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MATERIAIS DENTÁRIOS ODONTOLOGIA 1º SEMESTRE Introdução Cárie Dental Quase tudo começa por causa da doença Restaurar Devolver a forma e a função do dente, removendo o agente agressor Restaurações Segundo Black Classe I: envolve a face oclusal do dente Classe II: envolve a face oclusal e mesial ou distal, ou ainda, as três modalidades Classe IV: envolve a Classe III Envolve as faces proximais dos dentes anteriores (restauração, estética) Proximais dos dentes anteriores com comprometimento do ângulo incisal Classe V: envolve o terço cervical (gengival) Exemplos de Classes Classe I: Face Oclusal somente nos dentes posteriores (ex: dentes 17, 27 e 47). Classe II: Somente nas faces proximais dos dentes posteriores (ex: dente 17) Posteriores = 1º Pré-molar a 2º ou 3º Molar. Classe III: Somente nas faces proximais dos dentes anteriores (ex: dente 11) Classe IV: Ocorre no comprometimento do ângulo incisal nas faces proximais dos dentes anteriores (ex: dente 21) Classe V: Envolve o terço cervical (ex: dente 33) Exemplos de Faces Dente 17 = Oclusal/Mesial – Dente 13 = Distal – Dente 12 = Distal – Dente 11 = Mesial Dente 21 = Incisal – Dente 22 = Distal – Dente 27 = Oclusal – Dente 47 = Oclusal Dente 41 = Vestibular – Dente 33 = Cervical Restauração pode ser direta ou indireta Exemplo de restauração direta não estética: é aquela que faz direto na boca. Neste caso utilizaremos amálgama de prata, que é um dos materiais mais antigos utilizados. Qual material é utilizado? Material de proteção pulpar Amálgama: limalha de Ag e Hg Material de Polimento Exemplo de restauração direta estética: classe IV – é quando ocorre o comprometimento de ângulo nas faces proximais dos dentes anteriores. Restauração Indireta Restaurações Metálicas Fundidas – RMF Prótese Parcial Fixa – PPF INLAY / ONLAY: Cerâmica / Resina Composta Restauração Prot Provisórias – Resina Acrílica Classificação e Indicação dos Materiais Restauradores e Propriedades dos Materiais Odontológicos O melhor material dentário é, e sempre será, o dente natural que consiste numa mistura de hidroxiapatita e colágeno. Seu ponto fraco é que pode ser destruído pela ação do ácido láctico resultante do metabolismo de bactérias, presente na boca. Este processo gera as cáries e muita pesquisa tem sido desenvolvida para a obtenção de materiais que tenham as propriedades mecânicas do dente natural e também resistência a reações químicas como o ácido láctico e com outras substâncias presentes na saliva e nos alimentos. Os materiais restauradores são divididos em 4 grupos: metais cerâmicas polímeros compósitos Os materiais restauradores incluem: Metais nobres e básicos Ligas de amálgama Cimentos Compósitos (resina composta) Ionômero de vidro Cerâmicas (porcelanas) Gesso Revestimento para fundição Ceras odontológicas Compostos para moldagem Resina para base de prótese (resina acrílica) Durante a seleção dos materiais dentários para o emprego clínico, várias propriedades dos materiais devem ser levadas em consideração, como: Biocompatibilidade; Propriedades físico-químicas; Característica de manipulação; Estética; Fator econômico A cada material é estudado: Características físicas e químicas Propriedades relacionadas à aplicação envolvida Composição química Manipulação (para desenvolver as propriedades mais satisfatórias) Todo material tem que ter autorização da A.D.A (American Dental Association), tem a função de controlar as características e propriedades físicas e químicas de um material de modo a assegurar um desempenho satisfatório do material quando este é adequadamente empregado. Objetivo: Conhecer o desenvolvimento dos materiais restauradores para concluir a respeito da situação atual dos mesmos. Relacionar o conteúdo da disciplina de Materiais Dentários com as demais disciplinas do currículo. Identificar os materiais restauradores com fundamento nas evoluções e suas necessidades em função da aplicação. Valorizar e identificar os materiais restauradores, com fundamento nas suas propriedades, para indicar a sua aplicação nos processos de recuperação oral. Propriedades físicas: resistência à abrasão; viscosidade; relaxamento estrutural e de tensões; creep e escoamento; cor e percepção de cor (está presente em grande parte das atividades do dentista); condutibilidade térmica (é a quantidade de calor que atravessa um corpo). Propriedades mecânicas: retenção; resistência; dureza; resiliência; tensões: de tração, compressão, cisalhamento e flexão; módulo de elasticidade. Biocompatibilidade: não devem prejudicar a polpa nem aos tecidos moles; não devem conter substâncias tóxicas (sistema circulatório); devem ser livres de agentes sensibilizantes que possam causar reações alérgicas; não devem ter potencial carcinogênico. 1 - GESSO: Identificar os diversos tipos de gesso e conhecer a estrutura do material. Executar a manipulação dos gessos com base na relação A/P, de acordo com as diferentes finalidades do material. Indicar e valorizar o uso dos diferentes tipos de gesso, com fundamento nas suas respectivas propriedades. 