportada pelo contribuinte (ex: IR, IPTU, IPVA, ITBI, etc...); 
 
 Imposto indireto é aquele cujo ônus tributário repercute em 
terceira pessoa ((ICMS e IPI). 
 
 2. Impostos pessoais e reais 
 
 Impostos pessoais são aqueles que levam em conta as 
condições particulares do contribuinte (ex: IR); 
 
 Impostos reais são aqueles levam em consideração o próprio 
bem (Ex. IPVA, IPTU, etc) 
 3. impostos Fiscais e Extrafiscais 
 
 Impostos fiscais são aqueles que possuem intuito 
estritamente arrecadatório (IR, ITBI, IPTU...). 
 
 Impostos extrafiscais são aqueles que precipuamente 
possuem finalidades regulatória (ex: II, IE, IPI,...). 
 
 
 2.4.3. Taxa (art. 145, II, CF e 77 a 80, CTN) 
 
 São tributos que têm como fato gerador uma atuação estatal 
específica relativamente ao contribuinte, constituindo-se em: 
 
 2.4.3.1. Taxa de polícia - Em razão do exercício regular do poder 
de polícia. 
6 
 Ex. Taxa de alvará 
 
2.4.3.2. Taxa de serviço – pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua 
disposição. 
Ex. taxa de incêndio, taxa de coleta de lixo domiciliar, de 
vistoria, etc. 
 
 2.4.4. Contribuição de melhoria (art.145, III, CF e arts. 81/82 
CTN – DL 195/67) 
 
 É tributo cobrado quando da realização de obra pública, da 
qual decorra, para os proprietários de imóveis adjacentes, valorização de sua 
propriedade. 
 
• Instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que 
decorra valorização imobiliária. 
• Limites: valorização do imóvel e custo da obra. 
 
 2.4.5. Empréstimo compulsório (148 CF e 15 do CTN) 
 
• Instituído por Lei complementar. 
• O produto arrecadado fica vinculado à despesa que 
fundamentou a instituição. 
• Restituível. 
 
 2.4.5.1. Requisitos circunstanciais: 
• calamidade pública, guerra externa ou sua iminência; (é 
exceção ao princípio da anterioridade)• investimento público urgente e de relevante interesse 
nacional. (há que ser observado o princípio da anterioridade) 
 
 
 
 2.4.6. Contribuições Especiais ( 149 CF) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Contrib Social 
(v. 195,CF) 
 Contrib. p/ a Seguridade Social 
 (art. 195/CF) 
Outras Contrib. p/ a Seg. Social 
 art. 195,§4º/CF) 
 Contrib. Soc. Gerais 
 (arts. 212, § 5º e 240, CF) 
7 
CONTRIBUIÇÕES 
ESPECIAIS 
Art. 149 e 149-A CF 
Contribuição de Intervenção no domínio Econômico - 
CIDE 
Contribuições Coorporativas (v. art. 8º , IV CF – art. 
579/580CLT – súmula 666 STF) 
Contribuição para o Custeio de Iluminação Pública. 
(art. 149-A, CF) 
 
 
3. Limitações ao poder de tributar 
 
 3.1. Princípios 
 
 3.1.1. Princípio da legalidade (art. 150, I CF) 
 
• instituir tributos só por meio de Lei. 
 
• para majorar, entretanto, há exceções: II, IE, IPI, 
IOF (art. 153, § 1º, CF), CIDE-combustíveis (art. 177, § 4º, I, b, CF) e ICMS-monofásico 
incidente sobre combustíveis definidos em Lei complementar (art. 155, § 4º, IV) 
 3.1.2. Princípio da isonomia (art. 150, III, a) 
 3.1.3. Princípio da irretroatividade (art. 150, III, a) 
 3.1.4. Princípio da anterioridade (art. 150, III, b) 
 
 Exceções: II, IE, IPI, IOF (art. 153, I, II, IV, V - CF), 
Empréstimos Compulsórios (art. 148, I – CF), Imposto Extraordinário de Guerra (art. 
154, II- CF), Contribuições para o Financiamento da Seguridade Social (art. 195, CF), 
ICMS monofásico sobre combustíveis (art. 155, § 4º, IV – CF) e CIDE combustível (art. 
177, § 4º, I, “b” – CF). 
 
 3.1.5. Princípio da anterioridade nonagesimal (art.150, III,“c” e 
195,§ 6º). 
 Exceções: II, IE, IR, IOF (art. 153, I, II, III, V – CF), Empréstimos 
Compulsórios, art. 148, I – CF)), Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II – CF), 
fixação da BC do IPVA e do IPTU. (art. 150, § 1º, CF). 
 
 3.1.6. Princípio do não confisco (art. 150, IV – CF) 
 
 3.1.7. Princípio da liberdade de tráfego (art. 150, V – CF) 
 
 
 3.2. Imunidade 
 
8 
 São situações protegidas pelo texto constitucional, limitando 
competência tributária. Ex: 
 
 3.2.1. Art. 5º XXXIV, CF (taxa); 
 
 3.2.2 . Art. 195, § 7º - CF (Contribuições para a Seguridade 
Social); 
 
 3.2.3. Art. 150, VI 
 
 3.2.3.1. Imunidade recíproca – decorrente da forma federativa. 
 
 A União, Estados e DF e Municípios não podem instituir impostos 
sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros. 
 Obs. É extensiva às autarquias e às fundações públicas instituídas 
e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, renda e aos serviços, 
vinculados a suas finalidades essenciais. 
 
 3.2.3.2. Templos de qualquer culto. 
 
 3.2.3.3. Patrimônio, renda ou serviços dos Partidos políticos, 
Sindicatos dos trabalhadores e Instituições de Educação e Assistência Social. 
 3.2.3.4. Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão. 
 
 3.2.3.5. fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no 
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em 
geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos 
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de 
leitura a laser. 
4. Competência Tributária 
 
 4.1. Capacidade tributária ativa 
 
 É o poder de ser sujeito ativo (cobrar, fiscalizar) 
 União, Estados, DF, Municípios. 
 Obs: pode ser delegada. 
 
