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CONTRARRAZÕES AO REC. ORD. SEMANA 12

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DA 99ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE TERESINA/PI
PROCESSO Nº ...
RESTAURANTE AMARGO LTDA., já qualificado nos autos em epígrafe, em que litiga com Renato, também qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado devidamente autorizado, com procuração em anexo, com fulcro no art. 900 da CLT, OFERECER: 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDIN ÁRIO 
 Para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho 22ª Região. 
Diante do exposto, requer o recebimento das contrarrazões apresentadas e sua posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado
OAB/UF
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 22ª REGIÃO
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO 
A sentença merece ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 
I – PRELIMINAR 
INTEMPESTIVIDADE E DESERÇÃO 
Somente 15 dias após haver sido notificado da decisão de improcedência dos pedidos, o recorrente interpôs o recurso e o fez sem juntar o comprovante de recolhimento das custas processuais, fixadas em R$ 500,00. 
O prazo para interposição do recurso ordinário no Processo do Trabalho é de 8 dias, nos termos do art. 895, I, da CLT. Uma vez que o recurso foi interposto apenas no 15º dia após a notificação da decisão é intempestivo, razão pela qual não merece ser conhecido. Outrossim, o art. 789, II e § 1º, da CLT estabelece que no caso de total improcedência dos pedidos, o recorrente deve recolher 2% sobre o valor da causa, o que nesse caso corresponde a R$ 500, 00, no prazo do recurso. Como o mesmo não juntou qualquer documento, nota-se que não houve recolhimento das custas processuais, sendo, portanto, o recurso deserto. 
ART. 895, CLT: Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas:
II - quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa;
§ 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.
CERCEAMENTO DE DEFESA 
O indeferimento injustificado da oitiva da testemunha do recorrido cerceou o seu direito de defesa e, portanto, violou o art. 5º, LV, da CF. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
 
II – MÉRITO 
DIFERENÇAS SALARIAIS 
A sentença merece ser mantida, pois o autor, como é motorista, de categoria diferenciada, logo não aplicável a ele a convenção coletiva firmada pelos sindicato dos bares e restaurantes com o sindicato dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes. 
Nos moldes do art. 511, § 3º, da CLT, categoria profissional diferenciada é a composta por empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singular, como é o caso do recorrente, sendo indevido o pleito de diferenças salariais baseado na norma coletiva mencionada. 
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.
HORAS ITINERE 
 O recorrente postula a reforma da sentença de improcedência quanto ao pedido de pagamento extraordinário pelo tempo de duração da viagem de ida e volta ao trabalho, pois ficava com o carro da empresa que dirigia ficava sob sua guarda. Alegou que de sua residência para o local de trabalho havia apenas 3 linhas diretas de ônibus com tarifa em cada horário, sendo o transporte insuficiente. 
Conforme a súmula nº 90, inciso III, do TST, a mera insuficiência do transporte público regular e não gera o direito pretendido
SUM-90 HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as Súmulas nºs 324 e 325 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere".
	 
SALÁRIO IN NATURA 
Com base no art. 458, caput e inciso III, da CLT, o autor não usava veículo para fins privados, mas apenas para o trabalho, não tendo, portanto, caráter contraprestacional.
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornece habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;
DIÁRIAS DE VIAGEM 
A sentença merece ser mantida, pois, nos termos do art. 457, § 2º, da CLT, não se incluem nos salários as diárias para viagem que não excedam de 50% do salário percebido pelo empregado, como é o caso em questão. Como o recorrente recebia mensalmente R$ 1.600,00, as diárias de viagem no valor de R$400,00 no mês correspondiam a apenas 25% do seu salário, não possuindo, portanto, caráter salarial. 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, limitadas a cinquenta por cento da remuneração mensal, o auxílio-alimentação, vedado o seu pagamento em dinheiro, as diárias para viagem e os prêmios não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de encargo trabalhista e previdenciário
EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
O recorrente postula a reforma da sentença que julgou improcedente o pleito de diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial com outro motorista, o qual inicialmente trabalhava como maître, mas por f orça de decisão do INSS, por l imitação física, teve sua função alterada, quando percebia R$ 2.000,00 mensais. A sentença merece ser mantida, pois, à luz do art. 461, § 4º, da CLT, em pregado readaptado não pode ser paradigma para fins de equiparação salarial. 
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função pormotivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial
III – PEDIDOS 
Diante do exposto, requer o acolhimento das preliminares, de modo:
Não Sendo recebido o recurso do autor por deserção e intempestividade.
Caso Seja dado provimento ao recurso, que seja declarada a nulidade da sentença e retorno dos autos ao juízo “a quo”, em razão do cerceamento de defesa. 
Uma vez não acolhidas as preliminares, requer, no mérito, que seja negado provimento ao recurso, sendo mantida a sentença.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado.
OAB/UFº

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