2 - MATERIAIS DE MOLDAGEM: Moldeiras de Estoque AÇO PLÁSTICO ALUMÍNIO Moldeiras individuais RESINA ACRÍLICA GODIVA MOLDAGEM / MOLDE / MODELO Moldagem: é o ato de obtermos a cópia em negativo do(s) dente(s) em questão, ou seja, é o ato para obtermos o molde. Molde: corresponde ao resultado da operação de moldagem e é representado pela cópia em negativo, do arco dental e tecidos circunjacentes. Modelo: é a reprodução do(s) elemento(s) desejado(s), em positivo, isto é, a reprodução “idêntica” dos elementos desejados. Material utilizado nas restaurações indiretas. Material de moldagem Material para modelo (gesso) Cera Metal, porcelana, resina e outros Material de forramento Cimentos Requisitos de um material de moldagem Alta capacidade de cópia (reproduzir detalhes, margens) Baixa alteração dimensional de presa Estabilidade dimensional após a presa Elasticidade Fácil manipulação Não tóxico, não irritante Odor sabor agradável Tempo de trabalho adequado Classificação dos materiais de moldagem ELÁSTICOS Hidrocolóides reversíveis A mudança do estado de sol para gel, ou vice versa é provocado pela mudança de temperatura. Composição: Ágar, Boratos, Sulfatos, Cera dura, Materiais Tixotrópicos e Água. Propriedades Mecânicas: o molde nunca deve ser removido fazendo-se movimentos de báscula, mas sim a remoção deve ser de forma rápida, com uma direção paralela e mais próxima possível ao longo eixo dos dentes, para que não haja deformação do molde. Manipulação Precisão Preparo do material: transformação do estado gel para o estado sol com água em ebulição por 10 minutos. Condicionamento: o material que é utilizado para preenchimento da moldeira deve ser condionado a uma temperatura de 43º por aproximadamete 17 minutos para aumentar sua viscosidade e não escoe para fora da moldeira. Moldagem: quando os dentes forem cobertos com o material da seringa, imediatamente trazer a moldeira carregada com hidrocolóide e que se encontra armazenada no banho de condicionamento. A gelificação é favorecida pela circulação de água fria (18º a 21º C), pelos tubos que existem nessas moldeiras, por no mínimo 5 minutos. Hidrocolóides irreversíveis A mudança do estado de sol para gel, é provocado por reação química. Composição: Alginato de potássio, sulfato de cálcio, óxido de zinco, fluoreto de potássio e titânio, terra diatomácea e fosfato de sódio. Propriedades: Facilidade de manipulação, material confortável para o paciente, custo baixo, não requer equipamento elaborado. Manipulação: deve ser feito de forma rigorosa e comprimindo-se o materialcontra as paredes da cuba. Deve ser suficiente para obter uma mistura homogênea. (45 segundos a 1 minuto) Elastômeros Materiais para moldagem que se assemelham com borracha. Tipos: Polissulfetos Composição: polímero de polissulfeto, litopone e dióxido de titânio. Poliéter Composição: Pasta Base: Sílica Coloidal, éter glicólico, Pasta Aceleradora: sulfonato alquílico aromático. Siliconas por Condensação Líquido ou Pasta Catalisadora: polímero de silicona, Pasta Base: sílica coloidal ou óxido metálico. Siliconas por Adição Composição: Pasta Base: polimetil siloxana hidrogenada, Pasta Catalisadora: sal de platina. ANELÁSTICOS Termoplásticos: (somente para desdentado total) Godivas: São produtos da mistura de ceras, resinas termoplásticas, materiais de carga e agentes corantes. Composição: Cera de abelha, goma-laca, ácido estearático e guta-percha. Ceras: seu principal componente é a parafina. Gesso (fora de uso) Pasta ZOE: Composição: são duas pastas 1 eugenol e colofônia, 2 óxido de zinco e óleos vegetais e minerais. Requisitos Alta capacidade de reprodução Alteração de presa quase desprezível Alta estabilidade dimensional Alta resistência mecânica Fácil manipulação Conhecer a classificação dos materiais para impressões e estabelecer as relações existentes entre as propriedades apresentadas e as indicações específicas. Conhecer a composição das godivas, das pastas de óxido de zinco e eugenol, dos hidrocolóides e dos elastômeros, a manipulação dos diversos tipos apresentados, as suas respectivas propriedades e efetuar a sua manipulação, para indicar o uso do material. 3 - POLÍMEROS (resina acrílica): São resinas sintéticas ou plásticas representam um grupo de materiais, cujas características são de possuir moléculas muito grandes, formando grandes cadeias. Conhecer a estrutura dos plásticos sintéticos de uso odontológico. Conhecer os diversos tipos de resina de uso odontológico, sua composição, sua manipulação e suas propriedades, identificar os tipos de resina conforme a composição e indicar as suas finalidades na prática profissional. Tipos de resina acrílica em uso na Odontologia - R.A.A.Q - R.A.A.T - R.F.A - R.A ativada por microondas Uso na Odontologia Próteses dentárias: Definitivas: próteses totais, próteses parciais e unitárias Provisórias: próteses parciais (perereca) e coroas provisórias Prótese buco-maxilo-facial Aparelhos ortodônticos Placas miorelaxantes Material auxiliar para confecção de próteses: moldeiras individuais, coppings de moldagem, padrão de fundição Material auxiliar em cirurgia e implantodontia: goteiras, guias cirúrgicos 4 - CIMENTOS ODONTOLÓGICOS CIMENTOS ODONTOLÓGICOS PARA CIMENTAÇÃO, RESTAURAÇÃO E PROTEÇÃO PULPAR. Uso e classificação dos cimentos Cimentos são usados como materiais restauradores que apresentam baixa resistência quando comparados ao amálgama e a resina composta. Além disso, também são usados como forramento e base de restaurações e principalmente como agente cimentante de restaurações indiretas, de prótese fixa e aparelhos ortodônticos. Cimentos para restaurações Temporários (dias a semanas) Intermediários (semanas a meses) Permanentes (anos) Proteção pulpar Selantes de fissuras Construção de núcleos em dentes extensamente destruídos Obturação de canais Cimentos são compostos Pó e liquido: reações de presa são do tipo ácido base, ou seja, o liquido age como ácido e o pó como base. Pasta e pasta: reações de presa são do tipo base e catalisador, ou seja, uma pasta é a base e a outra é o catalisador. Tipos de Cimento Fosfato de zinco: agente cimentante para restaurações e aparelhos ortodônticos. Óxido de zinco e eugenol: restaurações temporárias e intermediárias, agente cimentante temporário e permanente, base com isolante térmico e forramento de cavidade e capeamento pulpar. Policarboxilato: agente cimentante para restaurações em desuso Silicato: restaurações de dentes anteriores em desuso. Hidróxido de Cálcio: agente para capeamento