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SUICÍDIO • Considerado como uma autoeliminação consciente, voluntária e intencional. • Num sentido mais amplo, o suicídio inclui processos autodestrutivos inconscientes, lentos e crônicos (LEVY, 1979). SUICÍDIO • Na Antiguidade greco-romana o suicídio era um ato CLANDESTINO, patológico, solitário. Os suicidas não tinham direito a uma sepultura, e as mãos eram enterradas separadamente. • Em Roma, o indivíduo deveria submeter ao Senado as suas razões para desejar morrer. HISTÓRIA DO SUICÍDIO • Na Índia, as viúvas eram incentivadas a morrer após a morte do marido. • Na Idade Média, a pessoa e sua vida pertenciam a Deus, e o suicida que não morria era castigado por ter tentado se apoderar da vida que não lhe pertencia. HISTÓRIA DO SUICÍDIO • No Ocidente atual, a maior causa de suicídio é a solidão e o sentimento de irrelevância social provocada pelo desmoronamento dos três pilares básicos da sociedade (família, Estado e religião). • No Oriente, alguns suicídios são considerados autossacrifício ou autopurificação. No Japão, existe um grande número de suicídios entre jovens, ligados à questão de honra (fracassam no rendimento escolar, e são considerados indignos). HISTÓRIA DO SUICÍDIO IDOSOS HOMEM: são quase sempre mais graves, mais brutais e mais bem sucedidas do que em mulheres. Isolamento social, falta de amigos, não ser casado (viúvo, solteiro ou separado), não morar com uma outra pessoa, não ter filhos, não ser religioso aumentam o risco de suicídio. O suicídio é maior entre os portadores de melancolia - 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva. EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO Quanto mais planejado mais perigoso Quem fez uma tentativa tem 30% a mais de chances de repetir do quem nunca tentou 90% de quem tenta suicídio, avisou antes. Nos casos de psicoses agudas com pensamentos suicidas, ou depressões delirantes com ideias de suicídio, pode ser necessária a internação. A taxa de suicídios entre os alcoolistas é aumentada por um fator de 12 a 75 vezes segundo a OMS EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO • Doenças incapacitantes e potencialmente mortais tais como as do SNC, os cânceres e a AIDS têm impacto importante na saúde mental, provocando angústias, ansiedades e depressão que podem levar ao estado de ideação suicida (OMS, 2001). • As mulheres, por estarem submetidas a mais pressões e violência, pensam em suicidar-se ou tentam fazê-lo com mais frequência que os homens (OMS, 2002). EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO • A partir de dados encontrados em alguns países, estima-se que o número de tentativas é até 20 vezes maior que o número de suicídios consumados (OMS, 2001). EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO T E N T A T I V A S S U I C Í D I O S No mundo, o suicídio: • é uma das três principais causas de morte entre adultos jovens entre 15 a 34 anos de idade • representa a primeira e segunda causa para ambos os sexos (OMS, 2001). EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO NO BRASIL Adolescentes: 5000/ano. 3ª causa de morte de jovens no País Idade: 12 a 27 anos. Eram de famílias com história de separação dos pais, alcoolismo, envolvimento com a polícia e a justiça Utilizaram métodos violentos, como armas de fogo, forcas ou facas. Os suicídios têm representado 0,6% do total de óbitos e 5,6% das mortes por causas externas. EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO NO BRASIL O Brasil está em 51º no ranking mundial de suicídios. Baixa taxa relacionada a outros países. Os índices mais altos se concentram no sul do País, com o RGS na liderança, com 10 casos por 100 mil habitantes. A faixa etária que reúne as maiores taxas é a partir dos 70 anos, com 7,3 casos por 100 mil habitantes; EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO • A taxa de suicídio de adolescentes com idades entre 10 e 14 anos aumentou 40% nos últimos 10 anos e 33% entre aqueles com idades entre 15 e 19 anos, segundo o Mapa da Violência 2014. • Todo dia, 28 brasileiros se suicidam e, para cada morte, há entre 10 e 20 tentativas. • Médicos alertam que é um problema de saúde que não recebe tanta atenção por causa do tabu social. EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO • Estima-se que, em 2020, 2,4% do ônus global ocasionado por agravos à saúde será devido às sequelas da tentativa de suicídio • Para cada suicídio há, em média, 5 ou 6 pessoas próximas ao falecido que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO Três características próprias da pessoa com ideação suicida 1. Ambivalência – quase sempre querem alcançar a morte, mas, ao mesmo tempo, querem viver. O predomínio do desejo de viver em relação ao desejo de morrer é o que permite a prevenção do suicídio. SINTOMATOLOGIA DO SUICÍDIO Três características próprias da pessoa com ideação suicida 2. Impulsividade - o suicídio pode ser também um ato impulsivo. Como qualquer impulso pode ser transitório, normalmente desencadeado