 4.2. Competência tributária 
 
 É o poder de instituir tributos, conferido pela Constituição à União, 
Estados, DF e Municípios – é indelegável. (145 CF) 
 
9 
 4.2.1. Competência tributária cumulativa (147/CF) 
 
 União: Institui impostos Estaduais nos Territórios e impostos 
Municipais nos Territórios não divididos em municípios. 
 DF: institui impostos Municipais 
 
 4.2.2. Competência residual 
 
 Possibilidade de a União instituir um “novo” imposto (154,I) 
 Respeita-se a anterioridade 
 Instituído por lei complementar 
 Inovação de FG e BC 
 Não cumulativo. 
 
 obs* competência residual para instituir novas contribuições para a 
Seguridade Social (art. 195, § 4º – obedecer 154, I) 
 
 4.2.3. Competência extraordinária - Art. 154, II 
• Na iminência ou no caso de guerra 
• Só a União pode exercer 
• Exceção à anterioridade 
• Não precisa de novo fg/bc e pode ser cumulativo 
• Provisório 
 
 
 
 
 
Quadro Resumo Competência Tributária 
ordinária residual extraordinária 
 
IPTU 
ITBI 
ISS 
 
 
ITCMD 
ICMS 
IPVA 
 
II 
IE 
IR 
IPI 
ITR 
IOF 
IGF 
 
 
Novos impostos 
 
Requisitos: 
-Lei complementar 
-Novos fatos FG e BC 
-Não cumulatividade 
 
Imposto 
extraordinário 
de guerra 
CF, art. 153 CF, art. 154, I CF, art. 154, II 
Municípios 
(CF, art. 156) 
 
Estados 
(CF, art. 155) 
 
 
União 
 
 
10 
5. Legislação Tributária 
 
 Conjunto de normas gerais e abstratas que verse no todo ou em 
parte sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes 
 
 CTN (art. 96) – rol exemplificativo 
 
 Leis; 
 Tratados e convenções Internacionais; 
 Decretos (ato normativo expedido pelo chefe do Executivo) e 
 Normas complementares*. 
 
Art. 100, CTN. 
 
São normas complementares das leis, dos tratados e das 
convenções internacionais e dos decretos: 
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição 
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas; 
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios. 
 
 5.1. Matérias sujeitas à reserva legal (art. 97, CTN): 
 
 Instituir/extinguir tributos 
 majorar/reduzir tributos 
 definir fg, bc, alíquota e suj. Passivo 
 cominar penalidade 
 dispensa/redução de penalidade 
 definir hipótese suspensão, exclusão e extinção do créd. Tributário 
 
 Art. 97, CTN 
 
• § 1º. Equipara-se à majoração do tributo a modificação da 
sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 
• § 2º. Não constitui majoração de tributo a atualização do 
valor monetário da respectiva base de cálculo. 
 
 5.2. Aplicação da Legislação Tributária 
 
11 
 5.2.1. Regra (Art.105, CTN) – A legislação tributária se aplica 
imediatamente aos fatos geradores futuros. 
 
 5.2.2. Exceção: (art. 106, CTN) 
 
 A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
 
 I – quando expressamente interpretativa 
 II – tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
• quando deixe de defini-lo como infração 
• quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer 
exigência de ação ou omissão,... 
• quando lhe comine penalidade menos severa que a 
prevista na lei vigente ao tempo de sua prática. 
 
6. Obrigação Tributária (113, CTN) 
 
 
 6.1. Principal -surge com a ocorrência do FG, tem por objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
 
 6.1.2. Acessória – decorre da legislação tributária e tem por objeto 
as prestações positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou 
fiscalização de tributos. 
 
 
 
 
 
 
 
OBRIGAÇÃO 
TRIBUTÁRIA 
Espécies Modalidadeobrigacional 
objeto 
 
Principal 
De dar (dinheiro) Pagamento de tributo ou 
de penalidade pecuniária 
 
 
Acessória 
De fazer (escriturar livros, 
declarações tributárias). 
Não fazer (não rasurar a 
escrituração, não receber 
mercadorias 
desacompanhadas dos 
documentos). 
Prestações positivas ou 
negativas de interesse da 
arrecadação ou fiscalização. 
 
 
 6.2. Fato Gerador 
1. da obrigação principal - art. 114, CTN 
 
 É a situação definida em lei como necessária e suficiente a 
12 
sua ocorrência. 
 
2. da obrigação acessória – art. 115, CTN 
 
 É qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, 
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
 
 6.3. Princípio "pecunia non olet" 
 
 CTN 
 Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada 
abstraindo-se: 
 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos 
contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da 
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; 
 II - dos efeitos dos atos efetivamente ocorridos. 
 
 6.4. Sujeitos da obrigação tributária 
 
 6.4.1 Sujeito Ativo ( 119, CTN) 
 
Pessoa jurídica de direito público, titular da competência para 
exigir o seu cumprimento. 
 
 6.4.2. Sujeito Passivo (121, CTN) 
 
 Da obrigação principal (121, CTN) 
• pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade 
pecuniária e pode ser: 
 
 Contribuinte – quando tenha relação pessoal e direta com fato 
gerador. 
 Responsável – quando sem ser contribuinte, sua obrigação decorra 
de disposição de lei. 
 
 2- Da obrigação acessória (122, CTN) 
• pessoa obrigada às prestações que constituam seu objeto. 
 
 
7. Solidariedade Passiva 
 
 É a pluralidade de devedores que podem ser cobrados ao mesmo 
13 
tempo pela mesma dívida. 
 
 * solidariedade não se presume decorre da lei ou do contrato. 
 
 
 7.1. São solidariamente obrigadas: (124, CTN) 
 
 I – as pessoas que tenham interesses comum na situação que 
constitua o fato gerador da obrigação principal. 
 
 II – As pessoas expressamente designadas por lei. 
 
 
 7.2. Efeitos da solidariedade; 
 
 Não há benefício de ordem; 
 O pagamento feito por um aproveita os demais; 
 Isenção ou remissão aproveita todos, salvo se concedida individual. 
 Interrupção da prescrição – opera efeitos contra todos mesmo que 
efetuada em relação a um deles. 
 
8. Decadência e Prescrição 
 
 8.1. Decadência é o evento que retira da Fazenda Pública o direito 
de constituir o crédito tributário (é a perda do direito de lançar art. 173, CTN)). 
 
 
 8.2. Prescrição é o evento que retira da Fazenda Pública o direito 
de ação de cobrança do crédito tributário (art. 174). 
 
 
9. Responsabilidade Tributária. 
 
 9.1. Dos Sucessores 
 
 9.1.1. Responsabilidade do adquirente de bens imóveis 
 
 Art. 130 (CTN). 
 
 Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja 
a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a 
taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, 
sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a 
14 
prova de sua quitação. 
 
 Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
rogação ocorre sobre o respectivo preço. 
 
 
 9.1.2. Responsabilidade do adquirente ou remitente de bens 
móveis. 
 
 Art. 131 (CTN) 
 São pessoalmente responsáveis: 
 I - O adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens 
adquiridos ou remidos. 
 
 9.1.3. Responsabilidade na sucessão causa mortis. 
 
 Art. 131 (CTN) 
 São pessoalmente responsáveis: 
 II - O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos 
devidos pelo "de cujus" até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; 
 III - O espólio, pelos tributos devidos pelo "de cujus" até a data da 
abertura da sucessão. 
 
 9.1.4. Responsabilidade na sucessão empresarial 
 
 Art. 133 (CTN) 
 A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, 
por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou 
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou 
sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou 
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
 I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
 II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na 
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade 
no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
 
 9.2. De terceiros; 134, CTN 
 
 Art. 134 (CTN) 
 Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em 
que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: 
15 
 
 os pais 
 os tutores e curadores 
 os administradores de bens de terceiros 
 o inventariante 
 o síndico e o comissário 
 os tabeliães e demais serventuários de ofício 
 os sócios 
 9.2.1. Por infrações. 136, CTN 
 
 Art. 136 (CTN) 
 Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por 
infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e 
da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. 
 
 
 9.2.2. Denúncia espontânea 
 
 Art. 13 (CTN) 
 A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, 
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do 
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante 
do tributo dependa de apuração. 
 
 Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia 
apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de 
fiscalização, relacionados com a infração. 
 
10. Crédito Tributário - Art. 139 CTN 
 
 10.1. Obrigação Tributária 
 
 Nos termos do CTN, quando verificada concretamente situação 
definida em lei como fato gerador do tributo, nasce a obrigação tributária. 
 
 10.2. Crédito Tributário 
 
 Nascida a obrigação, é necessário conferir certeza à obrigação. 
 O procedimento oficial que declara formalmente a ocorrência do 
fato gerador, que define a alíquota e base de cálculo, para que se calcule o montante do 
tributo, bem como identifique o sujeito passivo, para que seja feita a cobrança do 
tributo, é o lançamento, que se encontra definido no art. 142, do CTN. 
 
16 
 Art. 142 (CTN) 
 
 Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 
11. Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário. 
 
 O principal efeito da constituição do crédito tributário é tornar 
líquida (valor), certa (existência) e exigível a obrigação existente. A exigibilidade impõe 
ao sujeito passivo o dever de adimplir a obrigação e, no caso de descumprimento, 
permite que a AdministraçãoTributária promova os atos executórios para o 
recebimento do devido. 
 
 Entretanto, existem hipóteses em que a exigibilidade do crédito 
tributário fica suspensa, impossibilitando a promoção de atos de cobrança por parte do 
Fisco. Essas hipóteses estão disciplinadas no art. 151, do CTN. 
 
 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I - moratória; 
II - o depósito do seu montante integral; 
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras 
do processo tributário administrativo; 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras 
espécies de ação judicial; 
VI – o parcelamento. 
 
12. Extinção do Crédito Tributário. 
 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
17 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos 
termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º 
do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a 
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto 
de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. 
13. Exclusão do Crédito Tributário. 
 Excluir o crédito tributário significa impedir a sua constituição. São 
situações em que há a ocorrência do fato gerador e o consequente nascimento da 
obrigação tributária, entretanto, não pode haver o lançamento, não surgindo assim o 
crédito tributário. 
 
Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o 
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação 
principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. 
 
14 – GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(arts. 183 a 193, C TN) 
 14.1. GARANTIAS 
 Garantias do crédito tributário são mecanismos estabelecidos em 
lei que tornam mais efetiva a atividade de cobrança da dívida fiscal. Trata-se de 
prerrogativas em prol da Fazenda Pública, criando meios pelos quais esta consiga mais 
facilmente penetrar no patrimônio do particular, evitando que o sujeito passivo venha a 
frustrar a cobrança. 
 14.1.1. exemplos 
18 
• Arrolamento de bens – Lei nº 9.532/97- arts. 64, 64-A 
• Medida Cautelar Fiscal – Lei nº 8.397/92 
 14.1.2 Nos termos do art. 184 do CTN, sem prejuízo dos privilégios 
especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo 
pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem 
ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados 
por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data 
da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a 
lei declare absolutamente impenhoráveis. 
 Bens impenhoráveis - Lei nº 13.105/2015 (CPC) – art. 833 
 14.1.2 Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou 
rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por 
crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa (art. 185, CTN). 
 14.1.3. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não 
pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens 
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando 
a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem 
registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às 
autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, 
no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (art. 185-A, CTN). 
 14.1.3.1 – Prazo legal: O executado será citado para, no prazo de 5 
(cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na 
Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução (…) - art. 8º da Lei 6.830/80. 
 14.1.4 A inalienabilidade consiste em qualidade jurídica da coisa que, 
por sua própria natureza ou em virtude de lei, de cláusula ou condição expressa ou de 
disposição testamentária, não pode ser legitimamente transferida do patrimônio de uma 
pessoa para o de outra, nem submetida a ônus reais (Pontes de Miranda). Já a 
indisponibilidade consiste numa limitação imposta ao titular do direito, retirando-lhe o 
poder de realizar eficazmente o negócio jurídico. 
 14.2 PREFERÊNCIAS 
 14.2.1 Preferências são mecanismos que outorgam ao crédito 
tributário a prioridade de pagamento em detrimento de créditos de outras naturezas, 
na hipótese de haver concurso de cobrança contra o sujeito passivo. 
 14.2.1.1 O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for 
sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da 
legislação do trabalho ou do acidente de trabalho (Art. 186., CTN) 
 