pulpar, base como isolamento térmico, agente cimentante temporário. Ionômero de vidro: restaurações de dentes anteriores, agente cimentante para restaurações, aparelhos ortodônticos e forramento de cavidade. Ionômero de vidro modificado por metal: restaurações conservadoras em posteriores; construção de núcleos. Resinosos: agente cimentante para restaurações e aparelhos ortodônticos As formulações básicas quando são modificadas pelo fabricante: Característica de manipulação Tempo de presa Espessura de película Resistência Escolha de um cimento ideal Propriedades físicas Propriedades biológicas Características de manipulação Tempo de trabalho Tempo de presa Facilidade de remoção do excesso Custo Cimentação Temporária Propriedades ideais: Promover sedação e reparação do complexo dentino-pulpar Promover bom selamento marginal Possuir bom índice de resistência Facilidade de limpeza Cimentação Definitiva Propriedades ideais: Retenção Selamento marginal Efeito terapêutico Resistência Espessura mínima de película Facilidade de trabalho e de manipulação Tempo de presa satisfatório CIMENTO DE SILICATO Característica Importante material estético no passado (atualmente em desuso) Liberação de flúor (inibição de cárie) Alta solubilidade (longevidade) Perda de contorno anatômico Degradação da qualidade marginal Composição Pó – Sílica Alumina Compostos fluoretados Liquido – Água Acido fosfórico Sais corretores Propriedades físicas Resistente à compressão Frágil à tração Propriedades biológicas Ph baixo – irritante severo Requer proteção pulpar Potencial anticariogênico HIDRÓXIDO DE CÁLCIO É um agente protetor da polpa que tem como finalidade favorecer a sua recuperação biológica na ausência de infecção e inflamação irreversível, estimulando a mineralização e/ou neoformação de uma barreira de dentina, bloqueando a ação de agentes irritantes. Forma de apresentação Pó de Hidróxido de Cálcio PA Solução de hidróxido de cálcio Suspensão de hidróxido de cálcio Pasta de hidróxido de cálcio Cimento de hidróxido de cálcio Composição Pasta base Hidróxido de cálcio 53,9% Oxido de zinco 9,7% Sulfato de bário Propileno de glicol Pasta catalisadora Dióxido de titânio Sulfato de cálcio Ácido salicilico Dióxido de tungstênio Indicações Agente para capeamento pulpar Base como isolamento térmico Agente cimentante temporário Vantagens Bacteriostáticos e bactericida – inibe as enzimas microbianas pelo elevado pH Biocompatíveis: tem a capacidade de estimular a regeneração pulpar além de protegê-la contra estímulos lesivos e possuem uma comprovada propriedade de induzir a neoformação dentinária. Desvantagens Pequeno tempo de trabalho que oferece após a espatulação Elevada solubilidade Falta de adesão à estrutura dental Incapacidade de induzir dentinogênese reparadora sem necrose superficial do tecido pulpar exposto Baixa resistência à compressão dos cimentos CIMENTO DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL (ZOE) Indicações Restaurações temporárias Restaurações intermediárias Forramento de cavidades Base para isolamento térmico Cimentação temporários e permanentes Endodontia Cimentos cirúrgicos Classificação Tipo I: cimentação temporária Tipo II: cimentação permanente Tipo III: restaurações temporárias e intermediarias, base para isolamento térmico Tipo IV: forramento de cavidade Composição Pó – óxido de zinco Acetato de zinco Estearato de zinco Líquido – eugenol (extraído do óleo de cravo-da-índia, com pequenas quantidades de óleo de oliva). Outras composições Cimento reforçado por polímero: 80% de óxidode zinco e 20% de polimetilmetacrilato Cimento reforçado por EBA – alumina: 70% de óxido de zinco e 30% de alumina Cimento de óxido de zinco sem eugenol Propriedades Físicas: tempo de presa (relação pó/liq, adicionar água, resfriamento da placa) Resistência à compressão (tamanho das partículas) À desintegração Espessura do filme Químicas: tamanho das partículas (afeta tempo de presa) Vantagens Fácil manipulação e inserção Não necessita preparo prévio do dente Baixo custo Efeito sedativo sobre a polpa Selamento efetivo Desvantagens Efeito irritante do eugenol: ele é incluído como agente irritante aos tecidos periapicais Estética desfavorável Baixa resistência ao desgaste e compressão CIMENTO DE POLICARBOXILATO DE ZINCO Indicações Agente cimentante para aparelhos ortodônticos Restaurações intermediárias Agente cimentante para restaurações Base para isolamento térmico Composição Pó Óxido de zinco Óxido de magnésio Líquido Ácido Poliacrilico Ácido iticônico CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO O fosfato de zinco é o mais antigo dos agentes cimentantes. Ele serve como padrão em relação aos novos sistemas, quando se trata de fazer comparação. É apresentado em forma de pó e liquido, em dois recipientes separados. Características Grande resistência Baixa solubilidade Proteção as injurias de ordem mecânica Eficaz isolante térmico e químico Indicação Agente cimentante para restaurações definitivas Forração de cavidades Aparelhos ortodônticos Composição Pó – óxido de zinco (90%) e o óxido de magnésio (10%) Líquido – ácido fosfórico, água, fosfato de alumínio e, em alguns casos fosfato de zinco. Manipulação porção de 1/16 ....... 10s porção de 1/16 ....... 10s porção de 1/8 ..........10s porção de ¼ ........... 15s porção de ¼ ........... 15s porção de ¼ ........... 