por eventos cotidianos negativos. Acalmando tal crise , o profissional pode reduzir o risco suicida. SINTOMATOLOGIA DO SUICÍDIO Três características próprias da pessoa com ideação suicida 3. Rigidez / constrição – o estado cognitivo de que está com ideia suicida é geralmente de constrição: é tudo ou nada. Pensam no suicídio como única solução. Pensam de forma rígida e drástica que “o único caminho é a morte” SINTOMATOLOGIA DO SUICÍDIO • Uso de termos como: eu desisto, já não me importo mais ou estou pensando em terminar tudo. Outras frases comuns: “não aguento mais”, “eu queria sumir” e “eu quero morrer”. • Depressão, melancolia, grande tristeza, desesperança e pessimismo (falar muito na morte, tudo parecer negativo, perdido); • Pôr os negócios em ordem e dar as coisas de estimação; SINTOMATOLOGIA DO SUICÍDIO • Mudar de comportamento, atitude ou aparência; • Abuso de drogas e bebidas alcoólicas; • Sofrer muito prejuízo ou alteração no modo de vida; • Automutilação; SINTOMATOLOGIA DO SUICÍDIO • Escrever sobre a morte e o suicídio; • Tentativa de suicídio anterior; • Apatia pouco usual, letargia, falta de apetite; • Insônia persistente, ansiedade ou angústia permanente; SINTOMATOLOGIA DO SUICÍDIO • Grande impulsividade, agressividade; • Dificuldades de relacionamento e integração na família ou no grupo; • Afastamento ou isolamento social; • Outras ações que fujam completamente ao cotidiano e despertem suspeita. SINTOMATOLOGIA DO SUICÍDIO Pode não ser só aborrescência • O comportamento errático atribuído como típico do adolescente pode ser um sinal de intenção de suicídio. • “Existe uma falsa ideia de que a depressão atinge mais pessoas adultas. • Se o adolescente apresenta sintomas, como se trancar no quarto e não falar com ninguém preste atenção. Esse comportamento suicida pode ser entendido como fenômeno da adolescência normal, já que ele não consegue expressar seu sofrimento de uma forma clara”. SINTOMATOLOGIA DO SUICÍDIO • Abuso físico ou sexual; • História familiar de violência e suicídio; • Morte de um amigo ou de um familiar; • Mau aproveitamento escolar, notas baixas; • Desemprego, problemas no trabalho; SITUAÇÕES MOTIVADORAS • Fim de relacionamento afetivo; • Conflitos familiares; • Depressão e doença psiquiátrica; • Mudança nas condições de saúde ou de estado físico; • Problemaseconômicos e de desemprego; SITUAÇÕES MOTIVADORAS 1. Possibilidades de se livrar de conflitos. 2. Busca de uma vida que não tinha antes. 3. Fantasia de reencontro com outras pessoas. 4. Busca de um elemento de beleza na morte. 5. Fuga de uma situação intolerável. 6. Satisfação de tendências ao masoquismo e ao sadismo social, com autocastigo e castigo aos outros. REPRESENTAÇÕES DE MORTE NO SUICIDA DEPRESSÃO SENTIMENTOS DO SUICIDA DESESPERANÇA DESAMPARO DESESPERO 4D 1. História de alcoolismo 2. Notas, mensagens e cartas do suicida 3. Livros (que lia ou gostava de ler) 4. Avaliação dos relacionamentos (familiares, conjugais, filiais, empregos, amizade) 5. Estado de ânimo (depressão, problemas somáticos) PREVENÇÃO / INVESTIGAÇÃO 6. Estressores psicossociais (perdas, separações, situação financeira e legal) 7. Linguagem (dados verbalizados) 8. Uso de drogas 9. História de morte na família 10. Familiaridade com instrumentos que provocam morte PREVENÇÃO / INVESTIGAÇÃO • Se eu perguntar sobre suicídio vou induzir o paciente a isso • Ele está ameaçando suicídio apenas para manipular • Quem quer se matar se mata mesmo • Quem quer se matar não avisa • O suicídio é um ato de covardia / coragem • No lugar dele eu também me mataria IDEIAS SOBRE SUICÍDIO QUE LEVAM AO ERRO COMO AJUDAR UMA PESSOA SOB RISCO DE SUICÍDIO? PRIMEIRO CONTATO LUGAR ADEQUADO RESERVAR TEMPO OUVIR EFETIVAMENTE Preencher uma lacuna criada pela desesperança, desespero e dar à pessoa esperança COMO AJUDAR UMA PESSOA SOB RISCO DE SUICÍDIO? •Abordagem calma, aberta, de aceitação e não julgamento •Ouça com cordialidade •Trate com respeito •Empatia com as emoções •Cuidado com o sigilo COMO AJUDAR UMA PESSOA SOB RISCO DE SUICÍDIO? COMO AJUDAR UMA PESSOA SOB RISCO DE SUICÍDIO? QUANDO ENCAMINHAR PARA A EQUIPE DE SAÚDE MENTAL Nas situações de maior risco e gravidade • É necessário observar e cuidar do indivíduo que pede ajuda • As tentativas de suicídio são muitas vezes taxadas pejorativamente de ato histérico, e tende-se a não levar estas pessoas a sério. • A pessoa que tenta o suicídio tem alto risco de repetir o ato, se não receber a ajuda que necessita. ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE • É importante cuidar de questões como: defesas enfraquecidas, apoio dos valores pessoais, possibilidade de expressão de sentimentos, ênfase em novas relações e elevação da autoestima. ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! • Profissionais de saúde tendem a tratar estes pacientes com desprezo, agressão, chegando a maltratá-los. • O desprezo neste momento pode ser extremamente letal. ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE
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