ENSARIO DE PALHETAS

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GEOTECNIA I 
ENSAIOS DE PALHETA IN SITU – VANE TEST
INTRODUÇÃO
SONDAGEM DE PALHETA VANE TESTE
O ensaio de palheta foi desenvolvido na Suécia, em 1919, por John Olsson, sendo introduzido no Brasil em 1949 pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) e Geotécnica S.A. do Rio de Janeiro. Em 1989, foi normatizado pela ABNT com a NBR 10905 – Ensaio de Palheta in situ. Este ensaio é usualmente empregados na determinação de resistência não-drenada cu (conceito de Ø = 0), de solos coesivos de muitos moles a médio podem ser obtidos diretamente por esses ensaios, assumindo a hipótese de ruptura cilíndrica do solo.
 DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO
A palheta de cisalhamento normalmente consiste em quatro placas de aço de igual tamanho, finas, solidadas a um a haste de torque de aço. A palheta é empurrada para dentro do solo. Um torque é aplicado ao topo da haste de torque para girar a palheta com velocidade uniforme, o cilindro de solo de altura 130mm e diâmetro 65mm resistirá ao torque até que o solo se rompa. Para ensaios realizados em argilas rijas com resistência não drenada superior a 50 kPa, admite palhetas menores. A resistência ao cisalhamento não-drenado do solo pode ser calculada desta forma, sendo conhecimento prévio do solo para avaliar sua aplicabilidade e posteriormente para análise dos resultados.
Haste fina, com diâmetro de (mm, e comprimento capaz de cravar a palheta 0,5 m no solo. É constituída com aço capaz de suportar os torques aplicados á palheta. As hastes de extensão, de aço capaz de transmitir sem romper o torque a palheta, composta de seguimentos acopláveis com 1m de comprimento, suportando o próprio peso, durante o ensaio.
Equipamento de unidade de torque e medição, que imprima através de engrenagens uma rotação às hastes de e que permita medição do torque aplicado as hastes. Construído por um mecanismo de coroa e pinhão acionados por manivela. Durante a execução do ensaio são desejáveis leituras de rotação a cada 2º para construção da curva de torque x rotação.
Características adicionais do equipamento Tipo A
Permite escavações estáticas em solos moles a partir do nível do terreno, com palhetas protegidas, permanecendo no interior de uma sapata. Em seu interior deve conter rolamentos axiais e laterais vedados e lubrificados, o tubo de proteção da haste fina é mantido estacionário durante o ensaio. Tais dispositivos dever evitar o atrito solo-haste e reduzir os atritos mecânicos a valores desprezíveis. Ao atingir a profundidade desejada, a parte inferior do equipamento permite cravar a palheta 0,5 m no solo. As hastes de extensão são protegidas por um tudo ao longo de todo seu comprimento.
Características adicionais do equipamento Tipo B
Este equipamento é mais suscetível a erros, são utilizados espaçadores com rolamento em intervalos não superiores a 3m ao longo das hastes de extensão. O conjunto de hastes se apoia em um dispositivo com rolamentos instalados nas extremidades inferior das hastes, que está conectado ao tubo de proteção da haste fina.
 REALIZAÇÃO DO ENSAIO
Os ensaios de cisalhamento de palheta podem ser realizados no laboratório e no campo durante a exploração do solo. No laboratório tem dimensões menores conforme citado a cima. 
No campo, em que considerável variação na resistência ao cisalhamento não-drenada pode ser encontrada com a profundidade, os ensaios de cisalhamento de palheta são extremamente uteis, em um curto intervalo de tempo, estabelece um padrão razoável de variação de cu com a profundidade.
Os ensaios podem ser realizados de duas formas:
Ensaio Tipo A - em perfuração previa: apresentam resultados de melhor qualidade, sendo utilizados em solos de baixa consistência, onde é possível sua cravação estática a partir do nível do terreno;
Ensaio Tipo B – com perfuração previa: realizados em escavações previamente realizadas, em geral, revestidas, sendo mais suscetíveis de erros devido a atritos mecânicos e translação da palheta.
A realização do ensaio é feita com a introdução da palheta no interior do solo, na profundidade de ensaio, sendo então feito a aplicação e medição do torque. O tempo máximo permitido entre a colocação da palheta no furo e o início de sua rotação é de 5 minutos. Para determinar a resistência amolgada imediatamente após a aplicação do torque máximo são realizadas dez resoluções completas da palheta e refeito o ensaio.
A resistência não drenada cu, em kPa, obtida a partir do torque é calculada como:
T = torque máximo medido (kNm)
D = diâmetro da palheta (m)
O valor da sensibilidade St da argila é dada por:
 RESULTADOS
Os resultados devem ser apresentados em relatórios no qual devem constar as seguintes informações:
Descrição do equipamento utilizado, dimensões da palheta e diâmetro das hastes e tubos de proteção;
Declaração de conformidade do equipamento com a Norma;
Resultados da inspeção e do ensaio do equipamento;
Resultados e data da última calibração da unidade de torque e medição;
Local da obra;
Locação e diâmetro dos furos de soldagem em que foram realizados os ensaios;
Profundidade do ensaio.
Método de avanço do furo de sondagem;
Data do ensaio;
Curvas torque-rotação da palheta nas condições amolgadas e indeformadas;
Valores de cu e cur expressos em kPa;
Valor da sensibilidade St;
Eventuais danos à palhetas.
CONCLUSÃO
REFERENCIAS 
BRAGA, M. DAS. Fundamentos da Engenharia Geotécnica. 6.ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
NORMA ABNT, NBR 10905 – Ensaio de Palheta in situ, 1989.
http://www.lmsp.ufc.br/arquivos/graduacao/fundacao/apostila/02.pdf