30s Tempo de trabalho e de presa É o tempo medido desde o inicio da espatulação, quando a viscosidade da mistura é tal que ela pode fluir rapidamente sob pressão, de modo formar uma fina película. Um tempo de presa razoável para um cimento de fosfato de zinco varia entre 5 e 9 minutos. Fatores que influenciam o tempo de trabalho e de presa Relação pó/líquido. Velocidade de incorporação do pó Tempo de espatulação Temperatura e espessura da placa de vidro Propriedades físicas e biológicas Características mecânicas Solubilidade Resistência à compressão Consistência e espessura do filme Viscosidade Alta acidez Consistência Exageradamente fluido: o cimento não forma fio quando tentamos levantá-lo com a espátula: não serve pra nada Cimentação: o cimento forma um fio que quebra quando a espátula se afasta da placa Base restaurações: o cimento forma um fio que não quebra ao levantar a espátula Restauração: o cimento não forma fio porque formou uma massa muito coesa. GUTA PERCHA Composição Óxido de zinco Sulfato de bário Corantes orgânicos Indicação Obturação temporária de cavidade não sujeita a pressões intensas Material intermediário em restaurações provisórias Vantagens Facilita os tratamentos com maiores áreas de trabalho Biocompatível Radiopaco Não interfere no processo de reparação após a obturação IONÔMERO DE VIDRO Restaurações de dentes anteriores, agente cimentante para restaurações e aparelhos ortodônticos e forramentos cavitários. Resinosos: agente cimentante para restaurações e aparelhos ortodônticos. Desenvolvido por Wilson & Kent em 1972, o cimento de ionômero de vidro é um material em destaque na odontologia atual, pois veio agregar propriedades físicas e biológicas favoráveis, que não eram obtidas com outros materiais. É um grupo de materiais que usam pó de vidro e uma solução aquosa de ácido poliacrílico. Cimento híbrido Cimento de silicato – presença de flúor e a baixa alteração dimensional Cimento de policarboxilato de zinco – adesividade a estrutura dentária (ácido poliacrílico) Composição Pó Oxido de silício Oxido de alumínio Fluoreto de cálcio Liquido Solução aquosa Ácido poliacrílico Ácido tartárico Ácido itacônico São classificados pela sua composição química. Convencional Reforçado por metais Modificado por resinas Vantagens Bom contorno anatômico Biocompatibilidade Cariostático – liberação de flúor Adesividade Coeficiente de expansão térmica semelhante ao do dente. Desvantagens Tempo de trabalho curto Tempo de presa longo Pouca resistência à abrasão Pouca translucidez – pouca estética Difícil manipulação. Indicações Selamento de cicatrículas e fissuras Restaurações classe I, II, III e IV Forramento e base de restaurações Restaurações de dentes decíduos Núcleos de preenchimento Cimentação de coroas parciais ou totais Cimentação de bandas e acessórios ortodônticos Agente de cimentação em endodontia. Classificação Tipo I – para cimentação Tipo II – para restauração Tipo III – para base ou forramento Tipo IV – para núcleos ou reconstruções definitivas Características Tipo I – menor quantidade de carga (escoamento), maior adesividade a estrutura dentária Tipo II – restaura as áreas de abrasão / erosão (adesividade) Tipo III – forrar as cavidades em razão das características químicas: vedar os canalículos dentinários, presença de flúor e formação de dentina esclerosada Tipo IV – maior resistência ao desgaste na confecção de núcleos ou reconstruções definitivas Propriedades físicas e biológicas Resistência à fratura Adesividade Cariostático Biocompatibilidade Isolamento térmico Procedimentos críticos para restaurações de cimento de ionômero de vidro O preparo adequado da superfície da cavidade, a fim de se obter a adesão, uma manipulação apropriada, para obter-se uma mistura adequada para trabalho, e o acabamento e a proteção da superfície durante a maturação do cimento. Preparo da superfície Limpeza com pedra-pomes Secar a cavidade preparada Condicionamento com ácido poliacrílico – 15 segundos, não secar em demasia. Preparo do material Relação pó/líquido do fabricante Não expor muito tempo o material na placa Incorporar rapidamente o material Não exceder a espatulação por mais de 45 segundos Superfície lustrosa Inserção do material Injetar ou condensar na cavidade imediatamente (não perder o brilho) Compressão com matriz ajustada (5min) – proteção para perda de água e contato com fluídos do meio bucal Remoção dos excessos das margens – dar preferência a instrumentos manuais aos rotatórios Proteção da superfície – (verniz ou agente de união resinoso) Acabamento de superfície do cimento endurecido Após 24 horas (próxima sessão) Recobrir novamente a superfície (verniz ou agente de união resinoso) CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO MODIFICADOS Metais Partículas de amálgama ou de prata Fusão das superfícies de liga de prata através da sinterização (cermet) Resina Reação de presa: mais rápida Baixa resistência inicial Reação ácido/base + quimicamente ativado e /ou fotopolimerizável Mais resistente >> convencional Estética Adesão melhorada Pó >> íons de vidro Polimerização >> luz, química ou dual Líquido >> H2O + ácido Poliacrílico + monômeros RESINA Indicações Restaurações em dentes decíduos Restaurações classe III e classe V em dentes permanentes Restaurações de lesão de erosão / abrasão Restauração de lesões radiculares Reparo provisório em dentes fraturados Base/forramento sob restaurações de amálgama ou resina composta Selante de fóssulas e fissuras. Contra indicações Classe II com envolvimento da crista marginal Classe IV Com grande perda de esmalte vestibular Em áreas cúspidesEm áreas submetidas a grandes esforços mastigatórios Vantagens Característica de endurecimento melhorada Maior tempo de trabalho Controle sobre a presa do material Maior resistência Melhor estética inicial Desvantagens Maior contração de polimerização quando comparadas com as resinas compostas Menor translucidez Mudança de cor após 1 e 2 anos IONÔMERO DE VIDROS SELANTES PARA FISSURAS Selantes de Fóssulas e fissuras Cariostático (liberação de flúor) Menos viscoso para penetrar na profundidade da fissura CIMENTOS RESINOSOS Composição A base é o sistema monomérico bis-gma (bisfenol – a metacrilato de glicidila) em combinação