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Resumo Direito Constitucional Conceito: A Constituição pode ser definida como a Organização Sistemática dos elementos constitutivos do Estado, através da qual se definem a forma e a estrutura deste, o sistema do governo, a divisão e o funcionamento dos poderes, o modelo econômico e os direitos, deveres e garantias fundamentais, sendo que qualquer outra matéria que for agregada a ela será considerada formalmente constitucional. Classificação de Constituições: 1-Quanto à Origem: Promulgada ou votada- aquela que é fruto de um processo democrático e elaborada por um Poder Constituinte exercido por uma Assembleia Constituinte, no Brasil temos como exemplo as constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988. Outorgada- fruto do autoritarismo, geralmente imposta por um grupo ou pelo governante, temos como exemplo as constituições de 1824, 1937 3 1967. 2-Quanto â Mutabilidade: Rígida- é aquela que possui um procedimento de alteração mais rigoroso (é a constituição difícil de ser alterada). Flexível- possui o mesmo procedimento de alteração das demais leis (é a constituição fácil de ser alterada). Semi-rígida - parte dela é rígida e parte é flexível, onde uma parte é difícil e a outra é fácil de mudar. 3-Quanto à Forma: Escrita ou Dogmática- aquela que é representada por um texto completo e organizado, como a maioria dos países. EX: Constituição Brasileira de 1988 e a Constituição da Argentina. Costumeira ou Histórica- é formada a partir de textos esparsos, sendo sedimentada em costumes derivados das decisões, sempre tendo como fundamento os documentos históricos que serviram de base. Ex: Constituição da Inglaterra. 4- Quanto ao Conteúdo: Material- é um tipo de constituição escrita ou não que se refere aos elementos que constituem o Estado, bem como sua estrutura, divisão do poder político, de competências e direitos fundamentais. Formal- são normas escritas superior às leis comuns, sendo estas inseridas no texto da constituição escrita, podendo ter relação com as matérias constitucionais ou não. Cláusulas Pétreas: Estão no Art 60 § 4º da CF. São assuntos que não podem ser alterados em hipótese nenhuma, esses assuntos são: A forma federativa do governo; Voto direto secreto universal e periódico; Separação dos poderes da república; e os Direitos e Garantias Individuais. Poder Constituinte: É a manifestação soberana da suprema vontade de um povo, social e juridicamente organizado. O Poder Constituinte é o poder que tudo pode. Titularidade do Poder Constituinte: é predominante que a titularidade do poder constituinte pertence ao povo. Logo, a vontade constituinte é a vontade do povo expressa por meio de seus representantes. Espécies: Poder Constituinte Originário- Estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-se e criando os poderes destinados a reger os interesses de uma sociedade. Não deriva de nenhum outro, não sofre qualquer limite e não subordina a nenhuma condição. Ocorre o Poder Constituinte no surgimento da 1º Constituição e também na elaboração de qualquer outra que venha depois. Características: Inicial- não se fundamenta em nenhum outro, é a base jurídica de um Estado; Não existe nenhum outro antes ou acima dele. Autônomo/ilimitado- não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo anterior; não há nenhum condicionamento material; Incondicionado- não está sujeito a qualquer pré-fixada para manifestação de uma vontade; não está submisso a nenhum procedimento de ordem formal. Permanente: Continua existindo mesmo após concluir a sua obra. Formas de Poder Constituinte: Poder Constituinte Originário Histórico- refere-se ao poder atribuído àqueles que pela primeira vez elaboram a Constituição de um Estado, responsáveis por sua primeira forma estrutural. Poder Constituinte Originário Revolucionário- é todo o poder responsável pela criação de constituições que se sobrepõem à primeira. É revolucionário todo o poder constituinte que rompa com um poder constituinte previamente estabelecido em uma determinada nação soberana. Poder Constituinte Derivado- também chamado Instituído ou de segundo grau- é secundário, pois deriva do poder originário. Encontra-se na própria Constituição, encontrando limitações por ela impostas: explícitas e implícitas Características: Derivado- deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder Constituinte originário; Subordinado- está subordinado a regras materiais; encontra limitações no texto constitucional. Ex: cláusula pétrea Condicionado- seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da CF, é condicionado à regras formais do procedimento legislativo. Este poder se subdivide em: Poder derivado de revisão ou de reforma: poder de editar emendas à Constituição. O exercente deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma emenda ele não está no procedimento legislativo, mas no Poder Reformador. Poder derivado decorrente: poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar as sua próprias constituições. O exercente deste poder são as Assembleias Legislativas dos Estados. Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem. Fenômeno da Recepção: Recepção-é o instituto pelo qual a nova Constituição, independente de qualquer previsão expressa, recebe norma infraconstitucional pertencente ao ordenamento anterior, com ela compatível, dando-lhe, a partir daquele instante, nova eficácia. Controle de Constitucionalidade: Conceito- O controle de constitucionalidade pode ser divido: Quanto ao momento: Preventivo - aquele que tem por finalidade impedir que um projeto de lei inconstitucional venha a ser uma lei. Repressivo - é utilizado quando a lei já está em vigor. Caso haja um erro do lado preventivo, pode se desfazer essa lei que escapou dos trâmites legais e passou a ser uma lei inconstitucional. Quanto ao órgão que exerce o controle de constitucionalidade: Político - ato de bem governar em prol do interesse público. É a corte constitucional, não integra a estrutura do Poder Judiciário. Jurisdicional - é exercido por um órgão do Poder Judiciário. Só o juiz ou tribunal pode apreciar o controle constitucional sob o aspecto jurisdicional. Misto - assim é porque é exercido tanto sob o âmbito difuso quanto pelo concentrado, tanto pelo órgão jurisdicional quanto pelo político (abstrato).
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