19 
 14.2.2 Na falência (parágrafo único, CTN): 
 14.2.2.1 o crédito tributário não prefere aos créditos 
extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da 
lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. 
 14.2.2.2 a lei poderá estabelecer limites e condições para a 
preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho. 
 14.2.2.3 a multa tributária prefere apenas aos créditos 
subordinados. 
Lei nº 11.101/05 – Regula a recuperação judicial, a 
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade 
empresária. 
Créditos extraconcursais 
Art. 67. Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo 
devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos a despesas com fornecedores de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, serão considerados extraconcursais, em 
caso de decretação de falência, respeitada, no que couber, a 
ordem estabelecida no art. 83 desta Lei. 
Restituição 
Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de 
falência ou que se encontre em poder do devedor na data da 
decretação da falência poderá pedir sua restituição. 
Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa 
vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias 
anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não 
alienada. 
Art. 83 
VIII – créditos subordinados, a saber: 
a) os assim previstos em lei ou em contrato; 
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo 
empregatício. 
14.2.2.3 Créditos com garantia real/ créditos quirografários 
 Créditos quirografários são aqueles que decorrem somente do 
simples encontro de vontade entre as partes, tendo como garantia a simples promessa 
do devedor de que, no vencimento, vai adimplir a obrigação. E se diferencia basicamente 
do crédito real, que tem um bem em garantia para o caso de inadimplência. 
 14.2.2.4 A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a 
20 
concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, 
inventário ou arrolamento (art. 187, CTN). 
 14.2.2.5 O concurso de preferência somente se verifica entre 
pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem (Parágrafo único, afrt. 187, CTN) 
I - União; 
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró 
rata;III - Municípios, conjuntamente e pró rata. 
 14.2.2.6 São extraconcursais os créditos tributários decorrentes 
de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência (art. 188, CTN) 
 14.2.2.6. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos 
habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos 
tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no 
decurso do processo de inventário ou arrolamento( art. 189, CTN). 
 14.2.2.7 São pagos preferencialmente a quaisquer outros os 
créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito 
privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação (Art. 190). 
 
 QUESTÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO (OAB) 
EXAME XV 
Questão 25 
O Fisco do estado “X” lavrou auto de infração contra a pessoa jurídica “Y” para cobrar 
ICMS sobre a remessa de mercadorias entre a matriz e a filial dessa empresa, ambas 
localizadas no referido estado. A empresa “Y” impetrou, então, mandado de segurança 
objetivando ver reconhecido seu direito líquido e certo ao não recolhimento do ICMS 
naquela operação. Pleiteou também medida liminar. Assinale a opção que pode, 
validamente, ser objeto do pedido de liminar formulado pela pessoa jurídica Y. 
 
A) Extinção do crédito tributário. 
B) Exclusão de crédito tributário. 
C) Constituição do crédito tributário. 
D) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
Questão 26 
O Art. 146, III, a, da Constituição Federal estabelece que lei complementar deve trazer 
a definição dos fatos geradores, da base de cálculo e dos contribuintes dos impostos 
21 
previstos na Constituição. Caso não exista lei complementar prevendo tais definições 
relativamente aos impostos estaduais, os estados 
A) não podem instituir e cobrar seus impostos, sob pena de violação do Art. 146 da 
Constituição. 
B) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que celebrem convênio para 
estabelecer normas gerais. 
C) podem instituir e cobrar seus impostos, pois possuem competência legislativa plena 
até que a lei complementar venha a ser editada. 
D) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que seja publicada Medida Provisória 
autorizando 
Questão 27 
Um empresário consulta um escritório de advocacia sobre a possibilidade de a sociedade 
da qual é administrador participar de uma licitação, sendo certo que, para tal, terá que 
apresentar uma certidão demonstrando a inexistência de débitos fiscais com o governo 
federal. Ele informa que a sociedade foi autuada pelo não recolhimento do Imposto 
sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR), e a defesa administrativa, 
apresentada no prazo, ainda não foi apreciada pelo órgão competente. Considerando 
apenas os dados apresentados, afirmar que a sociedade 
A) não poderá participar da licitação, pela existência de crédito tributário vencido e 
não pago. 
B) poderá participar da licitação, pois o crédito tributário está com a exigibilidade 
suspensa. 
C) poderá participar da licitação somente após a defesa administrativa ser analisada. D) 
somente poderá participar da licitação se depositar o valor do crédito tributário. 
Questão 28 
Em dezembro de 2006, foi publicada a Lei Complementar nº 123, que instituiu o Estatuto 
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e criou novo regime de 
tributação simplificada, abrangendo, além dos impostos e contribuições federais, o 
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de 
Serviço Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), bem como o Imposto 
sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Sobre a hipótese, assinale a afirmativa 
correta. 
A) A referida lei é inconstitucional, pois é vedada à União instituir benefício fiscal de 
tributo de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
B) O regime de tributação simplificada é obrigatório a todos os contribuintes que 
cumpram os requisitos previstos na referida lei complementar. 
C) A referida lei é inconstitucional, no que se refere ao ICMS, pois institui benefício 
fiscal do imposto sem a competente autorização por meio de convênio do Conselho 
22 
Nacional de Política Fazendária – CONFAZ. 
D) Segundo a Constituição Federal, a fiscalização do cumprimento das obrigações 
principais e acessórias do regime único de arrecadação poderá ser compartilhada pelos 
entes da Federação 
Respostas D C B D 
EXAME XVI 
Questão 25 
A União concedeu isenção, pelo prazo de cinco anos, da Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para as indústrias de veículos automotores 
terrestres que cumprissem determinadas condições. Sobre a isenção tributária, é 
possível afirmar que 
A) as indústrias de aviação podem requerer a benefício, pois a norma que concede 
isenção deve ser interpretada extensivamente. 
B) a União poderá, a qualquer tempo, revogar ou modificar a isenção concedida. 
C) a isenção da Cofins pode ser concedida mediante decreto, desde que a norma seja 
específica. 
D) as indústrias de veículos automotores terrestres não estão dispensadas do 
cumprimento das obrigações acessórias, pois elas são independentes da existência da 
obrigação principal. 
Questão 26 
Determinado contribuinte verificou a existência de débitos vencidos de Imposto sobre 
a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e da taxa de coleta de lixo com o 
Município M. Os dois tributos são relativos ao ano-calendário de 2012 e se referem ao 
imóvel onde reside. O contribuinte pagou ao Município M montante insuficiente para a 
quitação de ambos os tributos. Diante de tais débitos, a autoridade administrativa 
municipal que recebeu o pagamento 
A) determinará, primeiramente, a imputação do pagamento à taxa e, posteriormente, ao 
imposto. 
B) determinará o pagamento na ordem decrescente dos prazos prescricionais. 
C) determinará o pagamento na ordem crescente dos montantes. 
D) determinará, primeiramente, a imputação do pagamento ao imposto e, 
posteriormente, à taxa. 
Questão 27 
Uma obrigação tributária referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços (ICMS) teve seu fato gerador ocorrido em 1º de junho de 2012. O débito foi 
objeto de lançamento em 21 de janeiro de 2014. A inscrição em dívida ativa ocorreu em 
02 de junho de 2014. A execução fiscal foi ajuizada em 21 de outubro de 2014 e, em 02 
23 
de março de 2015, o juiz proferiu despacho citatório nos autos da execução fiscal. 
Considerando que o contribuinte devedor alienou todos os seus bens sem reservar 
montante suficiente para o pagamento do tributo devido, assinale a opção que indica o 
marco temporal, segundo o CTN, caracterizador da fraude à execução fiscal, em termos 
de data de alienação. 
A) 21 de janeiro de 2014 
B) 02 de junho de 2014 
C) 02 de março de 2015 
D) 21 de outubro de 2014 
Questão 28 
Em 2007, a pessoa jurídica Y recebeu notificação para pagamento de débitos de 
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Em 2014, diante da 
constatação de que a contribuinte não havia apresentado qualquer impugnação e nem 
realizado o pagamento, o Município X ajuizou execução fiscal para a cobrança destes 
créditos. Considerando os fatos narrados e as disposições da Lei nº 6.830/80, o juiz, 
ao analisar a inicial da execução fiscal proposta pelo Fisco, 
A) poderá, de ofício, reconhecer e decretar a prescrição somente depois de ouvida a 
Fazenda Pública. 
B) poderá, de ofício, reconhecer e decretar a prescrição somente depois de ouvida a 
Fazenda Pública e a contribuinte. 
C) poderá decretar a prescrição de ofício, independentementeda prévia oitiva da 
Fazenda Pública. 
D) só poderá decretar a prescrição se esta vier a ser suscitada pela contribuinte. 
Respostas D A B C 
 