com monômero de baixa viscosidade, alem de cargas inorgânicas (vidros com carga metálica, sio2) tratadas com silano. As partículas inorgânicas se apresentam nas formas angulares, esféricas ou arredondadas. Reação química Quanto à polimerização, os cimentos resinosos podem ser classificados em; Autopolimerizáveis Polimerizávies por ação de luz visível Dupla reação (dual) Neste último, a reação de polimerização é iniciada pela emissão da luz visível e por reação química (peróxido de benzoíla), monômeros fotoiniciadores, como as cetonas aromáticas (canforoquinona) e aminas promotoras da reação de polimerização. Propriedades Resistência adesiva do esmalte Composto em 97% por mineral e em apenas 3% por matéria orgânica e água, trata-se de um substrato extremamente homogêneo. A criação de microporosidades na sua estrutura através de um condicionamento ácido efetivo, é a chave para a obtenção de uma importante adesão. Resistência adesiva da dentina Diferente do esmalte, a dentina é composta em 70% por mineral, 18% por matéria orgânica e 12% de água, dispostos em túbulos que abrigam os prolongamentos citoplasmáticos dos odontoblastos. Por esses motivos, a qualidade da adesão obtida nesse substrato é inferior quando comparada a do esmalte Resistência ao desgaste Testes de resistência ao desgaste mostram que os compósitos de microparticulas são mais resistentes à abrasão, devido a sua lisura superficial. Por outro lado, os cimentos resinosos de dupla polimeração compostos de microparticula não resistem bem ao desgaste causado por contatos oclusais, devido à perda de partículas Indicação Os cimentos resinosos de cura dual forma desenvolvidos para serem utilizados sob restaurações estéticas Os cimentos resinosos químicos indicam-se para restaurações metálicas Tempo de trabalho A dupla ativação oferece ao clinico a vantagem do controle da fotopolimerização, facilitando a remoção de excessos da matéria e diminuindo o tempo necessário para a finalização do procedimento. A reação química é que determina o tempo de trabalho dessa categoria de cimentos. Vantagens relacionadas à polimerização dual Controle sobre o tempo de trabalho por parte do operador Facilita a remoção de excesso da matéria diminuindo o tempo necessário para a finalização do procedimento Gera segurança em relação à estabilidade e ao posicionamento da peça protética sobre o preparo Proporciona uma reação mais lenta, permitindo que haja um tempo. Os cimentos resinosos de polimerização dual possuem vantagens em relação aos cimentos de fosfato de zinco e cimentos de ionômero de vidro, tais como: Baixa solubilidade em fluido oral Reforço à estrutura dental remanescente Potencial por mimetizar as cores Força de união muito alta em esmalte e dentina pela associação como os sistemas adesivos. Cuidados relacionados ao uso do material Controle absoluto da umidade Realização de adequada fotoativação do material Adequada porção do remanescente dental Cuidados na escolha da matéria para cimentação provisória e realização de adequada limpeza cavitária Evitar associação indiscriminada entre cimentos resinosos e sistemas de união Cuidados com esforços mastigatórios nas primeiras 24 horas após a cimentação Pesquisar no livro o quadro de comparação ente cimento de fosfato de zinco e cimento resinas dual Os cimentos são usados como materiais restauradores apresentam baixa resistência quando comparados ao amálgama e a resina composta. Além disso, também são usados, como forramento e base de restaurações e principalmente como agente cimentante de restaurações indiretas, de prótese fixa e aparelhos ortodônticos. Conhecer e identificar os diversos tipos de cimentos com base na sua composição, estrutura e propriedades, efetuar a sua manipulação e indicar seu uso na prática profissional. 5 - COMPÓSITOS (resinas compostas): ADESIVOS DENTINÁRIOS É uma resina fluida com uma química específica que se liga a hidroxiapatita da dentina e do esmalte, promovendo uma adesão química verdadeira, através de ligações iônicas e covalente e uma retenção micro-mecânica no colágeno dentinário. RESINA COMPOSTA É um material composto ou compósitos – podem ser definido como um composto de dois ou mais materiais diferentes com propriedades superiores ou intermediárias àquelas dos constituintes individuais. Ex: matriz de resina, uma carga de partículas inorgânicas, agente de união e um sistema de ativador e inibidor Conhecer e identificar os diversos tipos de materiais restauradores não metálicos com fundamento na sua composição, estrutura e propriedades, efetuar a sua manipulação e indicar o seu uso na prática profissional. Resinas Compostas: noções sobre composição, manipulação e propriedades. Sistemas adesivos, selantes e cimentos resinosos. 6 - LIGAS METÁLICAS METAL: “É uma substância química opaca brilhante, boa condutora de calor e eletricidade e, quando polida, boa refletora de luz”. LIGAS METÁLICAS: “É uma substância metálica que contém dois ou mais elementos, na qual pelo menos um desses elementos é solúvel na condição de fundido”. Conhecer as propriedades e estrutura dos metais e identificar as transformações que ocorrem durante a solidificação. Conhecer as ligas metálicas e identificá-las com base nos diagramas de constituição, efetuar a sua manipulação e indicar as suas finalidades na prática profissional. Aplicar os princípios dos tratamentos mecânicos efetuados nos metais e nas ligas metálicas nos procedimentos profissionais de restauração. 7 – AMÁLGAMA Por definição, o amálgama é uma liga metálica produto de uma reação do mercúrio com a prata, estanho, cobre e, algumas vezes, o zinco ou outros metais em baixa concentração, empregada para restaurações dentárias (LEINFELDER, 1989). Conhecer o amálgama de uso odontológico, as faces principais do seu emprego e identificar os aspectos clínicos da sua utilização. Conhecer a composição do amálgama de uso odontológico, as funções dos componentes, a sua fabricação e os tratamentos térmicos a que são submetidos. Conhecer a estrutura e as propriedades do amálgama de uso odontológico. Efetuar a manipulação do amálgama e indicar o seu uso com fundamento nas propriedades do material. 8 – CERAS São materiais orgânicos que se encontram de forma sólida à temperatura ambiente e quando aquecidas, passam para o estado líquido. Conhecer a composição, a estrutura e as propriedades das ceras, de uso odontológico para o e efetuar a sua manipulação. 9 – REVESTIMENTO O revestimento pode ser descrito como um material de cerâmica adequado para formar um molde no qual a liga metálica será fundida. Conhecer a composição, a estrutura e as propriedades dos revestimentos, de uso odontológico para fundição e efetuar a sua manipulação. Agentes de proteção do complexo dentino pulpar e verniz cavitário O conjunto calcificado esmalte dentina é a estrutura responsável pela proteção biológica da polpa. O esmalte é duro, resistente ao desgaste, impermeável e bom isolante elétrico. O esmalte protege a dentina que e permeável, pouco resistente ao desgaste e boa condutora de eletricidade. A dentina, graças a sua resiliência,protege o esmalte que pela sua dureza e alto grau de mineralização, é extremamente friável. A polpa dentária é um tecido conjuntivo altamente diferenciado, ricamente inervado, vascularizado e, conseqüentemente, responsável pela vitalidade do dente; está diretamente conjugada ao sistema circulatório e tecidos periapicais através do feixe vásculo/nervoso que entra e sai pelos forames apicais. A principal característica da polpa dentaria é produzir dentina, além de possuir outras funções, como nutritiva, sensitiva e defensiva. A polpa proporciona nutrição à dentina através dos prolongamentos odontoblásticos. Quando a polpa é sujeita a injuria ou irritações mecânicas, térmicas, químicas ou bacterianas, desencadeia uma reação efetiva de defesa, essa reação defensiva é caracterizada pela formação de dentina reparadora, se a irritação é ligeira, ou por uma reação inflamatória se a irritação é mais severa. As proteções do complexo dentino/pulpar consistem da aplicação de um ou mais agentes protetores, tanto em tecido dentinário quanto sobre a polpa que sofreu exposição, a fim de manter ou recuperar a vitalidade desses órgãos. Agentes para proteção pulpar Objetivos Tem como objetivo principal manter a vitalidade pulpar, como: Proteger o complexo dentino/pulpar de choques térmico e elétrico Ser útil como agente bactericida ou inibir a atividade bacteriana Aderir e liberar flúor a estrutura dentária Remineralizar parte da dentina descalcificada Estimular a formação de dentina terciária ou reparadora nas lesões profundas ou exposições pulpares. Ser biocompatível, manter a vitalidade pulpar e estimular a formação de nova dentina (barreira mineralizada) Inibir a penetração de íons metálicos das restaurações de amálgama para a dentina subjacente, prevenindo assim a descoloração (escurecimento) do dente Evitar a infiltração de elementos tóxicos ou irritantes constituintes dos materiais restauradores e dos agentes cimentantes para o interior dos canalículos dentinários Aperfeiçoar o vedamento marginal das restaurações, evitando a infiltração de saliva e microorganismos pela interface parede cavitária/restauração Função do agente para proteção pulpar Trauma Cavidades profundas Tipos de agentes Verniz cavitário Forramento Base Vernizes Os vernizes cavitários são compostos a base de resina copal natural ou sintética, dissolvida em clorofórmio, éter ou acetona. Quando aplicado em uma cavidade, o solvente evapora-se rapidamente, deixando uma película forradora semi-permeável que veda com certa eficiência os túbulos dentinários. Composição Resina natural (copal) Dissolvida em um solvente orgânico (acetona ou éter) Forramentos Hidróxido de Cálcio (é o mais utilizado) Ionômero de Vidro (convencional e modificado) Bases São camadas protetoras mais espessas de cimentos colocadas sob as restaurações. Estimular a recuperação da polpa injuriada Proteger das agressões Choques térmicos Irritação química Tipos de Bases Cimento de fosfato de zinco Ionômeros de Vidro Óxido de zinco e eugenol Considerações finais Resistência – restauração de amálgama Clinicas >> Preparo >> Material restaurador >> Profundidade Cavidades profundas onde se requer o máximo de proteção contra todos os tipos de estímulos, podemos usar tanto o verniz como uma base. Sistemas Adesivos Perguntas O que prende uma restauração ao dente? O que é um sistema adesivo? (conceito, requisitos, susbratos, tipos, etc...) Como os sistemas adesivos funcionam? Onde são aplicados e quais os tipos? Como são classificados? Quais são suas vantagens? E quando ocorre uma falha? Quais as possíveis causas? E quanto a dor pós operatória? Por que ocorre? Adesivos O maior avanço da odontologia nos últimos tempos tem sido o desenvolvimento dos sistemas adesivos, que permitem que os preparos cavitários sejam cada vez mais conservadores, fazendo com quem a estrutura dental sejam preservadas. Os sistemas adesivos têm por finalidade promover a união entre materiais restauradores e a estrutura dental. Adesão Estado em que duas superfícies são mantidas unidas, por focas interfaciais, as quais podem consistir em focas covalentes, forças de interpenetração mecânica, ou ambas. Definição Uma resina fluida com uma química especifica que se liga a hidroxiapatita da dentina e do esmalte, promovendo uma adesão química verdadeira, através de ligações iônicas e covalentes e uma retenção micro-mecânica no colágeno dentinário. Requisitos para um adesivo dental Alta resistência de união aos tecidos dentais e materiais