EXAME XVII 
Questão 25 
Após ser intimada da lavratura de um auto de infração visando à cobrança da 
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) dos últimos cinco anos, 
a pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. verificou que o tributo não era devido e 
ofereceu impugnação ao auto de infração. Como irá participar de uma licitação, a pessoa 
jurídica em questão irá precisar de certidão de regularidade fiscal – no caso, Certidão 
Positiva de Débito com Efeito de Negativa (CPD-EN). Na hipótese, considerando que o 
contribuinte não possui outros débitos, assinale a afirmativa correta. 
A) A impugnação ao auto de infração exclui o crédito tributário, sendo possível a 
emissão da CPD-EN. 
B) A impugnação ao auto de infração, sem o pagamento do crédito, impede a emissão da 
24 
CPD-EN. 
C) A pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. somente terá direito à CPD-EN caso 
realize o depósito do montante integral. 
D) A impugnação ao auto de infração suspende a exigibilidade do crédito, sendo possível 
a emissão da CPD-EN. 
Questão 26 
A União ajuizou execução fiscal em face da pessoa jurídica XYZ Ltda., devedora de 
tributos federais. No curso da execução fiscal, a falência da pessoa jurídica foi 
decretada. Após requerimento da União, deferido pelo Juízo, Francisco, sócio da pessoa 
jurídica XYZ Ltda., é incluído no polo passivo da execução fiscal, em razão da decretação 
de falência. Sobre a hipótese, é possível afirmar que 
A) a decretação de falência autoriza o redirecionamento da execução fiscal para 
Francisco, por ser considerada hipótese de infração à lei, que enseja responsabilidade 
tributária. 
B) o fato de Francisco ser sócio da XYZ Ltda. acarreta, por si só, responsabilidade 
pessoal pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias da pessoa jurídica. 
C) Francisco não poderia ser incluído no polo passivo, ainda que fosse administrador da 
XYZ Ltda. e tivesse encerrado ilegalmente as atividades da pessoa jurídica. 
D) Francisco não poderia, unicamente em razão da decretação de falência de XYZ Ltda., 
ser incluído no polo passivo da execução fiscal. 
Questão 27 
A pessoa jurídica X foi contemplada com isenção do Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana (IPTU) do imóvel utilizado para suas atividades comerciais. 
A referida isenção foi concedida pelo prazo de 5 (cinco) anos e sob a condição de que o 
imóvel seja utilizado para a produção de artesanato regional. Com base no caso 
apresentado, sobre a referida isenção assinale a opção correta. 
A) Poderá ser suprimida por lei, a qualquer tempo, ainda que o contribuinte atenda à 
condição de utilizar o imóvel para a produção de artesanato regional. 
B) Não poderá ser suprimida no prazo de 5 (cinco) anos, caso o contribuinte cumpra a 
condição de utilizar o imóvel para a produção de artesanato regional. 
C) Não poderá ser suprimida no prazo de 5 (cinco) anos, ainda que o contribuinte utilize 
o imóvel para a realização de atividades comerciais diversas da produção de artesanato 
regional. 
D) Poderá ser suprimida por decreto, a qualquer tempo, ainda que o contribuinte cumpra 
a condição de utilizar o imóvel para a produção de artesanato regional. 
Questão 28 
Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Estado X da Federação instituiu, por meio de 
25 
Provimento da Corregedoria Geral da Justiça, as custas judiciais e os emolumentos 
cartorários vigentes a partir da data da publicação. Sobre a hipótese, assinale a 
afirmativa correta. 
A) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de preço 
público e, portanto, não estão sujeitos às limitações constitucionais ao poder de tributar. 
B) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de 
serviço. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da 
legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal. 
C) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de 
contribuição social. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios 
da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal. 
D) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de 
poder de polícia. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da 
legalidade e da anterioridade de exercício. 
Respostas D D B B 
EXAME XVIII 
Questão 25 
A União instituiu determinado tributo federal e conferiu a uma autarquia as tarefas de 
fiscalizá-lo e arrecadá-lo. 
Tendo em vista a situação narrada, assinale a opção correta. 
A) A capacidade tributária ativa (realizar atos de fiscalização e arrecadação) é 
delegável. 
B) Trata-se de caso de delegação da competência tributária da União. 
C) Não é possível que a União revogue, a qualquer tempo e por ato unilateral, a atribuição 
que conferiu a tal autarquia. 
D) Em eventual discussão judicial proposta por um contribuinte do tributo, a autarquia 
não terá prazo em dobro para recorrer. 
Questão 26 
Antônio, prestador de serviço de manutenção e reparo de instrumentos musicais, 
sujeito à incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS), deixou de recolher o tributo 
incidente sobre fato gerador consumado em janeiro de 2013 (quando a alíquota do ISS 
era de 5% sobre o total auferido pelos serviços prestados e a multa pelo inadimplemento 
do tributo era de 25% sobre o ISS devido e não recolhido). 
Em 30 de agosto de 2013, o Município credor aprovou lei que: 
(a) reduziu para 2% a alíquota do ISS sobre a atividade de manutenção e reparo de 
instrumentos musicais; 
e (b) reduziu a multa pelo inadimplemento do imposto incidente nessa mesma atividade, 
26 
que passou a ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido. 
Em fevereiro de 2014, o Município X promoveu o lançamento do imposto, exigindo do 
contribuinte o montante de R$ 25.000,00 – sendo R$ 20.000,00 de imposto (5% sobre 
R$ 400.000,00, valor dos serviços prestados) e R$ 5.000,00 a título de multa pela falta 
de pagamento (25% do imposto devido). 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) O lançamento está correto em relação ao imposto e à multa. 
B) O lançamento está incorreto tanto em relação ao imposto (que deveria observar a 
nova alíquota de 2%) quanto em relação à multa (que deveria ser de 10% sobre o ISS 
devido e não recolhido). 
C) O lançamento está correto em relação à multa, mas incorreto em relação ao imposto 
(que deveria observar a nova alíquota de 2%). 
D) O lançamento está correto em relação ao imposto, mas incorreto em relação à multa 
(que deveria ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). 
Questão 27 
A Presidência da República, por meio do Decreto 123, de 1º de janeiro de 2015, aprovou 
novas alíquotas para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), dentro das 
balizas fixadas na lei tributária, a saber: 
Cigarro – alíquota de 100% 
Vestuário – alíquota de 10% 
Macarrão – alíquota zero 
Sobre a hipótese, é possível afirmar que 
A) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio da legalidade. 
B) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio do não confisco. 
C) as alíquotas são diferenciadas em razão da progressividade do IPI. 
D) as alíquotas são diferenciadas em razão do princípio da seletividade do IPI. 
Questão 28 
Prefeito de um determinado município resolveu conceder isenção de IPTU, por 10 (dez) 
anos, a proprietários de imóveis que sejam portadores de deficiência e que realizem 
investimento nas condições de acessibilidade de suas propriedades.Com base na 
situação apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) É possível que o município institua a isenção por meio de decreto. 
B) Tal isenção constitui caso de suspensão da exigibilidade daqueles créditos 
tributários. 
C) Somente por meio de lei específica municipal pode ser concedida isenção de IPTU. D) 
A isenção concedida em função de determinadas condições, como é o caso, pode ser 
27 
revogada a qualquer tempo. 
Respostas A D D C 
EXAME XIX 
Questão 25 
João foi citado, em execução fiscal, para pagamento do Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana (“IPTU”) relativo ao imóvel em que reside e do qual é 
proprietário. Ocorre que o contribuinte pretende impugnar tal cobrança por meio de 
embargos à execução. Tendo em vista a disciplina da Lei nº 6.830/80, tais embargos 
poderão ser apresentados no prazo de 30 dias, contados a partir 
A) da juntada aos autos do mandado de penhora devidamente cumprido. 
B) da sua citação. 
C) da data da intimação da penhora. 
D) da propositura da execução fiscal. 
Questão 26 
A pessoa jurídica Verdes Campos Ltda. realiza transporte de cargas entre os estados 
“X” e “Y” por meio de sua frota de 30 caminhões. Sobre a referida prestação de serviço 
de transporte, assinale a opção correta. 
A) Incide o ISS, de competência dos Municípios. 
B) Não incide qualquer imposto. 
C) Incide o ICMS, de competência dos Estados. 
D) Incide o IPVA, de competência dos Estados. 
Questão 27 
A falência da sociedade XYZ ltda foi decretada em 5/6/2014. Nessa data, a pessoa 
jurídica já possuía dois imóveis hipotecados para garantia de dívidas diversas. A União 
tem créditos tributários a receber da sociedade, inscritos em dívida ativa em abril de 
2013. Baseado nos fatos narrados, assinale a afirmativa correta. 
A) A União tem direito de preferência sobre todo e qualquer credor, porque o crédito 
tributário foi inscrito em dívida ativa antes da decretação da falência. 
B) A União tem direito de preferência sobre os credores com garantia real, pois o 
crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de 
sua constituição. 
C) A União tem de respeitar a preferência dos credores hipotecários, no limite do valor 
dos bens gravados. 
D) A União tem de respeitar a preferência dos credores hipotecários, no limite do valor 
das dívidas garantidas pelas hipotecas. 
Questão 28 
28 
O Estado X, visando aumentar a sua arrecadação, instituiu novo imposto, não previsto 
na Constituição Federal. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. 
A) O Estado X pode instituir imposto, mediante lei complementar, desde que previsto 
na Constituição Estadual. 
B) Para exercer a competência residual do Estado X, é necessária lei de iniciativa do 
Governador do Estado. 
C) O Estado X não pode instituir o imposto novo, tendo em vista que a competência 
residual para a instituição de novos impostos é somente da União. 
D) É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a instituição de 
impostos não previstos na Constituição Federal. 
Respostas C C C C 
EXAME XX 
Questão 25 
Determinado ente da Federação instituiu um tributo incidente sobre a folha de salários 
e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física 
que preste serviço a empregador privado, ainda que sem vínculo empregatício, com o 
objetivo de financiar a seguridade social. Em sintonia com a CRFB/88, assinale a opção 
que indica o ente da federação competente para a instituição do tributo descrito e o 
nome do tributo em questão. 
A) Estados-membros e o Distrito Federal. Contribuição previdenciária. 
B) União. Contribuição social. 
C) União. Imposto sobre a renda. 
D) Todos os entes da Federação. Contribuições sociais. 
Questão 26 
Fulano de Tal prometeu adquirir de uma autarquia federal um imóvel residencial urbano. 
O sinal e parte substancial do preço são pagos no momento da lavratura da escritura 
pública de promessa de compra e venda, que é prontamente registrada no Registro Geral 
de Imóveis (RGI) competente. O saldo do preço será pago em várias parcelas. Após o 
registro da promessa de compra e venda 
A) passa a incidir o IPTU, a ser pago pela autarquia. 
B) continua a não incidir o IPTU, por força da imunidade da autarquia (cujo nome 
continua vinculado ao imóvel no RGI, ainda que agora a autarquia figure como promitente 
vendedora). 
C) passa a incidir o IPTU, a ser pago solidariamente pela autarquia e por Fulano de Tal. 
D) passa a incidir o IPTU, a ser pago por Fulano de Tal, uma vez que registrada no RGI 
a promessa de compra e venda do imóvel. 
Questão 27 
29 
O Estado Alfa institui, por meio de lei complementar, uma taxa pela prestação de 
serviço público específico e divisível. Posteriormente a alíquota e a base de cálculo da 
taxa vêm a ser modificadas por meio de lei ordinária, que as mantém em patamares 
compatíveis com a natureza do tributo e do serviço público prestado. A lei ordinária em 
questão é 
A) integralmente inválida, pois lei ordinária não pode alterar lei complementar. 
B) parcialmente válida – apenas no que concerne à alteração da base de cálculo, pois a 
modificação da alíquota só seria possível por meio de lei complementar. 
C) parcialmente válida – apenas no que concerne à alteração da alíquota, pois a 
modificação da base de cálculo só seria possível por meio de lei complementar. 
D) integralmente válida, pois a matéria por ela disciplinada não é constitucionalmente 