restauradores União imediata e durável Prevenir o ingresso de bactérias Proteger a polpa Simples de usar Substratos aderentes Esmalte e dentina Resina composta Porcelana Metal Vantagens Conservação da estrutura dental Preparo cavitário Reforço cupídeo Redução ou eliminação da infiltração marginal Injúria pulpar Descoloração marginal Cáries secundárias Menor potencial de sensibilidade da polpa Melhor estética Diferenças de composição Esmalte 96% mineral 1% orgânico 3% água Dentina 70% mineral 10% água 20% orgânico Adesão ao esmalte Fundamentos Michael Buonocore (1955) – ácido fosfórico 37% Através da introdução da técnica do condicionamento ácido do esmalte por Buonocore, em 1955, criou-se uma nova perspectiva nos procedimentos restauradores dando início à odontologia adesiva. Padrões de condicionamento ácido do esmalte. Tipo I – Região central Tipo II – Bordas dos prismas Tipo III – Áreas alternadas de cada tipo de padrão Condicionamento ácido É um dos métodos mais eficientes de se melhora a adesão e o selamento marginal. Gera uma forte união entre a resina e o esmalte dental. O condicionamento ácido do esmalte cria uma descalcificação seletiva, formando microporos. Esses microporos na superfície do esmalte aumentam o embricamento mecânico pela penetração da resina formando o que se chama de “tags” permitindo a adesão. O condicionamento ácido remove aproximadamente 10 um da superfície de esmalte e cria poros de 5 a 50 um de profundidade. Assim quando o adesivo é aplicado, ele flue nos microporos criando uma retenção micromecânica com o esmalte. Ainda o condicionamento aumenta o molhamento e a área de superfície do esmalte. Técnica Condicionamento com ácido fosfórico (30 – 50%) Tempo de aplicação 15 segundos 60 segundos – dentes decíduos e permanentes de regiões de elevado teor de flúor Enxágua 20 segundos (ao secar – aparência branca descalcificada) O Substrato Dentina Tecido vivo Natureza tubular “Smear layer” Formada durante o preparo cavitário Resíduos de estrutura dental cortada, saliva, bactérias Condicionamento da dentina Fatores que determinam a adesão dentinária: Profundidade de penetração do monômero Profundidade de polimerização Grau de conversão monômero / Polímero Cobertura efetiva das fibras colágenas Vantagens Selamento efetivo dos túbulos dentinários pela camada híbrida Diminuição ou eliminação da sensibilidade pós-operatória pelo bloqueio do fluxo intra-tubular Diminuição de cáries recorrentes Fatores relacionados ao mecanismo de adesão Smear layer Camada híbrida Tempo de condicionamento Umidade dentinária Smear layer O termo smear layer é mais usado para descrever os microfragmentos ou criodentritos deixados sobre a dentina durante o preparo cavitário. O termo também se aplica a qualquer tipo de fragmento produzido iatrogenicamente pelo corte ou desgaste, não somente da dentina mas também do esmalte, cemento e mesmo da dentina do canal radicular. É uma camada que varia de 1 a 5 um, composta pro restos de sangue, bactérias, saliva e fragmentos de esmalte e dentina, comumente. A dentina está coberta com a películade smear layer. Camada Híbrida Pe a interpenetração ou impregnação de um monômero hidrofílico nas fibras colágenas da superfície desmineralizada da dentina, formando uma camada ácido-resistente de dentina, reforçada por resina. Tempo de condicionamento Pode variar de 3 a 60 segundos Tempo determina a quantidade de hidroxiapatita que será destruída Quanto mais profundo o condicionamento, menor a resistência de união Umidade dentinária Classificação dos sistemas adesivos Química Classificação baseada nos componentes formadores do “primer” e do adesivo. (afinidade por água, viscosidade do material, capacidade de molhamento, etc.). Smear layer (modificação, dissolução ou remoção) Classificação que dividia os sistemas adesivos de acordo com a forma com que ales agiam sobre a smear layer. Gerações Atualmente existem seis, oito, ?, gerações e cada uma foi melhorada em termos de adesão a dentina, levando, ainda, a combinação de produtos e diminuição d Passos Classificação mais recente na qual os adesivos são agrupados de acordo com as fases operatórias (passos), que são necessários que realização de uma restauração ou cimentação Adesivos dentinários 1ª Geração União ao colágeno ou aos íons cálcio Baixa resistência de união Remoção da smear layer Resultados clínicos insatisfatórios Ex: NPG-GMA (N FENIL GLICINA e GLICIDIL METACRILATO) O primeiro sistema adesivo introduzido na odontologia foi o Cosmic da SS White, tendo em sua composição acido cítrico, que tinha como intenção remover toda a camada de smear layer. 2ª Geração Dependia da smear layer para união Ésteres fofoanos Baixa resitência de união Resultados clínicos insatisfatórios 3ª Geração Remoção ou alteração significante da smear layer Apresentação em três componentes Condicionador premier e adesivo Utilização de monômero mais hidrofílicos que as gerações anteriores Aumento da capacidade de molhamento e formação de radicais livres para o Estabelecimento de ligações químicas superficiais Resistência de união 4ª Geração Remoção da smear layer Sistemas adesivos multi uso Aplicação do agente condicionador simultaneamente Primer com componentes hidrofílicos e hidrofóbicos Adesividade baseada na camada híbrida. Camada híbrida Características: Porção hidrofílica e hidrofóbica Não pode desidratar a malha de colágeno Solventes remove a água Retenção micro-mecânica, impermeabilização. 