reservada à lei complementar. 
Questão 28 
Após verificar que realizou o pagamento indevido de Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços - ICMS, determinado contribuinte requer administrativamente 
a restituição do valor recolhido. O órgão administrativo competente denega o pedido de 
restituição. 
Qual o prazo, bem como o marco inicial, para o contribuinte ajuizar ação anulatória da 
decisão administrativa que denega a restituição? 
A) 2 (dois) anos contados da notificação do contribuinte da decisão administrativa. 
B) 5 (cinco) anos contados da notificação do contribuinte da decisão administrativa. 
C) 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do exercício seguinte ao fato gerador. 
D) 1 (um) ano contado da data do julgamento. 
Respostas B D D A 
EXAME XXI 
Questão 25 
João deixou de pagar o Imposto de Importação sobre mercadoria trazida do exterior, 
sendo notificado pelo fisco federal. Ao receber a notificação, logo impugnou 
administrativamente a cobrança. Percebendo que seu recurso administrativo demoraria 
longo tempo para ser apreciado e querendo resolver a questão o mais rápido possível, 
propõe ação anulatória para discutir matéria idêntica àquela demandada 
administrativamente. Com base nesse relato, assinale a afirmativa correta. 
A) Haverá o sobrestamento da ação anulatória até que seja efetivamente apreciada a 
impugnação administrativa. 
B) A medida judicial será indeferida devido à utilização de recurso na esfera 
administrativa. 
C) A propositura de ação judicial sobre matéria idêntica àquela demandada na esfera 
30 
administrativa não constitui em desistência de tal esfera. 
D) A concomitância de defesa administrativa com medida judicial versando sobre 
matérias idênticas implica desistência do recurso administrativo interposto. 
Questão 26 
Determinado Estado da Federação publicou, em julho de 2015, a Lei nº 123/2015, que 
majorou o valor das multas e das alíquotas de ICMS. Em fevereiro de 2016, em 
procedimento de fiscalização, aquele Estado constatou que determinado contribuinte, 
em operações realizadas em outubro de 2014, não recolheu o ICMS devido. Por conta 
disso, foi efetuado o lançamento tributáriocontra o contribuinte, exigindo-lhe o ICMS 
não pago e a multa decorrente do inadimplemento. O lançamento em questão só estará 
correto se 
A) as multas e alíquotas forem as previstas na Lei nº 123/2015. 
B) as alíquotas forem as previstas na Lei nº 123/2015 e as multas forem aquelas 
previstas na lei vigente ao tempo do fato gerador. 
C) as multas e as alíquotas forem as previstas na lei vigente ao tempo do fato gerador. 
D) as multas forem as previstas na Lei nº 123/2015 e as alíquotas forem aquelas 
previstas na lei vigente ao tempo do fato gerador. 
Questão 27 
João, advogado tributarista, é procurado para orientar a empresa L a respeito do 
comportamento da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre matéria 
tributária. Como assistente de João, assinale a opção que veicula enunciado com efeito 
vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta 
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
A) Na entrada de mercadoria importada do exterior é legítima a cobrança do ICMS por 
ocasião do desembaraço aduaneiro. 
B) Ainda quando alugado a terceiros, o imóvel pertencente a qualquer das entidades 
referidas pelo Art. 150, inciso VI, alínea c, da CRFB/88, permanece imune ao IPTU, não 
importando a finalidade a que os aluguéis se destinem. 
C) A norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária está sujeita 
ao princípio da anterioridade. 
D) A exigência de depósito prévio, como requisito de admissibilidade de ação judicial na 
qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário, é constitucional. 
Questão 28 
A Pessoa Jurídica ABC verificou que possuía débitos de Imposto sobre a Renda (“IRPJ”) 
e decidiu aderir ao parcelamento por necessitar de certidão de regularidade fiscal para 
participar de licitação. Após regular adesão ao parcelamento e diante da inexistência 
de quaisquer outros débitos, a contribuinte apresentou requerimento para emissão da 
certidão. Com base nessas informações, o Fisco deverá 
31 
A) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de extinção do crédito tributário. 
B) indeferir o pedido, pois a certidão somente poderá ser emitida após o pagamento 
integral do tributo em atraso. 
C) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de suspensão da exigibilidade do 
crédito tributário. 
D) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de exclusão do crédito tributário. 
Respostas D C A C 
EXAME XXII 
Questão 25 
João e Pedro são, por lei, contribuintes obrigados solidariamente a pagar determinado 
tributo. Foi publicada lei que isenta os ex-combatentes do pagamento de tal tributo, 
sendo este o caso pessoal somente de João. Tendo em vista essa situação, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Sendo um caso de isenção pessoal, a lei não exonera Pedro, que permanece obrigado 
a pagar o saldo remanescente, descontada a parcela isenta em favor de João. 
B) Pedro ficará totalmente exonerado do pagamento, aproveitando-se da isenção em 
favor de João. 
C) O imposto poderá ser cobrado de Pedro ou de João, pois a solidariedade afasta a 
isenção em favor deste. 
D) Pedro permanece obrigado a pagar integralmente o imposto, nada obstante a isenção 
em favor de João. 
Questão 26 
O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, sobre o serviço público de 
coleta, remoção e tratamento de lixo e resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, 
com sede no Município X, foi notificada da cobrança da referida taxa. Sobre a hipótese 
apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X. 
B) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível. 
C) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a 
instituição de taxas de serviço público. 
D) A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes. 
Questão 27 
O Município Alfa realizou obras nas praças públicas de determinado bairro, incluindo 
iluminação e arborização. Tais obras acarretaram a valorização imobiliária de dezenas 
de residências daquela região. Em decorrência disso, o município instituiu contribuição 
de melhoria. Sobre a contribuição em questão, segundo o CTN, assinale a afirmativa 
correta. 
32 
A) É inválida, pois deveria ter sido instituída pelo Estado Beta, onde está localizado o 
Município Alfa. 
B) É válida, porque foi instituída para fazer face ao custo de obra pública da qual 
decorre a valorização imobiliária. 
C) É válida, mas poderia ter sido instituída independentemente da valorização dos 
imóveis dos contribuintes. 
D) É inválida, porque deveria ter, como limite individual, o valor global da despesa 
realizada pelo Poder Público na obra e não a valorização de cada imóvel. 
Questão 28 
Por meio da Lei Ordinária nº 123, a União instituiu contribuição não cumulativa destinada 
a garantir a expansão da seguridade social, utilizando, para tanto, fato gerador e base 
de cálculo distintos dos discriminados na Constituição da República. A referida lei foi 
publicada em 1º de setembro de 2015, com entrada em vigor em 2 de janeiro de 2016, 
determinando o dia 1º de fevereiro do mesmo ano como data de pagamento. Por 
considerar indevida a contribuição criada pela União, a pessoa jurídica A, atuante no 
ramo de supermercados, não realizou o seu pagamento, razão pela qual, em 5 de julho 
de 2016, foi lavrado auto de infração para a sua cobrança. Considerando a situação em 
comento, assinale a opção que indica o argumento que poderá ser alegado pela 
contribuinte para impugnar a referida cobrança. 
A) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade nonagesimal. 
B) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade anual. 
C) A nova contribuição somente poderia ser instituída por meio de lei complementar. D) 
A Constituição da República veda a instituição de contribuições não cumulativas. 
Respostas A D B C 
EXAME XXIII 
Questão 22 
O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos (cujas receitas, inclusive seus 
eventuais superávits, são integralmente reinvestidas no estabelecimento de ensino) 
deseja saber se está correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco, que negou a 
pretendida imunidade tributária, sob o argumento de que a instituição de ensino privada 
auferia lucros. Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a afirmativa correta. 
A) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições 
de ensino que não sejam superavitárias. 
B) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições 
públicas de ensino. 
C) O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo 
estabelecimento de ensino imune. 
33 
D) O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a 
instituição não precisa ser deficitária, desde que o superávit seja revertido para suas 
finalidades. 
Questão 23 
A massa falida X possui (i) débitos tributários vencidos de Imposto sobre Circulação 
de Mercadorias e Serviços – ICMS; (ii) débitos decorrentes da legislação do trabalho, 
no valor de 30 salários mínimos; (iii) débitos com os sócios da massa falida X; e (iv) 
remuneração devida ao administrador da massa. Em tal quadro, assinale a afirmativa 
correta. 
A) O débito de natureza tributária será pago em primeiro lugar. 
B) O débito de natureza tributária será pago em segundo lugar. 
C) O débito de natureza tributária será pago em terceiro lugar. 
D) O débito de natureza tributária será pago em quarto lugar. 
Questão 24 
O laboratório de análises clínicas X realizou a importação de equipamento eletrônico 
necessário para a realização de alguns exames.Por ocasião do desembaraço aduaneiro, 
foilhe exigido o pagamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cuja base 
de cálculo correspondia a 150% do preço corrente do equipamento no mercado 
atacadista da praça do remetente, acrescido do Imposto de Importação (II), das taxas 
exigidas para a entrada do produto no país e dos encargos cambiais efetivamente pagos 
pelo laboratório. Sobre a exigência feita, assinale a afirmativa correta. 
A) É ilegal, pois, além dos acréscimos, a base de cálculo está sendo de 150% do preço 
corrente do equipamento no mercado atacadista da praça do remetente. 
B) É ilegal, pois a base de cálculo está incluindo o montante correspondente ao imposto 
de importação. 
C) É ilegal, pois a base de cálculo está incluindo o montante correspondente às taxas 
exigidas para a entrada do produto no país. 
D) É ilegal, pois a base de cálculo está incluindo o 
Questão 25 
A pessoa jurídica XYZ, prestadora de serviços contábeis, é devedora de Imposto sobre 
a Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), além de multa moratória e punitiva, dos anos-calendário 
de 2014 e 2015. No ano de 2016, a pessoa jurídica XYZ foi incorporada pela pessoa 
jurídica ABC, também prestadora de serviços contábeis. Sobre a responsabilidade 
tributária da pessoa jurídica ABC, assinale a afirmativa correta. 
A) Ela é responsável apenas pelo IRPJ devido, não sendo responsável pelo pagamento 
das multas moratória e punitiva. 
B) Ela é responsável integral, tanto pelo pagamento do IRPJ devido quanto pelas multas 
34 
moratória e punitiva. 
C) Ela não é responsável pelo pagamento do IRPJ e das multas moratória e punitiva, uma 
vez que não praticou o fato gerador do tributo. 
D) Ela é responsável apenas pelo IRPJ e pela multa moratória, não sendo responsável 
pelo pagamento da multa punitiva. 
Questão 26 
O Estado E publicou a Lei nº 123, instituindo anistia relativa às infrações cometidas em 
determinada região de seu território, em função de condições a ela peculiares. Diante 
desse fato, o contribuinte C apresentou requerimento para a concessão da anistia, 
comprovando o preenchimento das condições e o cumprimento dos requisitos previstos 
em lei. Efetivada a anistia por despacho da autoridade administrativa, verificou-se o 
descumprimento, por parte do contribuinte, das condições estabelecidas em lei, 
gerando a revogação da anistia de ofício. Diante da situação apresentada, assinale a 
afirmativa correta. 
A) A anistia instituída pela Lei nº 123 é inviável, pois a anistia deve abranger todo o 
território da entidade tributante. 
B) Não é possível a revogação da anistia, pois o preenchimento das condições e o 
cumprimento dos requisitos previstos em lei, por parte do contribuinte, geram direito 
adquirido. 
C) A anistia instituída pela Lei nº 123 é inviável, pois a anistia somente pode ser 
concedida em caráter geral. 
D) É possível a revogação da anistia, pois o despacho da autoridade administrativa 
efetivando a anistia não gera direito adquirido. 
 Respostas D C A B D

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