5ª Geração All Tech Esmalte – condicionamento Dentina Primer e agente adesivo em um único frasco Dois Passos Condicionamento – acido fosfórico 37% Aplicação do adesivo 6ª Geração Self Etchin Prime Não remove a smear layer, mas expõe o colágeno devido ao pH. Condicionador e primer no mesmo frasco (agente de união em fraco separado) Classificação Sistemas adesivos convencionais de três passos: condicionamento ácido, aplicação do primer e aplicação do adesivo. Sistemas adesivos convencionais de dois passos: condicionamento ácido e aplicação. Sem ataque ácido e Prime e Bond Self Etching em único frasco. Falhas dos Sistemas Adesivos Fatores que determinam a falha do adesivo Contração de polimerização Conversão Monômero / Polímero > Contração da Matriz Resinosa > Stress de Polimerização > Contração de Polimerização Falha na formação da camada híbrida Fluidez da resina Solvente utilizado no adesivo Umidade superficial da dentina Potencial hidrofílico dos monômeros utilizados Capacidade de molhamento do monômero Energia da superfície Latrogenias e técnicas incorretas Latrogenias Cama de adesivo muito fino Falho ou flat Técnicas Incorretas Dispensar o adesivo muito antes da utilização Falha na aplicação do adesivo ou aplicação incompleta Inadequada evaporação do solvente Habilidade do profissional A habilidade do dentes é o fator principal para o sucesso das restaurações adesivas. HISTOLOGIA, GENERALIDADES SOBRE ANATOMIA DENTAL, CÁRIE DENTAL E CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DENTES. Histologia: é a ciência que estuda os tecidos do corpo humano Os tecidos são formados por grupos de células de forma e função semelhante. Célula: é a unidade fundamental do corpo Tecido: associação de várias células semelhantes Órgãos: junção de vários tecidos que realizam uma determinada função Histologia Epitelial: Além de recobrirem todo o corpo, revestem internamente órgãos, cavidades e canais, desempenhando inúmeras funções e tendo os mais variados aspectos. Protege o corpo contra atrito ou traumas, desidratação, substâncias tóxicas do ambiente, penetração de bactérias, vírus e outros agentes nocivos. Conjuntivo: é amplamente distribuído pelo nosso corpo, exercendo várias funções como: preenchimento, sustentação, transporte e defesa. Muscular: é uma parte do corpo humano e é caracterizado pela sua contratibilidade, ou seja, pela capacidade de se contrair segundo alguns estímulos claros e utilizando o ATP (molécula orgânica responsável pelo armazenamento de energia nas suas ligações químicas); e pela sua excitabilidade, ou seja, capacidade de responder a um estímulo nervoso. Nervoso: O sistema sensorial que monitora e coordena a atividade dos músculos, e a movimentação dos órgãos, e constrói e finaliza estímulos dos sentidos e inicia ações de um ser humano é vulgarmente tratado de sistema nervoso. Zigoto: depois que o espermatozóide fecunda o óvulo Embrião O ciclo do desenvolvimento dos dentes Crescimento Inicialização Proliferação Diferenciação Calcificação Erupção O primeiro sinal de desenvolvimento dentário pode ser visto na sexta semana de gravidez. O dente é composto por uma coroa e raiz, e é sustentado em seu encaixe ósseo, o alvéolo, por um tecido conjuntivo denso colagenoso, o ligamento periodontal. Coroa: dentina, esmalte Raiz: Dentina, cemento Canalículos Dentinário São delicados cilindros ocos dentro da dentina, que alojam os prolongamentos odontoblásticos. Seu trajeto é curvo, assemelhando-se a um S, sendo na raiz, na área dos bordos incisais e cúspides, praticamente retos, emitem colaterais durante seu trajeto. O diâmetro e o volume desses canalículos variam, dependendo da idade do dente, da localização do canalículo na dentina. Forame Apical É uma abertura localizada no final da raiz, em dentes normais, dentes com reabsorção radicular ou dentes com rizogênese incompleta. Câmara pulpar da coroa e o canal radicular são contínuos um com o outro. Estes são preenchidos por um tecido conjuntivo. Conjuntivo: (Polpa) (Nervo) vaso sanguíneo e linfático, fibras nervosas assim como os odontoblastos que são responsáveis pela manutenção e reparo da dentina. Os vasos e nervos que servem a polpa entram no canal radicular através do forâmen apical. Anatomia É uma ciência do ramo da Biologia a que estuda as características estruturais dos seres organizados. Anatomia Dental: trata do estudo Dentições Dentição Decíduo Dentição Permanente Na dentição decíduo não tem pré-molar e 3º molar (20 Dentes) Na dentição Permanente (32 Dentes) Sulco: constituem uma interrupção notável na superfície do dente. São escavados no esmalte, embora às vezes possam aparecer como verdadeira fissura, com tecido dentinário ao fundo. Fossa (Foceta): são escavações irregulares, um pouco mais profundas que os sulcos. Cúspide: tem forma de pirâmide quadrangular cuja base está soldada ao corpo do dente. Singlo: Bossa: Fórmula Dental do Adulto DENTES PERMANENTES MAXILA 18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28 48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38 MANDÍBULA DENTES DECÍDUOS MAXILA 55 54 53 52 51 61 62 63 64 65 85 84 83 82 81 71 72 73 74 75MANDÍBULA Inervação dos Dentes O sistema dental e os tecidos perimaxilares e perimandibulares são inervados pelos ramos maxilar e mandibular do nervo trigêmeo. O conhecimento do trajeto e da topografia dos ramos colaterais e terminais desses nervos é imprescindível para a prática das anestesias locais em odontoestomatologia. Cárie É uma doença transmissível e infecciosa e acontece quando há a associação entre placa bacteriana cariogênica, dieta inadequada e higiene bucal deficiente. Quando o açúcar entra em contato com a placa bacteriana, formam-se ácidos orgânicos que serão responsáveis pela saída de minerais do dente. Cárie é uma doença multifatorial Placa bacteriana é uma espécie de película composta de bactérias vivas e resíduos alimentares que se depositam sobre e entre os dentes. Ela é cariogênica quando bactérias capazes de causar a doença cárie estão presentes na sua composição. Pulpite – Inflamação da Polpa ESQ DIR ESQ DIR �PAGE � �PAGE �1�
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